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Post by Neomalthusiano on Dec 30, 2015 22:42:48 GMT -3.5
O problema, Cadu, é que se você tivesse 100 mil de rendimentos financeiros, você poderia dar by bye Brasil e deixar o Brasil chupando dedo. Isso seria ruim para o governo. Só que 100 mil de salário não dá opção, é aceitar pagar tudo que o governo quiser ou buscar emprego em outro país o que às vezes nem é possível, devido ao alto corporativismo que os profissionais liberais de outros países tem, evitando a concorrência de estrangeiros. Para empregados, é começar no fundo da pirâmide num sistema totalmente novo, o que dependendo da idade da pessoa, não compensa. Então para o governo, a decisão é relativamente simples. Até para um empresário de uma LTDA a ideia de "bleed them dry and fleece them out" é muito convidativa, porque para se desfazer da empresa, o cara vai ter que vender para alguém (mesmo que seja um grupo de pessoas), que vai ter que pagar impostos do mesmo jeito... Acho difícil isso vingar na prática. Isto pq a imensa maioria ia abaixar p/ 99mil seus ganhos declarados. Existem diversas formas legais de se receber o salário, ou o pró labore, por fora. E quem ganha esta bolada, não ia ter dificuldade de montar uma estrutura legal p/ tal. Estas medidas de taxações dos mais ricos sempre foi frustrada, vide o exemplo do fracasso recente na França. A França tem a desvantagem que Europa Ocidental é na prática um país só. É perfeitamente possível o cidadão morar na Inglaterra e trabalhar na França ou trabalhar na Alemanha e morar na França dependendo do trabalho. Em país civilizado a pessoa paga imposto ao final do ano. Não é roubado preventivamente na fonte e depois de vários meses a receita restitui o que recolheu a mais. Na Europa Ocidental você pode declarar imposto aonde quiser, respeitando os seguintes critérios (no geral, alguns países só aceitam um dos critérios): 1 País de domicílio ou país onde passou mais de 6 meses residindo 2 País onde trabalha 3 País onde possui mais bens Para os profissionais liberais de alto padrão, declarar em outro país passou a ser convidativo e até esperado. A região da Île-de-France tem algo em comum com a Califórnia: é um grande centro de ultra ricos que não estão (ou estavam) dispostos a se mudar de lá. Infelizmente para o governo francês, eles acreditaram que isso iria reter os ultra ricos e compensar o efeito da perda dos menos ricos, mas não foi o que aconteceu. Famosos como Gerard dePardieu e Bernard Arnault que eram o foco da taxação acabaram até buscando cidadania de outros países. E para quem quiser fazer o caminho "português", rs: www.frenchentree.com/french-property/french-tax/living-in-france-working-in-the-uk/?PageSpeed=noscriptMas Brasil não tem essas facilidades. O cara tem que sair do país se quiser escapar da tesoura. A curva de Laffer diz que é possível maior sonegação ou queda de produtividade realmente, mas por uma questão cultural, os profissionais liberais já sonegam tudo o que pode. Dentista, médico, engenheiro, arquiteto, etc... é padrão cobrar um preço com nota e outro sem. Agora quero ver como é que o cara assalariado da Oi, Ambev, Fiat, Itaú, etc... vai fazer para sonegar se o salário já está na carteira e não é permitida pela legislação brasileira diminuir salário (ou seja, nada de pagar por fora) sem anuência do acordo/convenção coletiva ou negociação de sindicato para manter empregos.
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Post by Neomalthusiano on Dec 30, 2015 22:54:40 GMT -3.5
PT quer alíquota de 40% do IR para os muito ricos www.brasil247.com/pt/247/poder/211274/PT-quer-al%C3%ADquota-de-40-do-IR-para-os-muito-ricos.htmConforme disse no outro tópico, o PT quer justificar de todo modo que também está "taxando o andar de cima", por isso, o povo deve ter paciência com o desemprego, inflação e recessão, já que tudo está sob o controle de mãe Dilma. A ideia neste caso até é boa, pois é absurdo quem ganha 6500 estar na mesma alíquota de quem ganha 200 mil. Pior ainda é quem ganha 2500, pagar imposto de renda. Mas a forma como está sendo implementada pode por tudo a perder. Em breve pode ser que vejamos a taxação dos FIIs para combater os malditos especuladores que tanto inflacionaram o mercado imobiliário nos últimos anos ( ). Neomalthusiano , eu continuo com a mesma opinião de sempre, não acredito que uma taxação num veículo que tem pouca representatividade no mercado como os FIIs (30 Bi), mesmo poupança (500Bi), talvez LCI E LCA (200Bi), mesmo assim não vejo mudanças significativas no mercado imobiliário, na comparação com o PIB (2,3 tri US) os valores são irrisórios, o que pode realmente inflacionar esse mercado são os ativos reais mesmo, que tem sofrido um aumento desproporcional e totalmente fora da realidade, mas é aquela coisa, enquanto tiver gente que paga 1 milhão por uma apto de 100 m^2, não tem como termos um horizonte com uma realidade mais racional: PIB Ranking MundialConfira abaixo a listagem com o PIB das principais economias mundiais. Segundo dados divulgados pelo FMI (Fundo Monetário internacional), os países mais ricos do mundo são (valores em trilhões de dólares): PAÍS 2012 2013 2014 Estados Unidos 15,684 16,799 17,419 China 8,227 9,181 10,380 Japão 5,963 4,901 4,616 Alemanha 3,400 3,635 3,860 Reino Unido 2,440 2,535 3,056 França 2,608 2,737 2,847 Brasil 2,395 2,242 2,353 Itália 2,014 2,071 2,148 Índia 1,824 1,870 2,050 Rússia 2,021 2,118 1,857 Canadá 1,819 1,825 1,789 Austrália 1,541 1,505 1,444 Coréia do Sul 1,155 1,221 1,417 Espanha 1,352 1,358 1,407 México 1,177 1,258 1,283 Indonésia 0,878 0,870 0,889 Holanda 0,773 0,800 0,806 Turquia 0,794 0,827 0,866 Arábia Saudita 0,727 0,745 0,752 Suíça 0,632 0,650 0,712 g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2015/09/tesouro-direto-atinge-r-20-bilhoes-em-mercado-e-tem-recorde-de-vendas.htmlwww2.tricard.com.br/voce/Noticias/Pages/volume-de-aplicacoes-da-poupanca-atinge-marca-inedita-de-R$-500-bi.aspxwww.infomoney.com.br/onde-investir/renda-fixa/noticia/4177453/aplicacoes-lci-lca-crescem-semestrebr.advfn.com/indicadores/pibA parte do "malditos especuladores que tanto inflacionaram" eu coloquei de sacanagem, imitando o que seria uma justificativa "dilmística" para achar um culpado, totalmente incapaz de causar o efeito apontado para um problema que se alguém gerou foi o próprio governo (com o afrouxamento de crédito para financiamentos habitacionais via Caixa e BB). No mais concordo com o seu raciocínio, a taxação se justifica na caça às bruxas, até porque agora mais do que nunca, devido aos cortes de gastos da chapa branca, é momento de facilitar o funding para novos empreendimentos e não dificultar/tornar mais caro o crédito imobiliário.
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Post by Neomalthusiano on Dec 30, 2015 23:01:48 GMT -3.5
O problema, Cadu, é que se você tivesse 100 mil de rendimentos financeiros, você poderia dar by bye Brasil e deixar o Brasil chupando dedo. Isso seria ruim para o governo. Só que 100 mil de salário não dá opção, é aceitar pagar tudo que o governo quiser ou buscar emprego em outro país o que às vezes nem é possível, devido ao alto corporativismo que os profissionais liberais de outros países tem, evitando a concorrência de estrangeiros. Para empregados, é começar no fundo da pirâmide num sistema totalmente novo, o que dependendo da idade da pessoa, não compensa. Então para o governo, a decisão é relativamente simples. Até para um empresário de uma LTDA a ideia de "bleed them dry and fleece them out" é muito convidativa, porque para se desfazer da empresa, o cara vai ter que vender para alguém (mesmo que seja um grupo de pessoas), que vai ter que pagar impostos do mesmo jeito... Ou poderia fazer como o Schumacher, se mudar para a Suiça e pagar menos impostos: "Por causa do veto, a profissão "piloto de automóvel" não é reconhecida na Suíça. Assim, para efeito legal, Schumacher e seus colegas são vistos como desempregados. Resultado: não pagam um centavo de imposto sobre seus rendimentos. Só desembolsam uma taxa pela ocupação da terra, espécie de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), negociável com cada Cantão. "O Schumacher não é taxado sobre o que ele ganha. Ele é taxado sobre os bens que possui na Suíça ou a partir de cálculos sobre o que ele paga de aluguel, por exemplo", explicou à Folha a assessora cultural da Embaixada da Suíça em Brasília, Marília Serra. Mesmo "desempregado", porém, o esportista mais bem pago do mundo não teria direito a seguro-desemprego. "Como ele não paga imposto sobre sua profissão, ele não teria direito a nenhum seguro-desemprego no país." www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk2001200232.htmOs caras da Ambev fizeram algo parecido. A Suíça tem um programa que se você tiver um grande patrimônio, você pode negociar com um Cantão para só pagar de impostos um valor x por ano, independente de renda ou bens. E mesmo para quem não se qualifica para isso, por não ter patrimônio suficiente, a Suíça tem uma legislação tributária que compensa para muita gente ir morar lá em comparação com outros países ricos, ainda mais se for abrir uma PJ que gere empregos.
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Post by Neomalthusiano on Dec 30, 2015 23:52:52 GMT -3.5
Quando se fala de tributos, temos que ter uma coisa em mente: nosso sistema tributário é de 1966 e assim como nossa lei orçamentária, código penal, entre outros, precisaria de uma reforma total. Mas nosso Congresso prefere o caminho mais fácil. Como disse o Schwartsman na coluna dele de hoje: "Para todo problema complexo existe uma solução simples e errada". Pois bem, nossos legisladores sempre preferem a solução mais simples: preferem remendar leis que não servem mais à sociedade (se é que um dia serviram) do que reformar as leis como um todo, fazer tudo do zero. O que eu considero mais grave no nosso sistema tributário é a excessiva carga tributária sobre a atividade econômica (43.97%). Um país deve incentivar a produção, não punir quem produz. Aqui vale mais a pena viver de renda do que investir em produção. Duas empresas que marccaram a minha infância são exemplos do meu ponto: Monark (BMKS3) e Tectoy (TOYB4). Ambas ganharam muito dinheiro nos anos 80/90 só que em determinado momento a Monark resolveu pisar no freio na produção e investir o dinheiro em renda fixa enquanto a Tectoy resolveu insistir na produção. Olhem como está uma e como está a outra... (PS: Lógico que ea Tectoy cometeu vários erros, mas para mim o contraste entre os dois cases não deixa de ser emblemático por conta disso). Eu sou favorável a um maior peso nos impostos no patrimônio e diminuição do peso dos impostos sobre atividade econômica, mas isso tem que vir com a reforma do sistema como um todo, sem mais remendos. Outra coisa que criticam muito é a excessiva concentração dos impostos da União (69.83%). Por um lado é bom ter uma estrutura centralizada na cobrança de impostos, diminui custos e aumenta eficiência. Por outro fica aquela politicagem para a União repassar as verbas. É outra coisa que deveria ser repensada. Os dados eu tirei daqui (não sei se estão atualizados, mas não deve fugir muito disso): www.escoladegoverno.org.br/artigos/1734-o-sistema-tributario-nacionalA Monark há tempos vinha perdendo espaço para a concorrência chinesa. A empresa passou muitas dificuldades e a venda de bicicletas por vezes representava prejuízo. O gordo caixa que ela possui não é oriundo da aplicação de recursos advindos da venda de bicicletas, mas de um terreno vendido em 2010: exame.abril.com.br/blogs/direto-do-pregao/2010/05/21/odebrecht-compra-terreno-da-monark-em-sao-paulo/ Entre 2006 e 2008, salvo engano, também houve a liquidação da unidade fabril de Manaus que representou outro grande encaixe para a companhia.
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Post by cadu28 on Dec 31, 2015 7:30:48 GMT -3.5
Acho difícil isso vingar na prática. Isto pq a imensa maioria ia abaixar p/ 99mil seus ganhos declarados. Existem diversas formas legais de se receber o salário, ou o pró labore, por fora. E quem ganha esta bolada, não ia ter dificuldade de montar uma estrutura legal p/ tal. Estas medidas de taxações dos mais ricos sempre foi frustrada, vide o exemplo do fracasso recente na França. A França tem a desvantagem que Europa Ocidental é na prática um país só. É perfeitamente possível o cidadão morar na Inglaterra e trabalhar na França ou trabalhar na Alemanha e morar na França dependendo do trabalho. Em país civilizado a pessoa paga imposto ao final do ano. Não é roubado preventivamente na fonte e depois de vários meses a receita restitui o que recolheu a mais. Na Europa Ocidental você pode declarar imposto aonde quiser, respeitando os seguintes critérios (no geral, alguns países só aceitam um dos critérios): 1 País de domicílio ou país onde passou mais de 6 meses residindo 2 País onde trabalha 3 País onde possui mais bens Para os profissionais liberais de alto padrão, declarar em outro país passou a ser convidativo e até esperado. A região da Île-de-France tem algo em comum com a Califórnia: é um grande centro de ultra ricos que não estão (ou estavam) dispostos a se mudar de lá. Infelizmente para o governo francês, eles acreditaram que isso iria reter os ultra ricos e compensar o efeito da perda dos menos ricos, mas não foi o que aconteceu. Famosos como Gerard dePardieu e Bernard Arnault que eram o foco da taxação acabaram até buscando cidadania de outros países. E para quem quiser fazer o caminho "português", rs: www.frenchentree.com/french-property/french-tax/living-in-france-working-in-the-uk/?PageSpeed=noscriptMas Brasil não tem essas facilidades. O cara tem que sair do país se quiser escapar da tesoura. A curva de Laffer diz que é possível maior sonegação ou queda de produtividade realmente, mas por uma questão cultural, os profissionais liberais já sonegam tudo o que pode. Dentista, médico, engenheiro, arquiteto, etc... é padrão cobrar um preço com nota e outro sem. Agora quero ver como é que o cara assalariado da Oi, Ambev, Fiat, Itaú, etc... vai fazer para sonegar se o salário já está na carteira e não é permitida pela legislação brasileira diminuir salário (ou seja, nada de pagar por fora) sem anuência do acordo/convenção coletiva ou negociação de sindicato para manter empregos.Mas estamos falando dos ultra-ricos, e não da base da categoria, que é controlada (ou destruída) pelo sindicato. Aqui no Brasil nós temos tb uma facilidade migratória, o Mercosul . Mas tirando o Chile (que já tem dado sinais de retrocesso com o avanço do socialismo), o restante é trocar seis por meia dúzia! Se realmente for p/ sair do país por conta do deterioração bolivariana, tem que ser p/ um lugar livre desta praga. E sobram poucas opções: Suíça, Austrália, Nova Zelândia, Cingapura e Hong Kong. Mas p/ um profissional liberal, só quando atingir a independência financeira pelos seus investimentos.
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Post by cadu28 on Dec 31, 2015 10:19:50 GMT -3.5
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Post by Sultão do Swing on Jan 1, 2016 11:42:41 GMT -3.5
O Sultão lembrou muito bem de como a educação dos pobres é ignorada (que aliás, encaro como problema número 2), bilhões são gastos com universidades públicas que são verdadeiros elefantes brancos (muito gasto efetuado para poucas patentes registradas, fora alguns cursos com sobra de vagas e pessoas que vivem de Capes e CNPQ, pois tem amizade com professores) e o que deveria ser a prioridade número 1 que é o ciclo do fundamental, fica na mão dos municípios que não tem interesse (e nem recursos) para oferecer um bom encaminhamento para as crianças. A nossa esperança é que, volta e meia, podemos encontrar exemplos do contrário, ou seja, contra todas as expectativas, algum município pobre consegue superar as dificuldades e montar um bom sistema de ensino para as crianças. O último bom exemplo veio de um dos lugares mais inesperados: Sobral no Ceará. Sim a terra do nosso Renato Aragão, um estado pobre mas que mostrou o melhor exemplo de como montar um sistema educacional de primeira. Adaptando o sistema às características do município (ouviu, MEC?), Sobral instituiu um sistema com constantes cursos de retreinamento de professores, cobrança de resultados pelos superiores, gratificações por desempenho, e as crianças do município atingiram o mesmo nível das crianças do OCDE: www.brasil-economia-governo.org.br/2015/11/09/como-melhorar-a-educacao-no-brasil/Sem demagogia, eu chego a ficar comovido com um troço desses. Algum Prefeito ou Secretário da Educação macho (de repente é mulher...) não se conforma com o quadro de mendicância educacional da sua terra e vira a mesa. Oxalá possa o exemplo ser imitado por outros municípios. Lendo a autobio do Bob Fields, "A Lanterna na Popa" e obviamente já sabendo do preparo intelectual que ele teve na infância/adolescência, eu ficava me indagando como, no interior do Mato Grosso, que nas primeiras décadas do século XX devia ser o lugar onde o Judas perdeu as botas (para usar uma expressão educada), e mesmo assim o Bob teve uma educação de primeira. Ficou claro para mim agora que notebooks, internet, e bugigangas são dispensáveis. O fundamental é o fator humano, o preparo dos próprios educadores. Enfim, era isso que eu estava procurando, uma notícia positiva, ao contrário do que estamos vendo todos os dias, para começar o ano. Feliz 2016 a todos, são os votos do Sultão
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Post by jigsaw on Jan 2, 2016 11:40:16 GMT -3.5
A nossa esperança é que, volta e meia, podemos encontrar exemplos do contrário, ou seja, contra todas as expectativas, algum município pobre consegue superar as dificuldades e montar um bom sistema de ensino para as crianças. O último bom exemplo veio de um dos lugares mais inesperados: Sobral no Ceará. Sim a terra do nosso Renato Aragão, um estado pobre mas que mostrou o melhor exemplo de como montar um sistema educacional de primeira. Adaptando o sistema às características do município (ouviu, MEC?), Sobral instituiu um sistema com constantes cursos de retreinamento de professores, cobrança de resultados pelos superiores, gratificações por desempenho, e as crianças do município atingiram o mesmo nível das crianças do OCDE: www.brasil-economia-governo.org.br/2015/11/09/como-melhorar-a-educacao-no-brasil/ Sultão do Swing , mas 1 município no universo de 5.570 representa 0,00000001%, eu quero ter pensamento positivo no sentido de haver uma reviravolta na edução no Brasil, mas se em 500 anos não conseguimos fazer nada, não seria agora que isso mudaria, o Japão foi destruido ha 70 anos na 2.ª guerra mundial, e hoje é (de novo) um potência mundial, eu sinto dizer que isso aqui nao tem mais jeito, é só corrupção, infelizmente. Sem demagogia, eu chego a ficar comovido com um troço desses. Algum Prefeito ou Secretário da Educação macho (de repente é mulher...) não se conforma com o quadro de mendicância educacional da sua terra e vira a mesa. Oxalá possa o exemplo ser imitado por outros municípios. Lendo a autobio do Bob Fields, "A Lanterna na Popa" e obviamente já sabendo do preparo intelectual que ele teve na infância/adolescência, eu ficava me indagando como, no interior do Mato Grosso, que nas primeiras décadas do século XX devia ser o lugar onde o Judas perdeu as botas (para usar uma expressão educada), e mesmo assim o Bob teve uma educação de primeira. Ficou claro para mim agora que notebooks, internet, e bugigangas são dispensáveis. O fundamental é o fator humano, o preparo dos próprios educadores. Enfim, era isso que eu estava procurando, uma notícia positiva, ao contrário do que estamos vendo todos os dias, para começar o ano. Feliz 2016 a todos, são os votos do Sultão Se não houver mais a aparição de prefeita ostentação, que vergonha, MEU DEUS, pode ser que ainda haja esperança. FELIZ ANO NOVO pra vc tambem. "A ex-prefeita de Bom Jardim (MA), Lidiane Leite da Silva, foi denunciada pelo MPF (Ministério Público Federal) à Justiça por desvios de recursos federais no valor de R$ 292.324,00 destinados à merenda escolar, fraude licitatória e associação criminosa." noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2015/12/02/prefeita-ostentacao-e-denunciada-por-desvio-de-verba-de-merenda-no-maranhao.htm
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Post by Sultão do Swing on Jan 2, 2016 17:27:27 GMT -3.5
Sultão do Swing , mas 1 município no universo de 5.570 representa 0,00000001%, eu quero ter pensamento positivo no sentido de haver uma reviravolta na edução no Brasil, mas se em 500 anos não conseguimos fazer nada, não seria agora que isso mudaria, o Japão foi destruido ha 70 anos na 2.ª guerra mundial, e hoje é (de novo) um potência mundial, eu sinto dizer que isso aqui nao tem mais jeito, é só corrupção, infelizmente. Se não houver mais a aparição de prefeita ostentação, que vergonha, MEU DEUS, pode ser que ainda haja esperança. FELIZ ANO NOVO pra vc tambem. "A ex-prefeita de Bom Jardim (MA), Lidiane Leite da Silva, foi denunciada pelo MPF (Ministério Público Federal) à Justiça por desvios de recursos federais no valor de R$ 292.324,00 destinados à merenda escolar, fraude licitatória e associação criminosa." noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2015/12/02/prefeita-ostentacao-e-denunciada-por-desvio-de-verba-de-merenda-no-maranhao.htm Perfeito, eu fiz uma malandragem: escolhi um caso excepcional em uma pletora de municípios brasileiros. Você lembrou muito bem do Japão. O Japão já era um modelo educacional bem antes, quando encontraram cartas enterradas de soldados da época da Batalha de Okinawa, tinha cartas escritas em japonês, inglês, francês... Enquanto isso, teve soldado brasileiro que foi condecorado na 2a Guerra e ao receber a medalha ficou constrangido pois tinha que assinar um recibo de que havia recebido a medalha e ele não sabia assinar o nome. A culpa é de todos nós, mesmo, eu só queria dar uma boa notícia para não ficar dando uma de Doktor Doom. Depois eu vou postar um gráfico para discussão com a galera: acompanhando os fundamentos da economia brasileira, o Bovespa está virando para queda no longo prazo.
Quanto à Lidiane (ela me lembra a Ronda Rousey, não sei o porquê, eu encarava ela, faria com ela aquilo que ela fez com o município dela), más notícias: ela já está de novo na atividade:
surgiu.com.br/noticia/227654/denunciada-pelo-mpf-lidiane-leite-volta-a-ostentar-nas-redes-sociais.html
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Post by salcedo on Jan 3, 2016 23:49:08 GMT -3.5
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Post by jigsaw on Jan 4, 2016 7:49:47 GMT -3.5
salcedo , se achar melhor abrir uma Thread MERCADO 2016, fique a vontade, nao sei se o ideal seria continuar os novos comentários nessa Thread.
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Post by salcedo on Jan 4, 2016 12:46:19 GMT -3.5
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Post by Claudio66 on Sept 29, 2016 8:01:54 GMT -3.5
... A questão é que a legislação brasileira exige 10% do PIB gasto com educação e mais 10% do PIB gasto com saúde. Além disso, temos 7% do PIB de gastos do INSS, reajustado, praticamente, pelo mesmo índice do salário mínimo. E esse índice faz com que o salário mínimo tenha o mesmo reajuste real que o crescimento do PIB. Não importa o quão rápido o PIB cresça, 27% do PIB é gasto obrigatório do governo. Para piorar a situação, com o envelhecimento da população, daqui a 30 anos as despesas do INSS representarão 12% do PIB. Ou seja, 32% do PIB já está comprometido, não importa a velocidade de crescimento. É preciso somar a isso segurança interna (polícias civil, militar e guarda municipal), poderes legislativo e judiciário, administração pública e investimentos. Mesmo que conseguíssemos acabar com os subsídios, como FIES, Minha Casa Minha Vida e a bolsa empresário paga pelo BNDES, ainda teríamos um gasto da ordem de 40% do PIB. Sem a conta de juros. Com juros reais de 6% do PIB sobre uma dívida de 70% do PIB (para sermos modestos), a despesa total do governo será da ordem de 44% do PIB. Essa é a ordem de grandeza da carga tributária necessária para a dívida parar de crescer, como % do PIB. Ela continuaria crescendo em termos nominais, mas na mesma velocidade do PIB, mantendo-se num nível de 70%. Mas nenhum país do mundo suporta essa carga tributária. Ainda mais que ela recairá sobre a classe média, que além de ter que pagar os tributos, precisa pagar escola particular e despesas médicas, pois os serviços oferecidos pelo governo são péssimo. Somando esses gastos (que os países nórdicos não impõem à sua classe média, pois os serviços de saúde e educação são de qualidade), a carga tributária de uma família de classe média seria entre 50% e 80% de sua renda. Isso é insustentável! Não existe em nenhum lugar do mundo! O que é preciso fazer então: - acabar com a obrigação de gastar 10% do PIB com educação (pode gastar, se for preciso, mas se a população envelhecer, tem que direcionar mais recursos para aposentadoria) - acabar com a obrigação de gastar 10% do PIB com saúde (pode gastar, se houver projetos, mas se o PIB crescer rápido, de um ano para outro, pode guardar dinheiro, para enfrentar uma crise) - acabar com a vinculação do salário mínimo ao crescimento do PIB (pode crescer mais ou menos; vai depender da produtividade dos trabalhadores; as variações de salário devem guardar relação com a produtividade do trabalho) - acabar com a vinculação dos benefícios do INSS ao salário mínimo (se todo ganho de produtividade da população ativa representar aumento de tributação, para repassar esse ganho aos aposentados, ninguém mais na ativa vai querer ser mais produtivo; pode haver algum repasse acima da inflação aos benefícios, desde não prejudique os incentivos à população ativa) - aumentar a idade limite de aposentadoria, de forma a melhorar a proporção entre aposentados e ativos, daqui a 30 anos- acabar com subsídios aos ricos (bolsa empresário do BNDES). Vocês acham que alguém no PT vai defender alguma dessas medidas? Nem a bolsa empresário eles querem acabar! Mas é isso que os estrangeiros estão olhando. E os brasileiros também. Tem muita gente fugindo. O último a sair apaga a vela. (Pois já estaremos sem energia elétrica.) Há luz no fim do túnel. O governo claramente entende o que precisa ser feito. 1) A mudança no comando do BNDES tende a corrigir o último item. (E as Operações Acrônimo e Lava-Jato da PF acenam com possibilidade de reverter alguns dos mal negócios feitos no passado.) 2) Os dois principais pontos da reforma da previdência atendem os itens em azul no meu comentário acima, como pode ser visto nessas notícias recentes: Valor: Governo avalia desvincular benefícios da correção do salário mínimo Estadão: Proposta de reforma da Previdência prevê idade mínima de 65 anos para aposentadoriaPorém, o governo ainda não está abordando de forma direta os dois primeiros pontos, o que pode complicar o ajuste fiscal. Vejam esse comentário no Estadão: Alex Salomão: Desafio para a 'PEC do teto' será desvincular gastos
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