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Post by Sultão do Swing on Jan 12, 2017 13:10:56 GMT -3.5
BB está negociando um mega empréstimo para tirar o Rio do buraco: economia.estadao.com.br/noticias/geral,bb-negocia-credito-de-r-6-5-bi-para-o-rio,10000099600 Como sempre quem está por trás e garante o empréstimo é a União. Será que há alguma possibilidade do Rio dar o cano? Nossa, essa questão é muito difícil de resolver. Vou fazer uma pilha de Mankiw, Krugman, Barro e Cia para meditar profundamente sobre esta questão
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Post by Claudio66 on Jan 12, 2017 13:25:11 GMT -3.5
"Eu já sabia!!!" Ontem e hoje comprei mais NTN-B Principal para 2035. Os preços dos títulos devem dar um salto. Eu também comprei ontem mais fui de LTN23 como tenho feito esse ano todo. Sinceramente eu não sei dizer quanto é que esse corte deve afetar os dóis papéis como para saber qual é melhor opção "de especulação". Por um lado o vencimento longe da NTN35 faz ela muito sensível a essas mudanças, mesmo que esperadas pelo mercado, por outro, o fato das NTN estarem atreladas á inflação faz elas menos voláteis a mudanças nas taxas de juros. Só amanhã saberemos. Pelo menos de ontem para hoje o efeito foi maior sobre a NTN35 (+ 2,3%) do que sobre a LTN23 (+1,7%). Acho que essa diferença deve aumentar nos próximos dias, porque o BC deixou um claro sinal de queda das taxas de juros nominais e reais. Isso pode aumentar o risco de inflação, o que torna NTN35, indexada pelo IPCA, mais atrativa. Juntando com a maior duration...
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Post by wizardhsc on Jan 12, 2017 13:34:38 GMT -3.5
Acho que o problema dessa análise é que ignora que os produtos brasileiros não são competitivos no mercado internacional. (Exceto por commodities, como minério e soja.) A balança comercial brasileira melhorou porque as importações caíram muito mais que as exportações. A crise na indústria, que vem bem antes de 2015, é por essa baixa competitividade, que envolve custo elevado do trabalho, custo elevado do capital, custo elevado de logística e ineficiência do sistema tributário. (No geral o Brasil pune cadeias de produção mais segmentadas, que seriam teoricamente mais eficazes.) Se o crescimento for impulsionado por aumento do consumo, aumentam as importações. Se o dólar cair, as importações aumentam mais ainda (eu, por exemplo, volto a ser ávido consumidor de damasco turco e queijo francês), ao passo que as exportações caem. Ou seja, a balança comercial passaria para o campo negativo, piorando ainda mais o déficit em transações correntes. E como o consumo aumentaria? Apenas se ajudado pela queda da taxa de juros, permitindo um aumento no consumo de bens duráveis. Mesmo assim, isso está limitado pela baixa renda e elevado endividamento das famílias. O motivo para a queda do dólar seria a entrada de recursos para investimentos. Por exemplo, a colocação de bonds no exterior pelas empresas brasileiras, como Vale e Petrobras. Mas isso projeta um aumento do gasto com encargos (juros) da dívida, que ainda serão altos, pois o Brasil continua em grau especulativo. Um possível motivo de queda a taxa de câmbio no curto prazo, é motivo de aumento do déficit em transações correntes no futuro, o que dificultaria o país de sair do grau especulativo. Ou seja, em qualquer cenário, precisamos de queda expressiva da taxa de juros e aumento da taxa de câmbio (ao menos a médio e longo prazo). Essas duas variações são consistentes e passam a ser o objetivo do BC. (Não se iluda que o BC não leva a taxa de crescimento da economia em consideração. Até porque, existe limite inferior da inflação.) O BC vai diminuir a taxa de juros até a taxa de câmbio subir num nível que permita a concorrência dos produtos brasileiros. (O que eu estimo em algo como R$ 4.) Do contrário a recuperação da economia será ainda mais lenta. E o aumento da taxa de juros não pode pressionar a inflação? A pressão será pequena, porque a ociosidade da capacidade instalada na indústria está muito elevada. Teríamos algum efeito sobre alimentos, como feijão, açúcar, carne e óleo de soja. Mas isso deve ser contrabalançado por melhorias nas condições climáticas e melhoria nas condições de produção na Argentina, que aumentaria a oferta. Em particular, do que conheço do Ilan Goldfajn, ele acha que o efeito do pass-through da taxa de câmbio para a inflação é relativamente baixo e é lento. (Sobre isso existe esse artigo, bem antigo, dele com o Sergio Werlang: The Pass-through from Depreciation to Inflation: A Panel Study) Como o BC já está projetando a inflação abaixo da meta e decrescente em 2017 e 2018 (4,0% e 3,4%, respectivamente), existe espaço para deixar o câmbio subir em 2017, com seu efeito sendo sentido ao final de 2018. O BC quis convergir a inflação rapidamente para o centro da meta, porque isso é o melhor do ponto de vista social. No longo prazo reduz a inflação inercial. Isso permite uma taxa de juros menor no longo prazo (inclusive em termos reais) e facilita o planejamento das famílias e das empresas. Agora que convergiu tanto a inflação quanto as expectativas de inflação, os juros serão drasticamente cortados até a taxa de câmbio reagir. (Se o consumo reagir primeiro, o que acho pouco provável, a sequência de quedas da taxa de juros pode ser interrompida.) Concordo com você, mas gostaria de sabe porque considera o valor de 4 como o ideal? E se não tem medo que a inflação volte a subir com força nesse valor? Outro ponto, como ficaria a Petrobras nesse cenário? Visto que ou ela perde o pouco de credibilidade que tem segurando os preços ou vai inflacionar o mercado repassando a desvalorização do cambio para o consumidor.
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Post by Sultão do Swing on Jan 12, 2017 14:24:40 GMT -3.5
Concordo com você, mas gostaria de sabe porque considera o valor de 4 como o ideal? E se não tem medo que a inflação volte a subir com força nesse valor? Outro ponto, como ficaria a Petrobras nesse cenário? Visto que ou ela perde o pouco de credibilidade que tem segurando os preços ou vai inflacionar o mercado repassando a desvalorização do cambio para o consumidor. Há bem pouco tempo atrás o BC atuou no mercado cambial para evitar que dólar subisse muito. Pela mesma razão, é de se supor que o fará novamente no futuro próximo. De repente a Petrossauro não tem nem mais muita margem para escolha, Wizard. Ocorrendo desvalorização cambial, ela teria que repassar os aumentos de custos. Mais um motivo para o Ilan tentar segurar o câmbio.
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Post by salcedo on Jan 12, 2017 15:59:02 GMT -3.5
Concordo com você, mas gostaria de sabe porque considera o valor de 4 como o ideal? E se não tem medo que a inflação volte a subir com força nesse valor? Outro ponto, como ficaria a Petrobras nesse cenário? Visto que ou ela perde o pouco de credibilidade que tem segurando os preços ou vai inflacionar o mercado repassando a desvalorização do cambio para o consumidor. Há bem pouco tempo atrás o BC atuou no mercado cambial para evitar que dólar subisse muito. Pela mesma razão, é de se supor que o fará novamente no futuro próximo. De repente a Petrossauro não tem nem mais muita margem para escolha, Wizard. Ocorrendo desvalorização cambial, ela teria que repassar os aumentos de custos. Mais um motivo para o Ilan tentar segurar o câmbio. Aqui tem um benefício: economia.estadao.com.br/noticias/geral,cambio-alivia-divida-da-petrobras-em-quase-r-32-bi,10000060277
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Post by Claudio66 on Jan 12, 2017 16:17:32 GMT -3.5
Concordo com você, mas gostaria de sabe porque considera o valor de 4 como o ideal? E se não tem medo que a inflação volte a subir com força nesse valor? Outro ponto, como ficaria a Petrobras nesse cenário? Visto que ou ela perde o pouco de credibilidade que tem segurando os preços ou vai inflacionar o mercado repassando a desvalorização do cambio para o consumidor. Há bem pouco tempo atrás o BC atuou no mercado cambial para evitar que dólar subisse muito. Pela mesma razão, é de se supor que o fará novamente no futuro próximo. De repente a Petrossauro não tem nem mais muita margem para escolha, Wizard. Ocorrendo desvalorização cambial, ela teria que repassar os aumentos de custos. Mais um motivo para o Ilan tentar segurar o câmbio. Não acho que o BC atue mais para definir a taxa de câmbio. Ele atua para reduzir a volatilidade da taxa de câmbio. Por isso marquei em vermelho a palavra "muito". O governo não pode e não deve evitar o repasse do preço do petróleo pela Petrobras. Mas o que afeta a inflação é o preço do combustível refinado e distribuído ("na bomba"), no qual o peso do petróleo é bem menor. Alta de 20% na taxa de câmbio terá um efeito menor que 5% na gasolina e muito menor que isso no índice de inflação. (Em 2015, por exemplo, um aumento de 20% no preço da gasolina tev um impacto de apenas 0,76% na inflação. Fonte: www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/01/1727351-energia-eletrica-e-gasolina-sao-os-viloes-na-alta-da-inflacao-em-2015.shtml.) Tem o efeito do custo de transporte sobre as demais mercadorias. Mas, novamente, é um peso mínimo sobre o custo total de produção e distribuição. Acho que o efeito sobre os alimentos é muito mais direto. Esse é que deve preocupar mais. Mas expliquei que há fatores que podem atenuar esse efeito.
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Post by wizardhsc on Jan 12, 2017 16:58:37 GMT -3.5
Há bem pouco tempo atrás o BC atuou no mercado cambial para evitar que dólar subisse muito. Pela mesma razão, é de se supor que o fará novamente no futuro próximo. De repente a Petrossauro não tem nem mais muita margem para escolha, Wizard. Ocorrendo desvalorização cambial, ela teria que repassar os aumentos de custos. Mais um motivo para o Ilan tentar segurar o câmbio. Não acho que o BC atue mais para definir a taxa de câmbio. Ele atua para reduzir a volatilidade da taxa de câmbio. Por isso marquei em vermelho a palavra "muito". O governo não pode e não deve evitar o repasse do preço do petróleo pela Petrobras. Mas o que afeta a inflação é o preço do combustível refinado e distribuído ("na bomba"), no qual o peso do petróleo é bem menor. Alta de 20% na taxa de câmbio terá um efeito menor que 5% na gasolina e muito menor que isso no índice de inflação. (Em 2015, por exemplo, um aumento de 20% no preço da gasolina tev um impacto de apenas 0,76% na inflação. Fonte: www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/01/1727351-energia-eletrica-e-gasolina-sao-os-viloes-na-alta-da-inflacao-em-2015.shtml.) Tem o efeito do custo de transporte sobre as demais mercadorias. Mas, novamente, é um peso mínimo sobre o custo total de produção e distribuição. Acho que o efeito sobre os alimentos é muito mais direto. Esse é que deve preocupar mais. Mas expliquei que há fatores que podem atenuar esse efeito. Não imaginava que seria apenas isso.
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Potuz
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Post by Potuz on Jan 12, 2017 17:41:44 GMT -3.5
Eu também comprei ontem mais fui de LTN23 como tenho feito esse ano todo. Sinceramente eu não sei dizer quanto é que esse corte deve afetar os dóis papéis como para saber qual é melhor opção "de especulação". Por um lado o vencimento longe da NTN35 faz ela muito sensível a essas mudanças, mesmo que esperadas pelo mercado, por outro, o fato das NTN estarem atreladas á inflação faz elas menos voláteis a mudanças nas taxas de juros. Só amanhã saberemos. Pelo menos de ontem para hoje o efeito foi maior sobre a NTN35 (+ 2,3%) do que sobre a LTN23 (+1,7%). Acho que essa diferença deve aumentar nos próximos dias, porque o BC deixou um claro sinal de queda das taxas de juros nominais e reais. Isso pode aumentar o risco de inflação, o que torna NTN35, indexada pelo IPCA, mais atrativa. Juntando com a maior duration... kkkk Claudio66, eu li dois posts seguidos de você onde num deles menciona "pode aumentar o risco de inflação" e em outro "...a pressão (inflacionária) será pequena..."
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Potuz
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Post by Potuz on Jan 12, 2017 17:50:57 GMT -3.5
Há bem pouco tempo atrás o BC atuou no mercado cambial para evitar que dólar subisse muito. Pela mesma razão, é de se supor que o fará novamente no futuro próximo. De repente a Petrossauro não tem nem mais muita margem para escolha, Wizard. Ocorrendo desvalorização cambial, ela teria que repassar os aumentos de custos. Mais um motivo para o Ilan tentar segurar o câmbio. Não acho que o BC atue mais para definir a taxa de câmbio. Ele atua para reduzir a volatilidade da taxa de câmbio. Por isso marquei em vermelho a palavra "muito". O governo não pode e não deve evitar o repasse do preço do petróleo pela Petrobras. Mas o que afeta a inflação é o preço do combustível refinado e distribuído ("na bomba"), no qual o peso do petróleo é bem menor. Alta de 20% na taxa de câmbio terá um efeito menor que 5% na gasolina e muito menor que isso no índice de inflação. (Em 2015, por exemplo, um aumento de 20% no preço da gasolina tev um impacto de apenas 0,76% na inflação. Fonte: www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/01/1727351-energia-eletrica-e-gasolina-sao-os-viloes-na-alta-da-inflacao-em-2015.shtml.) Tem o efeito do custo de transporte sobre as demais mercadorias. Mas, novamente, é um peso mínimo sobre o custo total de produção e distribuição. Acho que o efeito sobre os alimentos é muito mais direto. Esse é que deve preocupar mais. Mas expliquei que há fatores que podem atenuar esse efeito. Só um comentário e uma pergunta: 0,76% é muito! isso representa 7,1% do total do IPCA, num item só. A pergunta é de onde você tirou o dado que o peso é mínimo sobre o custo de distribuição e produção? Eu tendo a discordar com a afirmação que aumento de combustíveis não tem muito impacto na inflação, começando com que passagens de ónibus e até de turismo apareçam como itens separados na conta já me parece errado. Eu não conheço mas ficaria surpreso se essa afirmação sua fosse certa, eu teria imaginado que o custo de distribuição dos alimentos é muito afetado já que o custo de produção é geralmente baixo.
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Neymar
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Post by Neymar on Jan 12, 2017 18:49:06 GMT -3.5
Não acho que o BC atue mais para definir a taxa de câmbio. Ele atua para reduzir a volatilidade da taxa de câmbio. Por isso marquei em vermelho a palavra "muito". O governo não pode e não deve evitar o repasse do preço do petróleo pela Petrobras. Mas o que afeta a inflação é o preço do combustível refinado e distribuído ("na bomba"), no qual o peso do petróleo é bem menor. Alta de 20% na taxa de câmbio terá um efeito menor que 5% na gasolina e muito menor que isso no índice de inflação. (Em 2015, por exemplo, um aumento de 20% no preço da gasolina tev um impacto de apenas 0,76% na inflação. Fonte: www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/01/1727351-energia-eletrica-e-gasolina-sao-os-viloes-na-alta-da-inflacao-em-2015.shtml.) Tem o efeito do custo de transporte sobre as demais mercadorias. Mas, novamente, é um peso mínimo sobre o custo total de produção e distribuição. Acho que o efeito sobre os alimentos é muito mais direto. Esse é que deve preocupar mais. Mas expliquei que há fatores que podem atenuar esse efeito. Só um comentário e uma pergunta: 0,76% é muito! isso representa 7,1% do total do IPCA, num item só. A pergunta é de onde você tirou o dado que o peso é mínimo sobre o custo de distribuição e produção? Eu tendo a discordar com a afirmação que aumento de combustíveis não tem muito impacto na inflação, começando com que passagens de ónibus e até de turismo apareçam como itens separados na conta já me parece errado. Eu não conheço mas ficaria surpreso se essa afirmação sua fosse certa, eu teria imaginado que o custo de distribuição dos alimentos é muito afetado já que o custo de produção é geralmente baixo. No caso 0,76% é só a gasolina. Diesel deve impactar muito mais, direta e indiretamente, já que ônibus são movidos a diesel e a maior parte dos produtos viaja de caminhão.
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Potuz
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Post by Potuz on Jan 12, 2017 19:12:14 GMT -3.5
No caso 0,76% é só a gasolina. Diesel deve impactar muito mais, direta e indiretamente, já que ônibus são movidos a diesel e a maior parte dos produtos viaja de caminhão. Esse é parte do meu ponto, que o preço do combustível é responsável por muito mais daquele 0,76% (que já considero muito) do IPCA.
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Post by Claudio66 on Jan 12, 2017 19:22:01 GMT -3.5
Pelo menos de ontem para hoje o efeito foi maior sobre a NTN35 (+ 2,3%) do que sobre a LTN23 (+1,7%). Acho que essa diferença deve aumentar nos próximos dias, porque o BC deixou um claro sinal de queda das taxas de juros nominais e reais. Isso pode aumentar o risco de inflação, o que torna NTN35, indexada pelo IPCA, mais atrativa. Juntando com a maior duration... kkkk Claudio66 , eu li dois posts seguidos de você onde num deles menciona "pode aumentar o risco de inflação" e em outro "...a pressão (inflacionária) será pequena..." Os possíveis resultados de inflação seguem uma distribuição. Quando digo que a pressão é pequena, refiro-me à média da distribuição. Quando digo que o aumenta o risco, refiro-me ao aumento na dispersão dos possíveis resultados. Atualmente o modelo do BC aponta para uma inflação abaixo do cetro da meta, tanto em 2017 quanto em 2018. A pressão inflacionária está baixa, permitindo ao BC aliviar a política monetária. A pressão sobre a inflação, na média dos possíveis cenários continua baixa, mas, em alguns cenários, poderá se distanciar mais do centro da meta.
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Post by Claudio66 on Jan 12, 2017 19:50:53 GMT -3.5
Não acho que o BC atue mais para definir a taxa de câmbio. Ele atua para reduzir a volatilidade da taxa de câmbio. Por isso marquei em vermelho a palavra "muito". O governo não pode e não deve evitar o repasse do preço do petróleo pela Petrobras. Mas o que afeta a inflação é o preço do combustível refinado e distribuído ("na bomba"), no qual o peso do petróleo é bem menor. Alta de 20% na taxa de câmbio terá um efeito menor que 5% na gasolina e muito menor que isso no índice de inflação. (Em 2015, por exemplo, um aumento de 20% no preço da gasolina tev um impacto de apenas 0,76% na inflação. Fonte: www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/01/1727351-energia-eletrica-e-gasolina-sao-os-viloes-na-alta-da-inflacao-em-2015.shtml.) Tem o efeito do custo de transporte sobre as demais mercadorias. Mas, novamente, é um peso mínimo sobre o custo total de produção e distribuição. Acho que o efeito sobre os alimentos é muito mais direto. Esse é que deve preocupar mais. Mas expliquei que há fatores que podem atenuar esse efeito. Só um comentário e uma pergunta: 0,76% é muito! isso representa 7,1% do total do IPCA, num item só. A pergunta é de onde você tirou o dado que o peso é mínimo sobre o custo de distribuição e produção? Eu tendo a discordar com a afirmação que aumento de combustíveis não tem muito impacto na inflação, começando com que passagens de ónibus e até de turismo apareçam como itens separados na conta já me parece errado. Eu não conheço mas ficaria surpreso se essa afirmação sua fosse certa, eu teria imaginado que o custo de distribuição dos alimentos é muito afetado já que o custo de produção é geralmente baixo. 0,76% é o impacto do aumento de 20% no preço da gasolina. Considerando o preço do barril de petróleo estável entre US$ 50 e US$ 60 por barril, sendo o aumento do preço interno devido apenas ao aumento da taxa de câmbio, com aumento de 20% da taxa de câmbio (aprox. R$ 3,90 / US$), teríamos um aumento de 20% no preço do petróleo, insumo para a gasolina. Repare que 31% é o peso da gasolina na saída da refinaria sobre o preço na bomba (fonte: www.petrobras.com.br/pt/produtos-e-servicos/composicao-de-precos/gasolina/). Se o petróleo aumentar 20%, o impacto no preço na bomba seria menor que 6%. Em termos de impacto no índice de inflação, seria menor que 0,23% (depois de descontar o custo de refino). Não acho que isso seja alto. Da mesma forma, o aumento sentido pelas empresas de transporte no combustível será de 6%. O impacto no preço do frete será uma fração disso. E o impacto nos preços de mercado será uma fração do preço do frete. E boa parte dos custos na economia se referem a serviços, bem menos afetados pelo custo do combustível.
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Post by Deleted on Jan 13, 2017 16:53:16 GMT -3.5
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Post by robinho on Jan 13, 2017 18:56:25 GMT -3.5
Depois do rally das bolsas mundiais (rally do Trump), bolsas todas travadas aguardando a posse do indivíduo. O baú de maldades continua fechado. Não tem mais notícia ruim vindo da China, da Europa e nem dos EUA. Verdadeiro céu de brigadeiro. Por aqui a ordem é não deixar ações de commodities e bancos caírem para segurar o índice. IBOV rumo aos 70K? Parece que se depender dos gringos, sim.
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Post by wizardhsc on Jan 13, 2017 19:30:17 GMT -3.5
Depois do rally das bolsas mundiais (rally do Trump), bolsas todas travadas aguardando a posse do indivíduo. O baú de maldades continua fechado. Não tem mais notícia ruim vindo da China, da Europa e nem dos EUA. Verdadeiro céu de brigadeiro. Por aqui a ordem é não deixar ações de commodities e bancos caírem para segurar o índice. IBOV rumo aos 70K? Parece que se depender dos gringos, sim. 70k é pouco, se continuar nesse ritmo, é rumo ao 102k.
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Post by Deleted on Jan 13, 2017 19:40:53 GMT -3.5
Depois do rally das bolsas mundiais (rally do Trump), bolsas todas travadas aguardando a posse do indivíduo. O baú de maldades continua fechado. Não tem mais notícia ruim vindo da China, da Europa e nem dos EUA. Verdadeiro céu de brigadeiro. Por aqui a ordem é não deixar ações de commodities e bancos caírem para segurar o índice. IBOV rumo aos 70K? Parece que se depender dos gringos, sim. 70k é pouco, se continuar nesse ritmo, é rumo ao 102k. De onde você tirou esses 102k, Wizard?
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Post by wizardhsc on Jan 13, 2017 20:27:03 GMT -3.5
70k é pouco, se continuar nesse ritmo, é rumo ao 102k. De onde você tirou esses 102k, Wizard? É uma projeção maluca, mas tem lógica. A entrada seria na superação da máxima do ano passado. Haja coragem. messemnoalvo.com.br/vlad-view-janeiro-2017/
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Post by Deleted on Jan 13, 2017 20:33:59 GMT -3.5
Valeu, obrigado por retornar. Não li ainda, pois vi que é um artigo meio longo. Eu achei uma coincidência muito grande você postar esse número, pois com as minhas análises o gráfico anual projeta 102k 652 pontos para o IBOV. Lógico que eu não faço ideia de quando esse patamar vai ser atingido, se vai ser nesse ano ou em outros anos, mas eu achei coincidência pelo número ser praticamente o mesmo.
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Post by wizardhsc on Jan 13, 2017 20:43:26 GMT -3.5
Valeu, obrigado por retornar. Não li ainda, pois vi que é um artigo meio longo. Eu achei uma coincidência muito grande você postar esse número, pois com as minhas análises o gráfico anual projeta 102k 652 pontos para o IBOV. Lógico que eu não faço ideia de quando esse patamar vai ser atingido, se vai ser nesse ano ou em outros anos, mas eu achei coincidência pelo número ser praticamente o mesmo. Acho que um dia chegará lá, o difícil é saber quando
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