rst
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Post by rst on May 7, 2018 8:50:25 GMT -3.5
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marcos
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Post by marcos on May 7, 2018 9:51:00 GMT -3.5
Amém!!!
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rst
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Post by rst on May 7, 2018 11:00:03 GMT -3.5
Tenho minhas dúvidas se a notícia é verdadeira ou é mais do mesmo do boato de sempre. Muitos dos pontos de venda da Saraiva estão em locais de pouca utilidade para a Amazon (lojas em aeroportos, por exemplo) ou em locais desnecessariamente caros (megastores de shoppings). A Amazon não tem este perfil de vendas nem nos EUA, o que torna difícil de acreditar que adotaria esta estratégia por aqui. Isso sem falar na inconsistência da notícia, que afirma que a mesma instituição envolvida na aquisição seria credora da saraiva e ao mesmo tempo estaria comprando ações da empresa. Se isso estivesse realmente acontecendo, seria um caso de insider trading tão grosseiro, que dificilmente ficaria sem punição. No começo do ano eu joguei a toalha aqui e em outras ações que estavam micadas na minha carteira. Não faz sentido ficar esperando por um repique que nunca vem e a cada trimestre ver a situação piorar.
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Potuz
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Post by Potuz on May 7, 2018 13:53:16 GMT -3.5
Tenho minhas dúvidas se a notícia é verdadeira ou é mais do mesmo do boato de sempre. Muitos dos pontos de venda da Saraiva estão em locais de pouca utilidade para a Amazon (lojas em aeroportos, por exemplo) ou em locais desnecessariamente caros (megastores de shoppings). A Amazon não tem este perfil de vendas nem nos EUA, o que torna difícil de acreditar que adotaria esta estratégia por aqui. Isso sem falar na inconsistência da notícia, que afirma que a mesma instituição envolvida na aquisição seria credora da saraiva e ao mesmo tempo estaria comprando ações da empresa. Se isso estivesse realmente acontecendo, seria um caso de insider trading tão grosseiro, que dificilmente ficaria sem punição. No começo do ano eu joguei a toalha aqui e em outras ações que estavam micadas na minha carteira. Não faz sentido ficar esperando por um repique que nunca vem e a cada trimestre ver a situação piorar. Secundo a afirmação do rst, essa aqui eu liquidei á anos já, levando um prejuízo enorme, pior ainda do que foi o da CMIG, sendo que a minha posição aqui era pequena e a CMIG era uma das minhas maiores posições em bolsa.
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marcos
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Post by marcos on Sept 8, 2018 21:53:52 GMT -3.5
Nesta aqui, dobrei posição nesta semana (agora são 20.000 ações) esperando o desdobramento da negociação abaixo: relatorioreservado.com.br/assunto/saraiva/Alibaba é a primeira na fila do caixa da Saraiva Saraiva O Alibaba – uma das maiores empresas de e-commerce do mundo – entrou no páreo pela compra da Saraiva. O grupo chinês já teria aberto conversações com os controladores da rede de livrarias, que enfrenta uma delicada situação financeira. Os asiáticos buscam uma operação híbrida, com vendas online e lojas físicas, capaz de turbinar sua atuação no país. Ao mesmo tempo, o Alibaba vislumbra a possibilidade de trazer para o mercado brasileiro seus produtos financeiros – como o e-Credit-line, um sistema de concessão de crédito para compras online. Na Saraiva, o assunto é guardado a sete chaves. Segundo o RR apurou, as tratativas para a venda do controle estariam restritas a um seleto grupo de não mais do que três acionistas, à frente Jorge Eduardo Saraiva, presidente do Conselho. Há pelo menos um ano, a empresa tem atrasado sistematicamente o pagamento a fornecedores, notadamente editoras. A companhia acumula mais de 300 títulos protestados em cartório, além de uma dívida da ordem de R$ 250 milhões. Sobre os atrasos, a Saraiva afirma estar “trabalhando em uma proposta para chegar a uma solução que seja razoável para todos os envolvidos.” Em relação à venda do controle, a empresa diz que “não comenta rumores de mercado.”
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rst
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Post by rst on Sept 9, 2018 6:40:44 GMT -3.5
Nesta aqui, dobrei posição nesta semana (agora são 20.000 ações) esperando o desdobramento da negociação abaixo: relatorioreservado.com.br/assunto/saraiva/Alibaba é a primeira na fila do caixa da Saraiva Saraiva O Alibaba – uma das maiores empresas de e-commerce do mundo – entrou no páreo pela compra da Saraiva. O grupo chinês já teria aberto conversações com os controladores da rede de livrarias, que enfrenta uma delicada situação financeira. Os asiáticos buscam uma operação híbrida, com vendas online e lojas físicas, capaz de turbinar sua atuação no país. Ao mesmo tempo, o Alibaba vislumbra a possibilidade de trazer para o mercado brasileiro seus produtos financeiros – como o e-Credit-line, um sistema de concessão de crédito para compras online. Na Saraiva, o assunto é guardado a sete chaves. Segundo o RR apurou, as tratativas para a venda do controle estariam restritas a um seleto grupo de não mais do que três acionistas, à frente Jorge Eduardo Saraiva, presidente do Conselho. Há pelo menos um ano, a empresa tem atrasado sistematicamente o pagamento a fornecedores, notadamente editoras. A companhia acumula mais de 300 títulos protestados em cartório, além de uma dívida da ordem de R$ 250 milhões. Sobre os atrasos, a Saraiva afirma estar “trabalhando em uma proposta para chegar a uma solução que seja razoável para todos os envolvidos.” Em relação à venda do controle, a empresa diz que “não comenta rumores de mercado.” Cuidado com esses boatos de venda da Saraiva. Essa ladainha já existe há anos e, até o momento, nunca houve um dado concreto que parecesse confirmá-la minimamente. A única parte dessa notícia que é verificável é a de que a empresa está devendo para fornecedores. Conheço o dono de uma pequena editora que recentemente me disse a mesma coisa e também que, para o mercado editorial, ela já é vista como praticamente falida.
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marcos
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Post by marcos on Sept 9, 2018 7:13:48 GMT -3.5
Justamente por estar tão mal é que acredito que possa sair uma venda. Ou pelo menos, boatos como no caso da FHER3.
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rst
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Post by rst on Sept 9, 2018 7:36:27 GMT -3.5
Justamente por estar tão mal é que acredito que possa sair uma venda. Ou pelo menos, boatos como no caso da FHER3. Se uma empresa industrial está mal das pernas, o adquirente estima quanto valem os ativos, quanto tempo e dinheiro gastaria para criar ativos semelhantes, qual o passivo que assumirá e faz a conta para avaliar a partir de que valor a operação vale ou não a pena. O mesmo raciocínio deveria servir para a aquisição de qualquer outro negócio, incluíndo-se os do setor varejista, porém, ao contrário do setor industrial, no varejo os ativos que realmente importam têm uma natureza muito mais intangível do que física (fundo de comércio, marca, fidelidade da clientela, relação com fornecedores, etc). Tirando, talvez, o centro de distribuição, que ativos você enxerga na Saraiva que poderiam atrair interessados? Marca? O nome da empresa é conhecido mas Amazon e Aliexpress também são. Empresas assim precisam do nome da saraiva para crescer? Lojas físicas em aeroportos e shoppings? Já dei minha opinião a este respeito algumas postagens atrás. Estoque? O estoque da Saraiva não me parece ter nada de mais e, volta e meia, passa por baixas contábeis. Site de internet? O site da Saraiva é uma porcaria. Clientes? Você tem alguma relação emocional com a Saraiva? Viu alguém lamentar o fechamento de algumas megastores em shoppings? Relação com fornecedores? A empresa tem 300 títulos protestados. Precisa dizer mais alguma coisa? Capital de giro? A empresa vem antecipando recebíveis há anos. Repito a pergunta: que ativos justificariam alguém assumir o passivo da Saraiva?
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nmx
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Post by nmx on Sept 10, 2018 15:06:09 GMT -3.5
Justamente por estar tão mal é que acredito que possa sair uma venda. Ou pelo menos, boatos como no caso da FHER3. Se uma empresa industrial está mal das pernas, o adquirente estima quanto valem os ativos, quanto tempo e dinheiro gastaria para criar ativos semelhantes, qual o passivo que assumirá e faz a conta para avaliar a partir de que valor a operação vale ou não a pena. O mesmo raciocínio deveria servir para a aquisição de qualquer outro negócio, incluíndo-se os do setor varejista, porém, ao contrário do setor industrial, no varejo os ativos que realmente importam têm uma natureza muito mais intangível do que física (fundo de comércio, marca, fidelidade da clientela, relação com fornecedores, etc). Tirando, talvez, o centro de distribuição, que ativos você enxerga na Saraiva que poderiam atrair interessados? Marca? O nome da empresa é conhecido mas Amazon e Aliexpress também são. Empresas assim precisam do nome da saraiva para crescer? Lojas físicas em aeroportos e shoppings? Já dei minha opinião a este respeito algumas postagens atrás. Estoque? O estoque da Saraiva não me parece ter nada de mais e, volta e meia, passa por baixas contábeis. Site de internet? O site da Saraiva é uma porcaria. Clientes? Você tem alguma relação emocional com a Saraiva? Viu alguém lamentar o fechamento de algumas megastores em shoppings? Relação com fornecedores? A empresa tem 300 títulos protestados. Precisa dizer mais alguma coisa? Capital de giro? A empresa vem antecipando recebíveis há anos. Repito a pergunta: que ativos justificariam alguém assumir o passivo da Saraiva? O fundamentus dá 14,xx de VPA. Queria ter tempo de me debruçar pra ver o que há sob esses 14 reais...
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rst
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Post by rst on Sept 10, 2018 15:21:00 GMT -3.5
Se uma empresa industrial está mal das pernas, o adquirente estima quanto valem os ativos, quanto tempo e dinheiro gastaria para criar ativos semelhantes, qual o passivo que assumirá e faz a conta para avaliar a partir de que valor a operação vale ou não a pena. O mesmo raciocínio deveria servir para a aquisição de qualquer outro negócio, incluíndo-se os do setor varejista, porém, ao contrário do setor industrial, no varejo os ativos que realmente importam têm uma natureza muito mais intangível do que física (fundo de comércio, marca, fidelidade da clientela, relação com fornecedores, etc). Tirando, talvez, o centro de distribuição, que ativos você enxerga na Saraiva que poderiam atrair interessados? Marca? O nome da empresa é conhecido mas Amazon e Aliexpress também são. Empresas assim precisam do nome da saraiva para crescer? Lojas físicas em aeroportos e shoppings? Já dei minha opinião a este respeito algumas postagens atrás. Estoque? O estoque da Saraiva não me parece ter nada de mais e, volta e meia, passa por baixas contábeis. Site de internet? O site da Saraiva é uma porcaria. Clientes? Você tem alguma relação emocional com a Saraiva? Viu alguém lamentar o fechamento de algumas megastores em shoppings? Relação com fornecedores? A empresa tem 300 títulos protestados. Precisa dizer mais alguma coisa? Capital de giro? A empresa vem antecipando recebíveis há anos. Repito a pergunta: que ativos justificariam alguém assumir o passivo da Saraiva? O fundamentus dá 14,xx de VPA. Queria ter tempo de me debruçar pra ver o que há sob esses 14 reais... Segundo o último relatório: Ativo total: 1,3Bi as principais rubricas que compõem este valor são: 215mi de contas a receber dos clientes (sempre lembrando que, por antecipar recebíveis, parte deste valor tem um correspondente no passivo) 325mi de estoques 174mi de tributos correntes a recuperar 59mi de tributos diferidos 43mi de depósitos judiciais 142mi de impostos a recuperar 67mi de imobilizado 178mi de intangível (ágio da compra da Siciliano, Lev, softwares, marca saraiva, site e outras porcarias) Ou seja: 1/4 de supostos créditos tributários (sendo que, segundo as notas explicativas, existem autuações em quantia equivalente a metade deste valor em virtude de o Fisco não reconhecer a existência desses créditos), 1/4 de estoques, 1/8 de intangível sem nenhum valor fora da empresa, quase nada de imóveis e créditos pendentes de recebimento que costumam ser a contrapartida de um passivo. Resumindo: nada.
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rst
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Post by rst on Oct 10, 2018 21:20:54 GMT -3.5
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Post by Claudio66 on Oct 25, 2018 7:33:06 GMT -3.5
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Post by rogerdff on Oct 26, 2018 15:56:47 GMT -3.5
O fundamentus dá 14,xx de VPA. Queria ter tempo de me debruçar pra ver o que há sob esses 14 reais... Segundo o último relatório: Ativo total: 1,3Bi as principais rubricas que compõem este valor são: 215mi de contas a receber dos clientes (sempre lembrando que, por antecipar recebíveis, parte deste valor tem um correspondente no passivo) 325mi de estoques 174mi de tributos correntes a recuperar 59mi de tributos diferidos 43mi de depósitos judiciais 142mi de impostos a recuperar 67mi de imobilizado 178mi de intangível (ágio da compra da Siciliano, Lev, softwares, marca saraiva, site e outras porcarias) Ou seja: 1/4 de supostos créditos tributários (sendo que, segundo as notas explicativas, existem autuações em quantia equivalente a metade deste valor em virtude de o Fisco não reconhecer a existência desses créditos), 1/4 de estoques, 1/8 de intangível sem nenhum valor fora da empresa, quase nada de imóveis e créditos pendentes de recebimento que costumam ser a contrapartida de um passivo. Resumindo: nada. Excelente análise RST. Mostra claramente a importância de saber analisar os números.
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Post by Deleted on Oct 30, 2018 23:53:58 GMT -3.5
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Post by Deleted on Nov 6, 2018 10:47:19 GMT -3.5
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Post by Deleted on Nov 9, 2018 11:56:21 GMT -3.5
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rst
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Post by rst on Nov 9, 2018 12:26:02 GMT -3.5
É engraçado ver que esse reportagem (e outras recentes sobre o assunto) trata a quebra da Livraria Cultura como uma decorrência da compra da Fnac, que teria sido um passo maior do que as pernas. Na época da operação estava evidente que a Fnac era um mico que ninguém desejava, a Livraria Cultura sabia perfeitamente disso e estava ela própria quebrada, mas decidiu ficar com a operação apenas para levar o pagamento dos franceses e dar um último respiro antes da derrocada final.
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Post by Deleted on Nov 9, 2018 12:58:13 GMT -3.5
É engraçado ver que esse reportagem (e outras recentes sobre o assunto) trata a quebra da Livraria Cultura como uma decorrência da compra da Fnac, que teria sido um passo maior do que as pernas. Na época da operação estava evidente que a Fnac era um mico que ninguém desejava, a Livraria Cultura sabia perfeitamente disso e estava ela própria quebrada, mas decidiu ficar com a operação apenas para levar o pagamento dos franceses e dar um último respiro antes da derrocada final. É verdade. Eu pensava que essas lojas estavam passando por dificuldades, pois os clientes preferiam comprar livros pela internet por causa do menor custo e maior acervo. Mas pelo infográfico da matéria, parece que o problema é no setor editorial como um todo, que vem caindo o faturamento desde 2012. O brasileiro está lendo menos, o que não é de se espantar, numa época que as pessoas preferem passar o tempo em redes sociais e aplicativos de mensagem o dia inteiro.
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rst
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Post by rst on Nov 9, 2018 13:05:51 GMT -3.5
É engraçado ver que esse reportagem (e outras recentes sobre o assunto) trata a quebra da Livraria Cultura como uma decorrência da compra da Fnac, que teria sido um passo maior do que as pernas. Na época da operação estava evidente que a Fnac era um mico que ninguém desejava, a Livraria Cultura sabia perfeitamente disso e estava ela própria quebrada, mas decidiu ficar com a operação apenas para levar o pagamento dos franceses e dar um último respiro antes da derrocada final. É verdade. Eu pensava que essas lojas estavam passando por dificuldades, pois os clientes preferiam comprar livros pela internet por causa do menor custo e maior acervo. Mas pelo infográfico da matéria, parece que o problema é no setor editorial como um todo, que vem caindo o faturamento desde 2012. O brasileiro está lendo menos, o que não é de se espantar, numa época que as pessoas preferem passar o tempo em redes sociais e aplicativos de mensagem o dia inteiro. Tenho um conhecido dono de uma editora que me disse o contrário: as livrarias estão quebrando, mas o mercado editorial está vendendo muito bem. Não sei com base em que dados ele fez essa afirmação, mas essa reportagem que você trouxe traz algumas informações sobre isso, como é o caso do sucesso da bienal. Por mais estranho que possa parecer, as pessoas continuam comprando livros, ainda que não mais os leiam. EDIT: Os dados do mercado parecem contrariar a visão do meu conhecido cbl.org.br/downloads/fipe
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lampz
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Post by lampz on Nov 9, 2018 13:49:46 GMT -3.5
Lendo menos livros, é verdade.
Porém, tenho a impressão que redes sociais trouxeram algum valor intelectual na leitura/escrita (para quem não lia livro de jeito nenhum) e um maior conhecimento médio do público em temas como política e economia. Hoje em dia, todo mundo sabe que houve reajuste do STF, até as pessoas mais humildes.
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