uqaz
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Post by uqaz on Feb 8, 2017 4:31:00 GMT -3.5
Texto do NYT sobre a última carta do Seth Klarmann (para quem não conhece, um investidor fundamentalista muito, muito bom). Trata de dois tópicos: 1) os riscos da política econômica do trump (fazendo ponderações que considero corretas, apesar de não conterem nada que já não seja sabido) e 2) o fenômeno dos ETFs de índice passivo e a distorção que isso tende a provocar nos valuations www.nytimes.com/2017/02/06/business/dealbook/sorkin-seth-klarman-trump-investors.html?_r=0Não tenho certeza se quem está comprando ações de empresas americanas está fazendo isso porque acredita que as medidas do Trump serão boas para a empresas americanas ou porque acredita que, apesar do Trump ser ruim para a economia americana, ele será pior ainda para a economia mundial (especialmente para os mais frágeis) e isso gera um fluxo natural de outras bolsas para as americanas. Eu gosto muito de comparar os índices do mundo, e de novembro pra cá o índice americano tem ganhado dos emergentes (exceto Brasil e Argentina, por causa do rally que começou antes do Trump). Mas olhando Índia, México (óbvio) e Chile, o S&P ganha de todos. Em contrapartida, perde para Alemanha, França, Japão e Inglaterra. Isso me leva a crer que esse patamar das bolsas americanas é mais uma fuga dos emergentes do que uma crença no governo Trump. Acho que aí entra o câmbio tbm na medição das valorizações das Bolsas. Dá pra ver claramente isso distorcendo Footsie.
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Post by Claudio66 on Feb 8, 2017 9:53:47 GMT -3.5
Aqui há um gráfico assustador: Shiller PE RatioO índice está em 28.5. Passou 2 vezes desse valor na história da NYSE: - às vésperas da crise de 1929, quando chegou a 30, - na bolha das .com (2000), quando passou de 40. Acho que podemos ter um período de muito sangue ainda antes de maio. (Em maio certamente vale o dito "sell in may and go away".) Em algum momento vai cair a ficha de que Trump vai provocar inflação, queda da produtividade e aumento da dívida pública, devastando a economia americana. Quando a bolsa começar a cair, todo mundo vai abrir o olho e começar a vender. De fato: - nos EUA já há pleno emprego, mas Trump quer forçar mais a contratação, fechando as fronteiras para produtos importados - o P/E já está alto, mas o PIB cresce pouco, ao passo que os custos devem subir, pelo aumento nominal dos salários - para segurar a inflação, será necessário subir a taxa de juros, mas a dívida já está em 100% do PIB, havendo um elevado impacto fiscal desse aumento de juros - para piorar a situação fiscal, Trump irá cortar impostos dos ricos Em algum momento esse P/E terá que ser ajustado e, muito provavelmente não será com o aumento do E. (Esse é um dos motivos de eu ter me desfeito de BRAP3, que é fortemente correlacionada com índices internacionais de ações.) Análise de Nouriel Roubini (Mr. Doom), mostrando porque a economia americana deverá reduzia taxa de crescimento, eventualmente se tornando negativa, em consequência da política econômica de Donald Trump: Infomoney - Lua de mel de Trump com mercado está perto do fim, dando lugar a Aqui está o texto original. A versão publicada no Infomoney está bem próxima Nouriel Roubini - The End of Trump’s Market Honeymoon
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Post by Claudio66 on Feb 8, 2017 10:31:36 GMT -3.5
Segundo o mises, eles têm 42 trilhões de euros em derivativos. se uma instituição dessa dimensão quase sofreu uma crise de confiança por causa de 14 bi, acho que estes 8,5 bi darão apenas um respiro para um problema que mais cedo ou mais tarde irá se materializar. Eu não me preocupo muito com os montantes em derivativos, pois para mim não é indicação de risco. Se os derivativos estiverem perfeitamente casados, se houver garantias dos contratantes, e os chamamentos de margens estiverem sendo feitos adequadamente, então, o risco é perto de zero. O banco faz contrato de venda futura com um, e contrato de compra futura com outro, no mesmo valor, para a mesma data. Qual a exposição do banco à oscilação da taxa de câmbio? Zero! E, em geral, o preço do contrato será bem pequeno em relação ao valor de face (provavelmente menor que 5%). Ou seja, quando se fala em E$ 42 tri de valor dos ativos subjacentes, estamos falando de contratos cujo valor de mercado pode ser menos de E$ 200 bi. E, talvez, com risco zero! O problema é quando há descasamento, como na crise dos subprime, quando os grandes bancos assumiram grandes posições compradas nos CDOs, acreditando que fosse um negócio seguro. Estou revendo minha tranquilidade sobre esse assunto. Já mencionei o problema de o P/E estar em um nível muito alto no EUA, quando a perspectiva de crescimento econômico é baixa. ( clubinvest.boards.net/post/17107/thread) Acho que pode estar ocorrendo um processo similar à crise do "subprime" nos EUA. Então o bancos vendiam CDOs. Para proteger os detentores dos CDOs, vendiam CDSs. Quando começaram os "defaults" no mercado imobiliário, os vendedores de CDSs não conseguiram honrar seus compromissos. O interessante é que antes da crise, os "spreads" dos CDSs estavam em queda, quando deveriam estar subindo, em virtude do risco crescente. (Retirei essa imagem daqui: Como o rst tem alertado, houve aumento expressivo da venda de ETFs. Os CDOs eram como ETFs de ações, mas feitos de hipotecas. O equivalente dos CDSs são os ETNs atrelados ao VIX, o índice de volatilidade do S&P. Em tese, quem tem um ETF de ações, mas também tem um ETN de VIX, está protegido, pois uma queda no mercado de ações está associada com uma alta do VIX. O que está me deixando muito preocupado é que o volume de negociação de ETFs vinculados ao VIX cresceu muito nos últimos meses, mas os preços estão na mínima histórica, apesar do elevado P/E da ações. Abaixo coloco o gráfico do VXX, o ETN atrelado ao VIX mais negociado. Existe uma aparente calma, que provavelmente nada mais é que um prenuncio de tsunami.
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Post by wizardhsc on Feb 10, 2017 8:08:43 GMT -3.5
Quem comprou PUTs de VALE nesta semana deve estar dando risada à toa com com essa queda forte. Passou pela cabeça, mas só passou. Acabei de fazer foi uma trava de alta no pó. Vamos ver se minha trava de alta anda com esse aumento do minério.
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rst
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Post by rst on Feb 11, 2017 9:11:02 GMT -3.5
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Deleted
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Post by Deleted on Feb 13, 2017 14:55:37 GMT -3.5
Passou pela cabeça, mas só passou. Acabei de fazer foi uma trava de alta no pó. Vamos ver se minha trava de alta anda com esse aumento do minério. Mandou bem, hein...rsrs Quando o mercado quer puxar para um dos lados, ninguém segura...
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Post by wizardhsc on Feb 13, 2017 15:23:41 GMT -3.5
Vamos ver se minha trava de alta anda com esse aumento do minério. Mandou bem, hein...rsrs Quando o mercado quer puxar para um dos lados, ninguém segura... Por mais que os especialista digam que não, mas mercado e VALE estão muito fortes. Arrisquei pouco e dei sorte de acerta o time. Acabei fechando hoje. Fiz VALEB39/VALEB42, pagando 07 centavos e encerrei em 40.
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Post by salcedo on Feb 14, 2017 10:24:34 GMT -3.5
Comprando mais uns poucos dólares.
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bochan
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Post by bochan on Feb 14, 2017 12:25:22 GMT -3.5
Comprando mais uns poucos dólares. Também pensando nisto, para uma viagem futura. À princípio, em travel card (Money card). O que você faz: Fundo cambial, cash, travel card, travellers cheque, ...?
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Post by salcedo on Feb 14, 2017 14:50:05 GMT -3.5
Comprando mais uns poucos dólares. Também pensando nisto, para uma viagem futura. À princípio, em travel card (Money card). O que você faz: Fundo cambial, cash, travel card, travellers cheque, ...? Desta vez, travel money do BB, por estar fora, mas se entendi bem estando no Brasil, podes comprar cash sem pagar o 6,38%, claro com o problema do dinheiro físico.
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rst
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Post by rst on Feb 15, 2017 7:24:28 GMT -3.5
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Post by twisti95 on Feb 19, 2017 20:31:02 GMT -3.5
quais empresas se beneficiarão da provavel safra record em 2017?
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Post by Claudio66 on Feb 20, 2017 20:03:15 GMT -3.5
Aqui há um gráfico assustador: Shiller PE RatioO índice está em 28.5. Passou 2 vezes desse valor na história da NYSE: - às vésperas da crise de 1929, quando chegou a 30, - na bolha das .com (2000), quando passou de 40. Acho que podemos ter um período de muito sangue ainda antes de maio. (Em maio certamente vale o dito "sell in may and go away".) Em algum momento vai cair a ficha de que Trump vai provocar inflação, queda da produtividade e aumento da dívida pública, devastando a economia americana. Quando a bolsa começar a cair, todo mundo vai abrir o olho e começar a vender. De fato: - nos EUA já há pleno emprego, mas Trump quer forçar mais a contratação, fechando as fronteiras para produtos importados - o P/E já está alto, mas o PIB cresce pouco, ao passo que os custos devem subir, pelo aumento nominal dos salários - para segurar a inflação, será necessário subir a taxa de juros, mas a dívida já está em 100% do PIB, havendo um elevado impacto fiscal desse aumento de juros - para piorar a situação fiscal, Trump irá cortar impostos dos ricos Em algum momento esse P/E terá que ser ajustado e, muito provavelmente não será com o aumento do E. (Esse é um dos motivos de eu ter me desfeito de BRAP3, que é fortemente correlacionada com índices internacionais de ações.) Análise de Nouriel Roubini (Mr. Doom), mostrando porque a economia americana deverá reduzia taxa de crescimento, eventualmente se tornando negativa, em consequência da política econômica de Donald Trump: Infomoney - Lua de mel de Trump com mercado está perto do fim, dando lugar a Aqui está o texto original. A versão publicada no Infomoney está bem próxima Nouriel Roubini - The End of Trump’s Market HoneymoonMais dois episódios da série "Vai Dar Merda": Goldman: 'Cognitive dissonance exists in the US stock market'Gestora de US$ 37 bilhões desconfia da euforia com lucros globaisA questão é saber quantas temporadas tem a série. Em janeiro de 1998 muita gente apostava que o mercado estava totalmente insano, e mesmo assim viu o S&P 500 subir mais 50% em 2 anos (até janeiro de 2000). Porém, o S&P 500 só passou do pico de 2000, em 2013 (passou um pouquinho em 2007, logo antes da crise do "subprime", mas isso nem conta). Vou reler Irrational Exuberance, do ganhador do Nobel, Robert Shiller (esse do Shiller PE Ratio que indiquei acima). A leitura está bem atual.
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uqaz
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Post by uqaz on Feb 21, 2017 5:30:23 GMT -3.5
Mais dois episódios da série "Vai Dar Merda": Goldman: 'Cognitive dissonance exists in the US stock market'Gestora de US$ 37 bilhões desconfia da euforia com lucros globaisA questão é saber quantas temporadas tem a série. Em janeiro de 1998 muita gente apostava que o mercado estava totalmente insano, e mesmo assim viu o S&P 500 subir mais 50% em 2 anos (até janeiro de 2000). Porém, o S&P 500 só passou do pico de 2000, em 2013 (passou um pouquinho em 2007, logo antes da crise do "subprime", mas isso nem conta). Vou reler Irrational Exuberance, do ganhador do Nobel, Robert Shiller (esse do Shiller PE Ratio que indiquei acima). A leitura está bem atual. Cláudio, ninguém sabe quanto tempo dura essa festa. Começou em 2011 e está nessa toada desde então. Não dá pra antecipar a ação humana. O que dá pra fazer é procurar por períodos de exuberância históricos parecidos. Uma vez li num lugar q o ciclo dura 7 anos em média. Se pegarmos o período mais longo de loucura e o projetarmos para nossa atual situação, essa festa dura no máximo até junho de 2018. E promete ser bem diferente da ultima. São vários excessos e n apenas um, como nas crises anteriores.
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Post by robinho on Feb 21, 2017 19:00:36 GMT -3.5
Desde o fundo do IBOV em 37K até hoje, segue abaixo a valorização de algumas das principais ações do IBOV:
1- VALE5- 427% 2- GGBR4- 325% 3- PETR4- 290% 4- CMIG4- 199% 5- BBAS3- 182% 6- BBDC4- 128% 7- ITUB4- 109% 8- KROT3- 96% -IBOV- 86% 9- CCRO3- 78% 10-JBSS3- 53% 11-CIEL3- 26% 12-ABEV3- 18% 13-BRFS3- -8% 14-EMBR3- -39% 15-FIBR3- -48%
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Post by robinho on Feb 21, 2017 19:12:21 GMT -3.5
O P/L do SP500 está hoje em quase 30,0. A média histórica é de cerca de 17,0. Ou seja, hoje o P/L está aproximadamente 75% acima de sua média histórica. De duas uma: ou o mercado americano está precificando aumentos significativos nos lucros das suas empresas nos próximos balanços ou o mercado está inflando uma bolha que logo vai estourar.
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Post by robinho on Feb 21, 2017 19:50:49 GMT -3.5
Aqui há um gráfico assustador: Shiller PE RatioO índice está em 28.5. Passou 2 vezes desse valor na história da NYSE: - às vésperas da crise de 1929, quando chegou a 30, - na bolha das .com (2000), quando passou de 40. Acho que podemos ter um período de muito sangue ainda antes de maio. (Em maio certamente vale o dito "sell in may and go away".) Em algum momento vai cair a ficha de que Trump vai provocar inflação, queda da produtividade e aumento da dívida pública, devastando a economia americana. Quando a bolsa começar a cair, todo mundo vai abrir o olho e começar a vender. De fato: - nos EUA já há pleno emprego, mas Trump quer forçar mais a contratação, fechando as fronteiras para produtos importados - o P/E já está alto, mas o PIB cresce pouco, ao passo que os custos devem subir, pelo aumento nominal dos salários - para segurar a inflação, será necessário subir a taxa de juros, mas a dívida já está em 100% do PIB, havendo um elevado impacto fiscal desse aumento de juros - para piorar a situação fiscal, Trump irá cortar impostos dos ricos Em algum momento esse P/E terá que ser ajustado e, muito provavelmente não será com o aumento do E. (Esse é um dos motivos de eu ter me desfeito de BRAP3, que é fortemente correlacionada com índices internacionais de ações.) Claudio, depois que postei é que vi esse seu post. Ele corrobora com o que eu escrevi em meu último post. Concordo plenamente com você. O Trump diz que vai aumentar investimentos e ao mesmo tempo vai diminuir impostos. Essa conta não fecha a não ser que você gere inflação e aumente a dívida pública. A conta desse rali dos mercados vai chegar logo.
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Post by Neomalthusiano on Feb 22, 2017 20:31:19 GMT -3.5
Mais dois episódios da série "Vai Dar Merda": Goldman: 'Cognitive dissonance exists in the US stock market'Gestora de US$ 37 bilhões desconfia da euforia com lucros globaisA questão é saber quantas temporadas tem a série. Em janeiro de 1998 muita gente apostava que o mercado estava totalmente insano, e mesmo assim viu o S&P 500 subir mais 50% em 2 anos (até janeiro de 2000). Porém, o S&P 500 só passou do pico de 2000, em 2013 (passou um pouquinho em 2007, logo antes da crise do "subprime", mas isso nem conta). Vou reler Irrational Exuberance, do ganhador do Nobel, Robert Shiller (esse do Shiller PE Ratio que indiquei acima). A leitura está bem atual. Eu interpreto da seguinte forma: I - A inflação nos EUA já está alta, alta no sentido que no limite para começar a haver uma intervenção do FED. Salvo engano 2,5% nos últimos 12m. II - Como se isso não fosse o suficiente, o Trump volta e meia vai a público cornetar medidas que sugerem a necessidade de crédito pelo governo. Lembrando que Obama deixou o abismo fiscal de presente para o novo presidente. III - O tesouro americano não disponibiliza compra de títulos pós fixados. Até existem as treasury bills, mas na inflação atual seria perder dinheiro. Ao mesmo tempo o mercado tem subido lentamente as taxas de juros na Europa. IV - Muitos gestores internacionais já estão jogando dinheiro na Rússia e no Brasil há alguns meses. Quem chega primeiro bebe água fresca. China é uma má opção no momento se observarmos a grande queima de reserva de dólares deles, apesar das medidas para subida de juros lá. Nesse cenário o que resta para os atrasados de certa forma é bolsa americana mesmo porque a opção que eles tem é escolher entre um investimento que irá dar prejuízo real e outro que pode dar ou não, pois o estouro pode ser suavizado até pela quantidade de tubarões na ponta comprada, assim como foi em 2008 sob a alegação que bolsa em baixa fazia a classe média se sentir pobre e deixar de consumir. No médio para longo prazo o sistema atual é temerário, porém não tenho tantos medos a curto para médio prazo.
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Post by Neomalthusiano on Feb 22, 2017 22:14:25 GMT -3.5
Aos que previam uma debandada de nossa bolsa ou fuga de dolares com a subida dos juros americanos, gostaria se saber suas opiniões, se possível, do atual quadro! Eu não comentei nada nos últimos tempos, por infelizmente estar afastado do fórum, mas gostaria de aproveitar a oportunidade para comentar assim mesmo: I - Muita gente tem olhado a queda da Selic, mas devemos lembrar que apesar da nossa da taxa de juros já estar em um patamar baixo, houve queda da inflação e principalmente da expectativa da inflação futura, o que suaviza bastante a queda do juro real em comparação com o juro nominal. Aliás, o governo Temer tem uma certa segurança que a princípio não haverá um surto de inflação exatamente por causa do momento recessivo da economia. Se fosse Dilma, ia estimular sempre o crédito como vinha fazendo, e criando dessa forma inflação mesmo na recessão. II - Os EUA, por causa de Obama e do FED, contam hoje com uma inflação relativamente alta. O impacto do aumento nas taxas de juros é suavizado pelo aumento de inflação, quanto aos juros reais. III - Nos últimos meses, vários investidores aportaram no Brasil, levando à queda do dólar. O novo governo tem demonstrado interesse que esse fenômeno continue, não apenas em investimentos financeiros, mas também na economia real. Contudo, não me parece ser o caso que o governo tenha interesse na apreciação do real, até como forma de manter um status quo de protecionismo falido. Diria que o dólar tem caído apesar da queda dos juros, e que o BC deve cortar juros até que o dólar comece a subir ou que o patamar de juros esteja no limite do razoável para manter a inflação controlada dentro do que foi projetado (considerando também a expectativa de crescimento da economia aí). O grande problema surge se analisarmos que esse ano foi de déficit, ano que vem também será muito provavelmente e no ano seguinte o limite de endividamento público já estourou. Até agora Temer tem lutado bastante, mas o parasitismo político tem impedido que qualquer reforma seja feita. E mesmo que a reforma previdenciária, que é a mais encaminhada, saia sem alterações em relação a proposta original, acho pouco para o tamanho do problema federal. Até porque 2018 ninguém sabe quem será presidente. E pode ser alguém que jogue o país a 200 km/h contra o muro com políticas populistas. Talvez mesmo alguém do próprio PMDB/governo. Na hora que o mercado se tocar que o Brasil é uma tragédia esperando acontecer, aí pode haver uma desesperada fuga de dólares. Contudo, ainda haverá muita água para rolar no cenário internacional até lá.
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Post by Neomalthusiano on Feb 23, 2017 8:24:05 GMT -3.5
Preocupante: br.reuters.com/article/idBRKBN1612XFRelator apresenta pontos principais de reforma tributária BRASÍLIA (Reuters) - O relator da reforma tributária, deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), apresentou os principais pontos da proposta que pretende divulgar após o feriado do Carnaval, incluindo a criação de um tributo sobre movimentação financeira, nos moldes da CPMF, para reduzir a carga previdenciária nas folhas de pagamento. O relator pretende ainda especificar, em minuta de parecer a ser apresentada em março, que não haverá redução da carga tributária para os entes federativos nos primeiros anos após a reforma. “Para reduzir a contribuição previdenciária sobre a folha de salários, será criada uma contribuição sobre movimentação financeira”, diz o relator em documento com principais pontos da reforma. O novo tributo será chamado Comfins. No texto, o deputado admite ter se posicionado contra a recriação da CPMF como “mera função arrecadatória”, mas argumenta que a medida pode ser útil para a redução da carga tributária sobre a folha e “obrigará que todos arquem com a Previdência, mesmo aqueles que gozam de isenção ou imunidade das contribuições sobre a folha”. Em exposição a integrantes da comissão nesta quarta-feira, o relator afirmou que seu parecer terá como princípios a manutenção da carga tributária no tamanho que está, incluindo a arrecadação líquida de União, Estados e Municípios nos primeiros cinco anos, colocar fim à guerra fiscal, reduzir a renúncia fiscal e diminuição da sonegação fiscal. Além disso, buscará a redução dos encargos sobre a folha de pagamento e a criação de uma Super Receita Estadual para tributar e fiscalizar novo tributo a ser criado --o Imposto Sobre Valor Agregado (IVA), que reunirá ICMS, IPI, PIS, Cofins e ISS. O IVA seria, de acordo com o deputado, um imposto de valor agregado com cobrança destino. Além disso, o texto prevê a criação de um imposto seletivo monofásico nacional, um Imposto de Renda progressivo. E seriam transferidos aos municípios os tributos sobre patrimônio --IPTU (imóveis urbanos), ITR (imóveis rurais), IPVA (veículos), ITCMD (herança) e ITBI (transmissão de Imóveis). A Secretaria da Receita Federal ficaria com a tributação, arrecadação e fiscalização do Imposto de Renda, Imposto Seletivo monofásico, INSS e a Comfins. (Reportagem de Maria Carolina Marcello)
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