Positivo Informática - POSI3

Que que é isso rapaz? 10%?

O que será que está por trás desta subida enlouquecida desta ação nos últimos dias, mesmo depois de um resultado meia-boca?

Só hoje a alta já está em 14%.
Volume passando de 22M na metade do pregão!

E aí? Vendo? Continuo com as mesmas 50.000 ações.

Siga seu plano inicial. Se comprou baseado em fundamentos, então são eles que têm que te guiar, não a AT.

Isto explica a repentina mudança de patamar das ações da Positivo (tanto em preço quanto em volume).

Positivo (POSI3)
O Bradesco BBI iniciou a cobertura da Positivo com classificação de Outperform e preço-alvo para 2020 de R$ 9,50. Segundo os analistas Fred Mendes e Guilherme Haguiara, a visão positiva se baseia na recuperação cíclica no Brasil, com o mercado de PCs se recuperando; nas ofertas públicas reprimidas; e com as perspectivas de crescimento por meio do Accept, o vendedor de servidores do Positivo e o HaaS (hardware como serviço).

“Sua avaliação é atraente em 5,3x EV/EBITDA para o YE20, um desconto de 25% para pares globais, mas com maior crescimento e uma oportunidade de expandir margens”, escreveram os analistas.

Talvez comece no mês que vem. Se vender agora, vou pagar um imposto enorme! Mas, também, nunca conseguirei vender todas POSI3, TRIS3, RDNI3, EALT4, FESA4, WLMM4 etc de 20 em 20 mil! Sei lá o que faço.

Boa noite,

Venho aqui compartilhar alguns achares sobre a Positivo e gostaria de uma posição saudável de vocês para gerarmos uma discussão. Sabemos que a Positivo tem uma composição minoritária forte e talvez possamos usar isso para algo útil.

Quando conheci a Positivo foi pela má fama de produtos de má qualidade. Ela se assemelhava muito com os aparelhos piratas chineses. Hoje me perguntei se ela estava conseguindo reverter esse quadro, mas parece que está bem difícil. Um dos motivos é que para fazer aparelhos mais acessíveis é preciso diminuir a qualidade dos materiais. É como comprar aquelas roupas de feira.
Mas as semelhanças com as roupas acabam quando saímos do lojista e entramos no lado do consumidor.

A Positivo diz conhecer o mercado brasileiro de smartphones, mas ao meu ver com o perfil de consumidor que ela imagina está mais para vender roupas do que eletrônicos mobiles. Isso porque apesar das peças de vestuário de baixa qualidade terem uma boa demanda o mesmo não ocorre com smartphones de entrada no Brasil. Já os notebooks continua sendo sim uma boa estratégia produzir os de entrada, pois nesse caso tem um público mais aberto; e também acertaram em criar a 2AM para melhorar um pouco a experiência, podendo investir em peças com maior qualidade e assim diminuir as chances de arrependimentos.

Voltando ao público mobile não diria que não deveriam deixar de produzir os aparelhos mais fracos, entretanto não deveriam ser o foco. A realidade no Brasil é de uma grande parcela de endividados e isso significa dizer consumo sem freios. Os smartphones representam mais do que um computador de bolso e são geralmente comprados pela User Experience. É como comprar uma jóia. A Positivo foca nos aparelhos de entrada para atingir a classe baixa e média, mas na atual situação é utópico acreditar que gente de renda baixa levam em conta a situação financeira na hora da compra destes. Essas classes compram aparelhos de ponta e se endividam bastante pra fazer isso.

No terceiro trimestre de 2018 tivemos um total de 10.08 milhões de vendas de smartphones no Brasil e dessa parcela a Positivo ficou com aproximadamente 240 mil, o que significa uma participação de 2,38% nas vendas destes, contra números que geralmente ficam em torno dos 40% da Samsung e 10% da Apple, o que demonstra claramente que a demanda está por qualidade e não pelo preço. Já se tratando dos featurephones ela ficou com 38% dos 600 mil vendidos.

Podemos ver acima que existe algo errado no público alvo que a Positivo diz conhecer bem.

Na tentativa de abocanhar uma parcela maior, a Quantum entra na briga nos intermediários, mas ainda é a Positivo e se tratando da Positivo ela tende a fazer coisas que parecem não vir de um designer especializado. É como se o dedo de alguém estivesse sempre pulverizando as ideias. É possível identificar uma tentativa constante de fazer coisas que remetem mais aos chineses, desde a tecla "Netflix" nos Notebooks até às cópias dos designs de outros aparelhos: polêmica especial Quantum V.
É como se houvessem tentativas tímidas de ser original sendo ofuscadas por um temor de apresentar isso ao mercado e ter uma recepção ruim e devido a isso somente ideias antiquadas são aprovadas. Sim, sabemos que o teste de um produto custa caro, mas é assim que as coisas funcionam e se a Positivo quer alçar voos que não são de galinhas ela precisa assumir riscos.

Eu gostaria muito de entender melhor os motivos dela agir dessa forma e até tento me convencer de que ela não está arriscando mais por ainda não está estável. Mas estou mentindo pra mim, pois é possível enxergar o perfil dela refletido nos produtos. Eles precisam ou contratar um novo time para atuar na parte criativa ou possa ser que tenha alguém realmente intimidando os projetos e passando somente o que acredita ser melhor. Na minha visão eles não entendem o mercado e o pior é que estão seguindo o rumo chinês do ctrl+c / ctrl+v. Chega a ser frustrante.

Será que nós, pessoas físicas, podemos nos juntar e fazer algo a respeito? Primeiramente entender a empresa nos mínimos detalhes e depois gerarmos uma crítica construtiva? Sei que não somos bosta alguma e não entendemos a realidade da empresa como eles, mas podemos ajudar eles a entenderem nossa visão como consumidor além de investidor.

Perto de bater nos 10.

Que oportunidade.