FIIs em geral

cpf216 , você entende que essa manobra vai acabar inibindo os FIIs de gestão ativa? E como ficariam o FIIs com emissões follow-on?

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11h00- Leonardo Pires Uller
Senador volta atrás em decisão de tributar fundos imobiliários já existentes
O Senador Romero Jucá alterou sua proposta de tributação para os fundos imobiliários

SÃO PAULO - Nessa semana, a alteração de uma medida provisória proposta pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), fez com que os investidores em renda fixa e fundos imobiliários ficassem em alerta. Contudo, ele parece ter voltado atrás de sua decisão em relação aos fundos imobiliários.

Para os FII, a proposta do senador era começar a tributar os rendimentos mensais deles, que hoje são isentos da mordida do leão. No entanto, agora, o senador, apresentou outra proposta, em que a regra só valeria para fundos novos.

"Parágrafo único. A partir de 1º de janeiro de 2016, os fundos de investimento imobiliário existentes na data da publicação desta Lei continuarão sendo tributados de acordo com a legislação vigente em 31 de dezembro de 2015 desde que não haja novas captações de recursos ou emissão de novas cotas após 1º de janeiro de 2016", relata o texto apresentado.

Para os novos fundos, a tributação ficaria em 17,5%. A notícia já influencia o mercado de fundos imobiliários. O IFIX, índice do setor, opera em alta nessa sexta-feira (18).

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www.infomoney.com.br/imoveis/fundos-imobiliarios/noticia/4470119/senador-volta-atras-decisao-tributar-fundos-imobiliarios-existentes

Sultão do Swing, essa frase entre parênteses certamente não foi você quem a escreveu (senao nao estaria entre parênteses), poderia revelar-nos o autor? É uma paródia do Jucá?

Felizmente ainda não chegamos e penso que não chegaremos nos próximos anos. Simón Bolívar em si, foi um personagem histórico controverso. Há quem considere-o um herói da libertação dos latino americanos oprimidos pela Espanha, já há quem, inclusive marxistas (salvo engano, o próprio Marx foi um), que consideram que ele foi mais um caudilho criollo que simplesmente usurpou o poder para benefício próprio. Esse tipo de discussão eu deixo para os "hispanoamericanos". Já do bolivarianismo em si, eu faço juízo: por mais nobres objetivos que eles atribuam a si (algo pouco surpreendente, pois é raro alguém criticar negativamente a si mesmo, rs), as atitudes da esquerda latino americana me passam a impressão que o objetivo deles é se perpetuar no poder, pura e simplesmente. Fazer graça com o dinheiro alheio é uma forma de comprar apoio político, arranjar inimigos externos (EUA e Espanha não são mole, mas as reações contra eles foram desproporcionais) lembra muito os condottiere que na falta de guerra, lideravam os seus homens contra exércitos inexistentes como forma de manter a disciplina dentro do grupo e justificar os altos salários que recebiam para seus empregadores. E na guerra evitavam ao máximo o combate, criando regras de como, quando e onde combater de modo que o deles estivesse sempre garantido. Hoje, os imperialistas são bodes expiatórios para desviar o foco dos problemas internos e unir a população em prol de interesses transideológicos deixando a questão de se opor ao establishment em segundo plano.

Dilma faz bem isso, para ela, o inferno são os outros, parece que ela não erra, errado são aqueles que não reconhecem que o correto é ser de esquerda e discordam dos planos dela. O PT nesses anos aparelhou a sociedade com várias medidas (ex.: indicação de ministros do STF, criação de cotas no serviço público e universidades, verbas federais para ONGs esquerdistas, restrições nas importações, pressão na imprensa pois as estatais são algumas das principais anunciantes do país, patrocínios aliás de portais estilo Brasil 247; concessão de benefícios fiscais para setores amigos do rei, financiamento de sindicalistas, patrocínio de causas que visam romper com o tradicionalismo na sociedade, etc...) e isso, junto com o desfavor que muitos professores fazem de esquerdizar a juventude pode sim levar a um bolivarianismo (ou seja, eternização do governo do PT) no futuro. E mesmo com uma possível queda do PT devido à rejeição iniciada com a atual crise econômica, a substituição por outro partido que adotasse as mesmas bases (PMDB possivelmente) não romperia com esse processo.

Se formos criar projetos políticos, deveríamos ao menos basearmos em algo nosso, adotando um "tropicalismo" baseado na (falsa) teoria do lusotropicalismo do Gilberto Freyre ou até mesmo criar um desenvolvimentismo Mauáista (este sim foi um herói). Mas nossa classe política (e a nossa população por extensão, já que político não cai de disco voador e nem é eleito por sorteio) é tão arrogante e ignorante que sequer cogitam a verossimilhança da existência de tais coisas (não é que eles não conheçam, pois ninguém tem tal obrigação. É que eles chegam ao extremo de realmente achar que ninguém, pode sequer, talvez, ter raciocinado a respeito de modelos funcionais a serem adotados por governos, algo reservado apenas para as mentes brilhantes do partido) o que favorece essa massa de usurpadores.

Como está tarde, falarei sobre o Malthus posteriormente.

O pessoal lá do sitie do CT faz uma classificação das diferentes estratégias em relação aos FIIs a qual eu considero ter algum mérito.

Se eu me lembro bem eles classificam os investidores em :



Especuladores - pretendem comprar na baixa e vender na alta.

Rentistas - preocupam-se principalmente em alocar seu dinheiro em fundos imobiliários que lhe garantam um fluxo de renda que lhe garanta viver

Investidores - sem desprezar certos parâmetros, seu objetivo é amealhar  a maior metragem possível de bons imóveis no longo prazo.


Nenhuma dessas figuras é estanque e pura: o investidor tem que ter algo de rentista (senão vai viver do quê?) e se você o apertar um pouco ele vai confessar que algum dia já se aproveitou de uma baixa acentuada para vender na alta.   Assim como o rentista também sabe que um imóvel no momento pode estar com alta vacância e alocar uma parte menor dos seus dividendos para isso. Resumindo: a gente fala sempre do elemento que predomina em cada investidor.


Em mim acho que você já notou que predomina a figura do rentista:  em ações prefiro as que pagam dividendos às que tendem a valorizar, no TD tenho já uma boa parte alocada em NTNBs e NTNFs que pagam cupons de juros, pois mesmo tendo comprado na baixa, se eles continuassem a cair eu teria um fluxo de renda seis vezes ao ano para ir amenizando as perdas. E FIIs não precisa dizer, quantas vezes já falei que dou preferência a um dy mais baixo (tipo BBPO11) mas que tenha um perfil mais estável, não tão sujeito as flutuações do mercado.  

Dito isso eu como "rentista", não considero de todo inválida a postura do especulador.  Só acho que é muito difícil alguém ficar acertando topos e fundos.

Comprei BBPO11 em um dia e vendi no outro porque, como já disse, no momento o que pesa na minha cabeça e o "arcabouço institucional".  A postura do governo em relação aos fundos não está definida para os próximos anos e vou esperar que o seja.  Acho uma loucura alguém fazer grandes aportes nos fundos sem que isso esteja resolvido. Espero ter deixado clara a minha "estratégia"

Acho que isso na verdade é a melhor parte dos períodos de crise: a gente tem que pegar velhas ideias e conceitos que estão arquivados no baú da nossa consciência e bater neles para tirar o pó.

Confesso da minha parte que não tenho nenhum livro sobre o Bolívar nem sobre o Malthus (tirando a parte que influenciou o Darwin e na parte que alguns o consideram como precursos do Keyne).  Está na hora de ler algo sobre ambos para poder dialogar com o Neo em igualdade.  Malthus vai ser mais fácil pois suas obras estão em domínio público e são fáceis de achar (Bolivar talvez o mesmo).  Mas essa discussão ficaria melhor nos tópicos sobre política ou economia, vocês não acham?

Neomalthusiano , primeiramente eu gostaria de agradecer-lhe pela aula sobre política, demonstrada através deste post, segundo confesso que não me sinto qualificado para discutir política nesse nivel de abrangência, se o bolivarianismo tem como uma de suas características a perpetuidade no poder, então me parece que isso não é uma particularidade apenas na America do Sul, mas também em países africanos e asiáticos, corrija-me se estiver errado, não chegaria a ser uma ditadura, mas uma protelação no poder, que a meu ver foge um pouco do que prega a democracia. Em relação a nossa política interna, o que eu sinto é que não temos muitas opções, o PT (mensalão, petrolão, caixa dois, etc), PSDB (mensalão tucano, cartel no metrô de SP, etc), PMDB (c/ varios deputados e senadores envolvidos em esquemas de corrupção), me parece que a política em si está toda contaminada, entao se você for fugir desses partidos, fica impossível uma governabilidade, devido a uma limitação de base aliada, por isso não vejo um horizonte promissor para o nosso país que está em 78.º no IDH, atrás inclusive de Sri Lanka.

Sultão do Swing , não ha problema nenhum em fugirmos um pouco do assunto do Tópico de vez em quando, desde que isso nao seja a regra, e sim a exceção, ainda mais nesse momento em que os FIIs estão sendo desprezados.

Concordo com você, pois da forma como eu vejo, essa é uma questão intrinsecamente humana. Em todos os povos e culturas e em todos os períodos históricos, sempre houve quem, seduzido pela vaidade de estar no poder, quisesse transformar essa prerrogativa transitória ou limitada em algo vitalício e/ou despótico. E infelizmente, tenho que concordar com você também em relação a situação de nosso país, onde a falta de grandes forças políticas isentas anula a esperança de dias melhores.

Para quem gostar muito de história da América espanhola (e tiver tempo de sobra), a USP colocou aulas das cadeiras de história da américa independente I e II (essa ainda parcial) na internet.

Para fechar esse tema, realmente parece que o próprio Marx era um dos marxistas que criticou Bolívar: www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/1241291-apesar-de-bolivar-ser-cultuado-pela-esquerda-marx-o-considerava-mediocre-e-grotesco.shtml

Já para falar de Malthus, creio que será alongar demais o tema, de modo que continuarei o meu post em outro tópico.

Somente em um país maluco se propõe a sair de alíquota zero para 17% em uma única tacada ...

Pessoas estavam compondo sua carteira previdenciária com fundos imobiliários ... Imagina de um dia para outro perder 17% da renda ...