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Post by Sultão do Swing on Oct 12, 2019 15:50:23 GMT -3.5
Fiel, aqui é sua área. Lógico que esse canal está querendo vender o seu peixe, mas o que interessa é se a notícia é verdadeira ou não. Saber se vai "faltar" soja, para quem negocia com commodities é uma mão na roda. Se você quiser comentar sou todo ouvidos. Vc nunca pensou em comprar ETF de soja?
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Deleted
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Post by Deleted on Oct 12, 2019 20:12:37 GMT -3.5
Abaixo, seguem dados dos BDRs:
Nome de Pregao Codigo ISIN PARIDADE
AB INBEV ABUD BRABUDBDR009 1 ADR NIVEL 2 X 1 BDR
ING GROEP INGG BRINGGBDR009 1 ADR NIVEL 3 X 1 BDR
NOKIA CORP NOKI BRNOKIBDR005 1 ADR NIVEL 3 X 1 BDR
TAKEDAPH TAKP BRTAKPBDR006 1 ADR NIVEL 2 X 1 BDR
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bochan
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Post by bochan on Oct 12, 2019 20:55:46 GMT -3.5
Não consigo entender como o Facebook pode estar entre as 5 maiores empresas dos E.Unidos. Não consigo ver nenhum valor nesta empresa. Fica claro que sou um dinossauro, e fazer stock picking neste novo mundo é perder tempo. Fica clara também a vantagem da estratégia de comprar ETFs: Fácil, simples e barato.
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Post by Claudio66 on Oct 13, 2019 6:35:53 GMT -3.5
Não consigo entender como o Facebook pode estar entre as 5 maiores empresas dos E.Unidos. Não consigo ver nenhum valor nesta empresa. Fica claro que sou um dinossauro, e fazer stock picking neste novo mundo é perder tempo. Fica clara também a vantagem da estratégia de comprar ETFs: Fácil, simples e barato. O Facebook é um negócio lucrativo. Veja o Preço sobre Lucro das 10 maiores empresas dos EUA em 2019, por aquela lista: 1. Apple: 20.1 2. Microsoft: 27.6 3. Amazon: 71.9 4. Google: 24.5 5. Facebook: 31.1 6. Berkshire Hathaway: N/A 7. Visa: 34.0 8. JPMorgan Chase: 11.9 9. Johnson & Johnson: 21.8 10. Walmart: 27.2 O Facebook tem um P/L acima da média, mas nada tão destoante quanto Amazon. As redes sociais (lembrado que Facebook também é dono do Instagram e do Whatsapp) são atualmente a melhor forma de comunicação com um público específico, porque você consegue direcionar para um público bastante específico (em função da idade, do sexo, do local de residência,..., e até das preferências políticas). Além disso a probabilidade de que a mensagem chegará à pessoa é muito grande, particularmente em relação aos meios de comunicação tradicionais, como TV, rádio e periódicos escritos (mesmo quando publicados na internet). O Facebook e o Instagram recebem tanto para colocar banners, quanto para impulsionar uma postagem, ou seja, para fazer com que uma postagem apareça no feed de notícias, das pessoas identificadas com o público alvo. No Whatsapp há contas institucionais pagas, que permitem uma comunicação unidirecional (do anunciante para o público alvo) ou bidirecional com ajuste de alcance (para quem vai a mensagem). Se você abre uma academia de ioga, pode direcionar a propaganda para as pessoas que moram perto da academia, e que gostam de ioga, ou que o Facebook ou Instagram identificam com potencial para gostar de ioga. E isso vai custar muito menos que anunciar na rádio local, com maior probabilidade de alcançar seu público. Depois pode se comunicar com seus clientes pelo Whatsapp, reduzindo drasticamente o custo de atendentes (por exemplo, para marcar horários de massagem, ou avisar que uma aula foi suspensa e remarcá-la).
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Post by Sultão do Swing on Oct 13, 2019 6:36:50 GMT -3.5
Não consigo entender como o Facebook pode estar entre as 5 maiores empresas dos E.Unidos. Não consigo ver nenhum valor nesta empresa. Fica claro que sou um dinossauro, e fazer stock picking neste novo mundo é perder tempo. Fica clara também a vantagem da estratégia de comprar ETFs: Fácil, simples e barato.
Eu também sou meio desconfiado dessas FANG stocks. Mas analisar uma ação dessas, de qualquer jeito é mais complicado, a meu ver, pela falta de similares. Comparar o Facebook com a Amazon, apesar de colocarem ambas no mesmo acrônimo? A meu ver não dá pois a Amazon é mais um sistema de vendas online do que outra coisa. Talvez fosse o caso de comparar ações da Facebook com alguma outra mídia que viva de anúncios, os quais são, até onde eu saiba, a principal fonte de renda do Facebook.
Antes de fazer qualquer análise mais atenta de ação ou REIT gringo eu dou uma olhada na página correspondente na Bloomberg:
Olhando assim à primeira vista as coisas não estão mal não. A receita, margem e lucros estão crescendo de ano para ano.
O price-to-book é que é de assustar. O investidor estaria pagando quase seis vezes o valor. Mas de novo, achar desconto em relação ao valor patrimonial hoje em qualquer ramo de atividade econômica vai ser difícil, nós estamos no auge de um ciclo econômico. E de novo, comparar o Facebook com o quê, com a Ford ou Coca Cola?
Talvez, se você tiver mais curiosidade, pesquisar artigos sobre a empresa lá no Seeking Alpha pode esclarecer alguma coisa sobre o sucesso deles.
De minha parte, se eu tivesse essas ações óbvio que já teria vendido. De qualquer modo eu não teria muito interesse já que eles não pagam dividendos.
PS Isso é telepatia ou o quê? Tá chovendo aí na área e por isso não vai dar praia hoje, he he?
Bochan, só por curiosidade, quem é o mano que aparece no seu avatar? Volta e meia vejo foto dele aí pela web
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uqaz
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Post by uqaz on Oct 13, 2019 8:00:28 GMT -3.5
Não consigo entender como o Facebook pode estar entre as 5 maiores empresas dos E.Unidos. Não consigo ver nenhum valor nesta empresa. Fica claro que sou um dinossauro, e fazer stock picking neste novo mundo é perder tempo. Fica clara também a vantagem da estratégia de comprar ETFs: Fácil, simples e barato.
Eu também sou meio desconfiado dessas FANG stocks. Mas analisar uma ação dessas, de qualquer jeito é mais complicado, a meu ver, pela falta de similares. Comparar o Facebook com a Amazon, apesar de colocarem ambas no mesmo acrônimo? A meu ver não dá pois a Amazon é mais um sistema de vendas online do que outra coisa. Talvez fosse o caso de comparar ações da Facebook com alguma outra mídia que viva de anúncios, os quais são, até onde eu saiba, a principal fonte de renda do Facebook.
Antes de fazer qualquer análise mais atenta de ação ou REIT gringo eu dou uma olhada na página correspondente na Bloomberg:
Olhando assim à primeira vista as coisas não estão mal não. A receita, margem e lucros estão crescendo de ano para ano.
O price-to-book é que é de assustar. O investidor estaria pagando quase seis vezes o valor. Mas de novo, achar desconto em relação ao valor patrimonial hoje em qualquer ramo de atividade econômica vai ser difícil, nós estamos no auge de um ciclo econômico. E de novo, comparar o Facebook com o quê, com a Ford ou Coca Cola?
Talvez, se você tiver mais curiosidade, pesquisar artigos sobre a empresa lá no Seeking Alpha pode esclarecer alguma coisa sobre o sucesso deles.
De minha parte, se eu tivesse essas ações óbvio que já teria vendido. De qualquer modo eu não teria muito interesse já que eles não pagam dividendos.
PS Isso é telepatia ou o quê? Tá chovendo aí na área e por isso não vai dar praia hoje, he he?
Bochan, só por curiosidade, quem é o mano que aparece no seu avatar? Volta e meia vejo foto dele aí pela web
Essas empresas tem em comum a alta concentração de usuários por causa digitais. Uma comparação que esperei vcs fazerem - e não fizeram - foi a mudança com as décadas do perfil do que dá dinheiro. Mas primeiras décadas da tabela, as grandes empresas são aquelas que vendem "coisas", basicamente para subsistência de atividades (consumo) Nas últimas décadas é basicamente de serviços, não existe uma figura clara de custos de produção, os caras ganham mais dinheiro juntando pessoas e interesses (não físicos). Eu explico isso a esse excesso de oferta monetária e aos chineses, que baratearam todas essas coisas chatas, tipo siderurgia etc
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Deleted
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Post by Deleted on Oct 14, 2019 20:03:03 GMT -3.5
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fiel
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Post by fiel on Oct 14, 2019 21:04:59 GMT -3.5
Pra mim tudo isso não passa de uma grande bolha de silicio um dia vai explodir,como que empresas de marketing valem mais do que as que produzem e pagam elas ? Pq existe uma euforia no poder do marketing que é subjetivo e não pode ser medido
Eu por exemplo ontem estava vendo um documentário pesado da segunda guerra e os campos de concentração no YouTube dai para o vídeo e vem uma propaganda do Ifoods ..ou seu ligaram seu nome a isso ..então muita coisa vai se ajustar
O marketing é hoje o mal de empresas ,tem mais dinheiro que a pesquisa,pois não precisam ter um bom produto basta fazer parecer que é..
É apenas uma fase que estamos passando o equilíbrio virá
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uqaz
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Post by uqaz on Oct 15, 2019 7:41:27 GMT -3.5
Pra mim tudo isso não passa de uma grande bolha de silicio um dia vai explodir,como que empresas de marketing valem mais do que as que produzem e pagam elas ? Pq existe uma euforia no poder do marketing que é subjetivo e não pode ser medido Eu por exemplo ontem estava vendo um documentário pesado da segunda guerra e os campos de concentração no YouTube dai para o vídeo e vem uma propaganda do Ifoods ..ou seu ligaram seu nome a isso ..então muita coisa vai se ajustar O marketing é hoje o mal de empresas ,tem mais dinheiro que a pesquisa,pois não precisam ter um bom produto basta fazer parecer que é.. É apenas uma fase que estamos passando o equilíbrio virá Alguns pontos sobre o ambiente pós estouro dessa bolha das bolhas: - Os Yields vão subir ("o equilíbrio virá"), o que vai quebrar um montão de empresas; - O risco aumentará, uma vez que não vai dar mais pra passar a batata quente pra frente pra sempre (vide títulos com juros negativos); - A referência de segurança vao ser empresas chatas, com ativos geradores de fluxo de caixa constante; - Aqueles que investem em dívidas (corporativas, títulos públicos, ou qq outro tipo de toma-lá-da-cá, principalmente alavancado) vão tomar um hair-cut. Claro que os fundos de previdência vão ser salvos. Existem uns que defendem que isso tudo acontece aos poucos, sem grandes alardes. Uma quebra de banco ali, uma ajudinha aq. Aliás, nesse último ano vem acontecendo assim. Outros acham que vai haver ruptura. Eu acredito no primeiro.
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fiel
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Post by fiel on Oct 15, 2019 11:00:01 GMT -3.5
Pra mim tudo isso não passa de uma grande bolha de silicio um dia vai explodir,como que empresas de marketing valem mais do que as que produzem e pagam elas ? Pq existe uma euforia no poder do marketing que é subjetivo e não pode ser medido Eu por exemplo ontem estava vendo um documentário pesado da segunda guerra e os campos de concentração no YouTube dai para o vídeo e vem uma propaganda do Ifoods ..ou seu ligaram seu nome a isso ..então muita coisa vai se ajustar O marketing é hoje o mal de empresas ,tem mais dinheiro que a pesquisa,pois não precisam ter um bom produto basta fazer parecer que é.. É apenas uma fase que estamos passando o equilíbrio virá Alguns pontos sobre o ambiente pós estouro dessa bolha das bolhas: - Os Yields vão subir ("o equilíbrio virá"), o que vai quebrar um montão de empresas; - O risco aumentará, uma vez que não vai dar mais pra passar a batata quente pra frente pra sempre (vide títulos com juros negativos); - A referência de segurança vao ser empresas chatas, com ativos geradores de fluxo de caixa constante; - Aqueles que investem em dívidas (corporativas, títulos públicos, ou qq outro tipo de toma-lá-da-cá, principalmente alavancado) vão tomar um hair-cut. Claro que os fundos de previdência vão ser salvos. Existem uns que defendem que isso tudo acontece aos poucos, sem grandes alardes. Uma quebra de banco ali, uma ajudinha aq. Aliás, nesse último ano vem acontecendo assim. Outros acham que vai haver ruptura. Eu acredito no primeiro. é uma possibilidade a bolha murchar e não estourar... Porém o instinto do mercado ao estourar algo pode ser violento , criar corridas em massas , que torna isso exponencial Verdadeiras piramides estão sendo levadas cada vez mais altas... UBER, TESLA, por ex não param de captar dinheiro, e se parar quebra em algumas semanas... até quando vai ter alguém disposto a rolar essa conta
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voyager
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Post by voyager on Oct 15, 2019 14:22:10 GMT -3.5
os brasileiros tem em sua mente uma utopia capitalista, pensam que é facil abrir um negocio e faturar alto logo a partir da primeira semana. Eu lembro de varias decadas atras, quando um professor dizia que para um novo negocio começar a dar lucro geralmente são necessarios 4 anos ou mais. E ele falava em termos de negocios comuns como lojas.
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Post by salcedo on Oct 15, 2019 15:51:49 GMT -3.5
os brasileiros tem em sua mente uma utopia capitalista, pensam que é facil abrir um negocio e faturar alto logo a partir da primeira semana. Eu lembro de varias decadas atras, quando um professor dizia que para um novo negocio começar a dar lucro geralmente são necessarios 4 anos ou mais. E ele falava em termos de negocios comuns como lojas. Melhor que uma utopia socialista, onde não abres loja nenhuma e crês ter direito a uma renda dada pelo estado !
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uqaz
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Post by uqaz on Oct 15, 2019 17:52:41 GMT -3.5
Alguns pontos sobre o ambiente pós estouro dessa bolha das bolhas: - Os Yields vão subir ("o equilíbrio virá"), o que vai quebrar um montão de empresas; - O risco aumentará, uma vez que não vai dar mais pra passar a batata quente pra frente pra sempre (vide títulos com juros negativos); - A referência de segurança vao ser empresas chatas, com ativos geradores de fluxo de caixa constante; - Aqueles que investem em dívidas (corporativas, títulos públicos, ou qq outro tipo de toma-lá-da-cá, principalmente alavancado) vão tomar um hair-cut. Claro que os fundos de previdência vão ser salvos. Existem uns que defendem que isso tudo acontece aos poucos, sem grandes alardes. Uma quebra de banco ali, uma ajudinha aq. Aliás, nesse último ano vem acontecendo assim. Outros acham que vai haver ruptura. Eu acredito no primeiro. é uma possibilidade a bolha murchar e não estourar... Porém o instinto do mercado ao estourar algo pode ser violento , criar corridas em massas , que torna isso exponencial Verdadeiras piramides estão sendo levadas cada vez mais altas... UBER, TESLA, por ex não param de captar dinheiro, e se parar quebra em algumas semanas... até quando vai ter alguém disposto a rolar essa conta Mas a questão é: eles correm pra onde? O que está acontecendo hoje é que estão correndo pros títulos, notadamente os americanos que pagam melhor e possuem bom potencial de valorização. Essas empresas q vc citou são soluços, apenas. O Ulrich pensa como vc... Eu já acho que se vier, a paulada vem do não pagamento da dívida corporativa de grandes empresas como GE ou GM.
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Post by Sultão do Swing on Oct 18, 2019 19:14:11 GMT -3.5
Não sei vocês, mas esta é a primeira vez que eu esbarrei (totalmente por acaso) em um artigo sugerindo algo que eu já tinha pensado sozinho, por algum tempo
Existem indícios muito fortes de que a Expansão Quantitativa esteja contribuindo para aumentar a desigualdade social.
Com efeito, parece quase óbvio que, um programa que consiste em compra de ativos financeiros vai favorecer a alta, e com isso, a valorização dos mesmos.
Ora, como só quem tem algum sobrando tem acesso a tais ativos, e a maioria não os tem, é claro que serão os "ricos" os mais favorecidos com tais políticas
As minhas palavras são quase as mesmas do autor do artigo, mas acontece que o raciocínio é simples e inescapável, por mais que a QE não tenha a intenção direta de aumentar a desigualdade, ela muito provavelmente a está fazendo.
Alguém vai dizer que no fundo eu tenho antipatia a QE e isso é a mais pura verdade. No Oriente, onde os primeiros sinais de recessão já estão surgindo, no momento, para minha surpresa, os reits estão num rally sem fim.
Fui averiguar e em vários lugares importantes (Japão, Cingapura, Thailândia) os BCs estão adotando a política e com isso jogando as cotações para cima.
Hoje, inclusive, o BC do Japão já é dono de 5% dos reits japoneses, o que deve superar, imagino, qualquer indivíduo ou fundo de pensão isolado.
Mas se QE não mostra grande efeito na economia por quê é que tantos BCs o estão usando?
Foi o próprio Mário Draghi que deu a resposta há algum tempo: porque ele não vê no momento nenhuma outra opção.
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ocaba
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Post by ocaba on Oct 18, 2019 22:31:35 GMT -3.5
Não sei vocês, mas esta é a primeira vez que eu esbarrei (totalmente por acaso) em um artigo sugerindo algo que eu já tinha pensado sozinho, por algum tempo
Existem indícios muito fortes de que a Expansão Quantitativa esteja contribuindo para aumentar a desigualdade social.
Com efeito, parece quase óbvio que, um programa que consiste em compra de ativos financeiros vai favorecer a alta, e com isso, a valorização dos mesmos.
Ora, como só quem tem algum sobrando tem acesso a tais ativos, e a maioria não os tem, é claro que serão os "ricos" os mais favorecidos com tais políticas
As minhas palavras são quase as mesmas do autor do artigo, mas acontece que o raciocínio é simples e inescapável, por mais que a QE não tenha a intenção direta de aumentar a desigualdade, ela muito provavelmente a está fazendo.
Alguém vai dizer que no fundo eu tenho antipatia a QE e isso é a mais pura verdade. No Oriente, onde os primeiros sinais de recessão já estão surgindo, no momento, para minha surpresa, os reits estão num rally sem fim.
Fui averiguar e em vários lugares importantes (Japão, Cingapura, Thailândia) os BCs estão adotando a política e com isso jogando as cotações para cima.
Hoje, inclusive, o BC do Japão já é dono de 5% dos reits japoneses, o que deve superar, imagino, qualquer indivíduo ou fundo de pensão isolado.
Mas se QE não mostra grande efeito na economia por quê é que tantos BCs o estão usando?
Foi o próprio Mário Draghi que deu a resposta há algum tempo: porque ele não vê no momento nenhuma outra opção.
O que acontece na economia mundial é uma paranoia em relação a gestação de uma crise recessiva. Crises normalmente tem origem em algum fato que funciona como um gatilho para um processo, revelando problemas até então encobertos. Mas, desde 2009 o mundo tenta se antecipar a nova crise e, de certa forma, acaba contribuindo para que ela surja. Por conta dessa paranoia, os governos usaram e abusaram de taxa de juros baixas, mesmo quando não existia nenhuma necessidade de se ter taxas de juros baixas. O problema é que essa prática neutralizou a política de juros. E como uma pessoa ficar tomando antibióticos quando não precisa. Quando finalmente precisa, o antibiótico já não tem efeito. Diante disso, torna-se necessário descobrir novas ferramentos, novos antibióticos. O QE é um desses novos remédios, pois surge como uma opção num cenário de armadilha de liquidez. Os efeitos sobre as desigualdades são outros 500, porque, uma crise econômica tem um poder muito maior de provocar desigualdades. A questão principal, na minha opinião, foi essa política econômica baseada em juros baixos, que já provou no Japão, no passado, que não funciona. O melhor, talvez, fosse deixar a crise econômica acontecer, porque, em algum momento ela vai ocorrer. É preciso fazer como em alguns locais florestais, onde se permite pequenas queimas preventivas para se evitar um grande incêndio descontrolado.
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Post by Sultão do Swing on Oct 19, 2019 11:19:57 GMT -3.5
Existem indícios muito fortes de que a Expansão Quantitativa esteja contribuindo para aumentar a desigualdade social.
Com efeito, parece quase óbvio que, um programa que consiste em compra de ativos financeiros vai favorecer a alta, e com isso, a valorização dos mesmos.
Ora, como só quem tem algum sobrando tem acesso a tais ativos, e a maioria não os tem, é claro que serão os "ricos" os mais favorecidos com tais políticas
Sim, a inflação causa isso. O aumento nos preços não atinge todos ao mesmo tempo. Primeiro favorece quem imprimiu dinheiro (tem acesso ao dinheiro novo, com os preços normais), depois quem recebe esse dinheiro e vai descendo os níveis. Quando chega no fim da pirâmide, esses já estavam convivendo com os preços mais altos há um tempo. Tem nome: Efeito Cantillon
Sempre é bom ir aumentando a minha escassa cultura econômica. Eu lembrava do efeito perverso da inflação sobre a desigualdade, provavelmente eu tinha lido no Mises, mas não lembrava do nome.
Mas acho que talvez esteja havendo um pouco de confusão de sua parte.
Vejamos: inflação é o aumento nos preços de bens e serviços produzidos na economia, em geral causado pelo aumento da moeda: o governo emite mais moeda e as pessoas vão usá-la para comprar bens e serviços. A tentativa de estimular a economia
aumentando a quantidade de moeda em geral resulta em que as pessoas simplesmente usam uma quantidade de moeda maior para comprar a mesma quantidade de bens e serviços. A equação só fecha com uma quantidade de moeda maior para uma
mesma quantidade de bens e serviços, aumentando o preço dos mesmo, ou seja, inflação.
A meus ver, QE parte de uma ideia diferente: compra não bens e serviços mas sim ativos detidos pela população: ações, debêntures, fundos imobiliários.
Como não se trata de bens e serviços, QE então não pode causar inflação, pois o aumento de cotações de ações, fundos imobiliários e outros não são computados no índice de preços. A bolsa pode subir 100 ou cair 100 que o impacto nos preços é nulo.
A ideia então é boa, mas em termos de estimular a produção e o emprego o efeito foi, a meu ver, bem pouco. Isso apesar das montanhas de dinheiro empregadas.
Mas em relação à inflação eu acredito que QE é inocente: os países mais avançados não estão tendo problemas com inflação e sim com deflação. Os preços estão, lentamente caindo.
Ora então de tentar alguma outra coisa: se eles têm problemas de deflação e não de inflação por que eles não apelam par o helicopter money: inventam um programa qualquer de renda mínima, imprimem a porcaria do dinheiro e distribuem.
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ocaba
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Post by ocaba on Oct 19, 2019 12:05:58 GMT -3.5
Sim, a inflação causa isso. O aumento nos preços não atinge todos ao mesmo tempo. Primeiro favorece quem imprimiu dinheiro (tem acesso ao dinheiro novo, com os preços normais), depois quem recebe esse dinheiro e vai descendo os níveis. Quando chega no fim da pirâmide, esses já estavam convivendo com os preços mais altos há um tempo. Tem nome: Efeito Cantillon
Sempre é bom ir aumentando a minha escassa cultura econômica. Eu lembrava do efeito perverso da inflação sobre a desigualdade, provavelmente eu tinha lido no Mises, mas não lembrava do nome.
Mas acho que talvez esteja havendo um pouco de confusão de sua parte.
Vejamos: inflação é o aumento nos preços de bens e serviços produzidos na economia, em geral causado pelo aumento da moeda: o governo emite mais moeda e as pessoas vão usá-la para comprar bens e serviços. A tentativa de estimular a economia
aumentando a quantidade de moeda em geral resulta em que as pessoas simplesmente usam uma quantidade de moeda maior para comprar a mesma quantidade de bens e serviços. A equação só fecha com uma quantidade de moeda maior para uma
mesma quantidade de bens e serviços, aumentando o preço dos mesmo, ou seja, inflação.
A meus ver, QE parte de uma ideia diferente: compra não bens e serviços mas sim ativos detidos pela população: ações, debêntures, fundos imobiliários.
Como não se trata de bens e serviços, QE então não pode causar inflação, pois o aumento de cotações de ações, fundos imobiliários e outros não são computados no índice de preços. A bolsa pode subir 100 ou cair 100 que o impacto nos preços é nulo.
A ideia então é boa, mas em termos de estimular a produção e o emprego o efeito foi, a meu ver, bem pouco. Isso apesar das montanhas de dinheiro empregadas.
Mas em relação à inflação eu acredito que QE é inocente: os países mais avançados não estão tendo problemas com inflação e sim com deflação. Os preços estão, lentamente caindo.
Ora então de tentar alguma outra coisa: se eles têm problemas de deflação e não de inflação por que eles não apelam par o helicopter money: inventam um programa qualquer de renda mínima, imprimem a porcaria do dinheiro e distribuem.
Essa questão é um pouco mais complexa. Primeiro: emissão não é a única causa de inflação. Na verdade, boa parte da moeda em poder da população está na forma de crédito, cheques, cartões, etc. Para aumentar a oferta de meios, não é necessário simplesmente emitir moeda, isso pode ser feito via taxas de juros, compulsório e títulos públicos. Quando o governo compra títulos detidos pela população, ele está aumentando a liquidez, pois ele faz isso com suas reservas e está retirando do mercado uma série de ativos. Por exemplo, se ele compra ações, na prática ele está realizando um investimento, um gasto. Então, sim, isso pode ser inflacionário. Mas, voltando ao ponto inicial, ele vai adotar tal política como forma de estimular a economia. Se a economia está em recessão, tal medida não é inflacionária. Além disso, em tese ele estimularia o setor produtivo, e o aumento na oferta de produtos possibilita uma redução da inflação. Novamente, a prática do QE é o tipo de medida a ser adotada por países que não possuem mais a eficácia das taxas de juros, que criaram uma situação de armadilha de liquidez com o uso de taxas negativas. É a forma de se consertar uma merd*. Quanto ao helicopter money: é uma péssima ideia. Rui Barbosa que o diga. No caso do QE, numa situação de inflação crescente, ele pode reverter a situação vendendo os ativos que tinha comprado, enxugando a liquidez. No helicopter money seria o caos.
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uqaz
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Post by uqaz on Oct 19, 2019 14:02:54 GMT -3.5
Sim, a inflação causa isso. O aumento nos preços não atinge todos ao mesmo tempo. Primeiro favorece quem imprimiu dinheiro (tem acesso ao dinheiro novo, com os preços normais), depois quem recebe esse dinheiro e vai descendo os níveis. Quando chega no fim da pirâmide, esses já estavam convivendo com os preços mais altos há um tempo. Tem nome: Efeito Cantillon
Sempre é bom ir aumentando a minha escassa cultura econômica. Eu lembrava do efeito perverso da inflação sobre a desigualdade, provavelmente eu tinha lido no Mises, mas não lembrava do nome.
Mas acho que talvez esteja havendo um pouco de confusão de sua parte.
Vejamos: inflação é o aumento nos preços de bens e serviços produzidos na economia, em geral causado pelo aumento da moeda: o governo emite mais moeda e as pessoas vão usá-la para comprar bens e serviços. A tentativa de estimular a economia
aumentando a quantidade de moeda em geral resulta em que as pessoas simplesmente usam uma quantidade de moeda maior para comprar a mesma quantidade de bens e serviços. A equação só fecha com uma quantidade de moeda maior para uma
mesma quantidade de bens e serviços, aumentando o preço dos mesmo, ou seja, inflação.
A meus ver, QE parte de uma ideia diferente: compra não bens e serviços mas sim ativos detidos pela população: ações, debêntures, fundos imobiliários.
Como não se trata de bens e serviços, QE então não pode causar inflação, pois o aumento de cotações de ações, fundos imobiliários e outros não são computados no índice de preços. A bolsa pode subir 100 ou cair 100 que o impacto nos preços é nulo.
A ideia então é boa, mas em termos de estimular a produção e o emprego o efeito foi, a meu ver, bem pouco. Isso apesar das montanhas de dinheiro empregadas.
Mas em relação à inflação eu acredito que QE é inocente: os países mais avançados não estão tendo problemas com inflação e sim com deflação. Os preços estão, lentamente caindo.
Ora então de tentar alguma outra coisa: se eles têm problemas de deflação e não de inflação por que eles não apelam par o helicopter money: inventam um programa qualquer de renda mínima, imprimem a porcaria do dinheiro e distribuem.
O helicopter money faria o preço das coisas finalmente explodir. Inflação da vida real. Só pra dar um exemplo, como é visto essas injeções de dinheiro estão sendo usadas pra se contrair dividas pra se recomprar ações kkk. Se n me engano a Apple está tendo o mesmo lucro líquido de 2015... mas o lucro por ação está voando.
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uqaz
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Post by uqaz on Oct 19, 2019 14:10:17 GMT -3.5
Sempre é bom ir aumentando a minha escassa cultura econômica. Eu lembrava do efeito perverso da inflação sobre a desigualdade, provavelmente eu tinha lido no Mises, mas não lembrava do nome.
Mas acho que talvez esteja havendo um pouco de confusão de sua parte.
Vejamos: inflação é o aumento nos preços de bens e serviços produzidos na economia, em geral causado pelo aumento da moeda: o governo emite mais moeda e as pessoas vão usá-la para comprar bens e serviços. A tentativa de estimular a economia
aumentando a quantidade de moeda em geral resulta em que as pessoas simplesmente usam uma quantidade de moeda maior para comprar a mesma quantidade de bens e serviços. A equação só fecha com uma quantidade de moeda maior para uma
mesma quantidade de bens e serviços, aumentando o preço dos mesmo, ou seja, inflação.
A meus ver, QE parte de uma ideia diferente: compra não bens e serviços mas sim ativos detidos pela população: ações, debêntures, fundos imobiliários.
Como não se trata de bens e serviços, QE então não pode causar inflação, pois o aumento de cotações de ações, fundos imobiliários e outros não são computados no índice de preços. A bolsa pode subir 100 ou cair 100 que o impacto nos preços é nulo.
A ideia então é boa, mas em termos de estimular a produção e o emprego o efeito foi, a meu ver, bem pouco. Isso apesar das montanhas de dinheiro empregadas.
Mas em relação à inflação eu acredito que QE é inocente: os países mais avançados não estão tendo problemas com inflação e sim com deflação. Os preços estão, lentamente caindo.
Ora então de tentar alguma outra coisa: se eles têm problemas de deflação e não de inflação por que eles não apelam par o helicopter money: inventam um programa qualquer de renda mínima, imprimem a porcaria do dinheiro e distribuem.
Essa questão é um pouco mais complexa. Primeiro: emissão não é a única causa de inflação. Na verdade, boa parte da moeda em poder da população está na forma de crédito, cheques, cartões, etc. Para aumentar a oferta de meios, não é necessário simplesmente emitir moeda, isso pode ser feito via taxas de juros, compulsório e títulos públicos. Quando o governo compra títulos detidos pela população, ele está aumentando a liquidez, pois ele faz isso com suas reservas e está retirando do mercado uma série de ativos. Por exemplo, se ele compra ações, na prática ele está realizando um investimento, um gasto. Então, sim, isso pode ser inflacionário. Mas, voltando ao ponto inicial, ele vai adotar tal política como forma de estimular a economia. Se a economia está em recessão, tal medida não é inflacionária. Além disso, em tese ele estimularia o setor produtivo, e o aumento na oferta de produtos possibilita uma redução da inflação. Novamente, a prática do QE é o tipo de medida a ser adotada por países que não possuem mais a eficácia das taxas de juros, que criaram uma situação de armadilha de liquidez com o uso de taxas negativas. É a forma de se consertar uma merd*. Quanto ao helicopter money: é uma péssima ideia. Rui Barbosa que o diga. No caso do QE, numa situação de inflação crescente, ele pode reverter a situação vendendo os ativos que tinha comprado, enxugando a liquidez. No helicopter money seria o caos. Mesmo a Selic tendo ido de 14,25% a 5,5% com efeito praticamente nulo na economia real, vc ainda acha que essa apatia é apenas do 1o mundo? Eu acho q n... Veja, até os próprios QEs estão perdendo a eficácia... os europeus continuam a imprimir desavergonhadamente, caminhando pra recessao. E agora os americanos... Já estão falando de não apenas compra de dividas corporativas, mas tbm de ações e juros a -10%! A concentração de riqueza decorrente disso vai toda pro topo da cadeia, pros primeiros q o recebem (efeito Cantillon). E continuam sem saber pq a desigualdade segue aumentando... O sistema atual está cada vez menos parecido com Capitalismo.
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ocaba
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Post by ocaba on Oct 19, 2019 16:47:12 GMT -3.5
Essa questão é um pouco mais complexa. Primeiro: emissão não é a única causa de inflação. Na verdade, boa parte da moeda em poder da população está na forma de crédito, cheques, cartões, etc. Para aumentar a oferta de meios, não é necessário simplesmente emitir moeda, isso pode ser feito via taxas de juros, compulsório e títulos públicos. Quando o governo compra títulos detidos pela população, ele está aumentando a liquidez, pois ele faz isso com suas reservas e está retirando do mercado uma série de ativos. Por exemplo, se ele compra ações, na prática ele está realizando um investimento, um gasto. Então, sim, isso pode ser inflacionário. Mas, voltando ao ponto inicial, ele vai adotar tal política como forma de estimular a economia. Se a economia está em recessão, tal medida não é inflacionária. Além disso, em tese ele estimularia o setor produtivo, e o aumento na oferta de produtos possibilita uma redução da inflação. Novamente, a prática do QE é o tipo de medida a ser adotada por países que não possuem mais a eficácia das taxas de juros, que criaram uma situação de armadilha de liquidez com o uso de taxas negativas. É a forma de se consertar uma merd*. Quanto ao helicopter money: é uma péssima ideia. Rui Barbosa que o diga. No caso do QE, numa situação de inflação crescente, ele pode reverter a situação vendendo os ativos que tinha comprado, enxugando a liquidez. No helicopter money seria o caos. Mesmo a Selic tendo ido de 14,25% a 5,5% com efeito praticamente nulo na economia real, vc ainda acha que essa apatia é apenas do 1o mundo? Eu acho q n... Veja, até os próprios QEs estão perdendo a eficácia... os europeus continuam a imprimir desavergonhadamente, caminhando pra recessao. E agora os americanos... Já estão falando de não apenas compra de dividas corporativas, mas tbm de ações e juros a -10%! A concentração de riqueza decorrente disso vai toda pro topo da cadeia, pros primeiros q o recebem (efeito Cantillon). E continuam sem saber pq a desigualdade segue aumentando... O sistema atual está cada vez menos parecido com Capitalismo. Nos não sabemos qual o efeito se a SELIC não tivesse ido para os 5,5%. Eu suponho, e apenas posso supor, que estaríamos mergulhado numa grave recessão. O problema dos europeus é que sabiam que os EUA tinham optado por preservar seus instrumentos de política monetária. Por isso, usaram e abusaram dessas políticas heterodoxas. Agora os EUA querem seguir o exemplo dos Europeus. Por fim, existem teorias econômicas que defendem que o crescimento dependem dos gastos dos mais ricos, ou seja, que o crescimento econômico é acompanhado por um aumento da desigualdade e dar dinheiro aos mais ricos é melhor a opção para se promover o crescimento (não estou aqui dizendo se é certo ou errado). Na minha opinião, essas políticas heterodoxas tiveram sim um efeito de evitar crises econômicas e dar uma certa estabilidade, prova disso é a exuberância das bolsas internacionais que viveram uma década de ouro (não no Brasil). Mas isso tendem a anular toda a eficácia dos instrumentos de política econômica e levar a economia mundial para uma crise sem precedentes.
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