uqaz
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Post by uqaz on Nov 23, 2016 8:14:55 GMT -3.5
Artigo muito apropriado para este tópico: www.estrategista.net/sera-o-fim-das-companhias-defensivas/As empresas defensivas, diferente do papagaiamente propagado, são aquelas de crescimento estável e razoável. Será o fim das companhias defensivas? por Andre Rocha em terça-feira, 22 de novembro de 2016 Deixe um comentário Em momentos turbulentos, os consultores indicam ações de companhias defensivas para compor a carteira de seus clientes. A maioria dos gestores também prefere adotar essa estratégia quando as incertezas se avolumam. Mas o que são ações defensivas? Esse conceito permanece válido em uma economia dinâmica como a atual? Há duas semanas participei de um evento sobre o setor elétrico: “Do ´compliance` ao ´smart grid`: as perspectivas para o setor de energia no Brasil”, organizado pelo Grupo Mídia e pela empresa Full Energy. Na mesa redonda da qual participei, cujo tema era “A matriz energética do Brasil necessita de uma novo marco regulatório?”, Marcos Meireles, presidente da Rio Energy, investidora em projetos de energia renovável, fez uma intrigante observação: com a contínua e disruptiva evolução tecnológica é viável a assinatura de contratos de concessão de longo prazo? Empresas concessionárias de serviços públicos, em tese, apresentam um monopólio natural. Como o serviço exige pesados investimentos, não existem muitas ofertantes do serviço. Com isso, essas empresas tendem a apresentar: (i) resultados mais estáveis devido ao reajuste das receitas pela inflação passada, (ii) menor volatilidade do faturamento, pois a utilização do serviço não é tão dependente dos ciclos econômicos. Um consumidor residencial pode até gastar menos energia em épocas de crise, mas há um limite para essa redução e (iii) competição mais restrita. Por essas razões, ações de concessionárias públicas são chamadas de “defensivas”. Por outro lado, papéis de companhias, cujos resultados apresentam maior variação em decorrência dos ciclos econômicos como o setor de commodities e financeiro, são chamadas de “cíclicas”. Ou seja, em períodos de prosperidade, suas receitas apresentam forte crescimento, para caírem significativamente durante as recessões. A colocação do palestrante me fez pensar na indústria de telecomunicações. A Lei Geral do setor de 1997 serviu de base para a privatização do sistema Telebras no ano seguinte. Quase 20 anos depois, essa legislação já não dá conta da realidade. As empresas privatizadas na época eram divididas por serviços: telefonia fixa, móvel e dados. A tecnologia atropelou esse conceito de segregação de serviços. A modernidade apontou para o oposto do imaginado: a convergência: TV por assinatura, fixo, móvel e dados. Empresas importantes – Brasil Telecom, Embratel, Telemig Celular – foram absorvidas por outras. Além disso, a concorrência surgiu de onde não se esperava. Assim, os contratos de concessão firmados há duas décadas vêm sendo rediscutidos. Será que o setor de telecomunicações brasileiro ainda pode ser chamado de defensivo? A revolução tecnológica tem eliminado possibilidades de receita e elevado os investimentos. O faturamento com mensagens eletrônicas e com voz vem sendo corroído pelo WhatsApp, pelo Messenger e pelo Skype, apenas para citar alguns novos concorrentes. Além disso, a rede por onde transitam os dados precisa ser atualizada constantemente, drenando recursos. Com isso, os resultados das empresas não têm sido estáveis, basta observar a recuperação judicial da Oi, a maior da história corporativa brasileira. Dessa forma, o consultor que, ao se deparar com a recessão, utilizou a regra tradicional, indicando ações do setor de telecom por serem defensivas, foi prudente? A tecnologia não avançou tanto no setor elétrico. Mas algumas inovações já indicam um cenário de maior volatilidade no resultado das companhias. Novas fontes de energia geradas por entidades fora do sistema podem aumentar a concorrência tanto na geração como na distribuição. Os “smart grids”, sistemas de distribuição e de transmissão de energia elétrica dotados de recursos de tecnologia da informação, podem aumentar a eficiência dos clientes, reduzindo seu consumo. Embora o “smart grid” possa gerar benefícios também às geradoras e às distribuidoras como o maior controle de fraudes e das perdas operacionais, o consumidor pode ter um importante instrumento a sua disposição para otimizar seu consumo. É sabida a aversão do cultuado investidor americano Warren Buffett contra empresas de tecnologia. E agora? Como ele agirá em um momento no qual a tecnologia avança para setores antes inalcançáveis? Assim, a ponderação do palestrante é pertinente. Com alterações frequentes causadas por avanços tecnológicos, os contratos de concessão precisarão ser revistos com maior periodicidade trazendo insegurança aos agentes do setor e aos investidores. Isso sem falar no risco regulatório sempre presente. Logo, o conforto das ações defensivas em momentos de incerteza parece estar com os dias contados.
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Neymar
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Post by Neymar on Nov 23, 2016 18:01:25 GMT -3.5
Artigo muito apropriado para este tópico: www.estrategista.net/sera-o-fim-das-companhias-defensivas/As empresas defensivas, diferente do papagaiamente propagado, são aquelas de crescimento estável e razoável. Será o fim das companhias defensivas? por Andre Rocha em terça-feira, 22 de novembro de 2016 Deixe um comentário Em momentos turbulentos, os consultores indicam ações de companhias defensivas para compor a carteira de seus clientes. A maioria dos gestores também prefere adotar essa estratégia quando as incertezas se avolumam. Mas o que são ações defensivas? Esse conceito permanece válido em uma economia dinâmica como a atual? Há duas semanas participei de um evento sobre o setor elétrico: “Do ´compliance` ao ´smart grid`: as perspectivas para o setor de energia no Brasil”, organizado pelo Grupo Mídia e pela empresa Full Energy. Na mesa redonda da qual participei, cujo tema era “A matriz energética do Brasil necessita de uma novo marco regulatório?”, Marcos Meireles, presidente da Rio Energy, investidora em projetos de energia renovável, fez uma intrigante observação: com a contínua e disruptiva evolução tecnológica é viável a assinatura de contratos de concessão de longo prazo? Empresas concessionárias de serviços públicos, em tese, apresentam um monopólio natural. Como o serviço exige pesados investimentos, não existem muitas ofertantes do serviço. Com isso, essas empresas tendem a apresentar: (i) resultados mais estáveis devido ao reajuste das receitas pela inflação passada, (ii) menor volatilidade do faturamento, pois a utilização do serviço não é tão dependente dos ciclos econômicos. Um consumidor residencial pode até gastar menos energia em épocas de crise, mas há um limite para essa redução e (iii) competição mais restrita. Por essas razões, ações de concessionárias públicas são chamadas de “defensivas”. Por outro lado, papéis de companhias, cujos resultados apresentam maior variação em decorrência dos ciclos econômicos como o setor de commodities e financeiro, são chamadas de “cíclicas”. Ou seja, em períodos de prosperidade, suas receitas apresentam forte crescimento, para caírem significativamente durante as recessões. A colocação do palestrante me fez pensar na indústria de telecomunicações. A Lei Geral do setor de 1997 serviu de base para a privatização do sistema Telebras no ano seguinte. Quase 20 anos depois, essa legislação já não dá conta da realidade. As empresas privatizadas na época eram divididas por serviços: telefonia fixa, móvel e dados. A tecnologia atropelou esse conceito de segregação de serviços. A modernidade apontou para o oposto do imaginado: a convergência: TV por assinatura, fixo, móvel e dados. Empresas importantes – Brasil Telecom, Embratel, Telemig Celular – foram absorvidas por outras. Além disso, a concorrência surgiu de onde não se esperava. Assim, os contratos de concessão firmados há duas décadas vêm sendo rediscutidos. Será que o setor de telecomunicações brasileiro ainda pode ser chamado de defensivo? A revolução tecnológica tem eliminado possibilidades de receita e elevado os investimentos. O faturamento com mensagens eletrônicas e com voz vem sendo corroído pelo WhatsApp, pelo Messenger e pelo Skype, apenas para citar alguns novos concorrentes. Além disso, a rede por onde transitam os dados precisa ser atualizada constantemente, drenando recursos. Com isso, os resultados das empresas não têm sido estáveis, basta observar a recuperação judicial da Oi, a maior da história corporativa brasileira. Dessa forma, o consultor que, ao se deparar com a recessão, utilizou a regra tradicional, indicando ações do setor de telecom por serem defensivas, foi prudente? A tecnologia não avançou tanto no setor elétrico. Mas algumas inovações já indicam um cenário de maior volatilidade no resultado das companhias. Novas fontes de energia geradas por entidades fora do sistema podem aumentar a concorrência tanto na geração como na distribuição. Os “smart grids”, sistemas de distribuição e de transmissão de energia elétrica dotados de recursos de tecnologia da informação, podem aumentar a eficiência dos clientes, reduzindo seu consumo. Embora o “smart grid” possa gerar benefícios também às geradoras e às distribuidoras como o maior controle de fraudes e das perdas operacionais, o consumidor pode ter um importante instrumento a sua disposição para otimizar seu consumo. É sabida a aversão do cultuado investidor americano Warren Buffett contra empresas de tecnologia. E agora? Como ele agirá em um momento no qual a tecnologia avança para setores antes inalcançáveis? Assim, a ponderação do palestrante é pertinente. Com alterações frequentes causadas por avanços tecnológicos, os contratos de concessão precisarão ser revistos com maior periodicidade trazendo insegurança aos agentes do setor e aos investidores. Isso sem falar no risco regulatório sempre presente. Logo, o conforto das ações defensivas em momentos de incerteza parece estar com os dias contados. Belo artigo. Aliás o André Rocha costuma escrever bons textos. Para mim empresas defensivas são aquelas que sofrem menos interferencias extra-setoriais, como câmbio, inflaçao, crescimento econômico, etc. Os mariores problemas dos setores elétrico, de saneamento e de telecomunicações recentemente foram setoriais. Eu percebo que no Brasil muitas vezes as pessoas consideram setor defensivo simplesmente como proteção contra infação, provavelmente por causa dos tempos de inflação galopante. O setor elétrico em geral é bastante afetado por crescimento econômico (especialmente indústria) e câmbio tem uma certa influência também, mas muitos consideram como defensivo por ser reajustado pela inflação, o que eu nao concordo. O setor de concessões de rodovia é altamente afetado pelo desempenho da Economia, mas por ser reajustado pela inflação muitos dizem ser defensivo.
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uqaz
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Post by uqaz on Nov 23, 2016 18:13:00 GMT -3.5
Artigo muito apropriado para este tópico: www.estrategista.net/sera-o-fim-das-companhias-defensivas/As empresas defensivas, diferente do papagaiamente propagado, são aquelas de crescimento estável e razoável. Será o fim das companhias defensivas? por Andre Rocha em terça-feira, 22 de novembro de 2016 Deixe um comentário Em momentos turbulentos, os consultores indicam ações de companhias defensivas para compor a carteira de seus clientes. A maioria dos gestores também prefere adotar essa estratégia quando as incertezas se avolumam. Mas o que são ações defensivas? Esse conceito permanece válido em uma economia dinâmica como a atual? Há duas semanas participei de um evento sobre o setor elétrico: “Do ´compliance` ao ´smart grid`: as perspectivas para o setor de energia no Brasil”, organizado pelo Grupo Mídia e pela empresa Full Energy. Na mesa redonda da qual participei, cujo tema era “A matriz energética do Brasil necessita de uma novo marco regulatório?”, Marcos Meireles, presidente da Rio Energy, investidora em projetos de energia renovável, fez uma intrigante observação: com a contínua e disruptiva evolução tecnológica é viável a assinatura de contratos de concessão de longo prazo? Empresas concessionárias de serviços públicos, em tese, apresentam um monopólio natural. Como o serviço exige pesados investimentos, não existem muitas ofertantes do serviço. Com isso, essas empresas tendem a apresentar: (i) resultados mais estáveis devido ao reajuste das receitas pela inflação passada, (ii) menor volatilidade do faturamento, pois a utilização do serviço não é tão dependente dos ciclos econômicos. Um consumidor residencial pode até gastar menos energia em épocas de crise, mas há um limite para essa redução e (iii) competição mais restrita. Por essas razões, ações de concessionárias públicas são chamadas de “defensivas”. Por outro lado, papéis de companhias, cujos resultados apresentam maior variação em decorrência dos ciclos econômicos como o setor de commodities e financeiro, são chamadas de “cíclicas”. Ou seja, em períodos de prosperidade, suas receitas apresentam forte crescimento, para caírem significativamente durante as recessões. A colocação do palestrante me fez pensar na indústria de telecomunicações. A Lei Geral do setor de 1997 serviu de base para a privatização do sistema Telebras no ano seguinte. Quase 20 anos depois, essa legislação já não dá conta da realidade. As empresas privatizadas na época eram divididas por serviços: telefonia fixa, móvel e dados. A tecnologia atropelou esse conceito de segregação de serviços. A modernidade apontou para o oposto do imaginado: a convergência: TV por assinatura, fixo, móvel e dados. Empresas importantes – Brasil Telecom, Embratel, Telemig Celular – foram absorvidas por outras. Além disso, a concorrência surgiu de onde não se esperava. Assim, os contratos de concessão firmados há duas décadas vêm sendo rediscutidos. Será que o setor de telecomunicações brasileiro ainda pode ser chamado de defensivo? A revolução tecnológica tem eliminado possibilidades de receita e elevado os investimentos. O faturamento com mensagens eletrônicas e com voz vem sendo corroído pelo WhatsApp, pelo Messenger e pelo Skype, apenas para citar alguns novos concorrentes. Além disso, a rede por onde transitam os dados precisa ser atualizada constantemente, drenando recursos. Com isso, os resultados das empresas não têm sido estáveis, basta observar a recuperação judicial da Oi, a maior da história corporativa brasileira. Dessa forma, o consultor que, ao se deparar com a recessão, utilizou a regra tradicional, indicando ações do setor de telecom por serem defensivas, foi prudente? A tecnologia não avançou tanto no setor elétrico. Mas algumas inovações já indicam um cenário de maior volatilidade no resultado das companhias. Novas fontes de energia geradas por entidades fora do sistema podem aumentar a concorrência tanto na geração como na distribuição. Os “smart grids”, sistemas de distribuição e de transmissão de energia elétrica dotados de recursos de tecnologia da informação, podem aumentar a eficiência dos clientes, reduzindo seu consumo. Embora o “smart grid” possa gerar benefícios também às geradoras e às distribuidoras como o maior controle de fraudes e das perdas operacionais, o consumidor pode ter um importante instrumento a sua disposição para otimizar seu consumo. É sabida a aversão do cultuado investidor americano Warren Buffett contra empresas de tecnologia. E agora? Como ele agirá em um momento no qual a tecnologia avança para setores antes inalcançáveis? Assim, a ponderação do palestrante é pertinente. Com alterações frequentes causadas por avanços tecnológicos, os contratos de concessão precisarão ser revistos com maior periodicidade trazendo insegurança aos agentes do setor e aos investidores. Isso sem falar no risco regulatório sempre presente. Logo, o conforto das ações defensivas em momentos de incerteza parece estar com os dias contados. Belo artigo. Aliás o André Rocha costuma escrever bons textos. Para mim empresas defensivas são aquelas que sofrem menos interferencias extra-setoriais, como câmbio, inflaçao, crescimento econômico, etc. Os mariores problemas dos setores elétrico, de saneamento e de telecomunicações recentemente foram setoriais. Eu percebo que no Brasil muitas vezes as pessoas consideram setor defensivo simplesmente como proteção contra infação, provavelmente por causa dos tempos de inflação galopante. O setor elétrico em geral é bastante afetado por crescimento econômico (especialmente indústria) e câmbio tem uma certa influência também, mas muitos consideram como defensivo por ser reajustado pela inflação, o que eu nao concordo. O setor de concessões de rodovia é altamente afetado pelo desempenho da Economia, mas por ser reajustado pela inflação muitos dizem ser defensivo. É verdade, o reajuste se dá na receita líquida, não no lucro líquido. Várias outras linhas da demonstração financeira oscilam muito, anulando essa suposta constância da correção pela inflação. É por isso que sou apaixonado por fundos imobiliários, pq a correção de receita vai quase que diretamente para a distribuição de proventos. Vacâncias ou inadimplências atuam exclusivamente na receita do fundo, apenas. Dificilmente há eventos fora desse espectro. Acho que o charme dessas empresas tbm viria de seus ativos, hard assets, que supostamente são corrigidos pela inflação. Porém, atualmente, um investidor amador não consegue entender as regras de formação do patrimônio líquido, é muito subjetivo. Um bom exemplo são essas write offs que a Petrobras vêm sofrendo. Novamente os fiis parecem superiores tbm nesse quesito: métricas fáceis como aluguel/m² ou preço do imóvel/m² são diretas e por muitas vezes me fazem ignorar o valor patrimonial do fundo reportado em relatórios (calculado por 3a parte tbm um tanto misteriosamente, às vezes).
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vk
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Post by vk on Nov 24, 2016 22:36:49 GMT -3.5
Bacana o artigo realmente, mas nesse ponto nenhum setor está imune, todos são afetados pela tecnologia, a diferença é na velocidade. Os "defensivos" mudam mais lentamente, existe mais chance de ver essa mudança acontecendo. Em outros a mudança vem em um piscar de olhos, e a ruína pode acontecer em questão de meses.
Eu tento buscar empresas que "perdoem erros", seja meu de valuation, seja de gestão, ou até mesmo do governo.
Nesse caso dou como exemplo a eletropaulo, que normalmente a galera bate como mau exemplo. Sofreu de gestão, sofreu no regulatório, sofreu no macroeconômico, já vem tendo alguns anos de fluxo de caixa negativo. Não quebrou, ng acha que vai quebrar, está se reestruturando, e ainda tem anos e anos de atividade pela frente que podem guardar bons ventos. Isso pra mim é ser uma empresa defensiva, apanhar de tudo que é lado e sobreviver. Não consigo ter essa confiança numa Positivo, Totvs, ou até mesmo numa Lojas Americanas por exemplo.
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uqaz
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Post by uqaz on Nov 25, 2016 4:37:16 GMT -3.5
Bacana o artigo realmente, mas nesse ponto nenhum setor está imune, todos são afetados pela tecnologia, a diferença é na velocidade. Os "defensivos" mudam mais lentamente, existe mais chance de ver essa mudança acontecendo. Em outros a mudança vem em um piscar de olhos, e a ruína pode acontecer em questão de meses. Eu tento buscar empresas que "perdoem erros", seja meu de valuation, seja de gestão, ou até mesmo do governo. Nesse caso dou como exemplo a eletropaulo, que normalmente a galera bate como mau exemplo. Sofreu de gestão, sofreu no regulatório, sofreu no macroeconômico, já vem tendo alguns anos de fluxo de caixa negativo. Não quebrou, ng acha que vai quebrar, está se reestruturando, e ainda tem anos e anos de atividade pela frente que podem guardar bons ventos. Isso pra mim é ser uma empresa defensiva, apanhar de tudo que é lado e sobreviver. Não consigo ter essa confiança numa Positivo, Totvs, ou até mesmo numa Lojas Americanas por exemplo. Demorou um tempo para eu entender pq vc colocou Lojas Americanas nesse rol, mas entendi que vc se refere a intensa competição na internet em sites de varejo. Banânia parece possuir vantagem competitiva msm em empresas financeiras (bancos e seguros) e consumo básico (dada a imensa população, só q pobre). A Eletropaulo citada se escora numa concessão, assim como CCRO. Me lembra muito o caso das financeiras.
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vk
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Post by vk on Nov 25, 2016 22:07:52 GMT -3.5
As vezes penso que aqui, ser estatal pode ser tb uma vantagem competitiva. É tudo tão predatório, que só a garantia de não quebrar já pode valer muito.
Outra coisa que me chama atenção é que os investidores míticos da bolsa brasileira (barsi, parisotto, adler,etc) parecem ter predileção por dividendos gordos, além de grandes posições em estatais. Uma garantia para ter um buyout sem depender tanto da boa vontade e ética dos controladores brasileiros?
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uqaz
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Post by uqaz on Nov 26, 2016 10:37:26 GMT -3.5
As vezes penso que aqui, ser estatal pode ser tb uma vantagem competitiva. É tudo tão predatório, que só a garantia de não quebrar já pode valer muito. Outra coisa que me chama atenção é que os investidores míticos da bolsa brasileira (barsi, parisotto, adler,etc) parecem ter predileção por dividendos gordos, além de grandes posições em estatais. Uma garantia para ter um buyout sem depender tanto da boa vontade e ética dos controladores brasileiros? Mas de que vale a garantia de não quebrar para o acionista? Para a empresa e seus empregados, até entendo. O valor e segurança criados para eles é bem interessante... Mas para o acionista, que convive com geração de lucros sempre (no longo prazo) inferior à inflaçao e constantes diluições (n para ampliação de negócios e sim manutenção do elefante), qual a graça? E esses dividendos gordos me parecem extintos, não?
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vk
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Post by vk on Nov 26, 2016 17:00:20 GMT -3.5
São apenas ponderações, longe de serem certezas ou teses de investimento, mas as vezes me parece que as estatais possuem gestões ciclícas. Ou seja, ao comprar no período da gestão que está destruíndo valor, eles apostam na reversão a média posterior, mas com uma probabilidade bem inferior de quebra de uma empresa privada. Comprar ELET, BBAS, PETR, com P/VPA pornográficos, seria como uma aposta com upside desproporcional, se perder, a empresa dificilmente vai a zero, se ganhar não só ganha um retorno de capital altíssimo, como crava cash returns (dividendos) tb altíssimos sobre o investimento inicial para as próximas apostas.
De qualquer forma me chama atenção o perfil relativamente parecido dos grandes investidores não institucionais do Brasil, e o contraste com o que normalmente vemos nos livros, que tem majoritariamente o mercado americano como base. Entendo que o tratamento tributário brasileiro impõem uma grande vantagem ao cashout em dividendos e jcp ao invés de ganho de capital, que nao existe em outros mercados, mas seria isso suficiente para explicar?
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uqaz
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Post by uqaz on Nov 26, 2016 22:31:06 GMT -3.5
São apenas ponderações, longe de serem certezas ou teses de investimento, mas as vezes me parece que as estatais possuem gestões ciclícas. Ou seja, ao comprar no período da gestão que está destruíndo valor, eles apostam na reversão a média posterior, mas com uma probabilidade bem inferior de quebra de uma empresa privada. Comprar ELET, BBAS, PETR, com P/VPA pornográficos, seria como uma aposta com upside desproporcional, se perder, a empresa dificilmente vai a zero, se ganhar não só ganha um retorno de capital altíssimo, como crava cash returns (dividendos) tb altíssimos sobre o investimento inicial para as próximas apostas. De qualquer forma me chama atenção o perfil relativamente parecido dos grandes investidores não institucionais do Brasil, e o contraste com o que normalmente vemos nos livros, que tem majoritariamente o mercado americano como base. Entendo que o tratamento tributário brasileiro impõem uma grande vantagem ao cashout em dividendos e jcp ao invés de ganho de capital, que nao existe em outros mercados, mas seria isso suficiente para explicar? Às empresas que vc cita, junto a Vale, Gerdau, CSN etc que não são estatais, mas gozam praticamente das mesma regalias, só que de maneira indireta (amparadas pelo BNDES e outros fenômenos banânicos diversos). Tenho pra mim que não são os fundamentos que mandam ou o risco-retorno de momentos difíceis como o atual, mas sim o volume financeiro em torno destes papéis, que parece n mudar conforme a realidade dos balanços. Só gostaria de lembrar que o tópico é destinado justamente contra isso, a fugir desse tipo de estratégia, de comprar coisas supostamente subavaliadas (isso é dificílimo, exige um timing de atleta olímpico kkk). Aqui a ideia é formar uma carteira previdenciária (como o Bastter prega...), mas n "burra" a ponto de levar a compra de coisas boas a preços caros (como os atuais). Penso que empresas excelentes podem ser compradas (em momentos de pânico ou recessao continuada) e mantidas pra sempre - claro, até q o amor dure. Sobre os jscp e dividendos, eu juro q n entendo. É verdade que o fluxo de caixa é interessante, mas lembro que de um modo geral há uns 5 anos esse fluxo ao acionista estagnou ou at é diminui em termos reais. Por isso cismo com o q vc argumenta.
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uqaz
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Post by uqaz on Jan 19, 2017 7:43:35 GMT -3.5
Vou colar um texto aqui sobre um comparativo que fiz sobre ABCB4 (a ação mais barata da bolsa em relação ao método aqui desenvolvido) com empresas nos EUA:
Uma provocação sobre Preço vs Valor, continuando as discussões de precificação iniciadas em CIEL3 e depois para ABCB4...
Comentei que quase não dá pra achar opções boas e baratas em Banânia... por isso vou fazer um exercício meio doido...
Usando inflações de Banânia, que tal vermos se encontramos opções como ABCB4, com relação preço x valor favorável aos sardinhas fora daqui? Quer dizer, vou comparar a evolução de lucros nominal de empresas das bolsas americanas e cometer o pecado de associar a este crescimento, inflações banânicas de mesmo período. Vou ignorar a variação do câmbio (novamente, trata-se de um exercício).
Também continuarei usando taxa de desconto de 10%aa, estou querendo estrangular números (novamente, com viés previdenciário). Minha referência são as cotações de fechamento de 2016.
O alvo aqui é encontrar empresas com crescimentos de lucro real (usando inflações banânicas, não o CPI americano) com Cenário Pessimista (cenário de crescimento conservador, mal-humorado, conforme já explicado) condizente com seus P/Ls.
E não é que achamos coisas interessantes?!
Em ordem alfabética, temos:
- O primeiro exemplo que salta aos olhos é a Apple, AAPL. Com crescimento espetacular conservador/histórico de cerca de 22%aa reais (sendo que o lucro atual está desabando), seu P/L atual se paga considerando apenas 14%aa. O lucro cai a -30% reais 9M16 x 9M15, mas, e daí? Vai continuar caindo, vai virar uma Natura?; - Outro exemplo seria BIDU, Baidu. Também se ferrando forte neste ano, mas com um crescimento médio real conservador de cerca de 6%aa. A margem é pequena para o rígido P/L que calculo (crescimento de 3 anos apenas, com taxa de desconto de 10%aa), mas ainda assim possui uma folguinha de cerca de +5%; - Um terceiro exemplo é Skyworks Solutions, SWKS, uma empresa do mercado de semicondutores. Possui um ritmo de crescimento assustadoramente alto, com uma folga no preço de +18% ; - Uma outra empresa seria a Tenneco, TEN. Com crescimento conservador tbm se encontra marginalmente barata em relação ao P/L teórico (Isso mesmo se retirando o resultado não recorrente do 4T de 2015). E eu aq em Banânia com essa tal de Fras-Le kkk. - Essa aqui é a joia da coroa, United Therapeutics (UTHR). Um crescimento conservador de cerca de 9%aa reais, prum P/L de 9,60x, um potencial de crescimento de preço de +35%.
Alguns fatos interessantes.
- ABCB4 ainda possui o maior potencial de valorização teórico conservador (cerca de +90%) do que as empresas gringas comentadas; - Fiz o filtro há uns 6 meses atrás, mas para apenas empresas com valor de mercado acima de US$ 1bi (estava procurando empresas resilientes). Pretendo fazer uma peneira para empresas abaixo de US$ 1bi (tenho certeza que acharei coisas interessantes tbm); - Como comentado, pra 1 empresa banânica, achei 5 empresas gringas rivais. Se aumentarmos na modelagem do P/L teórico o período de crescimento de 3 para 5-7 anos (afinal, é America e não Banânia) e considerarmos crescimento de lucros não tão conservadores (Cenário Mediano, aquele de bom humor) dá pra acrescentar aí BIIB, PCLN e ULTA. Somadas àquelas já comentadas, são 8 empresas de uma amostra que tenho de 15, no total. - Em Banânia conseguimos encontrar empresas relativamente em conta apenas no setor financeiro. Já na América, são vários setores, o que permite um carteira diversificada.
Foi uma besteira forcarmos em Banânia de 2011 a 2015..., as Bolsas lá estão no topo, imagine quando tudo desabar. Encontrei facilmente 8 empresas, mas numa desabada seriam umas 20. Estou aguardando ansiosamente o momento para invadir NY kkk
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Post by ancasodi on May 17, 2017 7:30:08 GMT -3.5
Bom dia pessoal,
tenho uma dúvida e gostaria de ouvir a posição dos foristas. Quando vcs fecham posição em alguns papeis, realizando lucro, onde vcs alocam esse dinheiro, num cenário onde a bolsa está muito cara e praticamente não há boas ações a preços atrativos, o mesmo acontecendo com FII's e taxa SELIC em queda.
Obrigado!
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Post by wizardhsc on May 17, 2017 14:25:22 GMT -3.5
Bom dia pessoal, tenho uma dúvida e gostaria de ouvir a posição dos foristas. Quando vcs fecham posição em alguns papeis, realizando lucro, onde vcs alocam esse dinheiro, num cenário onde a bolsa está muito cara e praticamente não há boas ações a preços atrativos, o mesmo acontecendo com FII's e taxa SELIC em queda. Obrigado! Geralmente invisto em outras ações, geralmente sempre há algo para se comprar. Recentemente teve BRFS. Na falta, mantenho em fundo pagando perto do CDI com liquidez diária.
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uqaz
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Post by uqaz on May 17, 2017 17:21:48 GMT -3.5
Bom dia pessoal, tenho uma dúvida e gostaria de ouvir a posição dos foristas. Quando vcs fecham posição em alguns papeis, realizando lucro, onde vcs alocam esse dinheiro, num cenário onde a bolsa está muito cara e praticamente não há boas ações a preços atrativos, o mesmo acontecendo com FII's e taxa SELIC em queda. Obrigado! Geralmente invisto em outras ações, geralmente sempre há algo para se comprar. Recentemente teve BRFS. Na falta, mantenho em fundo pagando perto do CDI com liquidez diária. Coincidência, ancasodiAcabei de ler sobre isso aqui: Beware The Hyperbole: Trader Warns "Look At Prices Before You Read The News" www.zerohedge.com/news/2017-05-17/beware-hyperbole-trader-warns-look-prices-you-read-newsInvestors just don't know where they want to put new exposure. It’s well and good to talk about mountains of cash ready to be put to work. But you have to come back with a convincing answer to the question “where?”
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Post by alphamale on May 30, 2017 9:24:16 GMT -3.5
Geralmente invisto em outras ações, geralmente sempre há algo para se comprar. Recentemente teve BRFS. Na falta, mantenho em fundo pagando perto do CDI com liquidez diária. Coincidência, ancasodi Acabei de ler sobre isso aqui: Beware The Hyperbole: Trader Warns "Look At Prices Before You Read The News" www.zerohedge.com/news/2017-05-17/beware-hyperbole-trader-warns-look-prices-you-read-newsInvestors just don't know where they want to put new exposure. It’s well and good to talk about mountains of cash ready to be put to work. But you have to come back with a convincing answer to the question “where?”Eu, geralmente, deixo em LFT até aparecer algum investimento que me pareça razoável. A parte ruim de fazer isso é que pode acontecer o que ocorreu comigo semana passada. Não entrei em nenhum papel na quinta-feira negra (CB) pq o TD tb ficou paralizado, logo não puder mover o $ das LFT para a bolsa...só o fiz na sexta-feira.
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Post by foxhoundbr on Jul 3, 2017 0:14:58 GMT -3.5
Bom dia pessoal, tenho uma dúvida e gostaria de ouvir a posição dos foristas. Quando vcs fecham posição em alguns papeis, realizando lucro, onde vcs alocam esse dinheiro, num cenário onde a bolsa está muito cara e praticamente não há boas ações a preços atrativos, o mesmo acontecendo com FII's e taxa SELIC em queda. Obrigado! Como a Bolsa começou a reverter as quedas acumuladas na gestão da Dilma já no ano passado, boa parte das consideradas blue chips teve expressiva recuperação em seus preços e, dessa forma, perderam os seus pontos de entrada (para quem espera obter retornos acima de 100%). O que daria para se investir nesse momento, na minha opinião, seria só algumas small caps mesmo. É só procurar e estudar a fundo que vc acabará achando alguns bons papéis que estão em clima de "fim de feira".
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Post by buystocks on Feb 26, 2018 14:15:24 GMT -3.5
Vou colar um texto aqui sobre um comparativo que fiz sobre ABCB4 (a ação mais barata da bolsa em relação ao método aqui desenvolvido) com empresas nos EUA: Uma provocação sobre Preço vs Valor, continuando as discussões de precificação iniciadas em CIEL3 e depois para ABCB4...
Comentei que quase não dá pra achar opções boas e baratas em Banânia... por isso vou fazer um exercício meio doido...
Usando inflações de Banânia, que tal vermos se encontramos opções como ABCB4, com relação preço x valor favorável aos sardinhas fora daqui? Quer dizer, vou comparar a evolução de lucros nominal de empresas das bolsas americanas e cometer o pecado de associar a este crescimento, inflações banânicas de mesmo período. Vou ignorar a variação do câmbio (novamente, trata-se de um exercício).
Também continuarei usando taxa de desconto de 10%aa, estou querendo estrangular números (novamente, com viés previdenciário). Minha referência são as cotações de fechamento de 2016.
O alvo aqui é encontrar empresas com crescimentos de lucro real (usando inflações banânicas, não o CPI americano) com Cenário Pessimista (cenário de crescimento conservador, mal-humorado, conforme já explicado) condizente com seus P/Ls.
E não é que achamos coisas interessantes?!
Em ordem alfabética, temos:
- O primeiro exemplo que salta aos olhos é a Apple, AAPL. Com crescimento espetacular conservador/histórico de cerca de 22%aa reais (sendo que o lucro atual está desabando), seu P/L atual se paga considerando apenas 14%aa. O lucro cai a -30% reais 9M16 x 9M15, mas, e daí? Vai continuar caindo, vai virar uma Natura?; - Outro exemplo seria BIDU, Baidu. Também se ferrando forte neste ano, mas com um crescimento médio real conservador de cerca de 6%aa. A margem é pequena para o rígido P/L que calculo (crescimento de 3 anos apenas, com taxa de desconto de 10%aa), mas ainda assim possui uma folguinha de cerca de +5%; - Um terceiro exemplo é Skyworks Solutions, SWKS, uma empresa do mercado de semicondutores. Possui um ritmo de crescimento assustadoramente alto, com uma folga no preço de +18% ; - Uma outra empresa seria a Tenneco, TEN. Com crescimento conservador tbm se encontra marginalmente barata em relação ao P/L teórico (Isso mesmo se retirando o resultado não recorrente do 4T de 2015). E eu aq em Banânia com essa tal de Fras-Le kkk. - Essa aqui é a joia da coroa, United Therapeutics (UTHR). Um crescimento conservador de cerca de 9%aa reais, prum P/L de 9,60x, um potencial de crescimento de preço de +35%.
Alguns fatos interessantes.
- ABCB4 ainda possui o maior potencial de valorização teórico conservador (cerca de +90%) do que as empresas gringas comentadas; - Fiz o filtro há uns 6 meses atrás, mas para apenas empresas com valor de mercado acima de US$ 1bi (estava procurando empresas resilientes). Pretendo fazer uma peneira para empresas abaixo de US$ 1bi (tenho certeza que acharei coisas interessantes tbm); - Como comentado, pra 1 empresa banânica, achei 5 empresas gringas rivais. Se aumentarmos na modelagem do P/L teórico o período de crescimento de 3 para 5-7 anos (afinal, é America e não Banânia) e considerarmos crescimento de lucros não tão conservadores (Cenário Mediano, aquele de bom humor) dá pra acrescentar aí BIIB, PCLN e ULTA. Somadas àquelas já comentadas, são 8 empresas de uma amostra que tenho de 15, no total. - Em Banânia conseguimos encontrar empresas relativamente em conta apenas no setor financeiro. Já na América, são vários setores, o que permite um carteira diversificada.
Foi uma besteira forcarmos em Banânia de 2011 a 2015..., as Bolsas lá estão no topo, imagine quando tudo desabar. Encontrei facilmente 8 empresas, mas numa desabada seriam umas 20. Estou aguardando ansiosamente o momento para invadir NY kkkUqaz, onde você consegue uma lista para estudo de ações nos Estados Unidos? Filtra pelo Finviz? Atualmente eu monitoro 2500 empresas (Russell 2000 + S&P500) pela Bloomberg. Tenho uma lista de pelo menos 100 empresas capazes de receber investimento, mas nos preços atuais está inviável. Me lembro de algumas como Patk, Cmd, Lope, Olli, Neog, Hqy, Ew... já chegou a analisar alguma dessa lista?
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uqaz
Forista VIP
Posts: 3,982
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Post by uqaz on Feb 26, 2018 16:29:59 GMT -3.5
Vou colar um texto aqui sobre um comparativo que fiz sobre ABCB4 (a ação mais barata da bolsa em relação ao método aqui desenvolvido) com empresas nos EUA: Uma provocação sobre Preço vs Valor, continuando as discussões de precificação iniciadas em CIEL3 e depois para ABCB4...
Comentei que quase não dá pra achar opções boas e baratas em Banânia... por isso vou fazer um exercício meio doido...
Usando inflações de Banânia, que tal vermos se encontramos opções como ABCB4, com relação preço x valor favorável aos sardinhas fora daqui? Quer dizer, vou comparar a evolução de lucros nominal de empresas das bolsas americanas e cometer o pecado de associar a este crescimento, inflações banânicas de mesmo período. Vou ignorar a variação do câmbio (novamente, trata-se de um exercício).
Também continuarei usando taxa de desconto de 10%aa, estou querendo estrangular números (novamente, com viés previdenciário). Minha referência são as cotações de fechamento de 2016.
O alvo aqui é encontrar empresas com crescimentos de lucro real (usando inflações banânicas, não o CPI americano) com Cenário Pessimista (cenário de crescimento conservador, mal-humorado, conforme já explicado) condizente com seus P/Ls.
E não é que achamos coisas interessantes?!
Em ordem alfabética, temos:
- O primeiro exemplo que salta aos olhos é a Apple, AAPL. Com crescimento espetacular conservador/histórico de cerca de 22%aa reais (sendo que o lucro atual está desabando), seu P/L atual se paga considerando apenas 14%aa. O lucro cai a -30% reais 9M16 x 9M15, mas, e daí? Vai continuar caindo, vai virar uma Natura?; - Outro exemplo seria BIDU, Baidu. Também se ferrando forte neste ano, mas com um crescimento médio real conservador de cerca de 6%aa. A margem é pequena para o rígido P/L que calculo (crescimento de 3 anos apenas, com taxa de desconto de 10%aa), mas ainda assim possui uma folguinha de cerca de +5%; - Um terceiro exemplo é Skyworks Solutions, SWKS, uma empresa do mercado de semicondutores. Possui um ritmo de crescimento assustadoramente alto, com uma folga no preço de +18% ; - Uma outra empresa seria a Tenneco, TEN. Com crescimento conservador tbm se encontra marginalmente barata em relação ao P/L teórico (Isso mesmo se retirando o resultado não recorrente do 4T de 2015). E eu aq em Banânia com essa tal de Fras-Le kkk. - Essa aqui é a joia da coroa, United Therapeutics (UTHR). Um crescimento conservador de cerca de 9%aa reais, prum P/L de 9,60x, um potencial de crescimento de preço de +35%.
Alguns fatos interessantes.
- ABCB4 ainda possui o maior potencial de valorização teórico conservador (cerca de +90%) do que as empresas gringas comentadas; - Fiz o filtro há uns 6 meses atrás, mas para apenas empresas com valor de mercado acima de US$ 1bi (estava procurando empresas resilientes). Pretendo fazer uma peneira para empresas abaixo de US$ 1bi (tenho certeza que acharei coisas interessantes tbm); - Como comentado, pra 1 empresa banânica, achei 5 empresas gringas rivais. Se aumentarmos na modelagem do P/L teórico o período de crescimento de 3 para 5-7 anos (afinal, é America e não Banânia) e considerarmos crescimento de lucros não tão conservadores (Cenário Mediano, aquele de bom humor) dá pra acrescentar aí BIIB, PCLN e ULTA. Somadas àquelas já comentadas, são 8 empresas de uma amostra que tenho de 15, no total. - Em Banânia conseguimos encontrar empresas relativamente em conta apenas no setor financeiro. Já na América, são vários setores, o que permite um carteira diversificada.
Foi uma besteira forcarmos em Banânia de 2011 a 2015..., as Bolsas lá estão no topo, imagine quando tudo desabar. Encontrei facilmente 8 empresas, mas numa desabada seriam umas 20. Estou aguardando ansiosamente o momento para invadir NY kkkUqaz, onde você consegue uma lista para estudo de ações nos Estados Unidos? Filtra pelo Finviz? Atualmente eu monitoro 2500 empresas (Russell 2000 + S&P500) pela Bloomberg. Tenho uma lista de pelo menos 100 empresas capazes de receber investimento, mas nos preços atuais está inviável. Me lembro de algumas como Patk, Cmd, Lope, Olli, Neog, Hqy, Ew... já chegou a analisar alguma dessa lista? Eu filtrei sim pelo Finviz, pela evolução da receita de 5 anos. Depois confirmei se o lucro tbm evoluiu bem. Então, achei pouquíssimas empresas na época, nenhuma dessa aí q vc cita possuía um crescimento anual bom de lucro.
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bochan
Forista VIP
Posts: 1,728
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Post by bochan on Mar 4, 2018 20:15:58 GMT -3.5
Não sei se cabe aqui, favor mudar se correto. As fundações de previdência de estatais e ex-estatais, ao longo dos anos se transformaram em investidores relevantes. Generosas que são, carregam milhares de planos de benefício definido. Fizeram nos últimos anos, investimentos ruins, alguns claramente perdulários. Como chegaram a tamanho poder, generosidade e gestão temerária é tema para longa discussão. Fato é que possuem planos de desinvestimentos de blocos gigantes em empresas listadas na bolsa. A Petros conseguiu sair da Itaúsa coordenando uma troca bem bolada com o Itaú e a fundação Zerrener, mas não é toda hora que se encontra um parceiro com tamanho fôlego. Algumas notícias reforçam a impressão de que as fundações terão de fazer estes desinvestimentos www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/10/1925336-rombo-na-petros-custa-r-14-bilhoes-aos-empregados.shtmlbraziljournal.com/vale-fundacoes-vao-vender-mas-nao-e-pra-jaeconomia.estadao.com.br/noticias/geral,acao-judicial-pode-elevar-rombo-da-funcef-em-r-6-bi,70001991148 Um caso (Previ) vai trocar participações de controle por outras com maior liquidez www.arenadopavini.com.br/arena-renda-fixa/previ-prepara-empresas-para-desinvestimento-e-aumenta-busca-por-governancaE o que esta lorota toda afeta sardinhas como eu? Com as fundações nesta situação e com a bolsa a 85k, talvez seja a hora em que farão estes movimentos. O que a Previ tem; Empresas % PREVI AMBEV 1,94 BANCO DO BRASIL 9,29 BRADESCO 1,26 BRF - BRASIL FOODS S.A. 10,67 CPFL ENERGIA 9,68 EMBRAER 4,80 FRAS-LE 12,46 GERDAU 0,21 INVEPAR 25,56 INVITEL LEGACY 19,99 ITAÚ UNIBANCO HOLDING S.A. 1,49 ITAUSA 2,05 JEREISSATI PARTICIPAÇÕES 19,02 KEPLER WEBER 17,47 NEOENERGIA - AFLUENTE TRANSMISSÃO 2,29 NEOENERGIA - COELBA 2,29 NEOENERGIA - COSERN 1,54 NEOENERGIA S.A. 49,01 NEWTEL PART. 22,53 PARANAPANEMA 23,95 PETROBRAS 2,85 RANDON 3,11 SAUÍPE 100,00 SUL 116 PARTICIPAÇÕES 11,17 TUPY 26,03 ULTRAPAR PARTICIPAÇÕES 4,18 VALE 15,68* WEG 0,09 521 PARTICIPAÇÕES 100,00 O que acho: - São em geral boas empresas. Uma venda de um bloco destes daria um baque forte, mas temporário. - Ficar de olho em leilões - Alguém sabe como fazer isto de forma automática? - Ficar acompanhando o site da Bovespa não dá. - Escolher empresas com fôlego para se beneficiarem destas oportunidades. Para mim, Itaúsa e Ultrapar são as boas. Há uns meses, uma destas fundações (aparentemente) saiu de ABCP11 e deu a melhor oportunidade de compra dos últimos tempos. Todos os comentários são bem vindos.
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