MERCADO 2016

Percepção atual dos gringos - da pequena parcela sã deles - em relação ao Brasil

The Death of Economic Recovery | Peter Schiff and Stefan Molyneux



Não aguento mais escutar os caras de Banânia, eles estão muito presos à Política. E tem um mundão lá fora!
E tome Bitcoin!

Se tudo isso aí acima for desse jeito mesmo, os gringos especuladores de Bonds e Forex vão querer um revival de 1998, escutando essa música aqui ó (e o Brasil passivo, é claro):



Isso sem falar em outras coisas que podem fazer com as reservas: capitalização da Petrobras, Caixa etc

PRECISAMOS FALAR SOBRE A MORATÓRIA
revistapiaui.estadao.com.br/questoes-da-politica/precisamos-falar-sobre-a-moratoria/

Eu confesso que andei pensando sobre isso, e para mim a coisa é de máxima importância pois cerca de 85% do meu dinheiro está no TD.  A hora, de agir, no entanto, será quando o dólar ou ouro fizerem alguma correção significativa, se vocês têm outras estratégias a respeito, sou todo ouvidos.

Dessa ruminação aí do vídeo, o que se salva é o Lisboa.

Percebo tanto no Pessoa como no Mansueto um tom de social-democracia européia muito de leve que me incomoda.

Uqaz, por que está apostando na desvalorização do dólar?
No início do mês o stuhlberger disse que apostava na valorização.
Segundo o BTG, nas duas últimas semanas o mercado teria mudado rapidamente de percepção e passou a pensar como você.
Não encontrei a explicação para a mudança de sentimento.

Para mim, quando a taxa implícita no Treasury de 10 anos cai, significa que o mercado aprova as políticas monetária e fiscal, não vendo risco de inflação. Ou seja, acredita que não haverá necessidade de elevação substancial da taxa de juros pelo menos pelos próximos 10 anos. Imagine que o FED afastasse a possibilidade de elevação da da taxa de juros no curto prazo e o mercado discordasse disso, por acreditar que a taxa de juros se encontra abaixo da taxa de equilíbrio, com a economia a pleno emprego. Isso significaria que a inflação iria subir e que o FED iria precisar aumentar ainda mais a taxa de juros, causando aumento, e não redução no yield de 10 anos.

Não consigo ver que o dólar esteja subvalorizado em relação a outras moedas, em particular Euro, Yen e Libra Britânica. Olhando um gráfico de 5 anos, o dólar sofreu forte valorização frente a essas 3 moedas. Olhando o gráfico desde de 2000, o dólar se valorizou frente ao Yen e à Libra. Sofreu desvalorização de 8% frente ao Euro. Lembrando que no início de 2000 o Euro tinha apenas 4 anos de existência. A valorização do Euro se deveu à sua maior procura para compor reservas de países e empresas e não a diferenças macroeconômicas entre EUA e Zona do Euro.

Eu acho que o Luis Stuhlberger está apostando mais na queda do real do que na alta do dólar. A questão é que estamos com uma inflação estruturalmente alta. No começo do ano R$ 4 era uma taxa que garantia o equilíbrio das contas externas. Com a inflação, deixará de ser, pois nossos produtos perderão competitividade com essa taxa. Com os erros de política econômica e a falta de investimentos em infraestrutura, a tendência é que nossas empresas se tornem cada vez menos competitivas. Isso terá dois efeitos na mesma direção sobre a taxa de câmbio. Em primeiro lugar, fuga de capitais, pois não será rentável financiar empresas com declínio de produtividade. Em segundo lugar, a taxa de câmbio de equilíbrio terá que subir, para assegurar o equilíbrio externo. Além disso, o melhor instrumento de política econômica do governo, para acertar as contas, é deixar a taxa de câmbio subir. Isso aumentará a produção das exportadoras e das empresas que competem com produtos importados. Reduzirá, relativamente ao PIB, o custo da dívida pré-fixada e as despesas de custeio, em particular se os funcionários públicos não receberem aumento. É o imposto inflacionário: a inflação aumenta a arrecadação em termos nominais, mas algumas despesas do governo (remuneração da dívida e custeio) são mantidas em termos nominais. Isso evidentemente, é uma solução apenas temporária, mas é o que resta para um governo que não quer promover reformas estruturais.

Assisti finalmente o vídeo e fiquei com uma impressão bem parecida com a sua, as intervenções do Lisboa me pareceram as melhores da roda, mas com cinco gajos, o tempo alocado para ele foi tão curto que ele parecia sofrer de taquifemia.


Estação e o Rebaixamento continuam os mesmos,   o pessoa que visita o site do Schwartsman brincava com o keynesianismo do Bresser dizendo que, segundo ele, a taxa de câmbio gera a sua própria poupança, ele tem absoluta convicção de que o câmbio vai aumentar a poupança.  Rebaixamento fez uma única observação digna de nota quando observou que na China não existe previdência, então as pessoas têm que poupar muito, mas isso todo mundo que já leu algum artigo sobre o Japão já sabe (a ausência de um sistema de previdência obriga as pessoas a pouparem mais).

Rebaixamento não poderia perder a oportunidade de soltar mais uma quando atribuiu boa parte dos altos juros ao fato da moeda brasileira não ser conversível. Gostaria que ele explicasse como que a maioria das moedas do mundo tampouco é conversível e mesmo assim o Brasil tem uma taxa de juros mais alta do que quase todos eles.

Resumindo o que pesquei do confronto entre ortodoxos x heterodoxos:  cara, nós estamos realmente com poucas opções agora. A primeira coisa seria deixar o câmbio flutuar livremente, o que aumentaria a inflação, mas não tem outro jeito, ou vc acha que é melhor continuando a torrar 70 e tantos bi por ano de swaps?  Pelo menos assim, concordo com o Estação, melhora o cenário externo, embora o papel das exportações no total do PIB brasileiro seja de tamanho modesto.

Felizmente ninguém sugeriu explicitamente usar as reservas para diminuir o deficit público, mas o Bacha considera que talvez se pudesse usá-las para abater do estoque da dívida pública.  Agora falando sério, você acha que algum governo, de direita, esquerda, centro, aqui no Brasil, vai usar reserva para entregar um país com dívida mais baixa para o seu sucessor?  Como lembrei antes, a grande oportunidade disso ter acontecido seria no Plano Real, mas o FHC conseguiu explodir a dívida mesmo com um programa de privatizações.


Não notei no Pessoa o toque de social-democracia, talvez eu tenha ficado distraído, você diz por causa da ênfase que ele pôs no sistema educacional?  Nisso, ou seja, que o sistema educacional teria que evoluir de forma nunca vista antes em Pindorama eu concordo plenamente, Vai ser impossível competir no mercado internacional com alemães, japoneses e coreanos com uma classe trabalhadora que é analfabeta funcional como no Brasil.  Mas parece que eu sou o único perplexo com isso, com o fato de ninguém estar fazendo discursos revoltados no Congresso e na televisão, dos pais se conformarem com o lixo de educação que é dada aos seus filhos. Enfim, deiixa senão a gente não pára mais.E como eu já mencionei outra vez, a educação brasileira, sendo a pior do mundo, só pode melhorar, he he:

www.institutomillenium.org.br/blog/brasil-segundo-pas-pior-nvel-de-aprendizado/