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Post by rst on Jul 5, 2016 10:18:36 GMT -3.5
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Neymar
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Post by Neymar on Jul 5, 2016 11:34:28 GMT -3.5
Belo artigo. Fico imaginando o que seria do Brasil se nós, a exemplo da Austrália, tivéssemos aproveitado o boom das commodities para investir em educação e infraestrutura. Agora seríamos a bola da vez... Como disse o Sardenberg: "O Brasil ganhou na loteria e gastou tudo no bar".
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Post by dvstruco on Jul 5, 2016 12:01:27 GMT -3.5
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Post by Deleted on Jul 5, 2016 13:14:49 GMT -3.5
Belo artigo. Fico imaginando o que seria do Brasil se nós, a exemplo da Austrália, tivéssemos aproveitado o boom das commodities para investir em educação e infraestrutura. Agora seríamos a bola da vez... Como disse o Sardenberg: "O Brasil ganhou na loteria e gastou tudo no bar". Eu acho que não é nem tanto investir em educação. É investir na mudança do modelo de educação que temos no país que é um lixo. Seja em escolas ou em cursos de nível superior, o sujeito aprende as coisas "nas coxas", estuda na véspera das provas, tira uma nota medíocre que serve apenas para criar a ilusão que ele assimilou o conteúdo e quando chega no fim do semestre ele não sabe mais nada do que foi ensinado e isso se repete em todo o ciclo de ensino. Quantos adolescentes e adultos saem dos estabelecimentos de ensino como verdadeiros analfabetos funcionais? Chega a ser vergonhoso dizer que alguém fez 5 anos de um curso de Direito e não consegue sequer passar num exame da OAB ou precisa fazer um cursinho para isso. Há uns 2 anos o conselho regional de medicina de SP fez uma avaliação dos estudantes recém formados e cerca de 60% deles foi reprovado. E por aí vai, em diversas áreas se vê esse tipo de coisa. Na era da internet, como tantas facilidades tecnológicas, fico me perguntando qual a dificuldade de o governo criar um modelo de ensino em que os alunos fossem avaliados de forma constante, anualmente, seja escola ou faculdade, por tipo de curso ou série escolar e aquela avaliação fosse usada como referência para medir o desempenho dessas pessoas e tomar providências. Iria fazer muita gente começar a se mexer. Mas obviamente isso nunca vai acontecer. Vão dizer que o problema seria o alto custo para desenvolver algo desse tipo, infraestrutura precária das escolas públicas, locais onde nem existe internet, etc. No fim das contas o povo tem o governo que merece.
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uqaz
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Post by uqaz on Jul 5, 2016 14:53:21 GMT -3.5
Mike Maloney acha que deve vir uma (depressão) deflação por aí, seguida de hiperinflação. Peter Schiff não, já acha que estamos com inflação alta (maquiada), e ainda prevê um QE4 logo de tacada. Há que se ver a história da América...eles tem aversão à depressão (1929)... tendo a achar que haverá um QE4 antes que englobará o somatório dos QE1 + QE2 + QE3 de uma vez. Ou, um outro truque seriam taxas negativas (o último suspiro do moribundo). Muito bom ver dessas ideias circulando com mais frequência, felizmente as coisas estão mudando em Banânia. P.S.: Excelente leitura do cara, que tbm vê tudo caro por aí. Não estou só.
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uqaz
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Post by uqaz on Jul 5, 2016 19:40:34 GMT -3.5
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rst
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Post by rst on Jul 5, 2016 20:36:56 GMT -3.5
Parece mais uma janela de oportunidade para investimentos em imóveis no reino unido que começa a se abrir. Libra caiu e estrangeiros começam a vender imóveis. Como os imóveis lá estavam absurdamente caros, é possível que mesmo após esta queda ainda estejam com preços elevados para o investidor que recebe em reais. Mas não deixa de ser uma mudança que começa a chamar a atenção. Quem sabe mais para frente surja por lá uma chance de investirmos em imóveis...
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uqaz
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Post by uqaz on Jul 5, 2016 20:48:08 GMT -3.5
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Post by Neomalthusiano on Jul 6, 2016 6:24:33 GMT -3.5
Mike Maloney acha que deve vir uma (depressão) deflação por aí, seguida de hiperinflação. Peter Schiff não, já acha que estamos com inflação alta (maquiada), e ainda prevê um QE4 logo de tacada. Há que se ver a história da América...eles tem aversão à depressão (1929)... tendo a achar que haverá um QE4 antes que englobará o somatório dos QE1 + QE2 + QE3 de uma vez. Ou, um outro truque seriam taxas negativas (o último suspiro do moribundo). Muito bom ver dessas ideias circulando com mais frequência, felizmente as coisas estão mudando em Banânia. P.S.: Excelente leitura do cara, que tbm vê tudo caro por aí. Não estou só. O visão do autor realmente é boa, mas desses caras que você citou discordo um tanto. Mike Maloney é meio picareta, tem um vídeo dele que eu vi há muitos anos atrás, no mínimo uns 6, em que ele deu uma palestra sobre o segredo de ganhar dinheiro: quando a bolsa entra em bull market compre ações, quando entra em bear, venda tudo e compre ouro. Ele até mostrou um gráfico do desempenho do S&P combinado com o do ouro durante o século XX. Realmente faz todo o sentido, o problema é adivinhar com antecedência qual e quando essas situações vão ocorrer em seguida... não é de se surpreender que a plateia não soubesse o que quer dizer P/L. O cara é muito bom para vender livrinho estilo Robert Kiyosaki. Já o Peter Schiff o problema dele foi quando o ouro estava no topo histórico, acho que batendo nos 2 mil dólares, ele ter declarado todo feliz que ele tinha certeza, sem medo de errar, que agora ia para 5000 dólares e de lá pra cá só caiu, começando 2016 na casa dos 1000 dólares redondos. Mas um dia ele acerta, é claro, no dia em que uma jujuba estiver custando 10 dólares no walmart mais próximo.
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uqaz
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Post by uqaz on Jul 6, 2016 6:59:40 GMT -3.5
Mike Maloney acha que deve vir uma (depressão) deflação por aí, seguida de hiperinflação. Peter Schiff não, já acha que estamos com inflação alta (maquiada), e ainda prevê um QE4 logo de tacada. Há que se ver a história da América...eles tem aversão à depressão (1929)... tendo a achar que haverá um QE4 antes que englobará o somatório dos QE1 + QE2 + QE3 de uma vez. Ou, um outro truque seriam taxas negativas (o último suspiro do moribundo). Muito bom ver dessas ideias circulando com mais frequência, felizmente as coisas estão mudando em Banânia. P.S.: Excelente leitura do cara, que tbm vê tudo caro por aí. Não estou só. O visão do autor realmente é boa, mas desses caras que você citou discordo um tanto. Mike Maloney é meio picareta, tem um vídeo dele que eu vi há muitos anos atrás, no mínimo uns 6, em que ele deu uma palestra sobre o segredo de ganhar dinheiro: quando a bolsa entra em bull market compre ações, quando entra em bear, venda tudo e compre ouro. Ele até mostrou um gráfico do desempenho do S&P combinado com o do ouro durante o século XX. Realmente faz todo o sentido, o problema é adivinhar com antecedência qual e quando essas situações vão ocorrer em seguida... não é de se surpreender que a plateia não soubesse o que quer dizer P/L. O cara é muito bom para vender livrinho estilo Robert Kiyosaki. Já o Peter Schiff o problema dele foi quando o ouro estava no topo histórico, acho que batendo nos 2 mil dólares, ele ter declarado todo feliz que ele tinha certeza, sem medo de errar, que agora ia para 5000 dólares e de lá pra cá só caiu, começando 2016 na casa dos 1000 dólares redondos. Mas um dia ele acerta, é claro, no dia em que uma jujuba estiver custando 10 dólares no walmart mais próximo. kkk, mas o que eu tenho a ver com esses dois, me importa a coerência de suas idéias! O que esperar deles, visto que estao pesadamente comprados em ouro!? Inocência crer que seriam isentos. Procuro sempre analisar os dois lados de uma discussao. O lado pró quebra da economia possui os argumentos mais convincentes. Até o presidente do FED de St Louis uma vez escreveu (há uns 6 meses atrás) que a economia está a base de cocaína e sei lá mais o que. Veja Greenspan saindo do armário! Não conheço a história do Maloney, ou do Rickards dentre outros. Mas sobre o Schiff vc comete uma injustiça: qdo alguem poderia se imaginar coisas como QE qdo o ouro estava a 2000 USD!? Creio que ninguém esperaria por uma perversão como essa. Perdemos o Schiff por isso. Não é possível saber QUANDO a ação humana se manifesta, pois, depende de humanos. Sejamos justos, montemos no ombro de gigantes e não nos apequenemos com fofocas. Eu, por exemplo, n tenho um grana de ouro kkkk
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rst
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Post by rst on Jul 6, 2016 7:05:57 GMT -3.5
Turismo para a Espanha mais barato? Alhambra é logo ali.
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Post by Neomalthusiano on Jul 6, 2016 7:07:22 GMT -3.5
Não tiro sua razão em parte, mas os direitos dos trabalhadores já estão prejudicados em tal nível que sem correção dos salários eles se estrepam, com correção dos salários eles se estrepam, se novos trabalhadores virarem garçons eles se estrepam e se fizerem faculdade para tornarem-se engenheiros eles se estrepam também. Mais liberdade ou menos liberdade de mercado só mudará o chicote, mas não o número de chicotadas. O Trump fala muita besteira, usa demagogia barata, promete coisas que um presidente não pode fazer e que mesmo que se pudessem estariam longe de ser uma solução simples para os problemas do mundo. Mas a solução deles (pois o Carl Icahn é em parte autor do plano) de diminuir o IR para empresas, combater a China, restringir importações de bens industrializados faz (quase) todo o sentido e infelizmente ninguém mais fala nisso. Posso colocar como exemplo que há muitos anos atrás, engenheiro civil pelo menos no RJ, se formava para virar taxista, porque faziam o curso para "tirar ondinha de doutor" sendo que construção civil não tinha espaço para todo mundo. Passou-se muito tempo, veio PT, caixa econômica, minha casa minha vida, crédito fácil para quem não pode pagar e o preço dos imóveis inflacionou. Em qualquer esquina muita gente que mal sabe fazer contas se formando em engenharia para "ganhar milhões" depois de formado. Resultado, quem era taxista continuou taxista porque as empresas só querem saber de recém formados, quem se formou nessa época, se deu bem, pelo menos temporariamente e quem ainda está na faculdade: www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/01/1732828-antes-escassos-engenheiros-sobram-no-mercado-e-precisam-se-reinventar.shtmlE isso porque não estão considerando apenas engenheiros civis, mas de outras especializações mais nobres também. Para os americanos (e nós também) o negócio não é correr atrás de quem hoje é "blue collar" ganhe um diploma e trabalhe na área, porque não haverá espaço para todo mundo, e sim para que daqui a 10 anos os adolescentes de hoje tenham espaço para trabalhar em áreas de maior valor agregado. Outra coisa, e que você deve discordar, mas só para deixar registrado: O Trump/Icahn também deveriam colocar como ponto central o combate a novas inversões tributárias, como a da Burger King/Tim Hortons inclusive com estatização dos ativos sem indenização se for necessário. É esse pessoal que deveria arcar com os custos do maior salário mínimo, e não os trabalhadores/poupadores/pequenos empresários. Destaquei essa frase em negrito, pq gostei muito. Eu penso que a chicotada com mais liberdade dá a chance dos mais sabidos diminuírem a chicotada nos seus filhos e aí por diante. A chicotada (motivação) aumenta o QI de uma população, no longo prazo (vide os povos do norte que tiveram suas chicotadas da natureza, enquanto aqui vivíamos nesse paraíso onde as frutas caiam no chão), selecionando os melhores, incentivando a cooperação entre iguais. Assim, qto maior a interdependência, qto maior a divisão de trabalho de um lugar, maior valor é criado e maior o conforto têm seus componentes. Sobre as fábricas, não estou certo de que elas voltam ou deveriam voltar para América. Eles parecem ser um povo que se especializou bastante em serviços relacionados a tecnologias, inventividade, eles são bons nisso. Penso serem como nós e nosso agronegócio (deveríamos voltar nossa população para isso e setores adjacentes, é nisso que somos bons e competitivos!). David Ricardo não gostaria muito da volta destas fábricas para América, por exemplo. E longe de ver o Trump como salvador, uma vez que ele está enfiado no sistema financeiro até o talo. Inclusive, à época, ele aprovou os remédios financeiros de 2008. Vejo o Trump como um desestabilizador desse status quo, apenas, um falastrão que desafia o politicamente correto, que está colocando a Imprensa em seu devido lugar, quieta e atrás da internet. Com ele, pelo menos, essa política do FED deve parar e enfim adentraremos numa recessão profunda, que pode corrigir grande parte destas loucuras que conversamos aí acima. Pois com Hillary, haverá certamente continuidade, o que pode agravar ainda mais o problema a ser resolvido no futuro. É impressionante como atualmente não sabemos quem são os bandidos do sistema como um todo. Praticamente todos roubamos e somos roubados, fica difícil definir um culpado. Assim, se vc quiser condenar qq um (no caso Trump e Icahn) ainda será injusto com os outros (políticos e outros amigos do rei em geral). Minha opinião é que mais importante que achar os "culpados" (imagine ter que indenizar os descendentes de escravos, por exemplo...é impossível!) temos que ter regras simples. Com liberdade é bem melhor é claro. Acho o sistema libertário (não estou me referindo a libertarianismo em si, mas a liberdade individual num sentido amplo, oposto ao fascismo) muito falho, mas de longe bem melhor que qualquer outro sistema existente. Se o capitalismo tem falhas, que os marxistas do século XXI adoram lembrar, com certeza tem menos que o sistema deles. Não é todo "Rockfeller", "Carnegie" ou "Ford" (pessoas com o potencial e o esforço deles) que foi bem sucedido e nem todo o rico, competente, mas pelo menos, a tendência é existir essa correlação, ou no mínimo ela ser possível. A questão das fábricas é que nem todo graduado é um Charles Townes (um dos pais do laser) que inventa soluções para problemas futuros. A maioria esmagadora em qualquer profissão atende a demandas imediatas. Um engenheiro mecânico "precisa" de uma indústria de bens de capital para trabalhar, um químico de uma indústria de plásticos, um de materiais precisa de uma siderúrgica, etc... claro que existem outras combinações (até porque por exemplo um engenheiro químico pode trabalhar com milhões de outras coisas como petróleo, fertilizantes, soda/cloro, etc...) mas a tendência é que um engenheiro trabalhe de alguma forma ou na indústria ou numa empresa de tecnologia voltada para produção. Como ninguém se forma sozinho, nem existe faculdade para os gênios, é preciso ter um certo fluxo de demanda para quem profissionais medianos surjam antes que um gênio que pode trabalhar com pesquisa seja descoberto. Não acho o Trump salvador, na verdade não conheço a realidade dele como businessman, mas as falas do Icahn normalmente são bem pé no chão. Tem uma palestra dele que ele fez em Yale a convite do Bob Shiller (acho que tem no youtube), na época em que ele ganhou o prêmio nobel, em que o Icahn falou da trajetória dele e da gestão de carteiras de investimentos e apesar de curta, deu para perceber que o cara não é um desses "delegadores de tarefas". Depois disso, sempre dei crédito ao que ele fala. Eu penso que o bailout em 2008 foi necessário. Fariam o que, deixar o sistema quebrar? Na corrida aos bancos quem quebrou foram os bancos pequenos que não tinham nada a ver com os créditos podres. Se teve erro do governo foi em não oferecer um moral hazard, deveriam ter feito algo do tipo: beleza, vamos cobrir todo mundo, mas apenas para manter a situação dos pequenos poupadores. Empresa em que o governo entrar com dinheiro terá o governo federal como acionista. Foi o que o Buffet fez no Bank of America e se deu bem e quase o que ele fez no LTCM, mas não conseguiu por ser muito muquirana.
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Post by Neomalthusiano on Jul 6, 2016 7:33:16 GMT -3.5
O visão do autor realmente é boa, mas desses caras que você citou discordo um tanto. Mike Maloney é meio picareta, tem um vídeo dele que eu vi há muitos anos atrás, no mínimo uns 6, em que ele deu uma palestra sobre o segredo de ganhar dinheiro: quando a bolsa entra em bull market compre ações, quando entra em bear, venda tudo e compre ouro. Ele até mostrou um gráfico do desempenho do S&P combinado com o do ouro durante o século XX. Realmente faz todo o sentido, o problema é adivinhar com antecedência qual e quando essas situações vão ocorrer em seguida... não é de se surpreender que a plateia não soubesse o que quer dizer P/L. O cara é muito bom para vender livrinho estilo Robert Kiyosaki. Já o Peter Schiff o problema dele foi quando o ouro estava no topo histórico, acho que batendo nos 2 mil dólares, ele ter declarado todo feliz que ele tinha certeza, sem medo de errar, que agora ia para 5000 dólares e de lá pra cá só caiu, começando 2016 na casa dos 1000 dólares redondos. Mas um dia ele acerta, é claro, no dia em que uma jujuba estiver custando 10 dólares no walmart mais próximo. kkk, mas o que eu tenho a ver com esses dois, me importa a coerência de suas idéias! O que esperar deles, visto que estao pesadamente comprados em ouro!? Inocência crer que seriam isentos. Procuro sempre analisar os dois lados de uma discussao. O lado pró quebra da economia possui os argumentos mais convincentes. Até o presidente do FED de St Louis uma vez escreveu (há uns 6 meses atrás) que a economia está a base de cocaína e sei lá mais o que. Veja Greenspan saindo do armário! Não conheço a história do Maloney, ou do Rickards dentre outros. Mas sobre o Schiff vc comete uma injustiça: qdo alguem poderia se imaginar coisas como QE qdo o ouro estava a 2000 USD!? Creio que ninguém esperaria por uma perversão como essa. Perdemos o Schiff por isso. Não é possível saber QUANDO a ação humana se manifesta, pois, depende de humanos. Sejamos justos, montemos no ombro de gigantes e não nos apequenemos com fofocas. Eu, por exemplo, n tenho um grana de ouro kkkk Ouro é bom, mas tal qual a prata, não pode ser considerado salvador da lavoura e isso vai longe do que os caras pregam. Admitindo que toda a lógica da hiperinflação/desastre econômico esteja correta, faria mais sentido comprar terras que ouro, pois um ativo real produtivo tenderia a conservar valor por gerar um fluxo de caixa constante (coisa que não pode se dizer por exemplo de um imóvel, que depende de quem o alugue, vide os preços dos imóveis de Detroit). A vantagem do ouro seria botar dentro da mala e fugir para a Suíça em caso de catástrofe, mas com ouro escritural isso não seria possível. E por outro lado, caso você erre na previsão econômica, mas acertado na execução, você receberia o fluxo de caixa das terras, algo que o ouro por ser apenas instrumento de valor não proporcionaria. Mas para a cultura americana que adora uma teoria da conspiração, aliens, the new world order, reptilianos, illuminati, fica muito mais fácil vender a ideia que ouro é um instrumento seguro e é a melhor opção e enquanto isso faturar com palestras, livros, newslettter, etc... no caso do Maloney e outros alarmistas. No caso do Schiff realmente você lembrou uma coisa que eu não tinha parado para analisar. Como a tendência do mercado será corrigir assim que o excesso de liquidez se mostrar um erro, darei mais uns anos para voltar a malhar o cara, aí em 2020, se for o caso, eu volto, rsrs. Pois no médio prazo, o QE é até um fator pró ouro, seja pela injeção de novo dinheiro " from thin air", seja pela queda abrupta dos juros que diminui o custo de oportunidade de investir no ouro.
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uqaz
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Post by uqaz on Jul 6, 2016 10:04:24 GMT -3.5
Destaquei essa frase em negrito, pq gostei muito. Eu penso que a chicotada com mais liberdade dá a chance dos mais sabidos diminuírem a chicotada nos seus filhos e aí por diante. A chicotada (motivação) aumenta o QI de uma população, no longo prazo (vide os povos do norte que tiveram suas chicotadas da natureza, enquanto aqui vivíamos nesse paraíso onde as frutas caiam no chão), selecionando os melhores, incentivando a cooperação entre iguais. Assim, qto maior a interdependência, qto maior a divisão de trabalho de um lugar, maior valor é criado e maior o conforto têm seus componentes. Sobre as fábricas, não estou certo de que elas voltam ou deveriam voltar para América. Eles parecem ser um povo que se especializou bastante em serviços relacionados a tecnologias, inventividade, eles são bons nisso. Penso serem como nós e nosso agronegócio (deveríamos voltar nossa população para isso e setores adjacentes, é nisso que somos bons e competitivos!). David Ricardo não gostaria muito da volta destas fábricas para América, por exemplo. E longe de ver o Trump como salvador, uma vez que ele está enfiado no sistema financeiro até o talo. Inclusive, à época, ele aprovou os remédios financeiros de 2008. Vejo o Trump como um desestabilizador desse status quo, apenas, um falastrão que desafia o politicamente correto, que está colocando a Imprensa em seu devido lugar, quieta e atrás da internet. Com ele, pelo menos, essa política do FED deve parar e enfim adentraremos numa recessão profunda, que pode corrigir grande parte destas loucuras que conversamos aí acima. Pois com Hillary, haverá certamente continuidade, o que pode agravar ainda mais o problema a ser resolvido no futuro. É impressionante como atualmente não sabemos quem são os bandidos do sistema como um todo. Praticamente todos roubamos e somos roubados, fica difícil definir um culpado. Assim, se vc quiser condenar qq um (no caso Trump e Icahn) ainda será injusto com os outros (políticos e outros amigos do rei em geral). Minha opinião é que mais importante que achar os "culpados" (imagine ter que indenizar os descendentes de escravos, por exemplo...é impossível!) temos que ter regras simples. (...) A questão das fábricas é que nem todo graduado é um Charles Townes (um dos pais do laser) que inventa soluções para problemas futuros. A maioria esmagadora em qualquer profissão atende a demandas imediatas. Um engenheiro mecânico "precisa" de uma indústria de bens de capital para trabalhar, um químico de uma indústria de plásticos, um de materiais precisa de uma siderúrgica, etc... claro que existem outras combinações (até porque por exemplo um engenheiro químico pode trabalhar com milhões de outras coisas como petróleo, fertilizantes, soda/cloro, etc...) mas a tendência é que um engenheiro trabalhe de alguma forma ou na indústria ou numa empresa de tecnologia voltada para produção. Como ninguém se forma sozinho, nem existe faculdade para os gênios, é preciso ter um certo fluxo de demanda para quem profissionais medianos surjam antes que um gênio que pode trabalhar com pesquisa seja descoberto. (...) Eu penso que o bailout em 2008 foi necessário. Fariam o que, deixar o sistema quebrar? Na corrida aos bancos quem quebrou foram os bancos pequenos que não tinham nada a ver com os créditos podres. Se teve erro do governo foi em não oferecer um moral hazard, deveriam ter feito algo do tipo: beleza, vamos cobrir todo mundo, mas apenas para manter a situação dos pequenos poupadores. Empresa em que o governo entrar com dinheiro terá o governo federal como acionista. Foi o que o Buffet fez no Bank of America e se deu bem e quase o que ele fez no LTCM, mas não conseguiu por ser muito muquirana. Destaquei estes dois parágrafos seus acimas, pois destoam do resto, uma vez que desafiam o meu raciocínio. No primeiro parágrafo vc considera que as pessoas possuem profissões estáticas (como se todo uberista nascera para aquilo...). Se temos engenheiros mecânicos, logo necessitamos de fábricas. Não, é o contrário, as profissões devem se adequar à situação. A migração de tipos de indústria deve ser natural, deve fluir de acordo com os interesses econômicos momentâneos ou não dos particulares. De que adianta formarmos engenheiros nucleares se aqui não dispomos de lá tantas usinas deste tipo, por exemplo. Uma pessoa não é escrava da sua formação acadêmica, veja aí quantos administradores e advogados temos que não exercem sua profissão (por estarem sobrando!). Fosse assim, cada um poderia escolher no que trabalhar, sem ter que lidar com a escassez do todo. Por exemplo, se fizéssemos do jeito que vc coloca, eu deveria ter um emprego de atacante do Barcelona, uma vez que treinei e me especializei bastante para isso. Deveríamos abrir mais empresas para administradores, ou criar mais conflitos pra estes advogados. Não, deve haver causa (necessidade natural e espontânea de indústrias, criação de vagas, bons salários) e efeito (abertura de cursos acadêmicos visando atender à demanda causadora). Frédéric Bastiat tratou desse tópico n A petição dos fabricantes de velas. Sobre 2008, o que dizer... Obama criou mais dívida que todos os presidentes da America... Fez-se um emendo, mas o problema multiplicou enormemente deveremos retomar de onde paramos. Vc lembrou bem o LTCM, que na minha opinião, foi onde começou esse moral hazard que inspirou 2008, e deve inspirar os prováveis próximos movimentos insanos. Na sua opinião, vc acha que haverá tendencia mundial à estatização destes bancos? ...me parece ser o único jeito...
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uqaz
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Post by uqaz on Jul 6, 2016 10:19:05 GMT -3.5
kkk, mas o que eu tenho a ver com esses dois, me importa a coerência de suas idéias! O que esperar deles, visto que estao pesadamente comprados em ouro!? Inocência crer que seriam isentos. Procuro sempre analisar os dois lados de uma discussao. O lado pró quebra da economia possui os argumentos mais convincentes. Até o presidente do FED de St Louis uma vez escreveu (há uns 6 meses atrás) que a economia está a base de cocaína e sei lá mais o que. Veja Greenspan saindo do armário! Não conheço a história do Maloney, ou do Rickards dentre outros. Mas sobre o Schiff vc comete uma injustiça: qdo alguem poderia se imaginar coisas como QE qdo o ouro estava a 2000 USD!? Creio que ninguém esperaria por uma perversão como essa. Perdemos o Schiff por isso. Não é possível saber QUANDO a ação humana se manifesta, pois, depende de humanos. Sejamos justos, montemos no ombro de gigantes e não nos apequenemos com fofocas. Eu, por exemplo, n tenho um grana de ouro kkkk Ouro é bom, mas tal qual a prata, não pode ser considerado salvador da lavoura e isso vai longe do que os caras pregam. Admitindo que toda a lógica da hiperinflação/desastre econômico esteja correta, faria mais sentido comprar terras que ouro, pois um ativo real produtivo tenderia a conservar valor por gerar um fluxo de caixa constante (coisa que não pode se dizer por exemplo de um imóvel, que depende de quem o alugue, vide os preços dos imóveis de Detroit). A vantagem do ouro seria botar dentro da mala e fugir para a Suíça em caso de catástrofe, mas com ouro escritural isso não seria possível. E por outro lado, caso você erre na previsão econômica, mas acertado na execução, você receberia o fluxo de caixa das terras, algo que o ouro por ser apenas instrumento de valor não proporcionaria. Mas para a cultura americana que adora uma teoria da conspiração, aliens, the new world order, reptilianos, illuminati, fica muito mais fácil vender a ideia que ouro é um instrumento seguro e é a melhor opção e enquanto isso faturar com palestras, livros, newslettter, etc... no caso do Maloney e outros alarmistas. Vc tem razão, é justo isso que pratico aqui. Os imóveis podem ficar desocupados na America - mega bolha de crédito em 2008, mega bolha de crédito hoje - mas sinceramente não vejo bolhas em Banânia (por vários motivos). Acho que o que os americanos gostam de ouro, nós gostamos de imóveis kkk. No fim, busca-se lastro. Idem Argentina. O sistema de crédito brasileiro privilegia os poupadores (como nós investidores) imensamente (devido aos imensos juros de financiamento). Jim Rickards (pesquise sobre ele e seus livros!) é o mais acertado sobre o todo em minha opinião, ele compartilha da sua opinião de que são os hard assets geradores de fluxo de caixa que devemos buscar possuir (Buffet concorda com ele ao ter comprado estradas de ferro recentemente). O ouro é isso mesmo não dá filhos, mas em tese serviria como moeda de troca (lembre-se, não há liquidez em terras, não dá pra carregá-las no bolso). Entendo que o Rickards tem a visão mais abrangente do todo, tanto Maloney ou Schiff possuem seguidores mais "rednecks", não entendem que um padeiro aqui em Banânia não aceitaria ouro como pagamento (mas sim pagamento em bitcoin via cartão Mastercard, por exemplo). Isso aí, se os títulos americanos dispararem como 1980, o ouro faz topo. Mas teriam eles coragem de fazer isso? Se sim, ótimo, se não (QEs, juros negativos), ouro e bitcoin continuam subindo.
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uqaz
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Post by uqaz on Jul 6, 2016 10:41:59 GMT -3.5
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Post by Deleted on Jul 7, 2016 7:51:56 GMT -3.5
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uqaz
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Post by uqaz on Jul 7, 2016 8:38:36 GMT -3.5
Parece mais uma janela de oportunidade para investimentos em imóveis no reino unido que começa a se abrir. Libra caiu e estrangeiros começam a vender imóveis. Como os imóveis lá estavam absurdamente caros, é possível que mesmo após esta queda ainda estejam com preços elevados para o investidor que recebe em reais. Mas não deixa de ser uma mudança que começa a chamar a atenção. Quem sabe mais para frente surja por lá uma chance de investirmos em imóveis... ih, eles descobriram 2 dias depois: www.valor.com.br/financas/4626785/fundos-imobiliarios-britanicos-viram-termometro-da-crise
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Post by Neomalthusiano on Jul 8, 2016 2:21:39 GMT -3.5
Ouro é bom, mas tal qual a prata, não pode ser considerado salvador da lavoura e isso vai longe do que os caras pregam. Admitindo que toda a lógica da hiperinflação/desastre econômico esteja correta, faria mais sentido comprar terras que ouro, pois um ativo real produtivo tenderia a conservar valor por gerar um fluxo de caixa constante (coisa que não pode se dizer por exemplo de um imóvel, que depende de quem o alugue, vide os preços dos imóveis de Detroit). A vantagem do ouro seria botar dentro da mala e fugir para a Suíça em caso de catástrofe, mas com ouro escritural isso não seria possível. E por outro lado, caso você erre na previsão econômica, mas acertado na execução, você receberia o fluxo de caixa das terras, algo que o ouro por ser apenas instrumento de valor não proporcionaria. Mas para a cultura americana que adora uma teoria da conspiração, aliens, the new world order, reptilianos, illuminati, fica muito mais fácil vender a ideia que ouro é um instrumento seguro e é a melhor opção e enquanto isso faturar com palestras, livros, newslettter, etc... no caso do Maloney e outros alarmistas. Vc tem razão, é justo isso que pratico aqui. Os imóveis podem ficar desocupados na America - mega bolha de crédito em 2008, mega bolha de crédito hoje - mas sinceramente não vejo bolhas em Banânia (por vários motivos). Acho que o que os americanos gostam de ouro, nós gostamos de imóveis kkk. No fim, busca-se lastro. Idem Argentina. O sistema de crédito brasileiro privilegia os poupadores (como nós investidores) imensamente (devido aos imensos juros de financiamento). Jim Rickards (pesquise sobre ele e seus livros!) é o mais acertado sobre o todo em minha opinião, ele compartilha da sua opinião de que são os hard assets geradores de fluxo de caixa que devemos buscar possuir (Buffet concorda com ele ao ter comprado estradas de ferro recentemente). O ouro é isso mesmo não dá filhos, mas em tese serviria como moeda de troca (lembre-se, não há liquidez em terras, não dá pra carregá-las no bolso). Entendo que o Rickards tem a visão mais abrangente do todo, tanto Maloney ou Schiff possuem seguidores mais "rednecks", não entendem que um padeiro aqui em Banânia não aceitaria ouro como pagamento (mas sim pagamento em bitcoin via cartão Mastercard, por exemplo). Isso aí, se os títulos americanos dispararem como 1980, o ouro faz topo. Mas teriam eles coragem de fazer isso? Se sim, ótimo, se não (QEs, juros negativos), ouro e bitcoin continuam subindo. O pessoal no Brasil gosta de imóvel por comodismo. Não existe cultura de bolsa (como no Reino Unido/EUA), não existe cultura de investimentos (como no Japão/Coréia do Sul). Eu teria certas restrições em comprar um imóvel como investimento no Brasil porque aqui é um país que ninguém sério pode dizer que tem certeza de como serão as coisas 5 anos no futuro. Investir já é complicado, mas pelo menos investimentos mais líquidos permitem a chance de uma fuga de capitais. Se o governo respeitando o princípio da anterioridade, anuncia uma alíquota de 50% de IR para todos os investimentos financeiros, pode-se tentar trocar tudo em dólar e mandar para o exterior (Paraguai também é exterior, rsrs), não é certo que se consiga, não é garantido que não se pagará um câmbio absurdo, mas a chance existe. Agora se fazem isso com o IR de imóveis ou melhor ainda, aprovam uma nova contribuição provisória com base no valor do patrimônio, até você vender o imóvel, a nova legislação já entrou em vigor. Particularmente eu estou imaginando que darei muita risada quando a informatização dos cartórios e unificação dos sistemas sair do papel. Nada me tira da cabeça que isso é uma estratégia da receita federal para descobrir quem tem vários imóveis no próprio nome ("antiga tradição das casinhas para alugar") e nunca declarou proventos recebidos de aluguel. Ser locatário que não paga IR, como a maioria faz, é cômodo. Agora parece que quem investe em bolsa para financiar empresas e ver o país progredir comete quase um crime de lesa pátria. Jim Rickards eu não conheço, vou procurar informações dele e sobre ele com certeza. Terras realmente tem essa grande desvantagem (na verdade penso que seria uma vantagem do ouro físico, pois na maioria dos investimentos acontece algo similar, mas dá no mesmo). Pior que eu não duvido nada que em 2020, a turminha do FED continue com uma taxa de juros artificialmente baixa (tipo aumentam uns 0.5% até lá), não que eu ache que isso vai acontecer, mas é inegável a "parcimônia" dos economistas americanos em retirar a cocaína do sistema financeiro. Ao pisar em terreno onde ninguém nunca pisou, é sempre mais seguro deixar o seu sucessor dar o passo seguinte. Penso que o ouro como meio de troca no dia a dia é pouco conveniente, seria mais interessante como reserva de valor para conservar um patrimônio até as coisas se acalmarem ou até chegar no exterior. Já bitcoins não são má ideia, pelo contrário, são ótima ideia, mas precisam cair no gosto popular ainda para serem eficientes. E quando estiverem fortes, os governos farão de tudo para acabar com ele, principalmente pelas desculpas de combate ao terrorismo, à lavagem de dinheiro, à evasão de divisas e à fraude.
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Post by Neomalthusiano on Jul 8, 2016 3:41:34 GMT -3.5
(...) A questão das fábricas é que nem todo graduado é um Charles Townes (um dos pais do laser) que inventa soluções para problemas futuros. A maioria esmagadora em qualquer profissão atende a demandas imediatas. Um engenheiro mecânico "precisa" de uma indústria de bens de capital para trabalhar, um químico de uma indústria de plásticos, um de materiais precisa de uma siderúrgica, etc... claro que existem outras combinações (até porque por exemplo um engenheiro químico pode trabalhar com milhões de outras coisas como petróleo, fertilizantes, soda/cloro, etc...) mas a tendência é que um engenheiro trabalhe de alguma forma ou na indústria ou numa empresa de tecnologia voltada para produção. Como ninguém se forma sozinho, nem existe faculdade para os gênios, é preciso ter um certo fluxo de demanda para quem profissionais medianos surjam antes que um gênio que pode trabalhar com pesquisa seja descoberto. (...) Eu penso que o bailout em 2008 foi necessário. Fariam o que, deixar o sistema quebrar? Na corrida aos bancos quem quebrou foram os bancos pequenos que não tinham nada a ver com os créditos podres. Se teve erro do governo foi em não oferecer um moral hazard, deveriam ter feito algo do tipo: beleza, vamos cobrir todo mundo, mas apenas para manter a situação dos pequenos poupadores. Empresa em que o governo entrar com dinheiro terá o governo federal como acionista. Foi o que o Buffet fez no Bank of America e se deu bem e quase o que ele fez no LTCM, mas não conseguiu por ser muito muquirana. Destaquei estes dois parágrafos seus acimas, pois destoam do resto, uma vez que desafiam o meu raciocínio. No primeiro parágrafo vc considera que as pessoas possuem profissões estáticas (como se todo uberista nascera para aquilo...). Se temos engenheiros mecânicos, logo necessitamos de fábricas. Não, é o contrário, as profissões devem se adequar à situação. A migração de tipos de indústria deve ser natural, deve fluir de acordo com os interesses econômicos momentâneos ou não dos particulares. De que adianta formarmos engenheiros nucleares se aqui não dispomos de lá tantas usinas deste tipo, por exemplo. Uma pessoa não é escrava da sua formação acadêmica, veja aí quantos administradores e advogados temos que não exercem sua profissão (por estarem sobrando!). Fosse assim, cada um poderia escolher no que trabalhar, sem ter que lidar com a escassez do todo. Por exemplo, se fizéssemos do jeito que vc coloca, eu deveria ter um emprego de atacante do Barcelona, uma vez que treinei e me especializei bastante para isso. Deveríamos abrir mais empresas para administradores, ou criar mais conflitos pra estes advogados. Não, deve haver causa (necessidade natural e espontânea de indústrias, criação de vagas, bons salários) e efeito (abertura de cursos acadêmicos visando atender à demanda causadora). Frédéric Bastiat tratou desse tópico n A petição dos fabricantes de velas. Sobre 2008, o que dizer... Obama criou mais dívida que todos os presidentes da America... Fez-se um emendo, mas o problema multiplicou enormemente deveremos retomar de onde paramos. Vc lembrou bem o LTCM, que na minha opinião, foi onde começou esse moral hazard que inspirou 2008, e deve inspirar os prováveis próximos movimentos insanos. Na sua opinião, vc acha que haverá tendencia mundial à estatização destes bancos? ...me parece ser o único jeito... Não devo ter sido claro, não penso que devemos abrir uma fábrica para que tenhamos engenheiros, só justifiquei a queda desse tipo de empregos, que foi uma coisa que você apontou, pela queda da participação do setor secundário com a concentração da economia no setor terciário. Uma economia com um setor terciário hegemônico realmente vai criar mais vagas de garçons e tal (além de outras como advogados, contadores, programadores, etc... para as empresas), mas o incentivo para que alguém faça engenharia para trabalhar na área, será bem menor. A questão é que as políticas de intervenção governamental, por ação ou omissão, incentivam o setor de serviços. Por outro lado, a China, Coreia do Sul e outras nações asiáticas tem ações que incentivam o contrário, justamente o setor secundário. Li há algum tempo no valor (pra você que adora o jornal, kkk) uma matéria estrangeira (acho que do WSJ) sobre como a indústria não é mais mola propulsora da economia, usando como exemplo a Índia. Eles até estão corretos, mas o que esses governos querem é o desenvolvimento de demanda para profissões relacionadas com tecnologia para lá na frente eles poderem gozar com produção de tecnologia de ponta tal qual a Europa Ocidental faz. Quanto ao Barcelona, depois que Douglas, (ex São Paulo) e Keirrison, (ex Palmeiras) foram contratados pelo Barcelona, acho que qualquer um que tenha preparo físico para correr consegue jogar pelo Barça, contanto que seja bem agenciado, como pela Traffic, rsrs.Apesar que não foi uma particularidade do Barcelona. As contratações na passagem de Luxemburgo no Real, pareceram piada. E a lista vai longe: teve Shaun Wright Phillips no Chelsea (cuja falta de intimidade com a bola era tão grande que o comentarista Victor Sérgio Rodrigues falava claramente que a contratação foi para lavagem de dinheiro), Doni no Roma (não que ele seja ruim, mas o fato de existir uma comunidade do orkut chamada quero o agente do Doni não foi à toa), Breno no Bayern (como jogador não vingou, mas pelo menos serviu como amigo de cela do presidente do time), Afonso Alves no Middlesbrough (o Middlesbrough é bem menor que os demais times, mas tava na cara que o Dunga convocou ele apenas para algum cartola/agente faturar alguma coisa numa transferência. E a contratação foi caríssima.) etc... Mas voltando a parte séria, rs, vou até fazer um comentário, relacionando a algo que você falou atrás com esse post sobre o Brasil ser um paraíso natural cheio de frutas e os povos do norte não gozarem desta vantagem. Essa visão eu considero um pouco distorcida por alguns aspectos. Os povos da Eurásia e Norte da África tinham algo muito mais importante que tudo que existia nesse continente, que são animais de carga e domésticos. Cavalos, elefantes, vacas, porcos e ovelhas. Nada disso existia aqui. A capacidade de realizar trabalho e sustentar grandes populações concentradas fica comprometida. Fora que frutas caindo dos pés tira o incentivo para o desenvolvimento da agricultura (algo que requer animais, se possível bois) que é um motor para o desenvolvimento da sociedade na medida em que cria demanda de instrumentos de bronze (até hoje é de certa forma assim, os países ricos subsidiam a agricultura para agregar demanda a indústria de defensivos agrícolas e máquinas agrícolas). Você pode observar que praticamente todos os grandes povos antigos surgiram onde rios permitem irrigação: Nilo - egípicios; Tigre/Eufrates - sumérios, babilônios e assírios; Yang Tsé e Rio Amarelo - chineses; vários rios nivais formados pelo degelo nos Montes Zagros - persas; etc... vias navegáveis (cuja Europa está cheia) ainda contribuíam para o comércio dos excedentes. Sobre esse tema, há um livro: " Guns, Germs, and Steel" que apesar de não ser maravilhoso trata bem de algumas dessas questões. No caso, o mesmo se aplica na relação entre os setores produtivos e o desenvolvimento de certas profissões. Quanto aos bancos, penso que não. Simplesmente é muito mais fácil enrolar enquanto for possível. Estatização iria trazer aos noticiários vários questionamentos que podem ser propagados de forma a colocar políticos contra a parede ou questionar determinadas decisões anteriores e isso os governos não querem (até porque se as pessoas começarem a questionar demais podem acabar concluindo que a própria existência do Estado é um roubo). É mais fácil varrer a sujeira para debaixo do tapete e ir jogando pra frente, torcendo para que as coisas se acertem. Só um caso extremo de intervenção que talvez possa desencadear alguma ação direta dos governos, mas penso ser mais fácil colocar o ministério público para condenar alguns executivos como "resposta para sociedade" e propor alguma lei que pouco muda a realidade do que tomar ações concretas.
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