MERCADO 2017

Se houvesse uma garantia, Tesla não seria aposta, seria o futuro inexorável. Aliás, o principal risco não é nenhum desses que você citou, mas sim, dos cientistas não conseguirem apesar das pesquisas, estabelecer novos avanços.

1- Se colocarem o motor elétrico num carro de uma montadora, ótimo para a Tesla. Ganha quem produziu as patentes de invenções e principalmente contribuições de melhoria. Ocidente não é China em que qualquer um faz engenharia reversa e sai se apropriando de inovações tecnológicas alheias. E a Tesla aparentemente tem muita bala na agulha no fator tecnologia de baterias.

2 - O modelo de negócio das montadoras é péssimo. As autorizadas não são propriedade das marcas, mas empresas completamente diferentes, que se aproveitam de lobby para obter o monopólio das vendas de carros 0 km. Cada estado americano tem uma franchising law que concede várias prerrogativas para esse grupo. As marcas já estabelecidas não tem muito como lidar com essa situação. Uma nova marca, entretanto, pode talvez trazer alguma inovação. A Ford tentou criar uma venda virtual de carros e fracassou. Agora, pode ser que com o AutoFi, surja uma possibilidade de vendas de carro 0 online. A Tesla que tem poucos dealers viciados tende a se beneficiar com o surgimento de concorrência em um mercado que não sabe o que é isso.

3 - Se as baterias ficarem mais baratas e somente isso, sem nenhuma evolução em eficiência ou qualquer outro fator, os carros elétricos terão plenas condições de se tornarem mais baratos que os à combustíveis fósseis. E a expectativa é que elas caiam por volta de 75% de preço até 2030.

4 - Inovações tecnológicas favorecem o negócio. Se alguém anuncia amanhã um avanço no grafeno, em supercondutores à temperatura ambiente, na substituição de terras raras, etc... isso pode dar um up da noite para o dia na Tesla. E todas essas são pesquisas que são realizadas com outros objetivos em mente, não pelas montadoras de carros elétricos, mas por setores sem relação com o negócio, inclusive no ramo militar (principalmente marinha).

5 - Petróleo não vai acabar. Mesmo que o uso de gasolina acabe, que eu duvido muito, ainda haverá muita demanda para plásticos, fertilizantes, diesel, etc... talvez isso até incentive a oferta de gasolina, pois ela pode passar a ser "brinde" do processo industrial ao invés de objetivo de produção.

6 - Essa história de 4 Itaipús é passado. E irei explicar por que:

6.1 - Um turbinão queimando petróleo é muito mais eficiente do que um monte de motorzinho 1.0 no trânsito. Em alguns meses é possível montar uma termelétrica em quase qualquer lugar, os maiores gastos com produção de energia elétrica compensariam a falta de eficiência de toda a cadeia logística em que o transporte em massa de combustível fóssil para consumidores finais se baseia. Isso é, descartando qualquer possibilidade do surgimento de novas tecnologias de transmissão ou mesmo da popularização dos painéis de energia solar para quem não mora nas grandes metrópoles, que já é uma tendência.

6.2 - Há uns 20 anos, a grande maioria dos carros elétricos se arrastavam literalmente. Hoje temos o Tesla S rodando mais de 400 km com uma carga e passando dos 200 km/h. Os carros elétricos estão cada vez mais eficientes. A cada dia que passa, o gasto energético para a produção de trabalho se torna menor. Isso, sem sua adoção em larga escala. Agora imagina os saltos possíveis depois que existir uma frota significativa desses veículos... o próprio mercado providenciará isso.

7 - Carros da Tesla não geram essa demanda por óleo mineral, óleo de transmissão e possuem muito menos partes que sofrem fricção. Isso além de gerar economia para o consumidor, também soluciona um grave problema que é onde encaminhar o óleo usado. E isso tem impacto financeiro.

Gringos comemorando a aprovação da reforma trabalhista e a permanência do Temer e jogando IBOV pra cima.

Ainda não "desprecificaram" a reforma da Previdência, que sequer vai ser votada. Também não "desprecificaram" o déficit fiscal de R$150bi previstos para o fechamento desse ano com provável aumento de impostos (o Meireles já admitiu isso). Também esqueceram do crescimento zero do PIB para esse ano e ano que vem. Enfim, por enquanto é só alegria.

Economista Luiz Barsi Filho orienta estudantes da FEA/USP, sobre mercado acionário
Publicado em 29 de jun de 2017

Também acho que a bolsa vai continuar subindo, desde que não haja alguma novidade relevante. No entanto, essa pernada de alta já está esticada. Possivelmente teremos uma correção, antes de buscar o fechamento do gap. MULT3 carrego desde o dia T. Tinha vendido metade por volta dos 64,50 e encerrei agora. Ciel tenho posição desde antes do dia T, na época que testou a base do retângulo. Além disso, no caso da CIEL, tenho algum receio do resultado que possa vim no 2T17.

Recentemente montei posição em SUZB5. Mas vejo os setores de siderurgia, construção e consumo com os de maiores potencias, em ordem decrescente. No entanto, o potencial, vem acompanhado do risco. Se fosse escolher apenas um seria construção. Mas apenas após uma correção.

Outro dia foi comentado aqui que o governo, quando pressionado por caixa, tende a aumentar os impostos sobre combustíveis.


Parece que o governo resolveu desistir de revogar as desonerações, restando apelar para o aumento de impostos.


Alguém adivinha quais os impostos que o governo pretende aumentar?

www.infomoney.com.br/bloomberg/mercados/noticia/6800484/governo-desiste-reoneracao-deve-elevar-impostos-dizem-fontes

No especial dessa semana teve uma boa entrevista sobre o setor de mineração, siderurgia e celulose.

Acho que paraíso fiscal é algo mais recente.

Me referi ao termo paraíso fiscal, creio que seu uso é mais recente.