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Post by Minkowski on Oct 28, 2015 16:36:19 GMT -3.5
uqaz, não precisa subir 11,5% a.a. o lucro! A soma do crescimento do lucro com os dividendos deve ser de 11,5% a.a. (a soma do crescimento da padaria com as novas padarias). não, já incorri no seu mesmo erro kkk. Vc não deve somar o LPA com o pingado do mesmo ano...esse pingado saiu do LPA anterior. O resto desse LPA foi usado em reivnestimento na empresa. E assim vai, alimentando crescimento. Se vc for somar tudo ao longo do tempo o resultado será a soma dos LPAs! Sem tirar nem por nada a mais. Não estou somando o LPA com o dividendo, e sim o crescimento do lucro do o DY. se uma empresa me paga 5% de DY (adquiro 5% mais ações) e cresce 5% o lucro na minha carteira subiu ~10%. Pela sua conta duas empresas que cresçam na mesma taxa e paguem dividendos diferentes teriam o mesmo P/L justo, que me parece obviamente falso. uqaz ,é importante ressaltar aí que só está certo se for o dividendo por ação, o dinheiro que vem para o acionista. Evidentemente não têm o mesmo preço justo duas empresas com o mesmo LPA e crescimento porém com diferentes payouts. A fórmula também não pegaria então alterações de payout , enfim. Com poucas alterações se constrói uma fórmula um pouco melhor. Parabéns pela análise. Será? Em tese, o ritmo de crescimento de dividendos, em regime permanente, deve ser igual ao ritmo de crescimento de lucro. Sendo assim, em teoria não importa muito o pay out: o pingado seria reinvestido na empresa mesmo, pois a graça está em se surfar na produtividade da empresa, certo? A origem dos pingados dos FIIs vem toda originada de seus lucros tbm. E o que se faz? Reinveste-se neles na falta de alternativas. Eh o mesmo que ter pay out de 0%. Sobre a fórmula, estou deixando de considera-la. Aquela parte residual da perpetuidade distorce muito a análise. Como fale, eh maldade crer que ITUB3 cresça seu lucro por apenas 5 anos...esse chute quase sempre errado leva a má interpretação da empresa. Veja, a rigor o FII (chamemos FIII11) não tem crescimento (real) do lucro. Você reinvestindo os 11% de pingados aumenta o lucro na sua carteira em 11%. Suponhamos uma empresa PING3 que também não tem crescimento do lucro e paga 11% de dividendos a.a. (não necessariamente correspondem ao ano anterior, existe a antecipação de dividendos). A diferença é nenhuma, correto? A BOMB3 no entanto não paga dividendos e o lucro (real) cresce 11%. Novamente o lucro da minha carteira cresceu 11%. Agora, se eu tiver uma tal TOPP3 que pague 8% de DY e cresça 8% a.a. meu lucro vai crescer ~16,6% (mais que em FIII11 ou PING3), enquanto se eu tivesse XOXA3 que cresce os mesmos 8% a.a. e paga 1% de DY meu lucro só cresce ~9% (menos que em FIII11 ou PING3). A grande vantagem de empresas como CTIP, CIEL e NATU foi poder ter crescido os lucros mesmo com payout elevado, por serem asset-light, não precisam de tantas máquinas, prédios, etc. (o que reflete no ROE.)
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uqaz
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Post by uqaz on Oct 28, 2015 18:35:13 GMT -3.5
Então, digamos que TOPP3 teve os seguintes lucros: Ano 1: LPA Ano 2: 1,08 LPA Ano 3: 1,08 x 1,08 LPA . . . A soma é o resultado de uma PG finita, dá www.mundoeducacao.com/matematica/soma-dos-termos-uma-pg-finita.htmVamos dizer que o pay-out seja de 70% do LPA. E vamos dizer que vc perdeu a distribuição do ano anterior. Temos então, a cada ano, o LPA do ano + o provento do LPA do ano anterior: Ano 1: (LPA - 70% x LPA) = parcela para reinvestimento no negócio, reservando uma parte para proventos do ano que vemAno 2: (1,08 LPA -70% x 1,08 LPA) + 70% LPAAno 3: (1,08 x 1,08 LPA -70% x 1,08 x 1,08 LPA) + 70% x 1,08 LPA. . . A soma dá uma PG tbm de valor igual a encontrada acima. Acho que ficou claro agora. VC está pensando no evento de pegar um preço muito barato momentos antes de o papel ficar ex. Não se esqueça que não falamos do preço em nenhum momento. Lembre-se, o dividendo não é "um a mais", ele sai do preço dos papéis que vc carrega. Assim não interessa o pay-out. Pois, se a empresa é tão boa, vc é incentivado a comprar mais.
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uqaz
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Post by uqaz on Oct 28, 2015 18:38:59 GMT -3.5
Pra não deixar passar em branco, seguem considerações sobre a WEGE3:
É uma puta empresa, mas a inflação de nosso país corrói a criação de valor. Segue o crescimento de lucro MÉDIO REAL da empresa, considerando que a variação de 9M15 x 9M14 seja a mesma de 2015 x 2014:
2015 em relação a:
2014 +2,02%aa médios 2013 +3,08%aa médios 2012 +8,43%aa médios 2011 +6,69%aa médios 2010 +6,73%aa médios 2009 +2,89%aa médios 2008 +1,50%aa médios 2007 +0,11%aa médios 2006 +0,76%aa médios 2005 +3,30%aa médios 2004 +1,81%aa médios 2003 +2,96%aa médios 2002 +4,68%aa médios 2001 +4,36%aa médios
Eu acho pouco. De 2001 a 2015 o lucro sobe "apenas" +4,36%aa. Já de 2012 a 2015, +8,43%aa. Temos NTN-Bs pagando 7,2%aa, pra que me arriscar sendo investidor desta empresa?
Os cenários de crescimento de lucro são até regulares, mas muito fracos:
Cenário Medíocre: +0,84%aa Cenário Mediano: +3,43%aa Cenário Otimista: +7,39%aa
Ainda, em 31/12/2006 o papel valia, já ajustado, 4,00/WEGE3. Hoje está em 15,61. Vamos dizer que hoje é 31/12/2015...o papel multiplicou por 3,90x. Já o lucro da empresa multiplicou por 2,08x.
O preço subiu em termos reais 8,06%aa neste período. O lucro, apenas 0,76%aa. Percebem a discrepância? Pois bem, ainda assim 8,06%aa de variação e lucro não me emociona...
WEGE3, que está implorando para encontrar o lucro. Vcs lembram né, preço segue lucro, na alegria e na tristeza!
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Post by jigsaw on Oct 28, 2015 19:25:42 GMT -3.5
Sensacional sua análise Uqaz! Mostrou uma lucidez e objetividade ímpar! E captou bem a essência da AF. O mercado é irracional no CP, e tende a reagir de forma exacerbada as notícias e cenários, tanto p/ cima quanto p/ baixo. E é exatamente aí que a AF entra, p/ tirar este ruído do CP, e nos mostrar onde o mercado está exagerando no preço, e fazer a compra/venda do ativo. Ou seja, AF nada mais é do que a arte de não prestar atenção ao ruído. E te faria uma pergunta. No LP, a partir de 15 anos, a bolsa não seria o investimento mais rentável? Logo, pensando em um investimento de LP, pq não comprar logo ações? Não temos muito estudos sobre isso aqui no Brasil, até pq nosso mercado ainda é muito incipiente. Mas temos diversos estudos deste no mercado americano. O Siegel, no livro investindo em ações no LP, mostra no seu estudo que em períodos acima de 15 anos o risco de se investir em ações é inferior ao da RF, descontando a inflação. Está certo que a dinâmica lá é outra, a economia já é madura, tem baixa taxa de juros e inflação. Mas será que mesmo com estas diferenças, a dinâmica não poderia se aplicar aqui tb? Vou trazer p/ aqui aquele post que fiz na CAFI sobre baixa volatilidade, acho que se encaixa bem neste perfil: "Agora eu já estou fazendo isso tem algum tempo, uns 2 anos. E os meus maiores lucros neste período, foram nestas empresas. O que me levou a isso foi quando comecei a me deparar com estudos mostrando bons retornos no LP com empresas de baixa volatilidade. Comecei a acompanhar esta lista, e realmente tem muita empresa "a prova de crise" ali. E a maioria delas está dando uma banana p/ o P/L. P/ exemplificar, acabei de atualizar a lista, só excluindo empresas com vol médio financeiro abaixo de 500k diário. Seguem as empresas hoje com baixa volatilidade: Outras que ficaram por muito pouco fora da lista, mas que tb tem baixa volatilidade, na casa dos 30 aos 33: GRND3, ETER3, PSSA3, PCAR4, ITSA4 e ABCB4. E se vc aliar empresas de baixa volatilidade + bom DY, a lista fica melhor ainda!" Vai bombar sim, mas não por características específicas de cada empresa. Vai bombar pq há 5 anos o mercado variável do Brasil escorrega no quiabo. Segue o MSCI Brazil, que resume o que estou querendo dizer. finance.yahoo.com/echarts?s=EWZ+Interactive#{%22range%22:%22max%22,%22allowChartStacking%22:true} O Real está muitíssimo desvalorizado (por motivos internos e externos). O dólar está em bolha... praticamente tudo o que comprarmos em renda variável, hoje, vai vingar, de fiis a ações. Eu só acho que os fiis estão numa posição melhor dada a inflação insistente que se seguirá nestes próximos 2 anos. Recentemente observei a WEGE, por exemplo, puta empresa, mas com um crescimento real em linha com o dos títulos NTN-Bs. O risco de se ficar esperando a economia melhorar não está valendo neste caso específico. E tem mais, nos últimos anos andei observando que a correlação de ações e fiis é meio fraca...quer dizer, os fiis podem subir quando as ações caem, permitindo uma migração de cestas. Costuma haver uma janela boa de semanas. Aconteceu este ano. Aconteceu em 2014 nas eleições. Em 2012 tbm. Sobre o mercado gringo, eu acho que as janelas de compra de ações aqui são mais curtas normalmente, aqui a renda fixa entrega um yield muito alto. Difícil pras poucas empresas boas de bolsa vencer esse troço. Mas novamente, este é o cenário normal...não estamos nele, estamos num exagero de correção do mercado acionário que só cai, cai, cai... É como escrevi aí em cima. Se vc compra algo bom, vais se dar bem (beeeeeem em relação aos títulos públicos)... agora se esperar pelas quedinhas do ibov, vias comprar na crista da onda. Eu não tive coragem de comprar este ano...mas nas próximas dores de barriga vou tentar trocar fiis por ações. Sobre a volatilidade que vc aponta, ela é consequência da máquina de lucros que é uma empresa. Onde não tem surpresa negativa, não tem volatilidade, faz sentido. uqaz, parabéns pelo estudo, é de fundamental importância termos Foristas com esse nível de conhecimento em nossa comunidade, ainda mais sendo um entusiasta dos FIIs, pelo menos foi o que pude entender. Interessante essas comparações que você fez entre ações, TD e FIIs, para tentar definir qual seria o mais atrativo e, consequentemente, o que traria o melhor retorno do capital aplicado no menor tempo possível, mas será que não poderíamos trabalhar com a diversificação? Por exemplo, apesar da Petr4 estar num momento difícil agora, ela partiu de 1,00 real em 1.999 para algo próximo a 40,00 reais em 2008, antes da crise no mercado acionário, mas mesmo assim hoje está em 7,70 reais, significa uma valorização de 670%, nem estou contando a valorização que teve em 2008, porque acho difícil alguem pensar em se desfazer do papel naquele patamar de valorização (acredito que a maioria pensou que o papel ainda tinha muito gás pra queimar), o mesmo se aplica para a Vale3, que partiu de 1,00 real em 1.999 para 48,00 reais em 2008 e agora esta em 16,57 reais, ou seja, 1.557% de valorização, perceba que eu peguei empresas que viveram momentos de euforia e de tristeza. Em relação aos FIIs, acredito que a grande vantagem, alem dos proventos, seja uma menor oscilação e talvez em função disso possa despertar maior segurança em boa parte dos investidores, apesar que a grande maioria ainda não consegue enxergar esse veículo como uma participação em um imóvel (vide case do PRSV11, bastou um inquilino sair para uma quantidade absurda de quotistas entregarem suas quotas com 50% de desconto), não consigo enxergar alguém dono de um imóvel ficar todos os dias consultando o mercado imobiliário para saber quanto está valendo o seu imóvel naquele instante. Então vejo nos FIIs um veículo mais previsível em termos de rentabilidade ou valorização de patrimônio do que ações, mas é bom ter ciência de que apesar de muitos FIIs terem uma valorização interessante ao longo dos anos (FAMB11B, FTCE11B, DOVL11B, ALMI11B, BBFI11B, CXCE11B, NCHB11B, HGBS11, SHPH11, FPBA11, etc), outros tiveram grandes desvalorizações (PABY11, XTED11, RBGS11, CEOC11B, BBVJ11, THRA11B, TBOF11, VLOL11, WPLZ11B, RBBV11, JRDM11B, etc), o que de certa forma desaminou e afastou potenciais investidores deste nicho do mercado. Então a convicção que eu tenho continua sendo a mesma, o investidor tem que estudar muito todo e qualquer tipo de investimento, e investir apenas quando tiver tirado todas as dúvidas, pois assim sentirá maior segurança no investimento, e não se deixar abalar por eventuais oscilações que certamente o mercado atravessará. Em relação aos Títulos do TD, nem entro no mérito da questão, só investiria como alternativa da poupança ou de Fundos de previdência, pois na realidade você vai receber apenas a valorização do seu capital através de um Tx. pre-estabelecida com o agravante de ter que pagar IRPF no vencimento, isso se o investidor tiver essa perseverança de carregar um título até 2.035, o que para mim é algo impensável.
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Post by Minkowski on Oct 28, 2015 19:32:44 GMT -3.5
Então, digamos que TOPP3 teve os seguintes lucros: Ano 1: LPA Ano 2: 1,08 LPA Ano 3: 1,08 x 1,08 LPA . . . A soma é o resultado de uma PG finita, dá www.mundoeducacao.com/matematica/soma-dos-termos-uma-pg-finita.htmVamos dizer que o pay-out seja de 70% do LPA. E vamos dizer que vc perdeu a distribuição do ano anterior. Temos então, a cada ano, o LPA do ano + o provento do LPA do ano anterior: Ano 1: (LPA - 70% x LPA) = parcela para reinvestimento no negócio, reservando uma parte para proventos do ano que vemAno 2: (1,08 LPA -70% x 1,08 LPA) + 70% LPAAno 3: (1,08 x 1,08 LPA -70% x 1,08 x 1,08 LPA) + 70% x 1,08 LPA. . . A soma dá uma PG tbm de valor igual a encontrada acima. Acho que ficou claro agora. VC está pensando no evento de pegar um preço muito barato momentos antes de o papel ficar ex. Não se esqueça que não falamos do preço em nenhum momento. Lembre-se, o dividendo não é "um a mais", ele sai do preço dos papéis que vc carrega. Assim não interessa o pay-out. Pois, se a empresa é tão boa, vc é incentivado a comprar mais. Uqaz, desculpe, mas não entendi a conta (não a matemática, e sim as premissas). Aliás tem que por um desconto ali senão as séries não convergem. Veja, é evidente que o dividendo sai do preço e do caixa. A questão é que se duas empresas tem o mesmo crescimento com payouts distintos é porque a que tem payout maior (e reinveste menos) tem mais lucro por real reinvestido. Ela reinveste melhor.Seja pelo tipo de negócio, seja pela administração. Vou tentar deixar mais claras minha premissa para você poder apedrejar com mais eficiência . O valor da empresa corresponde aos dividendo descontados. Eu só compro porque espero receber no futuro. Pode ser inclusive daqui a 100 anos (neste caso venderei antes com esperado ganho de capital, já que o fator de desconto será menor, dado o menor tempo até os proventos esperados). Consideremos uma empresa com lucro por ação L, payout p, crescimento do lucro c e a taxa de desconto r: O dividendo descontado no i-ésimo ano será: O valor V da ação será, então:
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uqaz
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Post by uqaz on Oct 28, 2015 20:32:50 GMT -3.5
Vc tem razão ao afirmar que a empresa de maior pay out é mais eficiente. Pois, para gerar 1 LPA, ela precisa de apenas uma fração deste. Numa empresa de crescimento, vc precisa usar todo o LPA.
Mas acho que vc deixa passar o seguinte. Quando a empresa tem um alto pay out, não é que ela não queira gerar um LPA maior...ela não consegue! Já atingiu o ganho máximo de eficiência. Uma empresa de crescimento ainda está perseguindo isso...e desejo que use a maior parte do lucro para construção de lucros maiores ainda, pois não acho alternativas ao seu imenso crescimento.
Assim como a morte é o destino de todos nós, lá no futuro, se a empresa tiver sucesso, o LPA será igual aos dividendos distribuídos no ano. Então, pense que a parte do LPA que vc não recebeu naquele ano, será recebida lá no futuro.
Vc não pode precificar uma empresa apenas com base em dividendos a receber ...pq vc não saberá a partir de qual momento os dividendos serão 100% LPA.
No exemplo que citei, o somatório de LPA em qq condição de pay out dará o mesmo resultado. É como se fosse feita a superposição do somatório de LPAs retirados os proventos com o modelo de Gordon...no fim é o mesmo que somar os LPAs inteiros.
Acho que a questão é filosófica. No seu exemplo, vc cita uma empresa que cresce seu planem 8%aa, e paga um DY de 8%aa...sei que foi um exemplo, mas parece se um caso irreal.
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uqaz
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Post by uqaz on Oct 28, 2015 20:42:25 GMT -3.5
Vai bombar sim, mas não por características específicas de cada empresa. Vai bombar pq há 5 anos o mercado variável do Brasil escorrega no quiabo. Segue o MSCI Brazil, que resume o que estou querendo dizer. finance.yahoo.com/echarts?s=EWZ+Interactive#{%22range%22:%22max%22,%22allowChartStacking%22:true} O Real está muitíssimo desvalorizado (por motivos internos e externos). O dólar está em bolha... praticamente tudo o que comprarmos em renda variável, hoje, vai vingar, de fiis a ações. Eu só acho que os fiis estão numa posição melhor dada a inflação insistente que se seguirá nestes próximos 2 anos. Recentemente observei a WEGE, por exemplo, puta empresa, mas com um crescimento real em linha com o dos títulos NTN-Bs. O risco de se ficar esperando a economia melhorar não está valendo neste caso específico. E tem mais, nos últimos anos andei observando que a correlação de ações e fiis é meio fraca...quer dizer, os fiis podem subir quando as ações caem, permitindo uma migração de cestas. Costuma haver uma janela boa de semanas. Aconteceu este ano. Aconteceu em 2014 nas eleições. Em 2012 tbm. Sobre o mercado gringo, eu acho que as janelas de compra de ações aqui são mais curtas normalmente, aqui a renda fixa entrega um yield muito alto. Difícil pras poucas empresas boas de bolsa vencer esse troço. Mas novamente, este é o cenário normal...não estamos nele, estamos num exagero de correção do mercado acionário que só cai, cai, cai... É como escrevi aí em cima. Se vc compra algo bom, vais se dar bem (beeeeeem em relação aos títulos públicos)... agora se esperar pelas quedinhas do ibov, vias comprar na crista da onda. Eu não tive coragem de comprar este ano...mas nas próximas dores de barriga vou tentar trocar fiis por ações. Sobre a volatilidade que vc aponta, ela é consequência da máquina de lucros que é uma empresa. Onde não tem surpresa negativa, não tem volatilidade, faz sentido. uqaz, parabéns pelo estudo, é de fundamental importância termos Foristas com esse nível de conhecimento em nossa comunidade, ainda mais sendo um entusiasta dos FIIs, pelo menos foi o que pude entender. Interessante essas comparações que você fez entre ações, TD e FIIs, para tentar definir qual seria o mais atrativo e, consequentemente, o que traria o melhor retorno do capital aplicado no menor tempo possível, mas será que não poderíamos trabalhar com a diversificação? Por exemplo, apesar da Petr4 estar num momento difícil agora, ela partiu de 1,00 real em 1.999 para algo próximo a 40,00 reais em 2008, antes da crise no mercado acionário, mas mesmo assim hoje está em 7,70 reais, significa uma valorização de 670%, nem estou contando a valorização que teve em 2008, porque acho difícil alguem pensar em se desfazer do papel naquele patamar de valorização (acredito que a maioria pensou que o papel ainda tinha muito gás pra queimar), o mesmo se aplica para a Vale3, que partiu de 1,00 real em 1.999 para 48,00 reais em 2008 e agora esta em 16,57 reais, ou seja, 1.557% de valorização, perceba que eu peguei empresas que viveram momentos de euforia e de tristeza. Em relação aos FIIs, acredito que a grande vantagem, alem dos proventos, seja uma menor oscilação e talvez em função disso possa despertar maior segurança em boa parte dos investidores, apesar que a grande maioria ainda não consegue enxergar esse veículo como uma participação em um imóvel (vide case do PRSV11, bastou um inquilino sair para uma quantidade absurda de quotistas entregarem suas quotas com 50% de desconto), não consigo enxergar alguém dono de um imóvel ficar todos os dias consultando o mercado imobiliário para saber quanto está valendo o seu imóvel naquele instante. Então vejo nos FIIs um veículo mais previsível em termos de rentabilidade ou valorização de patrimônio do que ações, mas é bom ter ciência de que apesar de muitos FIIs terem uma valorização interessante ao longo dos anos (FAMB11B, FTCE11B, DOVL11B, ALMI11B, BBFI11B, CXCE11B, NCHB11B, HGBS11, SHPH11, FPBA11, etc), outros tiveram grandes desvalorizações (PABY11, XTED11, RBGS11, CEOC11B, BBVJ11, THRA11B, TBOF11, VLOL11, WPLZ11B, RBBV11, JRDM11B, etc), o que de certa forma desaminou e afastou potenciais investidores deste nicho do mercado. Então a convicção que eu tenho continua sendo a mesma, o investidor tem que estudar muito todo e qualquer tipo de investimento, e investir apenas quando tiver tirado todas as dúvidas, pois assim sentirá maior segurança no investimento, e não se deixar abalar por eventuais oscilações que certamente o mercado atravessará. Em relação aos Títulos do TD, nem entro no mérito da questão, só investiria como alternativa da poupança ou de Fundos de previdência, pois na realidade você vai receber apenas a valorização do seu capital através de um Tx. pre-estabelecida com o agravante de ter que pagar IRPF no vencimento, isso se o investidor tiver essa perseverança de carregar um título até 2.035, o que para mim é algo impensável. Ah, mas é claro que vc pode diversificar. Vc diminui a parcela de risco sistemico da carteira total, n tenha dúvidas. Por exemplo, digamos que os FIIs sejam taxado.... Boom, uma carteira de 100% apanhou feio. Já uma carteira 50/50 de acoes e FIIs se protegeria melhor desta pancada. Sobre as empresas que vc citou, vale e petro...o que dizer...?! (Pra diversificar vc poderia ter escolhido melhorzinhas hein kkkk) Pode-se dizer que são empresas cíclicas, certo? Minha mente linear não consegue saber se uma multiplicação por 8x do preço de petr4 em 15 anos foi bom negócio. Ainda mais considerando a inflação. Lembro que fiz umas contas há uns anos calculando o rendimento de 2003 (pessoal que embarcou com FGTS) para 2011...estava em linha com a poupança. Vc faria o favor de constatar se o crescimento do lucro líquido destas companhias justifica o crescimento de suas cotações?
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Post by Minkowski on Oct 28, 2015 20:42:58 GMT -3.5
Vc tem razão ao afirmar que a empresa de maior pay out é mais eficiente. Pois, para gerar 1 LPA, ela precisa de apenas uma fração deste. Numa empresa de crescimento, vc precisa usar todo o LPA. Mas acho que vc deixa passar o seguinte. Quando a empresa tem um alto pay out, não é que ela não queira gerar um LPA maior...ela não consegue! Já atingiu o ganho máximo de eficiência. Uma empresa de crescimento ainda está perseguindo isso...e desejo que use a maior parte do lucro para construção de lucros maiores ainda, pois não acho alternativas ao seu imenso crescimento. Assim como a morte é o destino de todos nós, lá no futuro, se a empresa tiver sucesso, o LPA será igual aos dividendos distribuídos no ano. Então, pense que a parte do LPA que vc não recebeu naquele ano, será recebida lá no futuro. Vc não pode precificar uma empresa apenas com base em dividendos a receber ...pq vc não saberá a partir de qual momento os dividendos serão 100% LPA. No exemplo que citei, o somatório de LPA em qq condição de pay out dará o mesmo resultado. É como se fosse feita a superposição do somatório de LPAs retirados os proventos com o modelo de Gordon...no fim é o mesmo que somar os LPAs inteiros. Acho que a questão é filosófica. No seu exemplo, vc cita uma empresa que cresce seu planem 8%aa, e paga um DY de 8%aa...sei que foi um exemplo, mas parece se um caso irreal. Sim, é só um exemplo pra mostrar que os dividendos importam. Quado você diz "Quando a empresa tem um alto pay out, não é que ela não queira gerar um LPA maior...ela não consegue", isso não pé verdade! Vejas CTIP ou CIEL por exemplo, que cresceram com alto payout. Não precisa classificar entre dividendo ou crescimento, se ambas crescem igual com payouts diferentes isso vai se refletir no P/L, o P/L justo dela é maior. Vc não pode precificar uma empresa apenas com base em dividendos a receber ...pq vc não saberá a partir de qual momento os dividendos serão 100% LPA.
Na verdade se eu soubesse todos os dividendos até o fim dos tempos eu poderia precificar com exatidão! No exemplo que você cita os LPAs somados são iguais, mas evidentemente o retorno para o acionista não é igual. nPor isso o P/L justo não pode ser o mesmo. Veja, depois de N anos, quem investiu na de maior payout recebeu mais dividendos e tem uma empresa que lucra o mesmo que a com menor payout. É evidente que isso tinha que estar refletido no preço N anos antes.
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uqaz
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Post by uqaz on Oct 28, 2015 20:53:07 GMT -3.5
Só agora percebi a sutileza do seu comentário, vc alega que as condições de discrepância em mercados altistas podem gerar excelentes rentabilidades, maiores q qq outro produto de renda variável destes q estamos discutindo. Eu concordo com isso, porém estes 5 anos de amargura me fizeram amadurecer como acumulador de patrimônio. Será que no oba oba eu sairia correndo no início da subida, por entender corretamente q o preço estivesse caro? Deve ser uma agonia segurar algo que se sabe estar caro só pra ver até onde iria a loucura neh. Bom, não conheci o ciclo 2002-2008, tampouco acho quebrar volta tão cedo para sabermos sobre como agir.
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Post by Minkowski on Oct 28, 2015 20:58:17 GMT -3.5
Só agora percebi a sutileza do seu comentário, vc alega que as condições de discrepância em mercados altistas podem gerar excelentes rentabilidades, maiores q qq outro produto de renda variável destes q estamos discutindo. Eu concordo com isso, porém estes 5 anos de amargura me fizeram amadurecer como acumulador de patrimônio. Será que no oba oba eu sairia correndo no início da subida, por entender corretamente q o preço estivesse caro? Deve ser uma agonia segurar algo que se sabe estar caro só pra ver até onde iria a loucura neh. Bom, não conheci o ciclo 2002-2008, tampouco acho quebrar volta tão cedo para sabermos sobre como agir. É pra mim esse comentário? Se for não é bem isso. Não peguei o ciclo 2002-2008, comecei em 2011. Acho que quando eu entender que está caro só vou parar de comprar, esṕpero estar aposentado até lá.
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Post by cadu28 on Oct 28, 2015 21:02:21 GMT -3.5
Vc tem razão ao afirmar que a empresa de maior pay out é mais eficiente. Pois, para gerar 1 LPA, ela precisa de apenas uma fração deste. Numa empresa de crescimento, vc precisa usar todo o LPA. Mas acho que vc deixa passar o seguinte. Quando a empresa tem um alto pay out, não é que ela não queira gerar um LPA maior...ela não consegue! Já atingiu o ganho máximo de eficiência. Uma empresa de crescimento ainda está perseguindo isso...e desejo que use a maior parte do lucro para construção de lucros maiores ainda, pois não acho alternativas ao seu imenso crescimento. Assim como a morte é o destino de todos nós, lá no futuro, se a empresa tiver sucesso, o LPA será igual aos dividendos distribuídos no ano. Então, pense que a parte do LPA que vc não recebeu naquele ano, será recebida lá no futuro. Vc não pode precificar uma empresa apenas com base em dividendos a receber ...pq vc não saberá a partir de qual momento os dividendos serão 100% LPA. No exemplo que citei, o somatório de LPA em qq condição de pay out dará o mesmo resultado. É como se fosse feita a superposição do somatório de LPAs retirados os proventos com o modelo de Gordon...no fim é o mesmo que somar os LPAs inteiros. Acho que a questão é filosófica. No seu exemplo, vc cita uma empresa que cresce seu planem 8%aa, e paga um DY de 8%aa...sei que foi um exemplo, mas parece se um caso irreal.Não acho tão difícil achar empresas assim Uqaz. Um exemplo que me veio de bate pronto na cabeça foi LEVE3: Média de cresc últimos 5 anos de 17%, e DY médio de 8%. Outra que fui checar na minha planilha se tinha isso, VIVT4: Média de cresc últimos 7 anos de 15%, e DY médio de 7%. E mais uma, TAEE11: Média de cresc últimos 6 anos de 29%, e DY médio de 11%.
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uqaz
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Post by uqaz on Oct 28, 2015 21:06:02 GMT -3.5
Vc tem razão ao afirmar que a empresa de maior pay out é mais eficiente. Pois, para gerar 1 LPA, ela precisa de apenas uma fração deste. Numa empresa de crescimento, vc precisa usar todo o LPA. Mas acho que vc deixa passar o seguinte. Quando a empresa tem um alto pay out, não é que ela não queira gerar um LPA maior...ela não consegue! Já atingiu o ganho máximo de eficiência. Uma empresa de crescimento ainda está perseguindo isso...e desejo que use a maior parte do lucro para construção de lucros maiores ainda, pois não acho alternativas ao seu imenso crescimento. Assim como a morte é o destino de todos nós, lá no futuro, se a empresa tiver sucesso, o LPA será igual aos dividendos distribuídos no ano. Então, pense que a parte do LPA que vc não recebeu naquele ano, será recebida lá no futuro. Vc não pode precificar uma empresa apenas com base em dividendos a receber ...pq vc não saberá a partir de qual momento os dividendos serão 100% LPA. No exemplo que citei, o somatório de LPA em qq condição de pay out dará o mesmo resultado. É como se fosse feita a superposição do somatório de LPAs retirados os proventos com o modelo de Gordon...no fim é o mesmo que somar os LPAs inteiros. Acho que a questão é filosófica. No seu exemplo, vc cita uma empresa que cresce seu planem 8%aa, e paga um DY de 8%aa...sei que foi um exemplo, mas parece se um caso irreal. Sim, é só um exemplo pra mostrar que os dividendos importam. Quado você diz "Quando a empresa tem um alto pay out, não é que ela não queira gerar um LPA maior...ela não consegue", isso não pé verdade! Vejas CTIP ou CIEL por exemplo, que cresceram com alto payout. Não precisa classificar entre dividendo ou crescimento, se ambas crescem igual com payouts diferentes isso vai se refletir no P/L, o P/L justo dela é maior. Vc não pode precificar uma empresa apenas com base em dividendos a receber ...pq vc não saberá a partir de qual momento os dividendos serão 100% LPA.
Na verdade se eu soubesse todos os dividendos até o fim dos tempos eu poderia precificar com exatidão! No exemplo que você cita os LPAs somados são iguais, mas evidentemente o retorno para o acionista não é igual. nPor isso o P/L justo não pode ser o mesmo. Veja, depois de N anos, quem investiu na de maior payout recebeu mais dividendos e tem uma empresa que lucra o mesmo que a com menor payout. É evidente que isso tinha que estar refletido no preço N anos antes. Justamente, CTIP e CIEL cresceram com pay out alto pq não tiveram a escolha de reduzir pay out, sob pena de reduzir o crescimento de seus lucros. O ponto ótimo de eficiência delas, foi esse. Vc dirá que, caso o pay out fosse menor, o crescimento de lucros seria maior? Não, isso as faria ganhar mais receita, porém derrubando margens. Havendo duas empresas com mesmo crescimento de lucros, vc acha que a que distribui mais entrega uma rentabilidade maior...isso não faz sentido. Porque o dividendo sai do preço. Tão logo ele vai na conta do acionista, o preço volta a subir, voltando a estaca zero kkkk. Numa empresa de pau out zero, nada disso acontece e o preço segue mesmo padrão. Não vejo vantagem alguma na distribuição de dividendos nesse caso. Se o preço segue o lucro, e a eficiência de a empresa de pay out alto é interessante, o preço ex tende a voltar ao preço com mais um incremento, pois a alta eficiência da empresa atrai isso!
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uqaz
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Post by uqaz on Oct 28, 2015 21:30:23 GMT -3.5
Só agora percebi a sutileza do seu comentário, vc alega que as condições de discrepância em mercados altistas podem gerar excelentes rentabilidades, maiores q qq outro produto de renda variável destes q estamos discutindo. Eu concordo com isso, porém estes 5 anos de amargura me fizeram amadurecer como acumulador de patrimônio. Será que no oba oba eu sairia correndo no início da subida, por entender corretamente q o preço estivesse caro? Deve ser uma agonia segurar algo que se sabe estar caro só pra ver até onde iria a loucura neh. Bom, não conheci o ciclo 2002-2008, tampouco acho quebrar volta tão cedo para sabermos sobre como agir. É pra mim esse comentário? Se for não é bem isso. Não peguei o ciclo 2002-2008, comecei em 2011. Acho que quando eu entender que está caro só vou parar de comprar, esṕpero estar aposentado até lá. não foi mas serviu kkkk, penso o mesmo.
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uqaz
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Post by uqaz on Oct 28, 2015 21:35:25 GMT -3.5
Vc tem razão ao afirmar que a empresa de maior pay out é mais eficiente. Pois, para gerar 1 LPA, ela precisa de apenas uma fração deste. Numa empresa de crescimento, vc precisa usar todo o LPA. Mas acho que vc deixa passar o seguinte. Quando a empresa tem um alto pay out, não é que ela não queira gerar um LPA maior...ela não consegue! Já atingiu o ganho máximo de eficiência. Uma empresa de crescimento ainda está perseguindo isso...e desejo que use a maior parte do lucro para construção de lucros maiores ainda, pois não acho alternativas ao seu imenso crescimento. Assim como a morte é o destino de todos nós, lá no futuro, se a empresa tiver sucesso, o LPA será igual aos dividendos distribuídos no ano. Então, pense que a parte do LPA que vc não recebeu naquele ano, será recebida lá no futuro. Vc não pode precificar uma empresa apenas com base em dividendos a receber ...pq vc não saberá a partir de qual momento os dividendos serão 100% LPA. No exemplo que citei, o somatório de LPA em qq condição de pay out dará o mesmo resultado. É como se fosse feita a superposição do somatório de LPAs retirados os proventos com o modelo de Gordon...no fim é o mesmo que somar os LPAs inteiros. Acho que a questão é filosófica. No seu exemplo, vc cita uma empresa que cresce seu planem 8%aa, e paga um DY de 8%aa...sei que foi um exemplo, mas parece se um caso irreal.Não acho tão difícil achar empresas assim Uqaz. Um exemplo que me veio de bate pronto na cabeça foi LEVE3: Média de cresc últimos 5 anos de 17%, e DY médio de 8%. Outra que fui checar na minha planilha se tinha isso, VIVT4: Média de cresc últimos 7 anos de 15%, e DY médio de 7%. E mais uma, TAEE11: Média de cresc últimos 6 anos de 29%, e DY médio de 11%. Real né Cadu...amanhã vejo os desempenhos dessas bichas. Em TAEE tem rolo tá, depois explico.
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Post by cadu28 on Oct 28, 2015 21:50:38 GMT -3.5
Não acho tão difícil achar empresas assim Uqaz. Um exemplo que me veio de bate pronto na cabeça foi LEVE3: Média de cresc últimos 5 anos de 17%, e DY médio de 8%. Outra que fui checar na minha planilha se tinha isso, VIVT4: Média de cresc últimos 7 anos de 15%, e DY médio de 7%. E mais uma, TAEE11: Média de cresc últimos 6 anos de 29%, e DY médio de 11%. Real né Cadu...amanhã vejo os desempenhos dessas bichas. Em TAEE tem rolo tá, depois explico. Eu sei, desconte a inflação que o crescimento médio real vai dar próximo de 8%, no caso de TAEE bem mais que isso. Estou ciente do "rolo" de TAEE, mas voltando ao seu primeiro post do tópico: "Aqui será ignorada completamente a subjetividade de escolhas de investimento. Coisas como vantagens competitivas ou penetração de mercado, o porquê de manutenção de margens etc. Da mesma forma características de mercado como volume, tendências e gráficos de cotações etc. Necessariamente, todas essas considerações podem até ser importantes para vc, mas acabam se traduzindo na evolução de lucros passados de uma empresa. Por isso, esta será a base do estudo: o valor que a empresa gerou para seus acionistas. A manutenção desta condição pode ser monitorada observando-se algumas métricas de análise fundamentalista (Análise Dupont, é a minha preferida)"
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Post by Minkowski on Oct 28, 2015 21:51:03 GMT -3.5
Sim, é só um exemplo pra mostrar que os dividendos importam. Quado você diz "Quando a empresa tem um alto pay out, não é que ela não queira gerar um LPA maior...ela não consegue", isso não pé verdade! Vejas CTIP ou CIEL por exemplo, que cresceram com alto payout. Não precisa classificar entre dividendo ou crescimento, se ambas crescem igual com payouts diferentes isso vai se refletir no P/L, o P/L justo dela é maior. Vc não pode precificar uma empresa apenas com base em dividendos a receber ...pq vc não saberá a partir de qual momento os dividendos serão 100% LPA.
Na verdade se eu soubesse todos os dividendos até o fim dos tempos eu poderia precificar com exatidão! No exemplo que você cita os LPAs somados são iguais, mas evidentemente o retorno para o acionista não é igual. nPor isso o P/L justo não pode ser o mesmo. Veja, depois de N anos, quem investiu na de maior payout recebeu mais dividendos e tem uma empresa que lucra o mesmo que a com menor payout. É evidente que isso tinha que estar refletido no preço N anos antes. Justamente, CTIP e CIEL cresceram com pay out alto pq não tiveram a escolha de reduzir pay out, sob pena de reduzir o crescimento de seus lucros. O ponto ótimo de eficiência delas, foi esse. Vc dirá que, caso o pay out fosse menor, o crescimento de lucros seria maior? Não, isso as faria ganhar mais receita, porém derrubando margens. Havendo duas empresas com mesmo crescimento de lucros, vc acha que a que distribui mais entrega uma rentabilidade maior...isso não faz sentido. Porque o dividendo sai do preço. Tão logo ele vai na conta do acionista, o preço volta a subir, voltando a estaca zero kkkk. Numa empresa de pau out zero, nada disso acontece e o preço segue mesmo padrão. Não vejo vantagem alguma na distribuição de dividendos nesse caso. Se o preço segue o lucro, e a eficiência de a empresa de pay out alto é interessante, o preço ex tende a voltar ao preço com mais um incremento, pois a alta eficiência da empresa atrai isso! Isso, é exatamente isso. Agora concordamos.
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uqaz
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Post by uqaz on Oct 29, 2015 7:03:02 GMT -3.5
Justamente, CTIP e CIEL cresceram com pay out alto pq não tiveram a escolha de reduzir pay out, sob pena de reduzir o crescimento de seus lucros. O ponto ótimo de eficiência delas, foi esse. Vc dirá que, caso o pay out fosse menor, o crescimento de lucros seria maior? Não, isso as faria ganhar mais receita, porém derrubando margens. Havendo duas empresas com mesmo crescimento de lucros, vc acha que a que distribui mais entrega uma rentabilidade maior...isso não faz sentido. Porque o dividendo sai do preço. Tão logo ele vai na conta do acionista, o preço volta a subir, voltando a estaca zero kkkk. Numa empresa de pau out zero, nada disso acontece e o preço segue mesmo padrão. Não vejo vantagem alguma na distribuição de dividendos nesse caso. Se o preço segue o lucro, e a eficiência de a empresa de pay out alto é interessante, o preço ex tende a voltar ao preço com mais um incremento, pois a alta eficiência da empresa atrai isso! Isso, é exatamente isso. Agora concordamos. Então, dá pra dizer que o pay-out é indiferente para o acionista, apenas dá conforto e flexibilidade de sempre ter o dinheiro pingando que poderá ser usado em outro investimento mais rentável? Nada mais que isso.
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uqaz
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Post by uqaz on Oct 29, 2015 8:03:26 GMT -3.5
Não acho tão difícil achar empresas assim Uqaz. Um exemplo que me veio de bate pronto na cabeça foi LEVE3: Média de cresc últimos 5 anos de 17%, e DY médio de 8%. Outra que fui checar na minha planilha se tinha isso, VIVT4: Média de cresc últimos 7 anos de 15%, e DY médio de 7%. E mais uma, TAEE11: Média de cresc últimos 6 anos de 29%, e DY médio de 11%. Real né Cadu...amanhã vejo os desempenhos dessas bichas. Em TAEE tem rolo tá, depois explico. Vamos lá. A Metal Leve parece ser uma empresa muitíssimo cíclica. Os crescimentos anuais médios reais em relação ao atual lucro 2T15 LTM, considerando que hoje é dia 31/12/15 são: 2014 -9,24%aa 2013 -6,62%aa 2012 -2,44%aa 2011 -5,91%aa 2010 +10,62%aa 2009 +32,59%aa 2008 +9,87%aa 2007 +0,36%aa 2006 +0,03%aa 2005 -0,35%aa 2004 -5,89%aa 2003 -6,16%aa 2002 -5,18%aa 2001 -2,86%aa Veja que de 2010 a 2015, de fato, o lucro bombou...mas e nos anos mais recentes? Assim, estatisticamente temos: Cenário Medíocre: -12,20%aa Cenário Mediano: -4,90%aa Cenário Otimista: +3,91%aa (é isso aqui no melhor cenário que me espera...e os títulos dando 7,20%aa???) Os proventos líquidos e DY (nominal!) no preço atual foram: 2010 0,79813 +3,43% (em termos reais houve um crescimento de lucro de +228,08% ) 2011 1,36531 +5,86% (houve uma mega-subscrição aqui, crescimento anual real de lucro foi de +111,27%) 2012 1,71556 +7,36% (lucro encolheu -15,59%) 2013 1,20708 +5,18% (lucro cresceu +6,50% além da inflação) 2014 1,95426 +8,39% (lucro caiu -4,56%) 2015 0,69080 +2,96% (o ano ainda não acabou...ou não kkkk, o crescimento real 1S foi de -9,24%) Dá pra ver que a empresa não distribui proventos coerentemente com o lucro anual. --------------------------------------------------------------------------------------- A VIVT é uma empresa, que apesar de realizar constantes e chatas subscrições, não cresce seus lucros e ainda dilui seus acionistas! Então segue a evolução de crescimentos médio real de VIVT em relação a 1S15 LTM: 2014 -49,83%aa 2013 -6,87%aa 2012 -11,91%aa 2011 -10,31%aa 2010 +2,02%aa 2009 +1,29%aa 2008 -0,83%aa 2007 -1,58%aa 2006 -4,11%aa 2005 -3,08%aa 2004 -1,94%aa 2003 -0,13%aa 2002 +2,22%aa 2001 -2,28%aa Horroroso, não acha? Cenário Medíocre: -5,18%aa Cenário Mediano: +0,28%aa Cenário Otimista: +5,71%aa (é isso aqui no melhor cenário que me espera...e os títulos dando 7,20%aa???) Nem vale muito a pena calcular o DY aqui. São tantas subscrições, tantas diluições que vc fica até perdido. Abaixo dá pra observar como as distribuições começaram a cair: www.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEventosCorporativos.aspx?codigoCvm=17671&tab=3.0&idioma=pt-brNão tem jeito, não cresce o lucro, proventos seguem. --------------------------------------------------------------------------------------- Sobre TAEE11, o papo é mais complicado. A Taesa é uma empresa diferente das outras comuns, pq já reconhece suas receitas com uma antecedência de 30 anos, parece apenas corrig´-la por índices de inflação. Pois bem, diferentemente da Grendene ou M.Dias cuja produção e preços de produtos flutuam, a receita líquida da TAESA é trazida a valor presente. É uma peça de ficção. Até o fim da última concessão, independentemente de qq coisa, a receita subirá. E isso, adivinha, distorce o P/L da empresa. Só que tem um detalhe, os dividendos são realizados em regime de caixa, à medida que juros de amortização de empréstimos vão sendo pagos. Não dá pra compararmos o lucro com os dividendos, são muito díspares... Assim, vc pode ter um crescimento de lucro forte...mas ele é todo artificial e não tem muito a ver com a realidade. Estranhamente, então, é melhor monitorar o crescimento de dividendos. Como vc pode ver, vc deve ter tido em mente que me referia à Cemig, ou a escassez de leilões de energia, o ajuste que antigamente era feito no 3T e não será mais (não me referia a nada disso quando escrevi "rolo"). Afinal, para aumentar a RAP e consequentemente os dividendos, novas concessões devem tomar o lugar das velhas. Se vc ainda assim confia na empresa, apesar de ser altamente dependente das vontades da ANEEL, vá em frente. Só lembro de uma mega amortização de R$ 1,3 bi que a empresa tem programada em 2017, que talvez impacte os dividendos deste ano. A empresa passando por este teste demonstrará que esse bom DY% é sustentável. Ah, TAEE possui um histórico curto de lucros tbm, mais um ponto contra.
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Post by cadu28 on Oct 29, 2015 9:05:55 GMT -3.5
Real né Cadu...amanhã vejo os desempenhos dessas bichas. Em TAEE tem rolo tá, depois explico. Vamos lá. A Metal Leve parece ser uma empresa muitíssimo cíclica. Os crescimentos anuais médios reais em relação ao atual lucro 2T15 LTM, considerando que hoje é dia 31/12/15 são: 2014 -9,24%aa 2013 -6,62%aa 2012 -2,44%aa 2011 -5,91%aa 2010 +10,62%aa 2009 +32,59%aa 2008 +9,87%aa 2007 +0,36%aa 2006 +0,03%aa 2005 -0,35%aa 2004 -5,89%aa 2003 -6,16%aa 2002 -5,18%aa 2001 -2,86%aa Veja que de 2010 a 2015, de fato, o lucro bombou...mas e nos anos mais recentes? Assim, estatisticamente temos: Cenário Medíocre: -12,20%aa Cenário Mediano: -4,90%aa Cenário Otimista: +3,91%aa (é isso aqui no melhor cenário que me espera...e os títulos dando 7,20%aa???) Os proventos líquidos e DY (nominal!) no preço atual foram: 2010 0,79813 +3,43% (em termos reais houve um crescimento de lucro de +228,08% ) 2011 1,36531 +5,86% (houve uma mega-subscrição aqui, crescimento anual real de lucro foi de +111,27%) 2012 1,71556 +7,36% (lucro encolheu -15,59%) 2013 1,20708 +5,18% (lucro cresceu +6,50% além da inflação) 2014 1,95426 +8,39% (lucro caiu -4,56%) 2015 0,69080 +2,96% (o ano ainda não acabou...ou não kkkk, o crescimento real 1S foi de -9,24%) Dá pra ver que a empresa não distribui proventos coerentemente com o lucro anual. --------------------------------------------------------------------------------------- A VIVT é uma empresa, que apesar de realizar constantes e chatas subscrições, não cresce seus lucros e ainda dilui seus acionistas! Então segue a evolução de crescimentos médio real de VIVT em relação a 1S15 LTM: 2014 -49,83%aa 2013 -6,87%aa 2012 -11,91%aa 2011 -10,31%aa 2010 +2,02%aa 2009 +1,29%aa 2008 -0,83%aa 2007 -1,58%aa 2006 -4,11%aa 2005 -3,08%aa 2004 -1,94%aa 2003 -0,13%aa 2002 +2,22%aa 2001 -2,28%aa Horroroso, não acha? Cenário Medíocre: -5,18%aa Cenário Mediano: +0,28%aa Cenário Otimista: +5,71%aa (é isso aqui no melhor cenário que me espera...e os títulos dando 7,20%aa???) Nem vale muito a pena calcular o DY aqui. São tantas subscrições, tantas diluições que vc fica até perdido. Abaixo dá pra observar como as distribuições começaram a cair: www.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/ResumoEventosCorporativos.aspx?codigoCvm=17671&tab=3.0&idioma=pt-brNão tem jeito, não cresce o lucro, proventos seguem. --------------------------------------------------------------------------------------- Sobre TAEE11, o papo é mais complicado. A Taesa é uma empresa diferente das outras comuns, pq já reconhece suas receitas com uma antecedência de 30 anos, parece apenas corrig´-la por índices de inflação. Pois bem, diferentemente da Grendene ou M.Dias cuja produção e preços de produtos flutuam, a receita líquida da TAESA é trazida a valor presente. É uma peça de ficção. Até o fim da última concessão, independentemente de qq coisa, a receita subirá. E isso, adivinha, distorce o P/L da empresa. Só que tem um detalhe, os dividendos são realizados em regime de caixa, à medida que juros de amortização de empréstimos vão sendo pagos. Não dá pra compararmos o lucro com os dividendos, são muito díspares... Assim, vc pode ter um crescimento de lucro forte...mas ele é todo artificial e não tem muito a ver com a realidade. Estranhamente, então, é melhor monitorar o crescimento de dividendos. Como vc pode ver, vc deve ter tido em mente que me referia à Cemig, ou a escassez de leilões de energia, o ajuste que antigamente era feito no 3T e não será mais (não me referia a nada disso quando escrevi "rolo"). Afinal, para aumentar a RAP e consequentemente os dividendos, novas concessões devem tomar o lugar das velhas. Se vc ainda assim confia na empresa, apesar de ser altamente dependente das vontades da ANEEL, vá em frente. Só lembro de uma mega amortização de R$ 1,3 bi que a empresa tem programada em 2017, que talvez impacte os dividendos deste ano. A empresa passando por este teste demonstrará que esse bom DY% é sustentável. Ah, TAEE possui um histórico curto de lucros tbm, mais um ponto contra. Mas tem dados divergentes. Ou eu ou vc estamos com a base de dados errada, pois nossos valores de crescimento, mesmo o meu sendo sem desconto e o seu real, estão muito distantes. Exemplo, em VIVT4 vc diz que em 2014 o crescimento real foi de -49%. Na minha planilha foi um crescimento sem desconto de +33%. Mas vc citou que é em relação ao 1S15. Então fiquei na dúvida, vc está comparando os semestres, ou vc anualizou o resultado do 1S15 p/ 2015? Se for este o caso, o correto não seria estar: 2015 -49% (e não 2014)? Ou seja, em 2015 o LL real caiu (na projeção do 1S) -49% frente a 2014. De qualquer forma, se foi isso que quis dizer, o crescimento de 2013 que vc apontou continua bem divergente do meu (que seria no de 2014). O de LEVE tb tem várias divergências. Para debatermos melhor, me explica por favor a referencia que vc está usando nestes números (2014 = queda do LL de 2015 frente ao ano de 2014?, e a comparação é com resultados anuais mas em 2015 vc anualizou o resultado?). Outro pto, qual o valor da inflação que vc está usando p/ desconto? Lembro que tivemos uma discussão ao redor disso no outro fórum, e vc usava um valor histórico bem elevado, que embora seja compatível com o futuro, não era condizente com o passado.
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uqaz
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Post by uqaz on Oct 29, 2015 9:17:08 GMT -3.5
Cadu, escrevi isso aqui:
"2015 em relação a: 2014:... 2013:..."
Tomo como base o ano de 2015, aliás o lucro de 2T15 + 1T15 + 4T14 + 3T14. Daí sairam os -49%. É (2T15 + 1T15 + 4T14 + 3T14) x 2014.
Em 2013 é o crescimento médio composto real em relação a (2T15 + 1T15 + 4T14 + 3T14). Daí saem os -6,87%aa, foram 2 anos. Chuto que 2015 o lucro será (2T15 + 1T15 + 4T14 + 3T14).
As referência de inflação que uso é a pior entre IPCA e IGP-M em dado ano. Veja a segunda coluna da tabela IIIa.bmp da seção III.
A inflação futura eu desconheço e nem tento estimar...
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