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Post by salcedo on Mar 21, 2017 13:39:37 GMT -3.5
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fiel
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Post by fiel on Mar 21, 2017 20:56:00 GMT -3.5
Pessoal como a Petrobras teve seu terceiro prejuízo seguido as ON e as PN não terão o mesmo direito de voto ??ate que a empresa volte a lucrar...eu tenho quase certeza q isso existe
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rst
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Post by rst on Mar 22, 2017 6:38:18 GMT -3.5
Pessoal como a Petrobras teve seu terceiro prejuízo seguido as ON e as PN não terão o mesmo direito de voto ??ate que a empresa volte a lucrar...eu tenho quase certeza q isso existe Edit: minha postagem estava errada. O texto publicado hoje no valor explica a questão.
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rst
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Post by rst on Mar 22, 2017 7:28:02 GMT -3.5
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fiel
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Post by fiel on Mar 22, 2017 11:53:33 GMT -3.5
nãoo sou assinante não consegui ler
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rst
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Post by rst on Mar 22, 2017 13:07:29 GMT -3.5
nãoo sou assinante não consegui ler Caso tenha interesse em ler, não assinantes podem acessar 5 reportagens por mês. Resumindo: Pedro Parente afirmou ontem que o dispositivo da Lei das S/A não se aplica à petrobrás porque a Lei do Petróleo teria uma regra própria para a empresa.
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fiel
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Post by fiel on Mar 22, 2017 13:50:01 GMT -3.5
nãoo sou assinante não consegui ler Caso tenha interesse em ler, não assinantes podem acessar 5 reportagens por mês. Resumindo: Pedro Parente afirmou ontem que o dispositivo da Lei das S/A não se aplica à petrobrás porque a Lei do Petróleo teria uma regra própria para a empresa. Obrigado na verdade sou cadastrado mas o limite já venceu pra março kk Sobre a declaração do Parente acho meio controversa alguém pode contestar procurei a manhã inteira e encontrei vários pontos a favor disso
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Potuz
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Post by Potuz on Mar 22, 2017 13:53:39 GMT -3.5
Caso tenha interesse em ler, não assinantes podem acessar 5 reportagens por mês. Resumindo: Pedro Parente afirmou ontem que o dispositivo da Lei das S/A não se aplica à petrobrás porque a Lei do Petróleo teria uma regra própria para a empresa. Obrigado na verdade sou cadastrado mas o limite já venceu pra março kk Sobre a declaração do Parente acho meio controversa alguém pode contestar procurei a manhã inteira e encontrei vários pontos a favor disso Aqui tem uma livre no estadão
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fiel
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Post by fiel on Mar 22, 2017 14:14:59 GMT -3.5
Obrigado na verdade sou cadastrado mas o limite já venceu pra março kk Sobre a declaração do Parente acho meio controversa alguém pode contestar procurei a manhã inteira e encontrei vários pontos a favor disso Aqui tem uma livre no estadãoValeu como imaginava tem uma lei sobrepondo a outra pode ter alguma batalha judicial
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Post by robinho on Mar 24, 2017 18:06:31 GMT -3.5
KKKK. Ainda estamos em março, e o governo já fez o terceiro corte de projeção do aumento do PIB para esse ano.
De 1,6% cortou para 1,0% e agora para 0,5%. Até o meio do ano a projeção do PIBinho vem para 0%. Isso se o Temer não
cair. Senão é mais um ano no vermelho.
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Post by wizardhsc on Mar 24, 2017 18:11:56 GMT -3.5
KKKK. Ainda estamos em março, e o governo já fez o terceiro corte de projeção do aumento do PIB para esse ano. De 1,6% cortou para 1,0% e agora para 0,5%. Até o meio do ano a projeção do PIBinho vem para 0%. Isso se o Temer não cair. Senão é mais um ano no vermelho. Quando Dilma era presidente, previa com sorte 0% para esse ano e um leve aumento em 2018, que poderia impulsionar a candidatura do PT. Temer entrou, mas continua com a mesma previsão. Por isso, nunca gostei do comentário que se o PIB subisse 1,5% não teríamos que elevar impostos.
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Post by salcedo on Mar 25, 2017 11:14:19 GMT -3.5
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Post by Sultão do Swing on Mar 29, 2017 16:21:40 GMT -3.5
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uqaz
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Post by uqaz on Mar 29, 2017 17:06:20 GMT -3.5
Bom texto, bem típico do que andou acontecendo nestes 2-3 últimos anos: O caixa é da companhia ou do acionista? por Andre Rocha em terça-feira, 28 de março de 2017 O objetivo último do acionista é ter sua participação em uma empresa retribuída com o recebimento de parte dos resultados. A legislação societária trata dessa questão, obrigando a companhia a definir um percentual mínimo a ser distribuído aos acionistas. Mas, apesar de algumas regras, o pagamento aos acionistas acaba sendo um ato discricionário dos administradores. São atribuídas a Neném Prancha, roupeiro e massagista do Botafogo, frases que marcaram o futebol brasileiro. A mais famosa é: “Pênalti é uma coisa tão importante que quem deveria bater é o presidente do clube”. A política de dividendos, também um ato decisivo, deve reter a atenção do Conselho. Ela pode tanto impulsionar como prejudicar o desempenho das ações. A literatura de finanças é controversa sobre o tema. Apresenta teorias que defendem que a política de dividendos afeta positivamente a cotação. Outras dizem ser ela indiferente para o desempenho do papel. Já tratei desse tema em post de setembro de 2011: “Faz sentido investir em ações com distribuição de dividendos elevada?”. Fiquemos do lado das teorias que veem os dividendos como importante para o desempenho da ação. Mesmo assim, o destino da geração de caixa deve ser bem balanceado entre investimentos produtivos e dividendos. Se a empresa pender para o segundo em detrimento de gastos que podem fomentar seu crescimento, as ações sofrerão mais à frente. Por outro lado, investimentos ineficientes destroem valor. Nesse caso, o dinheiro nas mãos dos acionistas evitaria o estrago. Dada a instabilidade de nossa economia, é comum vermos companhias com caixa elevado com montantes muito acima do necessário para cobrir suas necessidades de capital de giro, investimentos e amortização do endividamento. As altas taxas de juros praticadas no Brasil também incentivam a uma postura menos eficiente do uso do caixa. Em meados da década passada, uma empresa do setor de telecomunicações chamava a atenção. Seu caixa era muito superior às suas necessidades. Alguns acionistas não se preocupavam, dizendo que o caixa da empresa era também deles, acionistas. Outros não eram tão benevolentes, acreditando que o dinheiro estaria mais “seguro” em suas mãos, receosos da possibilidade de práticas nebulosas dos administradores. Segundo minha avaliação, o dinheiro não era distribuído porque como o controle era detido com apenas 17% das ações, a maior parte dos recursos distribuídos iria para os minoritários. Isso combinado com a possibilidade de venda da companhia, sempre ventilada, tornava interessante manter caixa a fim de elevar o valor da companhia. A retenção de caixa era criticada pela maior parte do mercado, impedindo que as ações atingissem seu valor justo. Recentemente, dois casos mostraram como a distribuição de resultados pode destravar valor. A Hypermarcas, que quando veio para a bolsa possuía atuação diversificada indo de alimentos a cosméticos e agora tem foco na indústria farmacéutica, reduziu seu capital social e distribuiu o caixa acumulado a seus acionistas. O valor de R$ 821 milhões representava 5% do valor de mercado da empresa. Os acionistas parecem ter gostado. Em março, HYPE3 sobe 6,6%, enquanto o Ibovespa cai 3,5%. A redução de capital difere dos dividendos, pois esse é pontual e não recorrente ao passo que os dividendos são periódicos. A Usiminas também se utilizou dessa estratégia para aumentar seu caixa e reduzir sua alavancagem. A empresa conseguiu aprovar em Assembleia Extraordinária a redução do capital de sua controlada Usiminas Mineração em R$ 1 bilhão, sendo que 70% do valor engordou o caixa da siderúrgica, suavizando seu nível de endividamento. Algumas empresas sob a desculpa da prudência retém caixa além do necessário para suas atividades, diminuindo o valor da companhia. Na falta de um uso melhor, a distribuição de recursos ociosos seja por meio de dividendos ou redução de capital deve ser mandatória. Ninguém melhor do que o próprio acionista para saber o que fazer com o dinheiro. As empresas abertas deveriam ter isso em mente, pois a geração de valor pode estar dormindo placidamente no cofre da companhia. www.estrategista.net/o-caixa-e-da-companhia-ou-do-acionista/FESA4, SHUL4, CGRA4...costumam (até qdo acompanhava, n sei agora) estar sentadas em caixa mas isso n se converte em retorno pro acionista.
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Post by wizardhsc on Mar 29, 2017 17:32:02 GMT -3.5
Bom texto, bem típico do que andou acontecendo nestes 2-3 últimos anos: O caixa é da companhia ou do acionista? por Andre Rocha em terça-feira, 28 de março de 2017 O objetivo último do acionista é ter sua participação em uma empresa retribuída com o recebimento de parte dos resultados. A legislação societária trata dessa questão, obrigando a companhia a definir um percentual mínimo a ser distribuído aos acionistas. Mas, apesar de algumas regras, o pagamento aos acionistas acaba sendo um ato discricionário dos administradores. São atribuídas a Neném Prancha, roupeiro e massagista do Botafogo, frases que marcaram o futebol brasileiro. A mais famosa é: “Pênalti é uma coisa tão importante que quem deveria bater é o presidente do clube”. A política de dividendos, também um ato decisivo, deve reter a atenção do Conselho. Ela pode tanto impulsionar como prejudicar o desempenho das ações. A literatura de finanças é controversa sobre o tema. Apresenta teorias que defendem que a política de dividendos afeta positivamente a cotação. Outras dizem ser ela indiferente para o desempenho do papel. Já tratei desse tema em post de setembro de 2011: “Faz sentido investir em ações com distribuição de dividendos elevada?”. Fiquemos do lado das teorias que veem os dividendos como importante para o desempenho da ação. Mesmo assim, o destino da geração de caixa deve ser bem balanceado entre investimentos produtivos e dividendos. Se a empresa pender para o segundo em detrimento de gastos que podem fomentar seu crescimento, as ações sofrerão mais à frente. Por outro lado, investimentos ineficientes destroem valor. Nesse caso, o dinheiro nas mãos dos acionistas evitaria o estrago. Dada a instabilidade de nossa economia, é comum vermos companhias com caixa elevado com montantes muito acima do necessário para cobrir suas necessidades de capital de giro, investimentos e amortização do endividamento. As altas taxas de juros praticadas no Brasil também incentivam a uma postura menos eficiente do uso do caixa. Em meados da década passada, uma empresa do setor de telecomunicações chamava a atenção. Seu caixa era muito superior às suas necessidades. Alguns acionistas não se preocupavam, dizendo que o caixa da empresa era também deles, acionistas. Outros não eram tão benevolentes, acreditando que o dinheiro estaria mais “seguro” em suas mãos, receosos da possibilidade de práticas nebulosas dos administradores. Segundo minha avaliação, o dinheiro não era distribuído porque como o controle era detido com apenas 17% das ações, a maior parte dos recursos distribuídos iria para os minoritários. Isso combinado com a possibilidade de venda da companhia, sempre ventilada, tornava interessante manter caixa a fim de elevar o valor da companhia. A retenção de caixa era criticada pela maior parte do mercado, impedindo que as ações atingissem seu valor justo. Recentemente, dois casos mostraram como a distribuição de resultados pode destravar valor. A Hypermarcas, que quando veio para a bolsa possuía atuação diversificada indo de alimentos a cosméticos e agora tem foco na indústria farmacéutica, reduziu seu capital social e distribuiu o caixa acumulado a seus acionistas. O valor de R$ 821 milhões representava 5% do valor de mercado da empresa. Os acionistas parecem ter gostado. Em março, HYPE3 sobe 6,6%, enquanto o Ibovespa cai 3,5%. A redução de capital difere dos dividendos, pois esse é pontual e não recorrente ao passo que os dividendos são periódicos. A Usiminas também se utilizou dessa estratégia para aumentar seu caixa e reduzir sua alavancagem. A empresa conseguiu aprovar em Assembleia Extraordinária a redução do capital de sua controlada Usiminas Mineração em R$ 1 bilhão, sendo que 70% do valor engordou o caixa da siderúrgica, suavizando seu nível de endividamento. Algumas empresas sob a desculpa da prudência retém caixa além do necessário para suas atividades, diminuindo o valor da companhia. Na falta de um uso melhor, a distribuição de recursos ociosos seja por meio de dividendos ou redução de capital deve ser mandatória. Ninguém melhor do que o próprio acionista para saber o que fazer com o dinheiro. As empresas abertas deveriam ter isso em mente, pois a geração de valor pode estar dormindo placidamente no cofre da companhia. www.estrategista.net/o-caixa-e-da-companhia-ou-do-acionista/FESA4, SHUL4, CGRA4...costumam (até qdo acompanhava, n sei agora) estar sentadas em caixa mas isso n se converte em retorno pro acionista. SHUL4 não tem caixa liquido. CGRA tem caixa, mas não acho tão exagerado. Caixa gigante e que tende a se tornar pouco rentável com a tendencia da queda dos juros é GRND.
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uqaz
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Post by uqaz on Mar 29, 2017 17:41:08 GMT -3.5
Bom texto, bem típico do que andou acontecendo nestes 2-3 últimos anos: O caixa é da companhia ou do acionista? por Andre Rocha em terça-feira, 28 de março de 2017 O objetivo último do acionista é ter sua participação em uma empresa retribuída com o recebimento de parte dos resultados. A legislação societária trata dessa questão, obrigando a companhia a definir um percentual mínimo a ser distribuído aos acionistas. Mas, apesar de algumas regras, o pagamento aos acionistas acaba sendo um ato discricionário dos administradores. São atribuídas a Neném Prancha, roupeiro e massagista do Botafogo, frases que marcaram o futebol brasileiro. A mais famosa é: “Pênalti é uma coisa tão importante que quem deveria bater é o presidente do clube”. A política de dividendos, também um ato decisivo, deve reter a atenção do Conselho. Ela pode tanto impulsionar como prejudicar o desempenho das ações. A literatura de finanças é controversa sobre o tema. Apresenta teorias que defendem que a política de dividendos afeta positivamente a cotação. Outras dizem ser ela indiferente para o desempenho do papel. Já tratei desse tema em post de setembro de 2011: “Faz sentido investir em ações com distribuição de dividendos elevada?”. Fiquemos do lado das teorias que veem os dividendos como importante para o desempenho da ação. Mesmo assim, o destino da geração de caixa deve ser bem balanceado entre investimentos produtivos e dividendos. Se a empresa pender para o segundo em detrimento de gastos que podem fomentar seu crescimento, as ações sofrerão mais à frente. Por outro lado, investimentos ineficientes destroem valor. Nesse caso, o dinheiro nas mãos dos acionistas evitaria o estrago. Dada a instabilidade de nossa economia, é comum vermos companhias com caixa elevado com montantes muito acima do necessário para cobrir suas necessidades de capital de giro, investimentos e amortização do endividamento. As altas taxas de juros praticadas no Brasil também incentivam a uma postura menos eficiente do uso do caixa. Em meados da década passada, uma empresa do setor de telecomunicações chamava a atenção. Seu caixa era muito superior às suas necessidades. Alguns acionistas não se preocupavam, dizendo que o caixa da empresa era também deles, acionistas. Outros não eram tão benevolentes, acreditando que o dinheiro estaria mais “seguro” em suas mãos, receosos da possibilidade de práticas nebulosas dos administradores. Segundo minha avaliação, o dinheiro não era distribuído porque como o controle era detido com apenas 17% das ações, a maior parte dos recursos distribuídos iria para os minoritários. Isso combinado com a possibilidade de venda da companhia, sempre ventilada, tornava interessante manter caixa a fim de elevar o valor da companhia. A retenção de caixa era criticada pela maior parte do mercado, impedindo que as ações atingissem seu valor justo. Recentemente, dois casos mostraram como a distribuição de resultados pode destravar valor. A Hypermarcas, que quando veio para a bolsa possuía atuação diversificada indo de alimentos a cosméticos e agora tem foco na indústria farmacéutica, reduziu seu capital social e distribuiu o caixa acumulado a seus acionistas. O valor de R$ 821 milhões representava 5% do valor de mercado da empresa. Os acionistas parecem ter gostado. Em março, HYPE3 sobe 6,6%, enquanto o Ibovespa cai 3,5%. A redução de capital difere dos dividendos, pois esse é pontual e não recorrente ao passo que os dividendos são periódicos. A Usiminas também se utilizou dessa estratégia para aumentar seu caixa e reduzir sua alavancagem. A empresa conseguiu aprovar em Assembleia Extraordinária a redução do capital de sua controlada Usiminas Mineração em R$ 1 bilhão, sendo que 70% do valor engordou o caixa da siderúrgica, suavizando seu nível de endividamento. Algumas empresas sob a desculpa da prudência retém caixa além do necessário para suas atividades, diminuindo o valor da companhia. Na falta de um uso melhor, a distribuição de recursos ociosos seja por meio de dividendos ou redução de capital deve ser mandatória. Ninguém melhor do que o próprio acionista para saber o que fazer com o dinheiro. As empresas abertas deveriam ter isso em mente, pois a geração de valor pode estar dormindo placidamente no cofre da companhia. www.estrategista.net/o-caixa-e-da-companhia-ou-do-acionista/FESA4, SHUL4, CGRA4...costumam (até qdo acompanhava, n sei agora) estar sentadas em caixa mas isso n se converte em retorno pro acionista. SHUL4 não tem caixa liquido. CGRA tem caixa, mas não acho tão exagerado. Caixa gigante e que tende a se tornar pouco rentável com a tendencia da queda dos juros é GRND. Ah sim, SHUL tinha um fluxo de caixa livre insano, isso sim. Por anos, mas nada de abrir a mão.
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rst
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Post by rst on Mar 29, 2017 18:26:20 GMT -3.5
Bom texto, bem típico do que andou acontecendo nestes 2-3 últimos anos: O caixa é da companhia ou do acionista? por Andre Rocha em terça-feira, 28 de março de 2017 O objetivo último do acionista é ter sua participação em uma empresa retribuída com o recebimento de parte dos resultados. A legislação societária trata dessa questão, obrigando a companhia a definir um percentual mínimo a ser distribuído aos acionistas. Mas, apesar de algumas regras, o pagamento aos acionistas acaba sendo um ato discricionário dos administradores. São atribuídas a Neném Prancha, roupeiro e massagista do Botafogo, frases que marcaram o futebol brasileiro. A mais famosa é: “Pênalti é uma coisa tão importante que quem deveria bater é o presidente do clube”. A política de dividendos, também um ato decisivo, deve reter a atenção do Conselho. Ela pode tanto impulsionar como prejudicar o desempenho das ações. A literatura de finanças é controversa sobre o tema. Apresenta teorias que defendem que a política de dividendos afeta positivamente a cotação. Outras dizem ser ela indiferente para o desempenho do papel. Já tratei desse tema em post de setembro de 2011: “Faz sentido investir em ações com distribuição de dividendos elevada?”. Fiquemos do lado das teorias que veem os dividendos como importante para o desempenho da ação. Mesmo assim, o destino da geração de caixa deve ser bem balanceado entre investimentos produtivos e dividendos. Se a empresa pender para o segundo em detrimento de gastos que podem fomentar seu crescimento, as ações sofrerão mais à frente. Por outro lado, investimentos ineficientes destroem valor. Nesse caso, o dinheiro nas mãos dos acionistas evitaria o estrago. Dada a instabilidade de nossa economia, é comum vermos companhias com caixa elevado com montantes muito acima do necessário para cobrir suas necessidades de capital de giro, investimentos e amortização do endividamento. As altas taxas de juros praticadas no Brasil também incentivam a uma postura menos eficiente do uso do caixa. Em meados da década passada, uma empresa do setor de telecomunicações chamava a atenção. Seu caixa era muito superior às suas necessidades. Alguns acionistas não se preocupavam, dizendo que o caixa da empresa era também deles, acionistas. Outros não eram tão benevolentes, acreditando que o dinheiro estaria mais “seguro” em suas mãos, receosos da possibilidade de práticas nebulosas dos administradores. Segundo minha avaliação, o dinheiro não era distribuído porque como o controle era detido com apenas 17% das ações, a maior parte dos recursos distribuídos iria para os minoritários. Isso combinado com a possibilidade de venda da companhia, sempre ventilada, tornava interessante manter caixa a fim de elevar o valor da companhia. A retenção de caixa era criticada pela maior parte do mercado, impedindo que as ações atingissem seu valor justo. Recentemente, dois casos mostraram como a distribuição de resultados pode destravar valor. A Hypermarcas, que quando veio para a bolsa possuía atuação diversificada indo de alimentos a cosméticos e agora tem foco na indústria farmacéutica, reduziu seu capital social e distribuiu o caixa acumulado a seus acionistas. O valor de R$ 821 milhões representava 5% do valor de mercado da empresa. Os acionistas parecem ter gostado. Em março, HYPE3 sobe 6,6%, enquanto o Ibovespa cai 3,5%. A redução de capital difere dos dividendos, pois esse é pontual e não recorrente ao passo que os dividendos são periódicos. A Usiminas também se utilizou dessa estratégia para aumentar seu caixa e reduzir sua alavancagem. A empresa conseguiu aprovar em Assembleia Extraordinária a redução do capital de sua controlada Usiminas Mineração em R$ 1 bilhão, sendo que 70% do valor engordou o caixa da siderúrgica, suavizando seu nível de endividamento. Algumas empresas sob a desculpa da prudência retém caixa além do necessário para suas atividades, diminuindo o valor da companhia. Na falta de um uso melhor, a distribuição de recursos ociosos seja por meio de dividendos ou redução de capital deve ser mandatória. Ninguém melhor do que o próprio acionista para saber o que fazer com o dinheiro. As empresas abertas deveriam ter isso em mente, pois a geração de valor pode estar dormindo placidamente no cofre da companhia. www.estrategista.net/o-caixa-e-da-companhia-ou-do-acionista/FESA4, SHUL4, CGRA4...costumam (até qdo acompanhava, n sei agora) estar sentadas em caixa mas isso n se converte em retorno pro acionista. SHUL4 não tem caixa liquido. CGRA tem caixa, mas não acho tão exagerado. Caixa gigante e que tende a se tornar pouco rentável com a tendencia da queda dos juros é GRND. Cgra, bmks, sgas são os exemplos que associo ao artigo. Grnd também seria uma, mas, salvo engano, esse excesso de caixa retido é devido a alguma restrição que a empresa se submete em troca de incentivos fiscais. (Lembro de ter lido algo assim em 2011, mas nunca procurei por uma fonte confiável que a confirmasse) EDIT: grendene não tem restrição alguma. A história era outra e a encontrei explicada aqui www.valor.com.br/valor-investe/o-estrategista/2901244/caixa-elevado-nao-garante-alta-das-acoes
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Post by robinho on Mar 29, 2017 21:32:12 GMT -3.5
O governo federal hoje veio a público dizer que para atingir a meta de um déficit de R$139 bi para esse ano precisa tapar um rombo de R$58 bi, proveniente de uma arrecadação menor que o esperado. Ou seja, vai ter de cortar mais despesas e aumentar receitas para conseguir tapar um rombo e conseguir fechar o ano fiscal com um déficit de R$139 bi. E o rali do mercado foi uma antecipação à fala do Meireles. Meu Deus! Comemoraram o surgimento de um novo rombo de R$58bi. Mas podem ficar tranquilos que o corte de despesas não vai afetar gordas aposentadorias da casta de funcionários públicos, carros oficiais, assessores, voos de primeira classe, etc., etc.
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Post by wizardhsc on Mar 29, 2017 21:53:04 GMT -3.5
O governo federal hoje veio a público dizer que para atingir a meta de um déficit de R$139 bi para esse ano precisa tapar um rombo de R$58 bi, proveniente de uma arrecadação menor que o esperado. Ou seja, vai ter de cortar mais despesas e aumentar receitas para conseguir tapar um rombo e conseguir fechar o ano fiscal com um déficit de R$139 bi. E o rali do mercado foi uma antecipação à fala do Meireles. Meu Deus! Comemoraram o surgimento de um novo rombo de R$58bi. Mas podem ficar tranquilos que o corte de despesas não vai afetar gordas aposentadorias da casta de funcionários públicos, carros oficiais, assessores, voos de primeira classe, etc., etc. Para nossa realidade já foi uma vitória. Ao menos esse governo finge que se importa com o rombo. A maioria dos candidatos promete apenas gastar mais.
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bochan
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Post by bochan on Apr 1, 2017 20:23:33 GMT -3.5
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