uqaz
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Post by uqaz on Jun 10, 2016 14:18:00 GMT -3.5
Também não sei se é uma boa injetar dinheiro na economia, porém não devido a seu argumento dado que neste país o mesmo estado (coordenado com o BC) podem fazer os empréstimos, a diretriz pode ir diretamente para a Caixa e o BNDES. Caixa não está bem pra isso (http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/06/recessao-aumenta-necessidade-de-capital-da-caixa-diz-moodys.html) e o BNDES é uma bomba relógio, sem falar que o BNDES só fica no azul porque o tesouro financia. Se estamos falando em combate à inflação, aumentar os gastos do governo não é uma boa. Mas mesmo que os bancos públicos tivessem condições de emprestar, teríamos que responder algumas perguntas antes de sair emprestando. O setor produtivo quer tomar empréstimo para investir? O consumidor está confiante para tomar empréstimos? Todos tem condições de honrar suas dívidas? Me parece que no momento atual as respostas não seriam positivas. Temo que um bom tempo de recessão é inevitável, não vejo muita saída. Exatamente, Neymar! Uma parte importante desta crise toda vem justo disso, da festa do crédito destes bancos públicos. O descalabro gerado pelo governo na economia brasileira - em 25 gráficos www.mises.org.br/Article.aspx?id=2220
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Potuz
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Post by Potuz on Jun 10, 2016 17:22:28 GMT -3.5
Também não sei se é uma boa injetar dinheiro na economia, porém não devido a seu argumento dado que neste país o mesmo estado (coordenado com o BC) podem fazer os empréstimos, a diretriz pode ir diretamente para a Caixa e o BNDES. Caixa não está bem pra isso (http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/06/recessao-aumenta-necessidade-de-capital-da-caixa-diz-moodys.html) e o BNDES é uma bomba relógio, sem falar que o BNDES só fica no azul porque o tesouro financia. Se estamos falando em combate à inflação, aumentar os gastos do governo não é uma boa. Mas mesmo que os bancos públicos tivessem condições de emprestar, teríamos que responder algumas perguntas antes de sair emprestando. O setor produtivo quer tomar empréstimo para investir? O consumidor está confiante para tomar empréstimos? Todos tem condições de honrar suas dívidas? Me parece que no momento atual as respostas não seriam positivas. Temo que um bom tempo de recessão é inevitável, não vejo muita saída. Mas isso não está levando em conta o fato de ser o BC injetando dinheiro! se o BC decide injetar dinheiro já seja liberando bonos ou imprimindo dinheiro e emprestando via a Caixa ou o BNDES isso não afetaria para nada a situação deles!
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Deleted
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Post by Deleted on Jun 19, 2016 13:32:02 GMT -3.5
Impressão minha ou o dólar sobe quando o petróleo cai e vice-versa?
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uqaz
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Post by uqaz on Jun 19, 2016 16:08:14 GMT -3.5
Impressão minha ou o dólar sobe quando o petróleo cai e vice-versa? qdo o petróleo e outras commodities sobem, quer dizer q o povo está fugindo do dolar. A consequência é que o real deveria valorizar, ou o dólar cair (desvalorizar). Muito se comenta da relação do dolar e real ser decorrente das cagadas feitas em Banânia... mas n é só isso, há de se levar em conta as cagadas dos gringos tamém
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rst
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Post by rst on Jul 8, 2016 7:04:57 GMT -3.5
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Potuz
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Post by Potuz on Jul 8, 2016 7:29:22 GMT -3.5
Não utilizei de primeira mão, mas na minha profissão as pessoas estão viajando o tempo todo para o exterior e vários dos meus colegas utilizam constantemente. Para mim o problema de todos estes tipos "alternativos" de transferência é que não fazem muito sentido na vida real: se eu vou viajar por um mês de férias (e estou realmente exagerando aqui), realmente os gastos totais no exterior não são tão altos assim como para que 3% que possa poupar faça uma diferencia suficiente de eu ter que procurar um sistema alternativo. E se eu fosse a transferir u$s 100K que é um montante que realmente importa (pelo menos para mim) eu não utilizaria este tipo de serviços (ou pelo menos não conseguiria dormir). Dentre todos estes sistemas, o bitcoin é o único que parece para mim seguro, rápido e efetivo, o problema deste é como já indiquei diversas vezes as taxas fazem ele inviável.
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Post by Claudio66 on Jul 8, 2016 10:23:12 GMT -3.5
Com a queda da inflação no Brasil e a alta do emprego nos EUA, é esperada uma redução do cupom cambial, tanto pela elevação dos juros nos EUA, quanto pela queda dos juro no Brasil. Mesmo com o cupom atual não acho que 3,30 seja uma taxa de equilíbrio, pois não conseguirá manter a balança comercial positiva, em virtude da perda de competitividade dos produtos industrializados. Acho que abriu um espaço para uma subida de 10% na taxa de câmbio, nas próximas semanas.
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Potuz
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Post by Potuz on Jul 8, 2016 10:34:24 GMT -3.5
é esperada uma redução do cupom cambial, tanto pela elevação dos juros nos EUA Não concordo com esta parte da frase, uma elevação dos juros nos EUA normalmente acarretaria uma elevação ainda maior por aqui. A queda da inflação deve trazer quedas nos juros aqui sim, e a maior aposta a esta queda notada nas curvas de juros da última semana tem mais a ver com o Brexit do que a situação de emprego nos estados unidos precisamente pelo oposto ao que está indicado na sua frase: ou seja, a saída da Inglaterra do Bloco europeu deve trazer estresse no sistema bancário europeu e por tanto americano, isto faz apostar que os EUA não aumentarão os juros no curto prazo, e é por isto que as curvas por aqui estão relaxando.
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Post by Claudio66 on Jul 8, 2016 17:12:54 GMT -3.5
é esperada uma redução do cupom cambial, tanto pela elevação dos juros nos EUA Não concordo com esta parte da frase, uma elevação dos juros nos EUA normalmente acarretaria uma elevação ainda maior por aqui. A queda da inflação deve trazer quedas nos juros aqui sim, e a maior aposta a esta queda notada nas curvas de juros da última semana tem mais a ver com o Brexit do que a situação de emprego nos estados unidos precisamente pelo oposto ao que está indicado na sua frase: ou seja, a saída da Inglaterra do Bloco europeu deve trazer estresse no sistema bancário europeu e por tanto americano, isto faz apostar que os EUA não aumentarão os juros no curto prazo, e é por isto que as curvas por aqui estão relaxando. Acho que você está pensando com base na experiência passada e não na teoria. De fato, antes de 2000, quando os juros subiam nos EUA era necessário subir os juros no Brasil. Isso ocorria porque não tínhamos reservas cambiais. Qualquer fuga de dólares para os EUA provocava uma desvalorização acentuada da nossa moeda. O governo precisava evitar isso porque nossa economia, em época de hiperinflação (e depois, por hábito), era indexada pela moeda americana. A alta da taxa de câmbio causava inflação, piorando a situação de grande parte da população que já tinha renda baixa. Mas isso mudou em vários aspectos: a. o Brasil tem reservas elevadas, que permitem suportar grandes fluxos de capitais sem grandes variações na taxa de câmbio; b. a economia é menos indexada, particularmente em relação à taxa de câmbio; c. com a inflação retrocedendo a 4,5% aa (o que eu ainda acho muito alta, mas é suportável) a maior preocupação quanto ao poder de consumo da população é o desemprego; desvalorizações cambiais moderadas são bem vindas porque melhoram a competitividade dos produtos brasileiros (em particular porque reduzem o preço do trabalho em dólares, que está muito alto para a nossa produtividade), reduzindo o desemprego. Obs: A adoção do câmbio flutuante no Brasil a partir de 1999 ajudou nessa mudança estrutural. O Mantega tentou controlar o câmbio, mas o Ilan Goldfajn já deixou claro que considera flutuação do câmbio como algo bom. Quanto ao Brexit, do ponto de vista da economia real (depois falo do mercado financeiro) é ruim essencialmente para os britânicos. Se não for gerada uma onda mundial de fechamento comercial, a economia mundial será pouco atingida. E a economia americana, já razoavelmente fechada devido à dimensão continental do país, será menos afetada ainda. Com o pay roll divulgado hoje (em particular o desemprego abaixo de 5%) ficou claro que o problema dos EUA deixa de ser o crescimento no curto prazo e passa a ser a inflação no médio prazo. Para já sinalizar que será inflexível com a inflação, o FED deverá começar a aumentar os juros em breve, comunicando o objetivo de conter a inflação. Quanto ao estresse no sistema bancário, novamente acho que estará limitado principalmente ao Reino Unido. A Europa será afetada em menor grau e os EUA praticamente não sentirão. Em todo o caso, o FED deve aproveitar a recuperação da economia para estourar eventuais bolhas especulativas, de forma a manter o sistema financeiro saudável nos EUA. A taxa de juros muito baixa leva investidores a assumirem riscos em excesso. Isso ainda não aconteceu por causa da memória da crise de 2007-2008 e da consequente recessão. Mas o FED deve aumentar os juros justamente para evitar que isso aconteça e, em particular, porque o sistema financeiro na Europa pode ficar fragilizado, não suportando um novo problema de credibilidade no sistema financeiro americano. Juros muito baixos não reduzem a fragilidade do sistema bancário. Pelo contrário, aumentam, devido à criação de bolhas especulativas. Resumindo: 1. Os juros no Brasil devem cair porque a inflação está caindo e é preciso desvalorizar o real para combater o desemprego. 2. Os juros nos EUA devem subir para combater a inflação e evitar o surgimento de bolhas especulativas, que se tornam mais prováveis com a recuperação da economia.
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Post by wizardhsc on Jul 8, 2016 17:42:40 GMT -3.5
Não concordo com esta parte da frase, uma elevação dos juros nos EUA normalmente acarretaria uma elevação ainda maior por aqui. A queda da inflação deve trazer quedas nos juros aqui sim, e a maior aposta a esta queda notada nas curvas de juros da última semana tem mais a ver com o Brexit do que a situação de emprego nos estados unidos precisamente pelo oposto ao que está indicado na sua frase: ou seja, a saída da Inglaterra do Bloco europeu deve trazer estresse no sistema bancário europeu e por tanto americano, isto faz apostar que os EUA não aumentarão os juros no curto prazo, e é por isto que as curvas por aqui estão relaxando. Acho que você está pensando com base na experiência passada e não na teoria. De fato, antes de 2000, quando os juros subiam nos EUA era necessário subir os juros no Brasil. Isso ocorria porque não tínhamos reservas cambiais. Qualquer fuga de dólares para os EUA provocava uma desvalorização acentuada da nossa moeda. O governo precisava evitar isso porque nossa economia, em época de hiperinflação (e depois, por hábito), era indexada pela moeda americana. A alta da taxa de câmbio causava inflação, piorando a situação de grande parte da população que já tinha renda baixa. Mas isso mudou em vários aspectos: a. o Brasil tem reservas elevadas, que permitem suportar grandes fluxos de capitais sem grandes variações na taxa de câmbio; b. a economia é menos indexada, particularmente em relação à taxa de câmbio; c. com a inflação retrocedendo a 4,5% aa (o que eu ainda acho muito alta, mas é suportável) a maior preocupação quanto ao poder de consumo da população é o desemprego; desvalorizações cambiais moderadas são bem vindas porque melhoram a competitividade dos produtos brasileiros (em particular porque reduzem o preço do trabalho em dólares, que está muito alto para a nossa produtividade), reduzindo o desemprego. Obs: A adoção do câmbio flutuante no Brasil a partir de 1999 ajudou nessa mudança estrutural. O Mantega tentou controlar o câmbio, mas o Ilan Goldfajn já deixou claro que considera flutuação do câmbio como algo bom. Quanto ao Brexit, do ponto de vista da economia real (depois falo do mercado financeiro) é ruim essencialmente para os britânicos. Se não for gerada uma onda mundial de fechamento comercial, a economia mundial será pouco atingida. E a economia americana, já razoavelmente fechada devido à dimensão continental do país, será menos afetada ainda. Com o pay roll divulgado hoje (em particular o desemprego abaixo de 5%) ficou claro que o problema dos EUA deixa de ser o crescimento no curto prazo e passa a ser a inflação no médio prazo. Para já sinalizar que será inflexível com a inflação, o FED deverá começar a aumentar os juros em breve, comunicando o objetivo de conter a inflação. Quanto ao estresse no sistema bancário, novamente acho que estará limitado principalmente ao Reino Unido. A Europa será afetada em menor grau e os EUA praticamente não sentirão. Em todo o caso, o FED deve aproveitar a recuperação da economia para estourar eventuais bolhas especulativas, de forma a manter o sistema financeiro saudável nos EUA. A taxa de juros muito baixa leva investidores a assumirem riscos em excesso. Isso ainda não aconteceu por causa da memória da crise de 2007-2008 e da consequente recessão. Mas o FED deve aumentar os juros justamente para evitar que isso aconteça e, em particular, porque o sistema financeiro na Europa pode ficar fragilizado, não suportando um novo problema de credibilidade no sistema financeiro americano. Juros muito baixos não reduzem a fragilidade do sistema bancário. Pelo contrário, aumentam, devido à criação de bolhas especulativas. Resumindo: 1. Os juros no Brasil devem cair porque a inflação está caindo e é preciso desvalorizar o real para combater o desemprego. 2. Os juros nos EUA devem subir para combater a inflação e evitar o surgimento de bolhas especulativas, que se tornam mais prováveis com a recuperação da economia. Não vejo como desvalorizar o real combata o desemprego. Essa política é usada a anos e sem resultado. Moeda fraca, no curto prazo pode gerar um pequeno aumento nas exportações. Mas no longo prazo acaba com a competitividade das empresas, levando a aumento do desemprego. O segundo ponto é que o aumento do cupom do juros americanos não deve causar nenhum efeito no médio-longo prazo, pois não será suficiente para resolver o excesso de liquidez.
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Post by wizardhsc on Jul 8, 2016 17:53:09 GMT -3.5
é esperada uma redução do cupom cambial, tanto pela elevação dos juros nos EUA Não concordo com esta parte da frase, uma elevação dos juros nos EUA normalmente acarretaria uma elevação ainda maior por aqui. A queda da inflação deve trazer quedas nos juros aqui sim, e a maior aposta a esta queda notada nas curvas de juros da última semana tem mais a ver com o Brexit do que a situação de emprego nos estados unidos precisamente pelo oposto ao que está indicado na sua frase: ou seja, a saída da Inglaterra do Bloco europeu deve trazer estresse no sistema bancário europeu e por tanto americano, isto faz apostar que os EUA não aumentarão os juros no curto prazo, e é por isto que as curvas por aqui estão relaxando. Minha dúvida é: quanto tempo essa redução dos juros vai durar e se há realmente espaço para isso. Olhando pelo lado da inflação, tudo bem. Mas é inegável a deterioração econômica do país e o aumento da dívida. O mercado parece feliz com mais um rombo de 139 bilhões (2017). No entanto até quando o governo vai conseguir rolar a dívida? E será que o mercado vai aceitar juros menores, mesmo com o aumento do risco de calote? Posso está sendo pessimista, mas não vejo outro caminho fora o calote(seja direta ou através da impressão de dinheiro). Além disso, esse governo continua com as mesmas alucinações de Dilma, já fala em crescer 1,2% para 2017; portanto conta com aumento da arrecadação e não com controle de gasto para obter outro deficit nefasto.
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Post by Claudio66 on Jul 8, 2016 20:53:43 GMT -3.5
Não vejo como desvalorizar o real combata o desemprego. Essa política é usada a anos e sem resultado. Moeda fraca, no curto prazo pode gerar um pequeno aumento nas exportações. Mas no longo prazo acaba com a competitividade das empresas, levando a aumento do desemprego. O segundo ponto é que o aumento do cupom do juros americanos não deve causar nenhum efeito no médio-longo prazo, pois não será suficiente para resolver o excesso de liquidez. Qualquer tentativa de controlar artificialmente o câmbio está fadada ao fracasso. O câmbio se ajusta em função do Balanço de Pagamentos. O meu argumento é que a Conta Capital e Financeira é fortemente afetada pela taxa de juros e pode causar um desequilíbrio artificial em Transações Correntes, para manter o equilíbrio final no Balanço de Pagamentos. Funciona assim: o BC aumenta a taxa de juros, estrangeiros trocam dólares por reais para aproveitar as maiores taxas de juros reais do mundo, o real se valoriza, os produtos brasileiros ficam artificialmente caros, as exportações caem e as importações e viagens ao exterior sobem, há um déficit em transações correntes associado a aumento de desemprego, o déficit em transações correntes compensa a entrada de capitais, o balanço de pagamentos volta ao equilíbrio. Ou seja, no Brasil basicamente a taxa de câmbio esteve destruindo empregos, por causa dos juros elevados. O equilíbrio do Balanço de Pagamentos é artificial, porque está baseado em dois desequilíbrios: em Transações Correntes e na Conta Capital e Financeira. E não adianta pensar que se ganharmos produtividade conseguimos reequilibrar Transações Correntes, porque o ganho de produtividade depende de investimento produtivo, que não acontece se a aplicação sem risco em títulos públicos for muito vantajosa (taxa real de juros elevada). O desemprego atual é em grande medida uma reedição desse problema crônico nos países latino-americanos. É o chamado problema dos déficits gêmeos. O governo gasta muito criando um déficit fiscal. Isso aumenta o risco de financiar a dívida e aumenta a inflação. Ambos os efeitos levam ao aumento da taxa de juros real. Isso leva à valorização da moeda local, que leva (como explicado acima) ao déficit em transações correntes (com desemprego). Com a inflação sob controle e credibilidade de que o déficit fiscal será contido, as taxas de juros podem diminuir, revertendo também o déficit em Transações Correntes. Em resumo, não acho que deva ser criado um desequilíbrio favorável ao emprego. Acho que deve ser eliminado um desequilíbrio favorável ao desemprego. É bem diferente.
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uqaz
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Post by uqaz on Jul 8, 2016 21:21:15 GMT -3.5
é esperada uma redução do cupom cambial, tanto pela elevação dos juros nos EUA Não concordo com esta parte da frase, uma elevação dos juros nos EUA normalmente acarretaria uma elevação ainda maior por aqui. A queda da inflação deve trazer quedas nos juros aqui sim, e a maior aposta a esta queda notada nas curvas de juros da última semana tem mais a ver com o Brexit do que a situação de emprego nos estados unidos precisamente pelo oposto ao que está indicado na sua frase: ou seja, a saída da Inglaterra do Bloco europeu deve trazer estresse no sistema bancário europeu e por tanto americano, isto faz apostar que os EUA não aumentarão os juros no curto prazo, e é por isto que as curvas por aqui estão relaxando. Além disso, as curvas de juro dos títulos por lá estão ficando flat. Imagine, se pagar juros de 0,25%aa é caríssimo... 1% é moratória! Em tempo. Número de empregos bombou na América, 280.000; Vagas criadas pra velhinhos baby Boomers de mais de 55 anos: 250.000 de 280.000 ! Comprova ainda mais o que escuto de meus analistas, os velhinhos estão tomando os part-time Jobs dos jovens... Ignorando isso, as Bolsas bombaram... n pq empregos foram acima da expectativas, mas pq a curva de Bonds deu mais uma achatada (dizendo pro fed q não acreditam na subida de juros kkk)... o ouro bombou no fim do pregão! Conclusão: está madurinho o estouro dessa bolha, só n vê quem não quer!
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Post by Neomalthusiano on Jul 9, 2016 3:58:09 GMT -3.5
Só para deixar registrada a minha opinião, concordo com quase tudo o que o Claudio escreveu, infelizmente. Porém, assim como o Potuz, apostaria no não aumento dos juros do FED no curto prazo.
O infelizmente se deve a dois fatores:
1 - O raciocínio exposto pelo Claudio, para ser sustentável, exigiria um compromisso fiscal no médio prazo, e não parece haver interesse do legislativo para que isso ocorra.
2 - O aumento do emprego, apesar de elevar as receitas, também eleva o consumo e, uma vez que a retomada da produção ocorre após um certo atraso, pode ocasionar uma queda do rendimento real das aplicações durante um certo período além do devido à queda da taxa básica de juros. Lá na frente, quando a falta de compromisso do governo em efetuar uma reforma estrutural ficar clara, fomos nós que nos ferramos, sendo remunerados com uma taxa incompatível pelo risco de default combinado com a expectativa de desvalorização da moeda.
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rst
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Post by rst on Jul 9, 2016 10:25:14 GMT -3.5
Não utilizei de primeira mão, mas na minha profissão as pessoas estão viajando o tempo todo para o exterior e vários dos meus colegas utilizam constantemente. Para mim o problema de todos estes tipos "alternativos" de transferência é que não fazem muito sentido na vida real: se eu vou viajar por um mês de férias (e estou realmente exagerando aqui), realmente os gastos totais no exterior não são tão altos assim como para que 3% que possa poupar faça uma diferencia suficiente de eu ter que procurar um sistema alternativo. E se eu fosse a transferir u$s 100K que é um montante que realmente importa (pelo menos para mim) eu não utilizaria este tipo de serviços (ou pelo menos não conseguiria dormir). Dentre todos estes sistemas, o bitcoin é o único que parece para mim seguro, rápido e efetivo, o problema deste é como já indiquei diversas vezes as taxas fazem ele inviável. Potuz também não vejo porque utilizar este sistema para viagens, mas por um motivo diferente: por ser uma ferramenta para transferência de recursos, eu preciso de uma conta no exterior para utilizar a moeda trocada. Salvo o caso daqueles que viajam reiteradamente para um mesmo destino, não vejo sentido em abrir uma conta no exterior apenas para baratear uma operação de câmbio que servirá ao custeio de despesas de um curto período. Quanto à transferência de quantias maiores para, por exemplo, investir no exterior, achei o sistema muito, muito prático e interessante. E não entendi o porque do seu receio: (a) a startup parece confiável (já existe há um tempo, e anuncia inclusive em grandes jornais do exterior); (b) você afirma conhecer pessoas que já utilizaram o serviço e o aprovaram; (c) por a operação ter curta duração, o risco seria apenas o de quebra/desaparecimento da empresa entre o seu pagamento e o creditamento na conta no exterior; (d) esse risco poderia ser significativamente minimizado através do fracionamento das transferências, providência que não parece resultar em nenhum custo adicional (ex: ao invés de fazer uma operação de 100 mil, você pode fazer 10 operações de 10mil, iniciando a segunda operação apenas após a conclusão da primeira).
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Post by Claudio66 on Jul 9, 2016 10:29:07 GMT -3.5
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Potuz
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Post by Potuz on Jul 10, 2016 10:10:17 GMT -3.5
Quanto à transferência de quantias maiores para, por exemplo, investir no exterior, achei o sistema muito, muito prático e interessante. Eu fui a olhar com cuidado o sistema e não permite transferências maiores a R$10K por mês, então também não serve muito para investimentos. As taxas cobradas são de 2%. Só para sair da dúvida vou fazer uma transferência de R$5K amanhã e vou postar aqui o resultado. Estou curioso para saber se serão cobrado IOF ou não. Em principio não deveria ser pois o boleto bancário é para uma instituição em Curitiba e não tem dinheiro saindo do país efetivamente, mas eu sou um pouco paranoico e sempre, 100% das vezes que eu fiz transferências ao exterior, fui cobrados taxas escondidas que não tinha sido informado. Postarei aqui se não tenho nenhum problema.
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Potuz
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Post by Potuz on Jul 10, 2016 10:33:32 GMT -3.5
Acho que você está pensando com base na experiência passada e não na teoria. De fato, antes de 2000, quando os juros subiam nos EUA era necessário subir os juros no Brasil. Isso ocorria porque não tínhamos reservas cambiais. Qualquer fuga de dólares para os EUA provocava uma desvalorização acentuada da nossa moeda. O governo precisava evitar isso porque nossa economia, em época de hiperinflação (e depois, por hábito), era indexada pela moeda americana. A alta da taxa de câmbio causava inflação, piorando a situação de grande parte da população que já tinha renda baixa. Mas isso mudou em vários aspectos: a. o Brasil tem reservas elevadas, que permitem suportar grandes fluxos de capitais sem grandes variações na taxa de câmbio; b. a economia é menos indexada, particularmente em relação à taxa de câmbio; c. com a inflação retrocedendo a 4,5% aa (o que eu ainda acho muito alta, mas é suportável) a maior preocupação quanto ao poder de consumo da população é o desemprego; desvalorizações cambiais moderadas são bem vindas porque melhoram a competitividade dos produtos brasileiros (em particular porque reduzem o preço do trabalho em dólares, que está muito alto para a nossa produtividade), reduzindo o desemprego. Obs: A adoção do câmbio flutuante no Brasil a partir de 1999 ajudou nessa mudança estrutural. O Mantega tentou controlar o câmbio, mas o Ilan Goldfajn já deixou claro que considera flutuação do câmbio como algo bom. Eu concordo que a situação das reservas Brasileiras é muito diferente que no passado, também concordo que o país tem folga para suportar movimentações grandes de capital sem afetar as taxas de câmbio. Porém continuo a discordar da frase respeito as taxas de juros e seu argumento acima não vem a explicar esse ponto de vista. Não é uma questão só de câmbio, o país precisa captar dinheiro constantemente, e mais ainda se a situação de reservas encontra-se confortável, para poder concluir os mega projetos de investimentos propostos o país precisará cada vez de mais dinheiro. A conta é simples, se o FED paga em dólares mais dinheiro para os investidores, as captações no exterior do Brasil devem pagar mais e não menos para poder competir. Não é possível para o país captar no exterior com maiores juros e baixar as taxas de juros locais pois ai teríamos arbitragem das grandes financeiras nacionais efetivamente pedindo dinheiro no BC e emprestando para ele mesmo. Não só sou eu quem pensa que uma alta de juros nos EUA deve vir com uma alta aqui, O mises tem um bom artigo onde explica em detalhe as possíveis movidas do FED e vem a meu encontro. A Moody põe o Brasil entre os países que mais sofrerão com a alta de juros do FED Com isso eu concordo completamente, os dois estamos com certeza que os juros aqui vão a cair e os juros em EUA vão a subir (porém eu vejo esta última no MP e não no CP), eu só discordei da frase é esperada uma redução do cupom cambial, tanto pela elevação dos juros nos EUA Normalmente apostaria contigo mas neste caso não adianta pois os dois apostamos a que os juros aqui vão a cair, de fato eu modificaria a sua frase para "É esperada uma redução do cupom cambial, mesmo com a elevação dos juros nos EUA"
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Potuz
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Post by Potuz on Jul 11, 2016 8:40:39 GMT -3.5
Quanto à transferência de quantias maiores para, por exemplo, investir no exterior, achei o sistema muito, muito prático e interessante. Eu fui a olhar com cuidado o sistema e não permite transferências maiores a R$10K por mês, então também não serve muito para investimentos. As taxas cobradas são de 2%. Só para sair da dúvida vou fazer uma transferência de R$5K amanhã e vou postar aqui o resultado. Estou curioso para saber se serão cobrado IOF ou não. Em principio não deveria ser pois o boleto bancário é para uma instituição em Curitiba e não tem dinheiro saindo do país efetivamente, mas eu sou um pouco paranoico e sempre, 100% das vezes que eu fiz transferências ao exterior, fui cobrados taxas escondidas que não tinha sido informado. Postarei aqui se não tenho nenhum problema. Continuando com este tópico, hoje iniciei uma transferência por R$5.000 para EUA. Segundo Google a taxa u$s/R$ está a 3.30 (mas hoje o dólar já está subindo e a operação não será iniciada até o boleto chegar). A taxa cobrada pelo transferwise foi de R$99 (2% aprox). O esperado para receber segundo o transferwise é de u$s 1.487 que coincide com o que Google estima para o valor de R$4.900 neste momento. Os IOF cobrados pelo banco foram os 0,38% usuais das operações de pagamento e não os 7% das compras no exterior. Postarei assim que a operação seja sucedida.
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rst
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Post by rst on Jul 11, 2016 8:47:25 GMT -3.5
Quanto à transferência de quantias maiores para, por exemplo, investir no exterior, achei o sistema muito, muito prático e interessante. Eu fui a olhar com cuidado o sistema e não permite transferências maiores a R$10K por mês, então também não serve muito para investimentos. As taxas cobradas são de 2%. Só para sair da dúvida vou fazer uma transferência de R$5K amanhã e vou postar aqui o resultado. Estou curioso para saber se serão cobrado IOF ou não. Em principio não deveria ser pois o boleto bancário é para uma instituição em Curitiba e não tem dinheiro saindo do país efetivamente, mas eu sou um pouco paranoico e sempre, 100% das vezes que eu fiz transferências ao exterior, fui cobrados taxas escondidas que não tinha sido informado. Postarei aqui se não tenho nenhum problema. Se puder, peço que informe ainda se o nome da empresa beneficiária que aparece no boleto é a mesma indicada pelo blog. lendo as perguntas e respostas do site da transferwise encontrei informação de que na verdade eles promovem operações peer to peer. Sendo assim, pode ter sido apenas coincidência o boleto do sujeito aparecer em nome de uma corretora de câmbio autorizada pelo bacen. Talvez apareça um outro nome qualquer, inclusive de uma pessoa física. quanto ao limite de 10mil, é só de reais para dólar, provavelmente por alguma restrição legal nossa. De dólares para reais o limite é de U$ 50 mil.
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