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Post by uqaz on Oct 8, 2016 15:43:53 GMT -3.5
Agora entendo porque vc considera a direita tão santa. Sendo assim, Mussolinni e Hitler eram socialistas, só que apenas terceirizavam a economia para particulares. Vc fez um esforço tremendo pra ignorar o forte nacionalismo e centralismo da época, mas vc diria então que o governo de 1960-80 era ao menos, fascista (como nos reinos de Hitler ou Mussolini)? Mas é óbvio que o governo do Hitler foi socialista. Segundo o próprio Mises apontou, "a propriedade privada dos meios de produção existia apenas nominalmente sob o regime Nazista, e que o verdadeiro conteúdo da propriedade dos meios de produção residia no governo alemão. Pois era o governo alemão e não o proprietário privado nominal quem decidia o que deveria ser produzido, em qual quantidade, por quais métodos, e a quem seria distribuído, bem como quais preços seriam cobrados e quais salários seriam pagos, e quais dividendos ou outras rendas seria permitido ao proprietário privado nominal receber." Mas o que especificamente estabeleceu o socialismo de fato na Alemanha Nazista foi a introdução do controle de preços e salários em 1936. Mises o chama de modelo alemão ou nazista de socialismo, em contraste ao mais óbvio socialismo dos soviéticos, ao qual ele chama de modelo russo ou bolchevique de socialismo. Sobre a ditadura militar no país, sem dúvida podemos enquadrar como fascista, na medida que centralizou a economia subsidiando grandes empresários, impôs o poder estatal como forma de ordem, e negou direitos e liberdades fundamentais aos indivíduos. Agora vamos ver o seguinte. Vc citou aí o Novo como alternativa de direita. Mas lembremos aí o mais famoso político "do contra" a essa festa toda do PT, o Bolsonaro. Vc acabou de concluir que o período que vivemos teve sintomas claros de fascismo e é notória a simpatia de Bolsonaro por grandes representantes da época como Brilhante Ustra ou Dutra. Afinal, então, Bolsonaro é?: a. De direita; b. Fascista (sem o histrionismo dos comunas, por favor); c. Liberal clássico. Não há mal algum em considerar o governo militar como de direita. É só admitir que foi um governo de direita que se lambuzou com o estatismo, ora, e isso é justo a definição de fascismo. A não ser que vc tenha um outro nome pra isso. É como eu já disse, parece que 80% da população é de direita sim, isto não é problema. Ele aparece qdo junta o conservadorismo com o poder absoluto do Estado. A conclusão é que o problema não é esquerda ou direita, isso é o de menos. É o nível de centralismo e estatismo de um lugar (apesar de a esquerda motivar na maioria das vezes o crescimento do estatismo, historicamente). Citamos aí Cingapura ou Suíça como exemplo de direitas "fracas". Mas existe tbm Suécia ou Nova Zelândia (eu acho) como fenômenos de esquerdas "fracas". O problema não é direita, esquerda, em cima, embaixo...é o nível de estatismo desse triste lugar. Sai Dilma, entra Temer o tamanho do Estado só cresce. Pomba, prefiro um governo comuna/conservador mínimo a todas essas porcarias que discutimos aí anteriormente kkk
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uqaz
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Post by uqaz on Oct 8, 2016 15:50:06 GMT -3.5
vejo vocês discutindo rótulos para determinados governos, mas observo que estas classificações nem sempre são tão claras. Mesmo no regime militar, o período de Roberto Campos e Otávio Bulhões me parece totalmente diferente do período do Delfim. Com medidas liberalizantes os dois primeiros estabeleceram as bases para o crescimento econômico dos anos seguintes. O gordo, com uma linha bem mais populista, colheu os resultados do trabalho anterior e, apesar de ter sido um ministro medíocre, até hoje se acha no direito de palpitar sobre a economia. Bom, se participou da festa, merece o selo. Se não me engano Lenin foi um dos mais capitalistas de todos com sua Nova Política Econômica. Ainda assim, comuna. Foi citado aí que o Roberto Campos inventou o gatilho... ou seja, barrigou o problema.
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Post by cadu28 on Oct 8, 2016 18:00:57 GMT -3.5
Mas é óbvio que o governo do Hitler foi socialista. Segundo o próprio Mises apontou, "a propriedade privada dos meios de produção existia apenas nominalmente sob o regime Nazista, e que o verdadeiro conteúdo da propriedade dos meios de produção residia no governo alemão. Pois era o governo alemão e não o proprietário privado nominal quem decidia o que deveria ser produzido, em qual quantidade, por quais métodos, e a quem seria distribuído, bem como quais preços seriam cobrados e quais salários seriam pagos, e quais dividendos ou outras rendas seria permitido ao proprietário privado nominal receber." Mas o que especificamente estabeleceu o socialismo de fato na Alemanha Nazista foi a introdução do controle de preços e salários em 1936. Mises o chama de modelo alemão ou nazista de socialismo, em contraste ao mais óbvio socialismo dos soviéticos, ao qual ele chama de modelo russo ou bolchevique de socialismo. Sobre a ditadura militar no país, sem dúvida podemos enquadrar como fascista, na medida que centralizou a economia subsidiando grandes empresários, impôs o poder estatal como forma de ordem, e negou direitos e liberdades fundamentais aos indivíduos. Agora vamos ver o seguinte. Vc citou aí o Novo como alternativa de direita. Mas lembremos aí o mais famoso político "do contra" a essa festa toda do PT, o Bolsonaro. Vc acabou de concluir que o período que vivemos teve sintomas claros de fascismo e é notória a simpatia de Bolsonaro por grandes representantes da época como Brilhante Ustra ou Dutra. Afinal, então, Bolsonaro é?: a. De direita; b. Fascista (sem o histrionismo dos comunas, por favor); c. Liberal clássico. Não há mal algum em considerar o governo militar como de direita. É só admitir que foi um governo de direita que se lambuzou com o estatismo, ora, e isso é justo a definição de fascismo. A não ser que vc tenha um outro nome pra isso. É como eu já disse, parece que 80% da população é de direita sim, isto não é problema. Ele aparece qdo junta o conservadorismo com o poder absoluto do Estado. A conclusão é que o problema não é esquerda ou direita, isso é o de menos. É o nível de centralismo e estatismo de um lugar (apesar de a esquerda motivar na maioria das vezes o crescimento do estatismo, historicamente). Citamos aí Cingapura ou Suíça como exemplo de direitas "fracas". Mas existe tbm Suécia ou Nova Zelândia (eu acho) como fenômenos de esquerdas "fracas". O problema não é direita, esquerda, em cima, embaixo...é o nível de estatismo desse triste lugar. Sai Dilma, entra Temer o tamanho do Estado só cresce. Pomba, prefiro um governo comuna/conservador mínimo a todas essas porcarias que discutimos aí anteriormente kkk O Bolsonaro meio que flutua entre a direita e o liberal. Ele veio de carreira militar, então mantém esta veia de disciplina e ordem, mas ao mesmo tempo tem se renovado com ideias liberais. Ele exalta os "coronéis" da época da ditadura pela sua luta contra o comunismo, e também p/ provocar a esquerda. Fora que 90% do que a mídia retrata sobre sua pessoa é invenção ou farsa. Sério que vc preferiria viver em um regime comunista do que num governo de direita ou liberal? Assustador isso...
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uqaz
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Post by uqaz on Oct 8, 2016 18:56:26 GMT -3.5
Agora vamos ver o seguinte. Vc citou aí o Novo como alternativa de direita. Mas lembremos aí o mais famoso político "do contra" a essa festa toda do PT, o Bolsonaro. Vc acabou de concluir que o período que vivemos teve sintomas claros de fascismo e é notória a simpatia de Bolsonaro por grandes representantes da época como Brilhante Ustra ou Dutra. Afinal, então, Bolsonaro é?: a. De direita; b. Fascista (sem o histrionismo dos comunas, por favor); c. Liberal clássico. Não há mal algum em considerar o governo militar como de direita. É só admitir que foi um governo de direita que se lambuzou com o estatismo, ora, e isso é justo a definição de fascismo. A não ser que vc tenha um outro nome pra isso. É como eu já disse, parece que 80% da população é de direita sim, isto não é problema. Ele aparece qdo junta o conservadorismo com o poder absoluto do Estado. A conclusão é que o problema não é esquerda ou direita, isso é o de menos. É o nível de centralismo e estatismo de um lugar (apesar de a esquerda motivar na maioria das vezes o crescimento do estatismo, historicamente). Citamos aí Cingapura ou Suíça como exemplo de direitas "fracas". Mas existe tbm Suécia ou Nova Zelândia (eu acho) como fenômenos de esquerdas "fracas". O problema não é direita, esquerda, em cima, embaixo...é o nível de estatismo desse triste lugar. Sai Dilma, entra Temer o tamanho do Estado só cresce. Pomba, prefiro um governo comuna/conservador mínimo a todas essas porcarias que discutimos aí anteriormente kkk O Bolsonaro meio que flutua entre a direita e o liberal. Ele veio de carreira militar, então mantém esta veia de disciplina e ordem, mas ao mesmo tempo tem se renovado com ideias liberais. Ele exalta os "coronéis" da época da ditadura pela sua luta contra o comunismo, e também p/ provocar a esquerda. Fora que 90% do que a mídia retrata sobre sua pessoa é invenção ou farsa. Sério que vc preferiria viver em um regime comunista do que num governo de direita ou liberal? Assustador isso... Não tivesse a infelicidade de ter nascido aqui e ter a sua família daq... vc preferiria viver no Brasil (fascista) ou num mundo comuna soft, com um Estado chato mas que deixa a iniciativa privada respirar como na Suécia? Não tenha dúvidas q eu prefiro o segundo kkk
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Post by cadu28 on Oct 8, 2016 19:09:11 GMT -3.5
O Bolsonaro meio que flutua entre a direita e o liberal. Ele veio de carreira militar, então mantém esta veia de disciplina e ordem, mas ao mesmo tempo tem se renovado com ideias liberais. Ele exalta os "coronéis" da época da ditadura pela sua luta contra o comunismo, e também p/ provocar a esquerda. Fora que 90% do que a mídia retrata sobre sua pessoa é invenção ou farsa. Sério que vc preferiria viver em um regime comunista do que num governo de direita ou liberal? Assustador isso... Não tivesse a infelicidade de ter nascido aqui e ter a sua família daq... vc preferiria viver no Brasil (fascista) ou num mundo comuna soft, com um Estado chato mas que deixa a iniciativa privada respirar como na Suécia? Não tenha dúvidas q eu prefiro o segundo kkk Pela discussão, estávamos falando de um modelo de direita como Suiça e Cingapura. E por comunismo, seria mais p/ uma Cuba e Venezuela. Logo afirmar que prefere morar em um país comuna, tipo Venezuela, ao invés de um país de direita que discutimos, como Suiça, é bizarro. Suécia é socialismo na veia, ainda falta muito pra chegar ao status de comuna. Refletindo aqui, pegando desde o século passado, acredito que o único lugar que se possa dizer que teve uma "ditadura de direita" no no Chile de Pinochet.
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uqaz
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Post by uqaz on Oct 8, 2016 19:21:56 GMT -3.5
Não tivesse a infelicidade de ter nascido aqui e ter a sua família daq... vc preferiria viver no Brasil (fascista) ou num mundo comuna soft, com um Estado chato mas que deixa a iniciativa privada respirar como na Suécia? Não tenha dúvidas q eu prefiro o segundo kkk Pela discussão, estávamos falando de um modelo de direita como Suiça e Cingapura. E por comunismo, seria mais p/ uma Cuba e Venezuela. Logo afirmar que prefere morar em um país comuna, tipo Venezuela, ao invés de um país de direita que discutimos, como Suiça, é bizarro. Suécia é socialismo na veia, ainda falta muito pra chegar ao status de comuna. Não, devemos comparar maçãs com maçãs e peras com peras. Claro que entre Suécia e Suíça, fico com o segundo. Simplesmente pq me enfiam a mão menos no segundo kkk Quis comparar um inferno fascista (de direita) com um país esquerdista "fraco", como Suécia. Agora, comparar Brasil (um inferno semi-comunista, quasi-fascista, onde o que prevalece é mais o Estado exagerado que a ideologia) com Coreia do Norte ou Cuba é claro que prefiro Banânia kkk.
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Post by cadu28 on Oct 8, 2016 19:26:31 GMT -3.5
Pela discussão, estávamos falando de um modelo de direita como Suiça e Cingapura. E por comunismo, seria mais p/ uma Cuba e Venezuela. Logo afirmar que prefere morar em um país comuna, tipo Venezuela, ao invés de um país de direita que discutimos, como Suiça, é bizarro. Suécia é socialismo na veia, ainda falta muito pra chegar ao status de comuna. Não, devemos comparar maçãs com maçãs e peras com peras. Claro que entre Suécia e Suíça, fico com o segundo. Simplesmente pq me enfiam a mão menos no segundo kkk Quis comparar um inferno fascista (de direita) com um país esquerdista "fraco", como Suécia. Agora, comparar Brasil (um inferno semi-comunista, quasi-fascista, onde o que prevalece é mais o Estado exagerado que a ideologia) com Coreia do Norte ou Cuba é claro que prefiro Banânia kkk. E supondo que estamos no final da década de 70, e vc pudesse escolher livremente onde morar/trabalhar, sem ter nenhum peso (familia, amigos, ...), qual destes iria preferir? Brasil Chile Argentina México
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Post by uqaz on Oct 8, 2016 19:30:28 GMT -3.5
Não, devemos comparar maçãs com maçãs e peras com peras. Claro que entre Suécia e Suíça, fico com o segundo. Simplesmente pq me enfiam a mão menos no segundo kkk Quis comparar um inferno fascista (de direita) com um país esquerdista "fraco", como Suécia. Agora, comparar Brasil (um inferno semi-comunista, quasi-fascista, onde o que prevalece é mais o Estado exagerado que a ideologia) com Coreia do Norte ou Cuba é claro que prefiro Banânia kkk. E supondo que estamos no final da década de 70, e vc pudesse escolher livremente onde morar/trabalhar, sem ter nenhum peso (familia, amigos, ...), qual destes iria preferir? Brasil Chile Argentina México Muito difícil. Estaria vivenciando a chacina (ou estaria sendo bomnbardeado pela mídia numa época sem internet sobre tal) de várias pessoas em vários lugares. Não teria a menor ideia de que os chicaguistas invadiriam o Chile. Vai, chuto que escolheria el Mejico pela proximidade com a America.
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Post by cadu28 on Oct 8, 2016 19:42:43 GMT -3.5
E supondo que estamos no final da década de 70, e vc pudesse escolher livremente onde morar/trabalhar, sem ter nenhum peso (familia, amigos, ...), qual destes iria preferir? Brasil Chile Argentina México Muito difícil. Estaria vivenciando a chacina (ou estaria sendo bomnbardeado pela mídia numa época sem internet sobre tal) de várias pessoas em vários lugares. Não teria a menor ideia de que os chicaguistas invadiriam o Chile. Vai, chuto que escolheria el Mejico pela proximidade com a America. Eu já acho bem fácil, certamente iria de Chile, na sua "ditadura de direita" que deu certo. Final dos anos 70 começaram a colher os frutos deste choque de gestão, e o país entraria em um belo rumo de crescimento. Tinha o empecilho de ser uma ditadura rígida socialmente (com o termo que vc gosta de usar fascismo soft, ok), mas se andasse na linha (leia-se não roubar, pregar comunismo, ofender o governo) que vc iria ter uma vida bem melhor que nestes outros países citados. O problema é o Chile de hoje, dando marcha ré, voltando ao modelo socialista. Provável que isso ocorreu pelo liberalismo econômico ter sido enfiado a força na população. Trocou a geração de pessoas, e o anseio pelo Estado paizão voltou.
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Post by uqaz on Oct 8, 2016 21:03:49 GMT -3.5
Muito difícil. Estaria vivenciando a chacina (ou estaria sendo bomnbardeado pela mídia numa época sem internet sobre tal) de várias pessoas em vários lugares. Não teria a menor ideia de que os chicaguistas invadiriam o Chile. Vai, chuto que escolheria el Mejico pela proximidade com a America. Eu já acho bem fácil, certamente iria de Chile, na sua "ditadura de direita" que deu certo. Final dos anos 70 começaram a colher os frutos deste choque de gestão, e o país entraria em um belo rumo de crescimento. Tinha o empecilho de ser uma ditadura rígida socialmente (com o termo que vc gosta de usar fascismo soft, ok), mas se andasse na linha (leia-se não roubar, pregar comunismo, ofender o governo) que vc iria ter uma vida bem melhor que nestes outros países citados. O problema é o Chile de hoje, dando marcha ré, voltando ao modelo socialista. Provável que isso ocorreu pelo liberalismo econômico ter sido enfiado a força na população. Trocou a geração de pessoas, e o anseio pelo Estado paizão voltou. kkk, mas a graça é extrapolar a partir das informações vigentes. A não ser que vc tenha, no exercício, vc seja vidente. Porque se olharmos Banânia lá pra 2000-2001 o país tinha engrenado boas reformas, parecido com o Chile dessa época. Acreditar que os políticos bancassem o ajuste q vc mencionou seria uma aposta com pequena probabilidade de dar certo (lembre-se, os chicaguistas estavam começando seus experimentos). Mas, lembre-se. Chile era um estado mais fascista do que é hoje, assim como Brasil, Argentina e outros do exercício. Essa história "andar na linha, de (não) ofender o governo" foi possível pq robôs que não cometiam erros cuidaram de tudo, com um índice de eficiência de 100%. Já pensou, não xingar um político safado (= não ofender o governo)... eu hein.
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Post by uqaz on Oct 8, 2016 21:05:00 GMT -3.5
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Post by cadu28 on Oct 8, 2016 22:07:47 GMT -3.5
Eu já acho bem fácil, certamente iria de Chile, na sua "ditadura de direita" que deu certo. Final dos anos 70 começaram a colher os frutos deste choque de gestão, e o país entraria em um belo rumo de crescimento. Tinha o empecilho de ser uma ditadura rígida socialmente (com o termo que vc gosta de usar fascismo soft, ok), mas se andasse na linha (leia-se não roubar, pregar comunismo, ofender o governo) que vc iria ter uma vida bem melhor que nestes outros países citados. O problema é o Chile de hoje, dando marcha ré, voltando ao modelo socialista. Provável que isso ocorreu pelo liberalismo econômico ter sido enfiado a força na população. Trocou a geração de pessoas, e o anseio pelo Estado paizão voltou. kkk, mas a graça é extrapolar a partir das informações vigentes. A não ser que vc tenha, no exercício, vc seja vidente. Porque se olharmos Banânia lá pra 2000-2001 o país tinha engrenado boas reformas, parecido com o Chile dessa época. Acreditar que os políticos bancassem o ajuste q vc mencionou seria uma aposta com pequena probabilidade de dar certo (lembre-se, os chicaguistas estavam começando seus experimentos). Mas, lembre-se. Chile era um estado mais fascista do que é hoje, assim como Brasil, Argentina e outros do exercício. Essa história "andar na linha, de (não) ofender o governo" foi possível pq robôs que não cometiam erros cuidaram de tudo, com um índice de eficiência de 100%. Já pensou, não xingar um político safado (= não ofender o governo)... eu hein. Sim, uma ditadura é ruim, em especial pela repressão da livre expressão. Imagina nos últimos 5 anos ter ficado sem poder rir em público das palhaçadas da palhaça Dilma?! Mas meu pto é que dentre regimes ruins, como comunismo, socialismo hardcore, e ditaduras de esquerda, a ditadura de direita é sem dúvida a melhor delas. E no Chile no final dos anos 70 o choque de gestão já tinha começado a dar frutos, que duraram umas 3 décadas, ao contrário do Brasil, que durou uns 3/4 anos. Eu acredito que se tivesse naquela época, e tivesse de optar por um destes países p/ morar, iria acreditar que o Chile se destacaria. Mas como vc citou, hoje temos a internet p/ espalhar informações facilmente, naquela época o difícil era se manter bem informado.
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Post by Sultão do Swing on Oct 9, 2016 17:11:55 GMT -3.5
"O que os bancários fizeram pelos banqueiros de modo a EXIGIR a correção da inflação?". Eles trabalharam, portanto merecem o salário combinado, não só em termos nominais como em termos reais. Veja bem: ninguém falou em aumento, apenas reajuste da inflação. A correção monetária é uma prerrogativa das relações trabalhistas modernas. No começo do séc XIX, o empregador poderia diminuir o salário do empregado caso a receita diminuísse, mas para o trabalhador na média isso estava ok, porque o preço das coisas acabava diminuindo mais ou menos na mesma medida. Acho que a gente esqueceu de realçar um ponto importante: na notícia sobre o fim da greve dos bancários estava um item que prevê o reajuste dos salários no ano que vem de acordo com a inflação. Quem aqui for mais versado em Direito do Trabalho por favor comente pois a mim me parece que trata-se de uma cláusula cujo cumprimento os trabalhadores poderão exigir no futuro. Assim os bancários teriam garantido, por um ano, a indexação de seus salários.
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Post by Neomalthusiano on Oct 10, 2016 5:39:51 GMT -3.5
"O que os bancários fizeram pelos banqueiros de modo a EXIGIR a correção da inflação?". Eles trabalharam, portanto merecem o salário combinado, não só em termos nominais como em termos reais. Veja bem: ninguém falou em aumento, apenas reajuste da inflação. A correção monetária é uma prerrogativa das relações trabalhistas modernas. No começo do séc XIX, o empregador poderia diminuir o salário do empregado caso a receita diminuísse, mas para o trabalhador na média isso estava ok, porque o preço das coisas acabava diminuindo mais ou menos na mesma medida. Acho que a gente esqueceu de realçar um ponto importante: na notícia sobre o fim da greve dos bancários estava um item que prevê o reajuste dos salários no ano que vem de acordo com a inflação. Quem aqui for mais versado em Direito do Trabalho por favor comente pois a mim me parece que trata-se de uma cláusula cujo cumprimento os trabalhadores poderão exigir no futuro. Assim os bancários teriam garantido, por um ano, a indexação de seus salários. Sim, mas você só está vendo o lado bom, que é pouco. Por outro lado também significa que ano que vem não poderá haver greve, uma vez que a convenção coletiva deverá prever a validade por dois anos. Não vi os termos da convenção coletiva para comentar, mas pode ser que os sindicalistas não tenham se atentado para questões como a reposição dos auxílios (refeição, alimentação, creche, etc...) no ano que vem, achando utopicamente que as mesas específicas de cada banco (dos 3 bancos que possuem) vão conseguir negociar alguma coisa melhor sem greve. Se isso não foi incluído no acordo, ou se foi acordado o mesmo valor de reposição salarial, os bancários estão simplesmente ferrados. Reposição pela inflação não é nenhum privilégio, a própria categoria de bancários mesmo, há 40, 30 anos era composta de "milionários" com salários iniciais que hoje estariam no mesmo patamar dos top do judiciário de hoje. Quem pegou de Sarney para trás, mesmo que tenha feito muita besteira com dinheiro, conseguiu formar patrimônio. Hoje, bancário não ganha nem 2 mil reais. O que levou a isso foram anos de reajuste que não alcançava a inflação, tal como ocorreu esse ano. Bancário não é nenhum suprassumo da inteligência, mas também penso que não cabem comparações com peões da indústria automobilística (o setor que mais aceitou concessões pró empregador em troca da não demissão), um cara para ser bancário ou tem que ser preparado, ou tem que ser baba-ovo, ou tem que estar afim de fazer qualquer imoralidade para vender produtos bancários e bater metas. Se não for um dos três ele é demitido sem pensar duas vezes. Se ele é o número 1 ou 3, pode ter certeza que ele dá muito retorno ao banco. Se for do tipo 2, não diretamente, mas indiretamente ajuda a manter o sistema funcionando à prova de críticas. Aliás, as agências bancárias ainda se manterão por algum tempo exatamente para empurrar produtos bancários por mais tempo (afinal porque pagar 1,5% num fundo do banco se pela internet a mesma dificuldade de adquirir a cota do fundo é a de comprar no tesouro direto?). Penso que não cabe comparação com nenhum setor de indústria, mesmo naqueles que há melhor escolaridade.
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Neymar
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Post by Neymar on Oct 10, 2016 8:01:53 GMT -3.5
Mas Neymar, o problema está justamente aí, querer indexar tudo a inflação. Esta é uma herança ruim da época de hiperinflação do país, há décadas atrás. Enquanto não acabar com isso, o país vai continuar igual cachorro correndo atrás do próprio rabo... Desculpe Neymar, mas eu estou com o Cadu. Correção monetária, leis salariais criam a ilusão de que é possível conviver com a inflação. A ilusão se desfaz com o tempo, quando o sistema de indexação (criado no Brasil pelo Roberto Campos) impede que a inflação caia não importa o que se faça em política monetária. O que deve ser feito é impedir que a inflação surja, e isso não é tarefa dos empresários nem dos trabalhadores, é tarefa do governo. Os preços aumentando já são o efeito de causas do processo inflacionário. E além disso, eu estou sempre vituperando a política econômica desses partidos de esquerda justamente por isso, eu, você, Cadu e os outros temos como nos defender da inflação através de TD, dólar ouro, o povão, esse não vai ter como escapar. Aos trabalhadores que não estão conseguindo repor a inflação, devemos conscientizar que é o governo o principal causador dela. Esses mesmos governo que dizer estar protegendo o trabalhador. Estou vendo no que resultou toda essa proteção deles. Alto desemprego + alta inflação, o pior dos mundos Não estava pensando em uma obrigação criada pelo governo, também acho que esse tipo de coisa tem que ser negociada entre as partes sem o governo se meter. Estava falando mais de obrigação moral mesmo. Se um trabalhador foi contratado para ganhar x e depois de um ano com a infação a 10% ele está ganhando 10% menos. Então vejo repor esses 10% como obrigação, a menos que os empregadores tenham um bom motivo para não o fazer (crise forte no setor, não conseguir repassar os preços, etc) mas para isso existe a convenção coletiva, justamente para botar esse tipo de coisa na mesa e conversar. Acontece que no Brasil sindicato é uma pelegagem só e os sindicatos patronais não ficam atrás. Quando as coisas estavam melhor já era difícil esperar algo de bom desse pessoal, imagine agora.
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Deleted
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Post by Deleted on Oct 10, 2016 9:36:20 GMT -3.5
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Potuz
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Post by Potuz on Oct 10, 2016 10:17:31 GMT -3.5
Pois é, é um jogo complicado aquele de decidir um balanço entre ser "amigável para o mercado" e proteger os salários do povo. As condições laborais no Paraguai são realmente deploráveis fazendo o custo do empregado menor (além dos menores impostos laborais). E como eles não tem nenhuma indústria, a falta de impostos para a importação também não causa muita dor interna. Não tem maneira simples de resolver esse impasse: se o Brasil liberasse o mercado laboral e as importações como o Paraguai faz, então empresas como a Altona, que hoje tem negociado com seus operários um dia a menos por semana para não ter demissões em massa, e se mantém no prejuízo mantendo alguns fornos funcionando sem demanda só para não demitir famílias inteiras em Blumenau, estariam forçadas a fechar as portas. E a indústria Brasileira não é pequena, assim como a Altona tem um monte de empresas em situação similar.
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uqaz
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Post by uqaz on Oct 10, 2016 10:53:48 GMT -3.5
Pois é, é um jogo complicado aquele de decidir um balanço entre ser "amigável para o mercado" e proteger os salários do povo. As condições laborais no Paraguai são realmente deploráveis fazendo o custo do empregado menor (além dos menores impostos laborais). E como eles não tem nenhuma indústria, a falta de impostos para a importação também não causa muita dor interna. Não tem maneira simples de resolver esse impasse: se o Brasil liberasse o mercado laboral e as importações como o Paraguai faz, então empresas como a Altona, que hoje tem negociado com seus operários um dia a menos por semana para não ter demissões em massa, e se mantém no prejuízo mantendo alguns fornos funcionando sem demanda só para não demitir famílias inteiras em Blumenau, estariam forçadas a fechar as portas. E a indústria Brasileira não é pequena, assim como a Altona tem um monte de empresas em situação similar. Exato, nas 5 forças de Porter, essa é a Barreira de Saída. E não lembro de outro caso que não esse o relatado pelo Potuz. No Brasil, deve-se pensar muito bem antes de se investir.
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Post by Sultão do Swing on Oct 10, 2016 10:57:16 GMT -3.5
Pois é, é um jogo complicado aquele de decidir um balanço entre ser "amigável para o mercado" e proteger os salários do povo. As condições laborais no Paraguai são realmente deploráveis fazendo o custo do empregado menor (além dos menores impostos laborais). E como eles não tem nenhuma indústria, a falta de impostos para a importação também não causa muita dor interna. Não tem maneira simples de resolver esse impasse: se o Brasil liberasse o mercado laboral e as importações como o Paraguai faz, então empresas como a Altona, que hoje tem negociado com seus operários um dia a menos por semana para não ter demissões em massa, e se mantém no prejuízo mantendo alguns fornos funcionando sem demanda só para não demitir famílias inteiras em Blumenau, estariam forçadas a fechar as portas. E a indústria Brasileira não é pequena, assim como a Altona tem um monte de empresas em situação similar. Parte das vantagens competitivas do Paraguai são devidas à Anta, que triplicou o valor que o Brasil paga aos paraguaios pela energia excedente que os paraguaios não utilizam: noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2016/10/02/hidreletrica-itaipu-e-pontes-internacionais-na-agenda-de-temer-no-paraguai.htmMas isso é normal, afinal de contas nós continuamos financiando Cuba, por que a gente não iria dar uma mão aos paraguaios?
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Post by Neomalthusiano on Oct 11, 2016 0:45:22 GMT -3.5
Pois é, é um jogo complicado aquele de decidir um balanço entre ser "amigável para o mercado" e proteger os salários do povo. As condições laborais no Paraguai são realmente deploráveis fazendo o custo do empregado menor (além dos menores impostos laborais). E como eles não tem nenhuma indústria, a falta de impostos para a importação também não causa muita dor interna. Não tem maneira simples de resolver esse impasse: se o Brasil liberasse o mercado laboral e as importações como o Paraguai faz, então empresas como a Altona, que hoje tem negociado com seus operários um dia a menos por semana para não ter demissões em massa, e se mantém no prejuízo mantendo alguns fornos funcionando sem demanda só para não demitir famílias inteiras em Blumenau, estariam forçadas a fechar as portas. E a indústria Brasileira não é pequena, assim como a Altona tem um monte de empresas em situação similar. Discordo. Penso que as condições são deploráveis não por ser mais ou menos pró mercado, mas pelo país ser pobre. Até em Singapura que é um país rico onde as pessoas trabalham sem parar, tem muito estrangeiro ilegal querendo entrar vindo do restante do Sudeste Asiático para conseguir os piores trabalhos. Os países que querem ser mais pró mercado para roubar empregos dos outros tipo China ou México, tiram muitos direitos trabalhistas dos empregados. Mas, comparando com os outros países não desenvolvidos, eles não estão piores não, pois sem essa legalização da exploração do trabalho, o que ocorreria seria o trabalho informal, que não obedece lei nenhuma e nem recolhe para previdência. Aliás, basta ver quantos bolivianos/peruanos vem para o Brasil trabalhar em condições irregulares com costura. Lá eles não teriam emprego e estariam na informalidade, aqui na mesma informalidade (que muito provavelmente tem condições melhores, mesmo que ainda muito ruins), pelo menos ganham muito mais, pelo Brasil ser mais rico.
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