uqaz
Forista VIP
Posts: 3,982
|
Post by uqaz on May 11, 2016 9:57:09 GMT -3.5
|
|
rst
Moderador
Posts: 6,047
|
Post by rst on May 11, 2016 10:20:54 GMT -3.5
Já tinha lido este artigo e gostei muito. Expõe a questão de forma bastante didática e lógica. Não tenho a menor ideia de qual seja a metodologia nem o embasamento teórico de outras tendências do pensamento econômico para estimar o valor cambio, mas a apresentada aqui fez bastante sentido para mim.
|
|
uqaz
Forista VIP
Posts: 3,982
|
Post by uqaz on May 11, 2016 10:30:46 GMT -3.5
Já tinha lido este artigo e gostei muito. Expõe a questão de forma bastante didática e lógica. Não tenho a menor ideia de qual seja a metodologia nem o embasamento teórico de outras tendências do pensamento econômico para estimar o valor cambio, mas a apresentada aqui fez bastante sentido para mim. A única questão fica sobre quais índices de inflação escolher, mas isso é modelagem. Por exemplo, o CPI seria um índice confiável? E o IPCA? Acho que se fosse usar o IGP-M, deveríamos achar um dual americano (não acho q seja o CPI). Mas aí a coisa fica complicada, pq o IGP-M é viciado em exportações e na cotação do dólar... e não haveria um dual americano (uma vez que o dólar é a referência). De qq forma é válido sim, 3,32 - 4,29.
|
|
rst
Moderador
Posts: 6,047
|
Post by rst on May 11, 2016 10:38:50 GMT -3.5
Já tinha lido este artigo e gostei muito. Expõe a questão de forma bastante didática e lógica. Não tenho a menor ideia de qual seja a metodologia nem o embasamento teórico de outras tendências do pensamento econômico para estimar o valor cambio, mas a apresentada aqui fez bastante sentido para mim. A única questão fica sobre quais índices de inflação escolher, mas isso é modelagem. Por exemplo, o CPI seria um índice confiável? E o IPCA? Acho que se fosse usar o IGP-M, deveríamos achar um dual americano (não acho q seja o CPI). Mas aí a coisa fica complicada, pq o IGP-M é viciado em exportações e na cotação do dólar... e não haveria um dual americano (uma vez que o dólar é a referência). De qq forma é válido sim, 3,32 - 4,29. independentemente de qual possa ser o índice mais confiável, o que me chamou a atenção neste artigo foi a lógica por traz desta metodologia. Algo como: "Os preços de um mesmo produto devem ser próximos em países diferentes. Quando se distanciam, há a possibilidade de arbitragem e isso acaba forçando o ajuste do câmbio." Para mim, faz muito sentido, mesmo considerando-se tudo o que o artigo propositalmente não diz em prol da simplicidade (a paridade de preços nunca será total em virtude da eficiência para se produzir um produto em cada local, dos custos de transporte da mercadoria de um país para outro, das barreiras alfandegárias, etc)
|
|
uqaz
Forista VIP
Posts: 3,982
|
Post by uqaz on May 11, 2016 10:51:36 GMT -3.5
A única questão fica sobre quais índices de inflação escolher, mas isso é modelagem. Por exemplo, o CPI seria um índice confiável? E o IPCA? Acho que se fosse usar o IGP-M, deveríamos achar um dual americano (não acho q seja o CPI). Mas aí a coisa fica complicada, pq o IGP-M é viciado em exportações e na cotação do dólar... e não haveria um dual americano (uma vez que o dólar é a referência). De qq forma é válido sim, 3,32 - 4,29. independentemente de qual possa ser o índice mais confiável, o que me chamou a atenção neste artigo foi a lógica por traz desta metodologia. Algo como: "Os preços de um mesmo produto devem ser próximos em países diferentes. Quando se distanciam, há a possibilidade de arbitragem e isso acaba forçando o ajuste do câmbio." Para mim, faz muito sentido, mesmo considerando-se tudo o que o artigo propositalmente não diz em prol da simplicidade (a paridade de preços nunca será total em virtude da eficiência para se produzir um produto em cada local, dos custos de transporte da mercadoria de um país para outro, das barreiras alfandegárias, etc) Isso aí, pq a inflação não discrimina mal-feitos, seja pelo Bacen (ritmo de emissão de moeda), seja pela Receita Federal (as tais barreiras alfandegárias) ou até pela ANTT (burocracia em Portos e Logística em geral). A inflação captura toda essa ineficiência. Tanto aqui como na América.
|
|
rst
Moderador
Posts: 6,047
|
Post by rst on May 11, 2016 13:44:56 GMT -3.5
Tópico para discussões sobre moedas/câmbio (não inclui bitcoin e outras moedas virtuais, que têm tópico próprio).
|
|
rst
Moderador
Posts: 6,047
|
Post by rst on May 11, 2016 13:50:24 GMT -3.5
|
|
uqaz
Forista VIP
Posts: 3,982
|
Post by uqaz on May 12, 2016 12:51:19 GMT -3.5
Vendido em dólar contra real até vai... Mas Comprado em dolar contra o renminbi me parece uma loucura. Só pensar que os chineses estão se entupindo de ouro e o USD Index está nas alturas... Não sei, o Verde é a referência a se ouvir mas ando discordando dos últimos pensamentos dos caras.
|
|
Deleted
Deleted Member
Posts: 0
|
Post by Deleted on May 30, 2016 12:04:46 GMT -3.5
Alguém acredita que volte a cair o dólar ainda? O que mais que o mercado pode esperar para fazer cair?
|
|
rst
Moderador
Posts: 6,047
|
Post by rst on May 30, 2016 13:11:51 GMT -3.5
Alguém acredita que volte a cair o dólar ainda? O que mais que o mercado pode esperar para fazer cair? Este é um tema difícil de se dar qualquer opinião sem partir para o achismo. Se ler os textos das postagens acima, vai constatar que uma faixa de flutuação razoável para o dólar, a partir do poder de compra de cada moeda, seria entre R$3,35 e R$4,29. Obviamente, nada impede que as cotações fiquem acima ou abaixo destes patamares por longos períodos. O Stuhlberger, que entende bastante do assunto, estava apostando na queda do dólar no começo do mês. Mas apesar de ele atuar predominantemente com base em fundamentos de longo prazo, costuma ajustar suas posições rapidamente, a partir de pequenas mudanças nas condições macroeconomicas. Neste caso, uma carta feita há mais de um mês, pode estar muito desatualizada em relação ao que ele vem fazendo. Não apostaria da queda do dolar só com base nesta informação. Meu palpite (100% chute) é o de que o real voltará a se desvalorizar, mas não em uma velocidade tão rápida. Como o custo de oportunidade em real é alto (selic), uma aposta na alta do dólar, apesar de maior probabilidade de se mostrar correta, tem um risco alto. Tenho considerado apostar uns trocados na alta do dolar, mas ainda não me decidi.
|
|
Deleted
Deleted Member
Posts: 0
|
Post by Deleted on May 30, 2016 14:39:21 GMT -3.5
Pois então rst, quanto a política, não tem mais motivos para acreditar na queda. Indicadores como Inflação, PIB já foram revisadas a fim de cair ainda mais e subir, respectivamente. Quando aos EUA, subir juros ou não, não deve afetar tanto no valor do dólar. Mas, quanto ao que falou da Selic, não acha que o governo abaixando a Selic irá proporcionar inflação e fazendo com real se desvalorize, como mencionou?
|
|
rst
Moderador
Posts: 6,047
|
Post by rst on May 30, 2016 15:46:34 GMT -3.5
Pois então rst , quanto a política, não tem mais motivos para acreditar na queda. Indicadores como Inflação, PIB já foram revisadas a fim de cair ainda mais e subir, respectivamente. Quando aos EUA, subir juros ou não, não deve afetar tanto no valor do dólar. Mas, quanto ao que falou da Selic, não acha que o governo abaixando a Selic irá proporcionar inflação e fazendo com real se desvalorize, como mencionou? O risco a que me refiro é o de ficar com o capital parado em uma moeda que pode não se mover tão cedo enquanto a selic e a inflação estão na casa dos dois dígitos. Talvez seja menos arriscado ganhar um rendimento próximo da selic e aceitar o risco de empobrecer em dólares a tentar manter o poder de compra em dólares e não ter nenhum retorno sobre o capital. Quanto à minha crença na alta, não se deve propriamente ao que pode vir a acontecer com a selic, mas principalmente aos seguintes fatores: (a) nossa inflação tem permanecido em patamar superior à americana; (b) as prováveis dificuldades que o novo governo terá para aprovar as medidas econômicas até o momento anunciadas podem gerar uma momentânea fuga de capitais (quanto a este ponto, tenho mais dúvidas do que certeza e e não descartaria também o cenário oposto: o real se fortalecer um pouco se as medidas econômicas forem realmente aprovadas); (c) a cotação de equilíbrio me parece ligeiramente acima da atual. Mas não leve em consideração o que digo sobre o câmbio, pois, se tem um asssunto que sou 100% dummie, este é um deles.
|
|
rst
Moderador
Posts: 6,047
|
Post by rst on Jun 9, 2016 7:21:51 GMT -3.5
|
|
uqaz
Forista VIP
Posts: 3,982
|
Post by uqaz on Jun 9, 2016 12:16:34 GMT -3.5
Interessante, rst. Estamos chegando perto daquele preço teórico do dólar do Instituto Mises Brasil. Em até 31/5 (relatório de maio) o dólar perdia -8,45% em 2016. Hoje, perde -14,16%. Interessante e estranho do relatório é que os caras estão perdendo com ações.
|
|
Potuz
New Member
Posts: 3,392
|
Post by Potuz on Jun 9, 2016 13:35:03 GMT -3.5
Interessante, rst. Estamos chegando perto daquele preço teórico do dólar do Instituto Mises Brasil. Em até 31/5 (relatório de maio) o dólar perdia -8,45% em 2016. Hoje, perde -14,16%. Interessante e estranho do relatório é que os caras estão perdendo com ações. Se não lembro a posição deles não é dolar/real mas real/renmibi, o dólar é simplesmente um artefacto para poder fazer a operação, então a cotação do dólar aqui é irrelevante para a operação dado que esta cotação reflete fatores tanto globais (como a perca de força global do dólar) como locais (as decisões do BC relativas ás operações de SWAP e fixação da SELIC), claramente as últimas são relevantes para a posição do Verde, mas não as primeiras.
|
|
rst
Moderador
Posts: 6,047
|
Post by rst on Jun 9, 2016 15:03:39 GMT -3.5
Interessante, rst. Estamos chegando perto daquele preço teórico do dólar do Instituto Mises Brasil. Em até 31/5 (relatório de maio) o dólar perdia -8,45% em 2016. Hoje, perde -14,16%. Interessante e estranho do relatório é que os caras estão perdendo com ações. Se não lembro a posição deles não é dolar/real mas real/renmibi, o dólar é simplesmente um artefacto para poder fazer a operação, então a cotação do dólar aqui é irrelevante para a operação dado que esta cotação reflete fatores tanto globais (como a perca de força global do dólar) como locais (as decisões do BC relativas ás operações de SWAP e fixação da SELIC), claramente as últimas são relevantes para a posição do Verde, mas não as primeiras. O que apontou realmente faz sentido. Segundo o relatório, eles estão (a) vendidos em dólar contra o real e (b) comprados em real versus renmibi. Se a operação fosse apenas uma aposta na queda do dolar, não haveria porque montarem a segunda posição.
|
|
Potuz
New Member
Posts: 3,392
|
Post by Potuz on Jun 10, 2016 7:01:10 GMT -3.5
Veja as consequências de uma conduta pouco intervencionista do BC no consumo, na indústria e na retomada do crescimento O ambiente externo favorável e as recentes declarações do novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, fizeram o dólar operar em queda e fechar na quarta-feira (8) em R$ 3,36, o menor valor em quase um ano. Goldfajn foi aprovado na sabatina do Senado e nomeado novo presidente do Banco Central REUTERS/Adriano Machado Goldfajn foi aprovado na sabatina do Senado e nomeado novo presidente do Banco Central O adiamento da alta dos juros nos Estados Unidos (e o consequentemente adiamento da fuga de dólares do Brasil), os dados fortes sobre as importações da China - que favorecem o desempenho de ativos ligados a commodities, como moedas emergentes - e o avanço dos preços do petróleo se somaram à defesa do respeito ao regime de câmbio flutuante - sistema em que as operações de compra e venda de moedas funcionam sem controle sistemático do governo - feita por Goldfajn, e serviram de gatilho para o ajuste no mercado de câmbio. O valor factível do dólar frente ao real A posição de Goldfajn vai contra a postura adotada pelo Banco Central no governo Dilma de intervir no mercado para defender o piso do dólar em R$ 3,50 para proteger as exportações brasileiras, apesar das consequências inflacionárias do dólar com um valor mais elevado. Com uma atitude menos intervencionista, o Banco Central vai abrir espaço para a moeda flutuar de acordo com a oferta e a demanda do mercado. Mas até quanto ela pode ir? "É muito difícil responder", afirma Fernando Bergallo, diretor da assessoria de câmbio FB Capital. "Aquele piso até então defendido de R$ 3,50 ficou para trás com a troca do comando do Banco Central. Diferente de Alexandre Tombini (ex-presidente do Banco Central), Goldfajn vem de uma escola que defende menos atuação do Estado na economia e deixou a entender que o dólar pode atingir níveis mais baixos. Eu não apostaria no dólar abaixo de R$ 3,30 ou R$ 3,20 porque as condições econômicas do País ainda estão muito deterioradas, há muita instabilidade econômica e fatores externos que a gente não tem controle". A queda do dólar favorece a importação, mas mina as chances de crescimento da indústria Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil A queda do dólar favorece a importação, mas mina as chances de crescimento da indústria O economista-chefe da Nova Futura Corretora vai mais além. Segundo ele, o eventual afastamento de Dilma, a manutenção de uma equipe econômica forte e a sustentação de um governo Temer incólume a novas investigações e prisões, podem possibilitar que o dólar caia para R$ 3. "Se o Congresso aprovar medidas importantes, nenhum membro do governo se envolver em travessuras e a taxa de juros se manter no patamar atual, o dólar pode cair para até R$ 2,90 até o final do ano", conta. O coordenador adjunto da gradução em economia do Ibmec/RJ Ricardo Macedo prefere ser mais cauteloso. "Diante do suposto envolvimento de membros do governo de Temer na Lava Jato e do atual cenário de incerteza política, prefiro apreciar o desenrolar dos fatos e estimar que o câmbio fique entre R$ 2,80 e R$ 3,50. É uma previsão que fica no intervalo de banda razoável para se trabalhar em termos de expectativas. Temos que esperar para ver", opina. Dólar "baixo" é bom para quem? Mas quais são os impactos da variação do câmbio nas atividades econômicas? O dólar muito alto pressiona a inflação, porque os insumos e produtos importados ficam mais caros e tendem a ser repassados aos preços finais. Logo, a queda do dólar é um fator importante no controle da inflação. Além disso, o real forte viabiliza um número maior de viagens de brasileiros ao exterior e aquece o mercado imobiliário fora do país. Os importadores, e consequentemente, os consumidores finais, também ganham bastante com a valorização do real, afinal de contas os produtos estrangeiros ganham mais competitividade. O que não é nada bom para a indústria nacional.
|
|
Neymar
Forista VIP
Posts: 1,004
|
Post by Neymar on Jun 10, 2016 10:49:33 GMT -3.5
Veja as consequências de uma conduta pouco intervencionista do BC no consumo, na indústria e na retomada do crescimento Não tenho certeza se o melhor seria injetar mais reais na Economia nesse momento. Veja: www.tradingeconomics.com/brazil/loans-to-private-sectorOs empréstimos caíram muito. Se o BC ficar colocando mais reais na praça sem ter quem empreste isso só vai gerar mais inflação. Lógico que para quem exporta seria bom, mas talvez no momento o fator inflação seja mais importante...
|
|
Potuz
New Member
Posts: 3,392
|
Post by Potuz on Jun 10, 2016 11:46:45 GMT -3.5
Veja as consequências de uma conduta pouco intervencionista do BC no consumo, na indústria e na retomada do crescimento Não tenho certeza se o melhor seria injetar mais reais na Economia nesse momento. Veja: www.tradingeconomics.com/brazil/loans-to-private-sectorOs empréstimos caíram muito. Se o BC ficar colocando mais reais na praça sem ter quem empreste isso só vai gerar mais inflação. Lógico que para quem exporta seria bom, mas talvez no momento o fator inflação seja mais importante... Também não sei se é uma boa injetar dinheiro na economia, porém não devido a seu argumento dado que neste país o mesmo estado (coordenado com o BC) podem fazer os empréstimos, a diretriz pode ir diretamente para a Caixa e o BNDES.
|
|
Neymar
Forista VIP
Posts: 1,004
|
Post by Neymar on Jun 10, 2016 12:52:48 GMT -3.5
Não tenho certeza se o melhor seria injetar mais reais na Economia nesse momento. Veja: www.tradingeconomics.com/brazil/loans-to-private-sectorOs empréstimos caíram muito. Se o BC ficar colocando mais reais na praça sem ter quem empreste isso só vai gerar mais inflação. Lógico que para quem exporta seria bom, mas talvez no momento o fator inflação seja mais importante... Também não sei se é uma boa injetar dinheiro na economia, porém não devido a seu argumento dado que neste país o mesmo estado (coordenado com o BC) podem fazer os empréstimos, a diretriz pode ir diretamente para a Caixa e o BNDES. Caixa não está bem pra isso (http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/06/recessao-aumenta-necessidade-de-capital-da-caixa-diz-moodys.html) e o BNDES é uma bomba relógio, sem falar que o BNDES só fica no azul porque o tesouro financia. Se estamos falando em combate à inflação, aumentar os gastos do governo não é uma boa. Mas mesmo que os bancos públicos tivessem condições de emprestar, teríamos que responder algumas perguntas antes de sair emprestando. O setor produtivo quer tomar empréstimo para investir? O consumidor está confiante para tomar empréstimos? Todos tem condições de honrar suas dívidas? Me parece que no momento atual as respostas não seriam positivas. Temo que um bom tempo de recessão é inevitável, não vejo muita saída.
|
|