voyager
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Post by voyager on Sept 26, 2020 17:36:03 GMT -3.5
stoparam o Fiel, agora a glu glu vai foguetar.
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Post by Claudio66 on Sept 30, 2020 18:57:48 GMT -3.5
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uqaz
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Post by uqaz on Sept 30, 2020 19:29:45 GMT -3.5
É o repique da economia real já esperado né. Acho que o que não foi esperado, foi i. só os bancos ficarem pra trás, ii. A velocidade com que as bolsas americanas voltaram e iii. o tempo de queda. Importante lembrar que até o Buffet achou o FED muito rápido kkk
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Post by Claudio66 on Sept 30, 2020 19:56:57 GMT -3.5
É o repique da economia real já esperado né. Acho que o que não foi esperado, foi i. só os bancos ficarem pra trás, ii. A velocidade com que as bolsas americanas voltaram e iii. o tempo de queda. Importante lembrar que até o Buffet achou o FED muito rápido kkk No repique, a economia volta para o nível anterior. Repare que no caso de imóveis residenciais na cidade de São Paulo houve crescimento de 35% em relação a agosto do ano passado, antes da pandemia. Isso é um efeito da redução da taxa de juros.
Outra coisa que mostra a mudança na dinâmica econômica é que o setor que liderou a criação de empregos foi a indústria (quase 40% das vagas criadas, assim como havia sido em julho), onde os empregos estavam estagnados ou decrescentes antes da pandemia. Isso se deve ao aumento da taxa de câmbio, que tornou as mercadorias produzidas no Brasil mais competitivas.
Não é apenas repique. É uma nova dinâmica econômica proporcionada por juros mais baixos e, consequentemente, taxa de câmbio mais alta. É só o Bozo não querer repetir os erros da Dilma, focando nas reformas necessárias, e não na compra de votos, que vamos ver um espetáculo de crescimento.
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fiel
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Post by fiel on Sept 30, 2020 21:45:05 GMT -3.5
É o repique da economia real já esperado né. Acho que o que não foi esperado, foi i. só os bancos ficarem pra trás, ii. A velocidade com que as bolsas americanas voltaram e iii. o tempo de queda. Importante lembrar que até o Buffet achou o FED muito rápido kkk No repique, a economia volta para o nível anterior. Repare que no caso de imóveis residenciais na cidade de São Paulo houve crescimento de 35% em relação a agosto do ano passado, antes da pandemia. Isso é um efeito da redução da taxa de juros.
Outra coisa que mostra a mudança na dinâmica econômica é que o setor que liderou a criação de empregos foi a indústria (quase 40% das vagas criadas, assim como havia sido em julho), onde os empregos estavam estagnados ou decrescentes antes da pandemia. Isso se deve ao aumento da taxa de câmbio, que tornou as mercadorias produzidas no Brasil mais competitivas.
Não é apenas repique. É uma nova dinâmica econômica proporcionada por juros mais baixos e, consequentemente, taxa de câmbio mais alta. É só o Bozo não querer repetir os erros da Dilma, focando nas reformas necessárias, e não na compra de votos, que vamos ver um espetáculo de crescimento.
na verdade a previsão catastrófica não ocorreu..mas não vejo ainda esse mundo ideal , vamos ver.. se o Mito continuar a ficar quieto e viajando já ajuda bem, uma reforça adm e tributária pra mim já salvaria o mandato dele.. porém é complicado , o cara com o rabo preso não pode nem indicar um ministro do STF sozinho, depende dos outros ministros do STF
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Post by rogerdff on Sept 30, 2020 23:08:19 GMT -3.5
É o repique da economia real já esperado né. Acho que o que não foi esperado, foi i. só os bancos ficarem pra trás, ii. A velocidade com que as bolsas americanas voltaram e iii. o tempo de queda. Importante lembrar que até o Buffet achou o FED muito rápido kkk No repique, a economia volta para o nível anterior. Repare que no caso de imóveis residenciais na cidade de São Paulo houve crescimento de 35% em relação a agosto do ano passado, antes da pandemia. Isso é um efeito da redução da taxa de juros.
Outra coisa que mostra a mudança na dinâmica econômica é que o setor que liderou a criação de empregos foi a indústria (quase 40% das vagas criadas, assim como havia sido em julho), onde os empregos estavam estagnados ou decrescentes antes da pandemia. Isso se deve ao aumento da taxa de câmbio, que tornou as mercadorias produzidas no Brasil mais competitivas.
Não é apenas repique. É uma nova dinâmica econômica proporcionada por juros mais baixos e, consequentemente, taxa de câmbio mais alta. É só o Bozo não querer repetir os erros da Dilma, focando nas reformas necessárias, e não na compra de votos, que vamos ver um espetáculo de crescimento.
Que ações / FIIs está considerando boa oportunidade no momento? Bancos graficamente situação complicada.
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Post by Claudio66 on Oct 1, 2020 6:17:53 GMT -3.5
No repique, a economia volta para o nível anterior. Repare que no caso de imóveis residenciais na cidade de São Paulo houve crescimento de 35% em relação a agosto do ano passado, antes da pandemia. Isso é um efeito da redução da taxa de juros.
Outra coisa que mostra a mudança na dinâmica econômica é que o setor que liderou a criação de empregos foi a indústria (quase 40% das vagas criadas, assim como havia sido em julho), onde os empregos estavam estagnados ou decrescentes antes da pandemia. Isso se deve ao aumento da taxa de câmbio, que tornou as mercadorias produzidas no Brasil mais competitivas.
Não é apenas repique. É uma nova dinâmica econômica proporcionada por juros mais baixos e, consequentemente, taxa de câmbio mais alta. É só o Bozo não querer repetir os erros da Dilma, focando nas reformas necessárias, e não na compra de votos, que vamos ver um espetáculo de crescimento.
Que ações / FIIs está considerando boa oportunidade no momento? Bancos graficamente situação complicada. Acho que o setor de construção civil, particularmente voltado para imóveis residenciais no Sul, Sudeste e Centro Oeste. Eu ontem comprei EZTC3 (R$ 34,62). Também tenho GFSA3 e pretendo comprar CYRE3. É o setor mais beneficiado pela queda na taxa de juros.
Acho que o frigoríficos também estão bem (BEEF3, BRFS3, MRFG3, JBSS3), por causa da taxa de câmbio bastante favorável. Os incêndios no Pantanal e notícias de barreiras sanitárias e autossuficiência da China em carne suína derrubaram os preços das ações, recentemente. Acho que estão num bom ponto de entrada. Além da taxa de câmbio, se beneficiam do elevado endividamento. Também em função da taxa de câmbio, acho que o setor industrial tem boas oportunidades. Minha favorita é EALT4, mas que tem problema de liquidez. Gosto também, por causa da elevada participação do mercado externo na receita, de PTNT4 e FRAS3. Mas também há boas oportunidades de empresas mais voltadas para o mercado interno, pois estão menos expostas à concorrência externa, como no setor de calçados (GRND3 e VULC3) e de roupas (HGTX3 e GUAR3). Pela queda na taxa de juros, acho que BOBR4, muito endividada, é uma boa oportunidade. Mas de todas, a que prefiro, porque está correlacionada com os dois setores (construção e indústria), é a PTBL3. Vende um tipo de material de construção (revestimentos cerâmicos) que sofria grande concorrência de produtos importados. Atualmente tem 15% da receita proveniente do mercado externo, o que pode crescer até mesmo mais do que as vendas no mercado interno, que crescerão por causa da demanda por imóveis novos. Além disso é relativamente endividada (Dívida Líquida é cerca de 3x EBITDA), o que também permite um benefício diretor de juros menores. Na mesma linha estaria ETER3, mas acho que o preço já subiu muito. A empresa ainda não consolidou uma trajetória de lucros recorrentes, e tem um endividamento de 4 x EBITDA, além de grandes incertezas quanto a processos relacionados a indenizações trabalhistas pela exposição ao amianto.
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rst
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Post by rst on Oct 1, 2020 7:22:16 GMT -3.5
E bancos? Por que ninguém aqui está vendo oportunidade nos bancos? Vejo fundos de value investing tradicionais com grande participação em Itub, bbdc ou BB, mas, por razões que desconheço, as pessoas físicas estão tratando o setor como um leproso. Foi um dos poucos que não se recuperou de março para cá. O que está acontecendo?
abcb, por exemplo, está a 0,65x o VPA. P/L de menos de 5x o lucro de 2019.
Só eu estou comprando bancos nesse fórum?
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uqaz
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Post by uqaz on Oct 1, 2020 7:26:53 GMT -3.5
E bancos? Por que ninguém aqui está vendo oportunidade nos bancos? Vejo fundos de value investing tradicionais com grande participação em Itub, bbdc ou BB, mas, por razões que desconheço, as pessoas físicas estão tratando o setor como um leproso. Foi um dos poucos que não se recuperou de março para cá. O que está acontecendo? abcb, por exemplo, está a 0,65x o VPA. P/L de menos de 5x o lucro de 2019. Só eu estou comprando bancos nesse fórum? O interessante é que no exterior acontece o mesmo. Aí vc vai ver o lucro, recuou só até 2018... Eu tenho a teoria de que os bancos é q estão precificados corretamente, enquanto o resto é q está bolhado hahaha
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Post by Claudio66 on Oct 1, 2020 8:29:06 GMT -3.5
E bancos? Por que ninguém aqui está vendo oportunidade nos bancos? Vejo fundos de value investing tradicionais com grande participação em Itub, bbdc ou BB, mas, por razões que desconheço, as pessoas físicas estão tratando o setor como um leproso. Foi um dos poucos que não se recuperou de março para cá. O que está acontecendo? abcb, por exemplo, está a 0,65x o VPA. P/L de menos de 5x o lucro de 2019. Só eu estou comprando bancos nesse fórum? Um problema com os bancões é que eles serão massacrados pelas fintechs. Meu filho, por exemplo, nunca abriu e provavelmente nunca abrirá conta em bancões. Pulou da conta de poupança na Caixa, para conta no Nubank e na EasyInvest. Você pode dizer que isso vai demorar a acontecer. Eu acho que não, porque está todo mundo começando a entender que paga muita tarifa nos bancões. Vão ter que reduzir as tarifas de imediato, para tentar frear o fluxo de migração dos antigos clientes.
Mas e os bancos faturam muito com tarifa? No caso do Itau Unibanco a "Receita de Prestação de Serviços" (tarifas) foi, em 2019 (ver DFP 2019), 1,25 x o lucro antes dos tributos. No caso do Bradesco (ver DFP 2019), as tarifas foram 2 x o lucro antes dos tributos. Ou seja, sem tarifas, os bancões dão prejuízo. E esse é o futuro próximo.
Fora o aumento da inadimplência, que teremos até o final do ano.
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rst
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Post by rst on Oct 1, 2020 9:35:31 GMT -3.5
E bancos? Por que ninguém aqui está vendo oportunidade nos bancos? Vejo fundos de value investing tradicionais com grande participação em Itub, bbdc ou BB, mas, por razões que desconheço, as pessoas físicas estão tratando o setor como um leproso. Foi um dos poucos que não se recuperou de março para cá. O que está acontecendo? abcb, por exemplo, está a 0,65x o VPA. P/L de menos de 5x o lucro de 2019. Só eu estou comprando bancos nesse fórum? Um problema com os bancões é que eles serão massacrados pelas fintechs. Meu filho, por exemplo, nunca abriu e provavelmente nunca abrirá conta em bancões. Pulou da conta de poupança na Caixa, para conta no Nubank e na EasyInvest. Você pode dizer que isso vai demorar a acontecer. Eu acho que não, porque está todo mundo começando a entender que paga muita tarifa nos bancões. Vão ter que reduzir as tarifas de imediato, para tentar frear o fluxo de migração dos antigos clientes.
Mas e os bancos faturam muito com tarifa? No caso do Itau Unibanco a "Receita de Prestação de Serviços" (tarifas) foi, em 2019 (ver DFP 2019), 1,25 x o lucro antes dos tributos. No caso do Bradesco (ver DFP 2019), as tarifas foram 2 x o lucro antes dos tributos. Ou seja, sem tarifas, os bancões dão prejuízo. E esse é o futuro próximo.
Fora o aumento da inadimplência, que teremos até o final do ano.
Eu ainda não me convenci dessa história: 1) no passado, vários bancos estrangeiros gigantes tentaram concorrer no Brasil e não tiveram sucesso. A regulação favorece o oligopólio e a escala é importante. 2) quase todas as fintechs perdem muito dinheiro, inclusive as mais famosas como Nubank. Só sobrevivem porque não param de receber novos aportes de trouxas que acreditam que elas irão causar uma "disrupção" no mercado; 3)quanto mais fintechs surgem, mais difícil fica para cada uma delas ganhar espaço na mídia. O Banco C6, por exemplo, gastou uma fortuna com marketing e não decolou, pois chegou depois de vários outras, como o Nubank e Inter e era apenas mais uma tentando roubar espaço dos grandes; 4) os jovens talvez nunca abram conta em um dos bancões (não concordo e falarei disso no item seguinte), mas os na faixa dos 40 e acima dificilmente abrirão uma conta em uma fintech. Quando pergunto aos meus colegas de trabalho se algum tem conta fora dos grandes bancos, nenhum (NENHUM) tem. No máximo, uma conta em corretora. Por razões óbvias (maior tempo de acúmulo de capital a principal delas), boa parte da riqueza está concentrada nas mãos dos mais velhos; 5) a confiança dos jovens nas fintechs irá durar até o dia em que a primeira quebrar e levar o dinheiro deles. Neon quase foi o primeiro caso, mas foi resgatado pelo grupo votorantim. Ninguém gosta de pagar tarifas, mas solidez tem um preço. A molecada que usa fintech vai aprender essa lição da pior maneira possível; 6) a maioria das fintechs têm serviços bem limitados. Cada novo serviço depende de autorização demorada do banco central; 7) os bancões são fintechs com agências. Faz anos que não entro em uma agência. No máximo vou até o caixa eletrônico fazer um saque. Se um adolescente com um aplicativo consegue criar uma instituição financeira, os grandes tem recursos financeiros e humanos para fazer algo muito melhor.
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Neymar
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Post by Neymar on Oct 1, 2020 10:36:10 GMT -3.5
Um problema com os bancões é que eles serão massacrados pelas fintechs. Meu filho, por exemplo, nunca abriu e provavelmente nunca abrirá conta em bancões. Pulou da conta de poupança na Caixa, para conta no Nubank e na EasyInvest. Você pode dizer que isso vai demorar a acontecer. Eu acho que não, porque está todo mundo começando a entender que paga muita tarifa nos bancões. Vão ter que reduzir as tarifas de imediato, para tentar frear o fluxo de migração dos antigos clientes.
Mas e os bancos faturam muito com tarifa? No caso do Itau Unibanco a "Receita de Prestação de Serviços" (tarifas) foi, em 2019 (ver DFP 2019), 1,25 x o lucro antes dos tributos. No caso do Bradesco (ver DFP 2019), as tarifas foram 2 x o lucro antes dos tributos. Ou seja, sem tarifas, os bancões dão prejuízo. E esse é o futuro próximo.
Fora o aumento da inadimplência, que teremos até o final do ano.
Eu ainda não me convenci dessa história: 1) no passado, vários bancos estrangeiros gigantes tentaram concorrer no Brasil e não tiveram sucesso. A regulação favorece o oligopólio e a escala é importante. 2) quase todas as fintechs perdem muito dinheiro, inclusive as mais famosas como Nubank. Só sobrevivem porque não param de receber novos aportes de trouxas que acreditam que elas irão causar uma "disrupção" no mercado; 3)quanto mais fintechs surgem, mais difícil fica para cada uma delas ganhar espaço na mídia. O Banco C6, por exemplo, gastou uma fortuna com marketing e não decolou, pois chegou depois de vários outras, como o Nubank e Inter e era apenas mais uma tentando roubar espaço dos grandes; 4) os jovens talvez nunca abram conta em um dos bancões (não concordo e falarei disso no item seguinte), mas os na faixa dos 40 e acima dificilmente abrirão uma conta em uma fintech. Quando pergunto aos meus colegas de trabalho se algum tem conta fora dos grandes bancos, nenhum (NENHUM) tem. No máximo, uma conta em corretora. Por razões óbvias (maior tempo de acúmulo de capital a principal delas), boa parte da riqueza está concentrada nas mãos dos mais velhos; 5) a confiança dos jovens nas fintechs irá durar até o dia em que a primeira quebrar e levar o dinheiro deles. Neon quase foi o primeiro caso, mas foi resgatado pelo grupo votorantim. Ninguém gosta de pagar tarifas, mas solidez tem um preço. A molecada que usa fintech vai aprender essa lição da pior maneira possível; 6) a maioria das fintechs têm serviços bem limitados. Cada novo serviço depende de autorização demorada do banco central; 7) os bancões são fintechs com agências. Faz anos que não entro em uma agência. No máximo vou até o caixa eletrônico fazer um saque. Se um adolescente com um aplicativo consegue criar uma instituição financeira, os grandes tem recursos financeiros e humanos para fazer algo muito melhor. Imagino que o futuro vai ser um meio termo entre a vitória absoluta e a derrota absoluta das fintechs. Acho que muitas vão quebrar realmente, mas vão deixar um legado e dois pontos fundamentais desse legado que vão diretamente no coração dos grandes bancos são as pessoas não aceitarem mais tarifas absurdas e a diminuição d figura de autoridade do gerente/funcionário do banco. As pessoas mais velhas ainda tem essa coisa de ir tomar café e procurar conselhos nos bancos e viram presas fáceis para títulos de capitalização, fundos com taxas de administração pornográficas e seguros que não entendem. Se as fintechs conseguirem acabar ou pelo menos enfraquecer esses dois pilares Bradesco por exemplo é um que não se sustenta. Agora ABC eu vejo como uma excelente oportunidade.
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rst
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Post by rst on Oct 1, 2020 10:44:54 GMT -3.5
Eu ainda não me convenci dessa história: 1) no passado, vários bancos estrangeiros gigantes tentaram concorrer no Brasil e não tiveram sucesso. A regulação favorece o oligopólio e a escala é importante. 2) quase todas as fintechs perdem muito dinheiro, inclusive as mais famosas como Nubank. Só sobrevivem porque não param de receber novos aportes de trouxas que acreditam que elas irão causar uma "disrupção" no mercado; 3)quanto mais fintechs surgem, mais difícil fica para cada uma delas ganhar espaço na mídia. O Banco C6, por exemplo, gastou uma fortuna com marketing e não decolou, pois chegou depois de vários outras, como o Nubank e Inter e era apenas mais uma tentando roubar espaço dos grandes; 4) os jovens talvez nunca abram conta em um dos bancões (não concordo e falarei disso no item seguinte), mas os na faixa dos 40 e acima dificilmente abrirão uma conta em uma fintech. Quando pergunto aos meus colegas de trabalho se algum tem conta fora dos grandes bancos, nenhum (NENHUM) tem. No máximo, uma conta em corretora. Por razões óbvias (maior tempo de acúmulo de capital a principal delas), boa parte da riqueza está concentrada nas mãos dos mais velhos; 5) a confiança dos jovens nas fintechs irá durar até o dia em que a primeira quebrar e levar o dinheiro deles. Neon quase foi o primeiro caso, mas foi resgatado pelo grupo votorantim. Ninguém gosta de pagar tarifas, mas solidez tem um preço. A molecada que usa fintech vai aprender essa lição da pior maneira possível; 6) a maioria das fintechs têm serviços bem limitados. Cada novo serviço depende de autorização demorada do banco central; 7) os bancões são fintechs com agências. Faz anos que não entro em uma agência. No máximo vou até o caixa eletrônico fazer um saque. Se um adolescente com um aplicativo consegue criar uma instituição financeira, os grandes tem recursos financeiros e humanos para fazer algo muito melhor. Imagino que o futuro vai ser um meio termo entre a vitória absoluta e a derrota absoluta das fintechs. Acho que muitas vão quebrar realmente, mas vão deixar um legado e dois pontos fundamentais desse legado que vão diretamente no coração dos grandes bancos são as pessoas não aceitarem mais tarifas absurdas e a diminuição d figura de autoridade do gerente/funcionário do banco. As pessoas mais velhas ainda tem essa coisa de ir tomar café e procurar conselhos nos bancos e viram presas fáceis para títulos de capitalização, fundos com taxas de administração pornográficas e seguros que não entendem. Se as fintechs conseguirem acabar ou pelo menos enfraquecer esses dois pilares Bradesco por exemplo é um que não se sustenta. Agora ABC eu vejo como uma excelente oportunidade. Ok, essa é uma visão que me parece fazer mais sentido e concordo: fintechs não vão destruir os grandes bancos, mas vão tirar pequenos pedaços que irão reduzir sua lucratividade ao longo do tempo (algo semelhante ao que aconteceu com Cielo). Mas qual a velocidade em que isso irá acontecer? O cenário que descreveu, do cliente que não irá mais à agência tomar um café e "contratar um plano de previdência privada com o dinheiro da reserva de emergência" não irá mudar de uma hora para outra. A pessoa que faz esse tipo de burrada é justamente a analfabeta financeira e não tem a menor ideia da existência das fintechs ou de suas alegadas vantagens. Para mim, essa transição não será rápida. Será quase geracional. Enquanto isso, bancões continuarão a entregar alto ROE.
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nmx
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Post by nmx on Oct 1, 2020 11:07:21 GMT -3.5
Um problema com os bancões é que eles serão massacrados pelas fintechs. Meu filho, por exemplo, nunca abriu e provavelmente nunca abrirá conta em bancões. Pulou da conta de poupança na Caixa, para conta no Nubank e na EasyInvest. Você pode dizer que isso vai demorar a acontecer. Eu acho que não, porque está todo mundo começando a entender que paga muita tarifa nos bancões. Vão ter que reduzir as tarifas de imediato, para tentar frear o fluxo de migração dos antigos clientes.
Mas e os bancos faturam muito com tarifa? No caso do Itau Unibanco a "Receita de Prestação de Serviços" (tarifas) foi, em 2019 (ver DFP 2019), 1,25 x o lucro antes dos tributos. No caso do Bradesco (ver DFP 2019), as tarifas foram 2 x o lucro antes dos tributos. Ou seja, sem tarifas, os bancões dão prejuízo. E esse é o futuro próximo.
Fora o aumento da inadimplência, que teremos até o final do ano.
Eu ainda não me convenci dessa história: 1) no passado, vários bancos estrangeiros gigantes tentaram concorrer no Brasil e não tiveram sucesso. A regulação favorece o oligopólio e a escala é importante. 2) quase todas as fintechs perdem muito dinheiro, inclusive as mais famosas como Nubank. Só sobrevivem porque não param de receber novos aportes de trouxas que acreditam que elas irão causar uma "disrupção" no mercado; 3)quanto mais fintechs surgem, mais difícil fica para cada uma delas ganhar espaço na mídia. O Banco C6, por exemplo, gastou uma fortuna com marketing e não decolou, pois chegou depois de vários outras, como o Nubank e Inter e era apenas mais uma tentando roubar espaço dos grandes; 4) os jovens talvez nunca abram conta em um dos bancões (não concordo e falarei disso no item seguinte), mas os na faixa dos 40 e acima dificilmente abrirão uma conta em uma fintech. Quando pergunto aos meus colegas de trabalho se algum tem conta fora dos grandes bancos, nenhum (NENHUM) tem. No máximo, uma conta em corretora. Por razões óbvias (maior tempo de acúmulo de capital a principal delas), boa parte da riqueza está concentrada nas mãos dos mais velhos; 5) a confiança dos jovens nas fintechs irá durar até o dia em que a primeira quebrar e levar o dinheiro deles. Neon quase foi o primeiro caso, mas foi resgatado pelo grupo votorantim. Ninguém gosta de pagar tarifas, mas solidez tem um preço. A molecada que usa fintech vai aprender essa lição da pior maneira possível; 6) a maioria das fintechs têm serviços bem limitados. Cada novo serviço depende de autorização demorada do banco central; 7) os bancões são fintechs com agências. Faz anos que não entro em uma agência. No máximo vou até o caixa eletrônico fazer um saque. Se um adolescente com um aplicativo consegue criar uma instituição financeira, os grandes tem recursos financeiros e humanos para fazer algo muito melhor. Oi pessoal, fazia tempo que não entrava aqui. Bom ver todos! rst eu estou enterrado em papéis de bancos: ABCB4, ITSA4 e BBAS3. Só não compro mais pois não aumentar o risco da minha carteira. Sobre a história das fintechs, estou fazendo um mestrado em finanças e minha linha de pesquisa está parcialmente relacionada ao desempenho de bancos tradicionais frente ao avanço das fintechs. Dos artigos mais recentes que li para auxiliar na minha dissertação, não vi um cristão mostrar queda de lucratividade dos bancos tradicionais em função de ameaça das fintechs. Existem estudos que projetam isso, mas até hoje, 2020, correlação direta de perda de spread em função de ações de fintech, não tem. Acho que o mercado ficou assustado com o mercado de meios de pagamento, onde a Cielo tomou um pau sobrenatural dos novos entrantes. Contudo, o setor de meios de pagamento é *extremamente menos complexo* que o setor bancário. Além disso, a capacidade de reação da Cielo foi nula. Efetivamente, até hoje não conseguiram reagir. A inferência que se faz é: se os bancos tiverem a mesma capacidade de reação que a Cielo, os acionistas dos bancões estão ferrados (pra não dizer outra coisa). Contudo, a Cielo tem uma desvantagem bem grande que é a gestão compartilhada entre BB e Bradesco. Tomada de decisão numa grande empresa já é lenta. Imagina tomada de decisão estratégica, envolvendo dois sócios gigantes e concorrentes? Esse tipo de conflito, nesse nível, é bem atípico, mesmo em mega-empresas gigantes como os bancos de varejo. Em bancos médios como ABC, arrisco dizer que é mínimo. Do outro lado do front, as fintechs ainda tem muito barro para amassar. Alguém aqui é cliente de banco digital? Eu sou, da Modal, e afirmo que o serviço é muito ruim. Tenta ligar no atendimento para resolver algum problema: pior que a Vivo. Dinheiro que passa por lá é única e exclusivamente para investimento em ações, nem cogito utilizar a modal como banco do dia a dia simplesmente porque o nível do serviço é muito baixo ainda. E arrisco dizer que essa é a regra e não a exceção. E quando as fintechs tiverem que melhorar o nível de serviço, precisarão aumentar o spread, mas sem o ganho de escala dos bancos de varejo. Enfim, é um case. Eu ainda aposto nos grandes bancos, mas confesso que estou esperando que esse movimento de baixa se perpetue ainda por um bom tempo. Enquanto isso, vamos vivendo de dividendos. :-D Em tempo: sobre o mercado de meios de pagamento, com o Pix podemos ter uma nova reviravolta e esse bolo todo acabar voltando para as mãos dos bancos de varejo.
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nmx
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Post by nmx on Oct 1, 2020 11:13:20 GMT -3.5
rst, mas falando ainda de coisas do mercado que não entendo, acho completamente estranho CGRA. Os números são perfeitos. PL de 4, negociando abaixo do VPA! Ok, pandemia tem tudo para afetar o core business da empresa, mas ainda assim me parece ultra-barata (não para você que comprou por 7, mas vá lá...)
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rst
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Post by rst on Oct 1, 2020 11:18:40 GMT -3.5
Em tempo: sobre o mercado de meios de pagamento, com o Pix podemos ter uma nova reviravolta e esse bolo todo acabar voltando para as mãos dos bancos de varejo. Resposta bastante interessante. Sobre sua experiência com modal, notei também que muitos amigos que eram super entusiasmados com Nubank deixaram de usar o cartão deles. Não sei o motivo. Acho que comodidade mesmo de concentrar tudo em uma única conta (de um bancão) Poderia esclarecer essa última frase? Achava que o pix poderia ser mais um furo na barragem dos grandes bancos, mas você está afirmando justamente o contrário. Gostaria de entender essa outra visão.
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rst
Moderador
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Post by rst on Oct 1, 2020 11:31:56 GMT -3.5
rst , mas falando ainda de coisas do mercado que não entendo, acho completamente estranho CGRA. Os números são perfeitos. PL de 4, negociando abaixo do VPA! Ok, pandemia tem tudo para afetar o core business da empresa, mas ainda assim me parece ultra-barata (não para você que comprou por 7, mas vá lá...) Eu já aceitei que isso é uma característica do investimento em CGRA. Ela é pequena e tem baixa liquidez. É o suficiente para 99,9999% dos grandes fundos terem restrições para investir nela por falta de mandato. Quando o valor de mercado chegar a 1bi é possível que alguns fundos de médio porte possam entrar na empresa e a história mude um pouco. Até lá, só espero movimentos bruscos se alguma empresa de research com uma base grande de pessoas físicas, como a empiricus, der um call para a sardinhada (Com 23% da carteira em CGRA, faz anos que sonho com esse dia). A empiricus, especificamente, não o fará pois uns anos atrás fez umas perguntas cretinas ao RI da empresa e a Renata deu uma resposta do estilo "vá ler o formulário de referência que está tudo lá".
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nmx
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Post by nmx on Oct 1, 2020 11:57:43 GMT -3.5
Em tempo: sobre o mercado de meios de pagamento, com o Pix podemos ter uma nova reviravolta e esse bolo todo acabar voltando para as mãos dos bancos de varejo. Resposta bastante interessante. Sobre sua experiência com modal, notei também que muitos amigos que eram super entusiasmados com Nubank deixaram de usar o cartão deles. Não sei o motivo. Acho que comodidade mesmo de concentrar tudo em uma única conta (de um bancão) Poderia esclarecer essa última frase? Achava que o pix poderia ser mais um furo na barragem dos grandes bancos, mas você está afirmando justamente o contrário. Gostaria de entender essa outra visão. É só uma hipótese. Algumas premissas: 1. Hoje a cadeia de meios de pagamento (débito e crédito) remunera uma pancada de agentes (adquirente, subadquirente, bandeira e emissor). Esse monte de agentes, mais a inadimplência, fazem com que a taxa seja altíssima em alguns casos batendo 5%. A taxa de débito também é cara, bem menos que cartão porque não tem o risco da inadimplência, mas ainda assim tem vários agentes envolvidos na operação. 2. A lei permite hoje que exista diferenciação de preço em função da modalidade de pagamento. Mas isso não pegou: não existe alternativa segura ao cartão de crédito e débito. Loja com dinheiro na mão se arrisca a ser assaltada. Risco de fraude ou inadimplência com cheque é enorme. 3. DOC e TED não são práticos para comércio. Boleto para comércio físico é inexistente (salvo carnês e afins) e caro para micropagamento. Mesmo para e-commerce, boleto em alguns casos é um estorvo pois gera um atrito a mais no fechamento da compra e é um ponto de fuga muito comum para compras de impulso. Com Pix é possível ter uma alternativa direta entre comerciante e cliente, segura e prática, com custos menores (inadimplência inexiste e há menos agentes para remunerar). Ok, mas porque alguém compraria com Pix, à vista, ao invés de comprar à crédito fazendo desembolso somente em 30 dias? Por causa do item 2. Com uma alternativa segura para transações, e com a taxa de juro historicamente baixa, mesmo um desconto baixo para pagamento a vista é algo vantajoso. Ok, e porque isso ajuda os bancos de varejo? Em teoria as fintechs se beneficiariam da mesma forma. Acontece que o ambiente empresarial está ainda nos grandes bancos de varejo uma vez que o rol de produtos das fintechs é extremamente reduzido. Boletos da Nubank, por exemplo, são emitidos pelo Safra! Se o Pix vingar, temos um fluxo de capital grande saindo de fintechs (consumidores) para bancos de varejo (empresas) em D0. Isso tende a aumentar a necessidade de capital de fintechs, aumentar a disponibilidade de capital de grandes bancos, além de desidratar fortemente o capital na indústria de meios de pagamentos. E a cereja em cima do bolo: os bancos grandes ainda coletam tarifas dos lojistas quando repassam o dinheiro, além de poder fomentar produtos com futuro de recebíveis. Ou seja, nessa hipótese, ganha o consumidor, ganham lojistas e ganham grandes bancos. Quem paga a conta é a indústria de meio de pagamentos e as fintechs, que terão que operar Pix sem, efetivamente, cobrar nada.
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nmx
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Post by nmx on Oct 1, 2020 12:22:57 GMT -3.5
rst , mas falando ainda de coisas do mercado que não entendo, acho completamente estranho CGRA. Os números são perfeitos. PL de 4, negociando abaixo do VPA! Ok, pandemia tem tudo para afetar o core business da empresa, mas ainda assim me parece ultra-barata (não para você que comprou por 7, mas vá lá...) Eu já aceitei que isso é uma característica do investimento em CGRA. Ela é pequena e tem baixa liquidez. É o suficiente para 99,9999% dos grandes fundos terem restrições para investir nela por falta de mandato. Quando o valor de mercado chegar a 1bi é possível que alguns fundos de médio porte possam entrar na empresa e a história mude um pouco. Até lá, só espero movimentos bruscos se alguma empresa de research com uma base grande de pessoas físicas, como a empiricus, der um call para a sardinhada (Com 23% da carteira em CGRA, faz anos que sonho com esse dia). A empiricus, especificamente, não o fará pois uns anos atrás fez umas perguntas cretinas ao RI da empresa e a Renata deu uma resposta do estilo "vá ler o formulário de referência que está tudo lá". Eu acho que tenho uns 10% empatados em CGRA, mas confesso que não conheço a empresa tão a fundo quanto você. A impressão que tenho é que o controlador tem bastante respeito pelos minoritários, o que nesse mercado, seria algo valioso e bem raro. A minha impressão é correta ou no passado já fizeram alguma presepada com os minoritários?
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nmx
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Post by nmx on Oct 1, 2020 12:30:00 GMT -3.5
Estava lendo o prospecto desse IPO e me parece ser uma roubada daquelas...
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