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Post by ednajar on Mar 4, 2016 11:11:23 GMT -3.5
Tesouro Nacional tá tão volátil quanto Bolsa! Quem comprou NTN B Princ 2035 na quarta feira pagou R$711,98 e hoje as 11:30 ela vale R$ 822,86. 15,57% de valorização em dois dias é muito pra tesouro nacional. Haja turbulência.
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Potuz
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Post by Potuz on Mar 4, 2016 11:27:37 GMT -3.5
Tesouro Nacional tá tão volátil quanto Bolsa! Quem comprou NTN B Princ 2035 na quarta feira pagou R$711,98 e hoje as 11:30 ela vale R$ 822,86. 15,57% de valorização em dois dias é muito pra tesouro nacional. Haja turbulência. Certo!, mas os caras que operam opções estão de festa (ou chorando) quem comprou na mesma quarta VALEC12 está recebendo 3.000% nesses dois dias
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Post by ednajar on Mar 16, 2016 11:58:28 GMT -3.5
Com taxas acima de 7% + IPCA, NTN B P 2035 começa a ser atrativa de novo.
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Post by rider660 on Mar 17, 2016 8:31:46 GMT -3.5
Pessoal, alguém poderia me ajudar nos cálculos sobre TD? Basicamente não achei um texto técnico sobre processo para chegar ao resultado de fração de título tesouro Selic, segue as dúvidas:
1.Adquiri título TD Selic 2021 da seguinte maneira:
11/02 - fração de 0,65 12/02 - fração 0,27 23/02 - fração 0,12
Suponhamos que daqui há 06 meses totalizando mínimo 181 dias, com IR de 20% eu queira vender uma fração de 0,10 do título, então, essa fração seria do título mais antigo, correto? Ou não?
2. Minha maior dificuldade está no cálculo e entendimento da rentabilidade do título, ainda com base nos dados acima, se daqui há 06 meses (181 dias) os dados de venda fossem a seguinte:
Compra Venda 16/03/2016 0,00% 0,01% 7.609,03 7.608,29
Suponhamos que meu extrato analítico exibisse valor líquido da rentabilidade de R$ 100,00 reais, nesse caso como seria o cálculo?
3. O extrato do Tesouro Direto o campo que informa minha rentabilidade líquida é o campo: Rentabilidade bruta (%) acumulada ( é a rentabilidade acumulada da compra desde a aquisição do título até a data de referência da consulta, definida pela diferença entre o preço de compra do título e seu preço de venda no momento da consulta)?
Ficarei muito grato se puderem me ajudar pois embora eu já ter lido, relido algumas coisas na internet não foi o suficiente para sanar todas as dúvidas...Grande Abraço!
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Potuz
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Post by Potuz on Mar 17, 2016 8:48:17 GMT -3.5
Pessoal, alguém poderia me ajudar nos cálculos sobre TD? Basicamente não achei um texto técnico sobre processo para chegar ao resultado de fração de título tesouro Selic, segue as dúvidas: 1.Adquiri título TD Selic 2021 da seguinte maneira: 11/02 - fração de 0,65 12/02 - fração 0,27 23/02 - fração 0,12 Suponhamos que daqui há 06 meses totalizando mínimo 181 dias, com IR de 20% eu queira vender uma fração de 0,10 do título, então, essa fração seria do título mais antigo, correto? Ou não? Correto: 2. Minha maior dificuldade está no cálculo e entendimento da rentabilidade do título, ainda com base nos dados acima, se daqui há 06 meses (181 dias) os dados de venda fossem a seguinte: Compra Venda 16/03/2016 0,00% 0,01% 7.609,03 7.608,29 Suponhamos que meu extrato analítico exibisse valor líquido da rentabilidade de R$ 100,00 reais, nesse caso como seria o cálculo? O analitico exibe o valor líquido da rentabilidade como se você vendesse todos seus títulos. O calculo no seu caso dependeria de quanto você venderia. Se você vende uma fração do primeiro lote comprado, pagando taxa de 20% de IR, então o seu imposto fica sendo simplesmente (valor de venda-valor de compra)*.20. 3. O extrato do Tesouro Direto o campo que informa minha rentabilidade líquida é o campo: Rentabilidade bruta (%) acumulada ( é a rentabilidade acumulada da compra desde a aquisição do título até a data de referência da consulta, definida pela diferença entre o preço de compra do título e seu preço de venda no momento da consulta)? Correto
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Post by rider660 on Mar 17, 2016 9:32:18 GMT -3.5
Potuz, obrigado pelo esclarecimento.
Referente ao item 2 só uma ultima dúvida (valor de venda-valor de compra)* 20 ... esses "20" é IR ? A rentabilidade de R$ 100,00 reais durante o período não entra no cálculo de venda? Obrigado novamente.
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Post by cpf216 on Mar 17, 2016 9:34:44 GMT -3.5
Pessoal, alguém poderia me ajudar nos cálculos sobre TD? Basicamente não achei um texto técnico sobre processo para chegar ao resultado de fração de título tesouro Selic, segue as dúvidas: 1.Adquiri título TD Selic 2021 da seguinte maneira: 11/02 - fração de 0,65 12/02 - fração 0,27 23/02 - fração 0,12 Suponhamos que daqui há 06 meses totalizando mínimo 181 dias, com IR de 20% eu queira vender uma fração de 0,10 do título, então, essa fração seria do título mais antigo, correto? Ou não? Correto. Mas note que a regra do "mais antigo" nada tem a ver com cálculo de rentabilidade. Mais antigo é mais antigo, só. 2. Minha maior dificuldade está no cálculo e entendimento da rentabilidade do título, ainda com base nos dados acima, se daqui há 06 meses (181 dias) os dados de venda fossem a seguinte: Compra Venda 16/03/2016 0,00% 0,01% 7.609,03 7.608,29 Suponhamos que meu extrato analítico exibisse valor líquido da rentabilidade de R$ 100,00 reais, nesse caso como seria o cálculo? Todos os títulos valem a mesma coisa hoje, não importa por qual taxa tenha comprado, só variando o resultado por conta de IR, que de qualquer forma afeta o seu valor líquido, não o preço dos títulos. ResultadoBruto = PreçoVendaResgate - PreçoCompra; Imposto = MIN(0, ResultadoBruto) * FatorIR(DataCompra;DataVendaResgate); ResultadoLiquido = ResultadoBruto - Imposto; 3. O extrato do Tesouro Direto o campo que informa minha rentabilidade líquida é o campo: Rentabilidade bruta (%) acumulada ( é a rentabilidade acumulada da compra desde a aquisição do título até a data de referência da consulta, definida pela diferença entre o preço de compra do título e seu preço de venda no momento da consulta)? Sinceramente não conheço essa tela, então estou respondendo pela terminologia. Mas rentabilidade líquida provavelmente quer dizer o valor de resgate líquido hoje, que é diferente de rentabilidade bruta, pois a primeira já estaria deduzido os impostos. Pelo que escreveu ai: rentabilidade líquida = rentabilidade bruta, o que não faz muito sentido.
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Post by rider660 on Mar 17, 2016 9:52:07 GMT -3.5
Pessoal, alguém poderia me ajudar nos cálculos sobre TD? Basicamente não achei um texto técnico sobre processo para chegar ao resultado de fração de título tesouro Selic, segue as dúvidas: 1.Adquiri título TD Selic 2021 da seguinte maneira: 11/02 - fração de 0,65 12/02 - fração 0,27 23/02 - fração 0,12 Suponhamos que daqui há 06 meses totalizando mínimo 181 dias, com IR de 20% eu queira vender uma fração de 0,10 do título, então, essa fração seria do título mais antigo, correto? Ou não? Correto. Mas note que a regra do "mais antigo" nada tem a ver com cálculo de rentabilidade. Mais antigo é mais antigo, só. 2. Minha maior dificuldade está no cálculo e entendimento da rentabilidade do título, ainda com base nos dados acima, se daqui há 06 meses (181 dias) os dados de venda fossem a seguinte: Compra Venda 16/03/2016 0,00% 0,01% 7.609,03 7.608,29 Suponhamos que meu extrato analítico exibisse valor líquido da rentabilidade de R$ 100,00 reais, nesse caso como seria o cálculo? Todos os títulos valem a mesma coisa hoje, não importa por qual taxa tenha comprado, só variando o resultado por conta de IR, que de qualquer forma afeta o seu valor líquido, não o preço dos títulos. ResultadoBruto = PreçoVendaResgate - PreçoCompra; Imposto = MIN(0, ResultadoBruto) * FatorIR(DataCompra;DataVendaResgate); ResultadoLiquido = ResultadoBruto - Imposto; 3. O extrato do Tesouro Direto o campo que informa minha rentabilidade líquida é o campo: Rentabilidade bruta (%) acumulada ( é a rentabilidade acumulada da compra desde a aquisição do título até a data de referência da consulta, definida pela diferença entre o preço de compra do título e seu preço de venda no momento da consulta)? Sinceramente não conheço essa tela, então estou respondendo pela terminologia. Mas rentabilidade líquida provavelmente quer dizer o valor de resgate líquido hoje, que é diferente de rentabilidade bruta, pois a primeira já estaria deduzido os impostos. Pelo que escreveu ai: rentabilidade líquida = rentabilidade bruta, o que não faz muito sentido. cpf216, Eu tirei essa terminologia do póprio site do TD na opção "Entenda seu Extrato", achei confuso esse cálculo, já que o preço da venda é sempre menor que o preço de compra aí tem os campos de Rentabilidade Bruta Acumulada para 1 mês está dando rendimento pífio de centavos, mas quando olho o Rendimento Líquido aí rende alguns reais, contudo, tem o cálculo do IR e alguns IOF já que não venceu 30 dias aí volta para os rendimentos de centavos...mas vou ler e reler os comentários...Obrigado.
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Post by cpf216 on Mar 17, 2016 13:49:19 GMT -3.5
cpf216, Eu tirei essa terminologia do póprio site do TD na opção "Entenda seu Extrato", achei confuso esse cálculo, já que o preço da venda é sempre menor que o preço de compra aí tem os campos de Rentabilidade Bruta Acumulada para 1 mês está dando rendimento pífio de centavos, mas quando olho o Rendimento Líquido aí rende alguns reais, contudo, tem o cálculo do IR e alguns IOF já que não venceu 30 dias aí volta para os rendimentos de centavos...mas vou ler e reler os comentários...Obrigado. Daqui? www3.tesouro.gov.br/tesouro_direto/extrato.aspO primeiro documento diz: - "Bruto atual". É o valor bruto do título em carteira, sem a retenção de impostos e taxas. - "Valor R$ Líquido". É o valor bruto subtraído dos impostos e taxas previstos até o momento, por compra. O segundo: - "Valor R$ Bruto". É o valor bruto dos títulos, referente a cada compra. - "Valor R$ Líquido". É o valor bruto subtraído dos impostos e taxas previstos até o momento, por compra. Ou outro lugar? Que daí valor bruto seria o valor de toda carteira, valor atual total, não o lucro bruto, que é venda-compra. Paralelo, mas... escrevendo isso agora me bateu a dúvida. Talvez IOF cobre mesmo estando em prejuízo.
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Post by rider660 on Mar 17, 2016 16:14:41 GMT -3.5
cpf216, Eu tirei essa terminologia do póprio site do TD na opção "Entenda seu Extrato", achei confuso esse cálculo, já que o preço da venda é sempre menor que o preço de compra aí tem os campos de Rentabilidade Bruta Acumulada para 1 mês está dando rendimento pífio de centavos, mas quando olho o Rendimento Líquido aí rende alguns reais, contudo, tem o cálculo do IR e alguns IOF já que não venceu 30 dias aí volta para os rendimentos de centavos...mas vou ler e reler os comentários...Obrigado. Daqui? www3.tesouro.gov.br/tesouro_direto/extrato.aspO primeiro documento diz: - "Bruto atual". É o valor bruto do título em carteira, sem a retenção de impostos e taxas. - "Valor R$ Líquido". É o valor bruto subtraído dos impostos e taxas previstos até o momento, por compra. O segundo: - "Valor R$ Bruto". É o valor bruto dos títulos, referente a cada compra. - "Valor R$ Líquido". É o valor bruto subtraído dos impostos e taxas previstos até o momento, por compra. Ou outro lugar? Que daí valor bruto seria o valor de toda carteira, valor atual total, não o lucro bruto, que é venda-compra. Paralelo, mas... escrevendo isso agora me bateu a dúvida. Talvez IOF cobre mesmo estando em prejuízo. cpf216, Exato. A informação foi extraída do segundo documento a última opção: Rentabilidade Bruta (%) Acumulada" - . É a rentabilidade acumulada da compra desde a aquisição do título até a data de referência da consulta, definida pela diferença entre o preço de compra do título e seu preço de venda no momento da consulta. As rentabilidades brutas da NTN-B, NTN-C e NTN-F foram ajustadas para incorporar os cupons de juros. A metodologia utilizada considera a reaplicação dos juros no mesmo título, às taxas praticadas na véspera dos pagamentos de cupons. Fico na dúvida se devo considerar o "Valor Líquido" como sendo minha Rentabilidade Líquida (meu lucro propriamente dito)ou seria somente o campo " Rentabilidade Bruta (%) Acumulada" que devo levar em conta (como sendo meu LUCRO), já que uma vez que você consulta o "Extrato Analítico" logado no site do TD é exibido todos esses campos. Referente a sua dúvida estou com títulos comprado menos de 30 dias e o campo do IOF está preenchido, já outro título possui mais de 31 dias e o campo IOF está zerado (não sei se te respondeu). Vou estudando e com paciência de vocês sempre postando as dúvidas aqui...Abraço.
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Post by cpf216 on Mar 17, 2016 16:44:18 GMT -3.5
Acho que você está olhando no lugar errado. Preço de venda menor que preço de compra é o padrão dos preços do TD. É o mesmo princípio que o book de ações, só que nomeclatura invertida. O que é "melhor preço de venda" em ações é o "preço que você compra" no TD e o inverso para o caso venda/compra.
O exemplo que você deu, teria comprado 1,04 de LFT 01/03/2021, que a preços de venda em 16/03 seriam uns R$ 7.893, segundo informações do tdcharts. 7.609,03/7.608,29 é incrivelmente perto do preço (mas não da sua carteira) de LFT 2021 em 16/03, por isso a desconfiança.
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Post by rider660 on Mar 18, 2016 10:01:56 GMT -3.5
Acho que você está olhando no lugar errado. Preço de venda menor que preço de compra é o padrão dos preços do TD. É o mesmo princípio que o book de ações, só que nomeclatura invertida. O que é "melhor preço de venda" em ações é o "preço que você compra" no TD e o inverso para o caso venda/compra. O exemplo que você deu, teria comprado 1,04 de LFT 01/03/2021, que a preços de venda em 16/03 seriam uns R$ 7.893, segundo informações do tdcharts. 7.609,03/7.608,29 é incrivelmente perto do preço (mas não da sua carteira) de LFT 2021 em 16/03, por isso a desconfiança. cpf216, Talvez de fato seja isso, estou baixando a planilha no site do TD, na verdade tenho que olhar a cotação após as 18hs para de fato saber o preço de venda, vou observar esse fds como é o preço de venda para distinguir melhor essas dúvidas...Obrigado.
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Post by cpf216 on Mar 18, 2016 10:35:12 GMT -3.5
Acho que você está olhando no lugar errado. Preço de venda menor que preço de compra é o padrão dos preços do TD. É o mesmo princípio que o book de ações, só que nomeclatura invertida. O que é "melhor preço de venda" em ações é o "preço que você compra" no TD e o inverso para o caso venda/compra. O exemplo que você deu, teria comprado 1,04 de LFT 01/03/2021, que a preços de venda em 16/03 seriam uns R$ 7.893, segundo informações do tdcharts. 7.609,03/7.608,29 é incrivelmente perto do preço (mas não da sua carteira) de LFT 2021 em 16/03, por isso a desconfiança. cpf216, Talvez de fato seja isso, estou baixando a planilha no site do TD, na verdade tenho que olhar a cotação após as 18hs para de fato saber o preço de venda, vou observar esse fds como é o preço de venda para distinguir melhor essas dúvidas...Obrigado. Bom, procure em alguma tela ou relatório algum valor mair perto de R$ 7900 (valor bruto) ou de R$ 7.880, que é mais ou menos o valor da aplicação menos 22,5% de IR.
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Post by rider660 on Mar 18, 2016 10:57:40 GMT -3.5
Bom, li e reli o tópico e vi que estava fazendo uma ENORME confusão! Estava confundindo Rentabilidade Acumulada com Valor Líquido, que absurdo rsrsrsr, acho que o fato de ficar focado aqui no serviço em outras coisas não prestei a devida atenção necessária, pois dois termos tão distintos e essa confusão danada.
Basicamente vou esperar após as 18hs de hoje, para fazer o cálculo do meu valor líquido em casa de venda que é:
Preço de Venda/Preço de Compra-1 - IR = Valor Líquido da Venda do título ... está correto o raciocínio?
Agora referente a minha Rentabilidade Líquida caso eu não venda nenhuma fração do título e carregue o mesmo até 2021 (Tesouro Selic 2021), aí basta olhar o campo Valor Líquido no Extrato do TD e ir acompanhado, correto?
Obrigado!
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Potuz
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Post by Potuz on Mar 18, 2016 11:12:34 GMT -3.5
Bom, li e reli o tópico e vi que estava fazendo uma ENORME confusão! Estava confundindo Rentabilidade Acumulada com Valor Líquido, que absurdo rsrsrsr, acho que o fato de ficar focado aqui no serviço em outras coisas não prestei a devida atenção necessária, pois dois termos tão distintos e essa confusão danada. Basicamente vou esperar após as 18hs de hoje, para fazer o cálculo do meu valor líquido em casa de venda que é: Preço de Venda/Preço de Compra-1 - IR = Valor Líquido da Venda do título ... está correto o raciocínio? Não, perdão, não deve fazer o quociente. O valor líquido é simplesmente PReco venda - preco compra - IR. O quociente é para calcular o percentual de rendimento. Naquele caso você faria (PrecoVendda - Preco compra -IR)/Preco compra. Correto!
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Post by rider660 on Mar 18, 2016 11:24:05 GMT -3.5
Obrigado potuz e cpf216 pelos esclarecimentos...qualquer dúvida volto a perguntar ..Abraço.
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bochan
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Post by bochan on Apr 2, 2016 19:32:03 GMT -3.5
Do Valor Econômico 01/04/2016 05:00 NTNB é o ativo para quem chega agora ao rali-Por Luciana Seabra O investidor que não aproveitou os ralis da bolsa, do real e dos juros no primeiro trimestre, certamente se pergunta se ainda dá tempo de embarcar na onda de otimismo com o Brasil. Entrar agora exige cautela, dizem alocadores de patrimônio. Caso a intenção seja aumentar a posição em algum ativo, para aproveitar a oportunidade, a indicação mais consensual é das NTNBs, títulos públicos que pagam uma taxa prefixada mais a variação da inflação. "Os preços de alguns ativos já refletem não só o fim da crise, mas um novo governo com apoio do congresso, com maioria suficiente para aprovar reformas fiscais de curto prazo e estruturais", afirma Ronaldo Patah, estrategista do UBS Wealth Management. Hoje o UBS só tem recomendação "overweight", ou seja, acima do peso padrão recomendável para o portfólio, para as NTNBs. A curva de juros, que reflete as expectativas do mercado para a taxa, já incorpora um primeiro ciclo de corte, diz Patah. Para ele, entretanto, se o câmbio seguir estável em um patamar mais baixo, a inflação pode voltar à meta por volta de 2017 e 2018, abrindo espaço para uma segunda fase de corte. Quando o mercado começar a enxergar esse movimento, os prêmios caem, e os papéis comprados hoje ganham valor. Quem comprou NTNBs no fim do ano passado já assimilou uma parte da valorização. O IMAB, índice que reflete a variação de uma cesta de títulos indexados à inflação de diferentes prazos, teve valorização de 9,75% no primeiro trimestre. Mesmo depois da valorização recente, o título indexado à inflação é o ativo que ainda não reflete inteiramente a nova onda de otimismo também na opinião de Sylvio Castro, responsável pela gestão de fundos restritos e estruturados do private banking da Credit Suisse HedgingGriffo (CSHG). A CSHG acaba de dobrar a fatia do portfólio dos clientes em NTNBs e alongar um pouco os vencimentos, de um prazo máximo de 2019 para 2021. Para um investidor moderado, a indicação hoje é ter 20% do portfólio nesses títulos, contra os 10% propostos estruturalmente. A decisão de alongar a carteira não foi somente da CSHG. A explicação é que ela potencializa os ganhos no caso de um ajuste nas expectativas para os juros. As NTNBs preferidas hoje pelos alocadores têm vencimento entre 2020 e 2035. Ontem, no Tesouro Direto, sistema de venda online de títulos públicos à pessoa física, esses papéis eram oferecidos com taxa entre 6,39% e 6,52%, mais a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Castro faz uma simulação em que a taxa prefixada do título com vencimento em 2021, hoje um pouco superior a 6%, cai para perto de 5,5%, e o investidor embolsa 3 pontos percentuais além do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI), referencial para aplicações conservadoras. É por esse potencial das NTNBs que os alocadores de patrimônio têm lutado contra a opção preferida dos investidores em momentos de incerteza: títulos pósfixados, que rendem o CDI. "A nossa recomendação é vender esses papéis", diz Patah, do UBS. O banco está com recomendação abaixo da estrutural para o ativo. Se a expectativa é de queda dos juros, defende, o ideal é garantir logo as taxas prefixadas. "Talvez o investidor não tenha mais oportunidade de travar algo na faixa de 13,5%", completa. A visibilidade trazida pela NTNB é seu maior trunfo frente aos outros ativos na opinião de Charles Ferraz, chefe de investimentos do private banking do Itaú Unibanco. "Você sabe que, se levar até o vencimento, vai ter seu capital corrigido pela inflação nesse prazo", diz. Para ele, entretanto, não restou ativo que seja uma oportunidade imperdível, dado que o mercado já incorporou nos preços muito de um cenário mais positivo. Para quem vai entrar agora, Ferraz recomenda uma compra equilibrada, entre títulos indexados à inflação, ações e moeda. Tentar acertar movimentos no dólar é a opção menos recomendada. Depois do movimento de março, uma desvalorização de 10,12% ante o real, e na mesma toada de otimismo com o Brasil, o investidor poderia se sentir tentado a montar uma posição vendida na moeda americana. Ferraz acha arriscado e inclusive prefere manter dólar comprado, como um elemento de diversificação do portfólio. Para ele, em um cenário muito positivo, em que entram dólares no país, o Banco Central vai atuar em algum momento para conter uma valorização excessiva do real. "E, se tudo piorar, o dólar tem um espaço grande para andar e o BC vai deixar", acredita. Também para Castro, da CSHG, o cenário para o câmbio nos próximos meses tende a ser de estabilidade. Os clientes do banco estão menos expostos a variações da moeda americana hoje porque os multimercados que têm nos portfólios reduziram de forma significativa as posições em dólar contra real, que carregavam há cerca de dois anos. Para o investimento no exterior, entretanto, a decisão foi não fazer hedge, ou seja, manter a exposição à moeda americana. Ao manter uma posição em dólares e ampliar em NTNBs, é possível reduzir o risco do portfólio, aponta Castro. Isso porque há uma correlação negativa entre a moeda americana e as NTNBs neste momento, por exemplo, o dólar perde valor ante o real ao mesmo tempo em que os títulos indexados valorizamse, com o ajuste para baixo nas expectativas paro os juros.
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Potuz
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Post by Potuz on Apr 12, 2016 23:13:50 GMT -3.5
Estaba assistindo uma discussão do cpf216 no IM em forum.infomoney.com.br/viewtopic.php?f=12&t=11478&start=3520 e como não queria postar por lá decidi postar aqui a diferencia entre o valor nominal atualizado VNA = 1000 * (1 + SELIC_1)^{1/252} * (1+SELIC_2)^{1/252} * ... * (1 + SELIC_n)^{1/252} onde n é o número de dias desde a inserção da LFT até a data atual e SELIC_i é o valor da SELIC overnight do dia i desde a inserção do título (aqui estou assumindo que 1000 foi o valor inicial da nota) Os títulos do TD são marcados a mercado, no caso das LFT existe o chamado deságio/ágio, você pode comprar LFT e receber até o vencimento a SELIC mais ou menos algum percentual. Estes dias o deságio é muito pequeno nunca sendo mais do que 0,1%, mas já chegou a superar 2,5% faz alguns anos. O valor marcado a mercado é VM = VNA / (1 + deságio)^{m/252} onde "deságio" é a taxa indicada acima e m é o número de dias até o vencimento do título. Devemos notar algumas coisas respeito á diferencia entre VNA e VM: - O denominador em VM é sempre positivo, mas pode ser menor que 1. Ou seja, se temos "deságio" negativo entonces o valor de mercado é maior do que o valor nominal. Eu pessoalmente já vi taxas negativas, ou ágio, mas nunca menores que -0,1%
- Um valor alto para "desagio" implica que a diferencia entre o VNA e o VM será maior, sendo que sempre VM < VNA neste caso.
- Independentemente do valor do "desagio" notemos que no límite perto do vencimento m->0, e por tanto VM -> VNA. Em termos simples, isto implica que quem tem uma LFT, receberá a SELIC (mais ou menos o deságio no momento da compra) exactamente na data de vencimento
- Finalmente o conceito que o cpf216 mencionou e não estão entendendo naquele tópico é que as LFT podem ter variação negativa no CP, mesmo com a SELIC sendo alta. Isto não é devido a um deságio ou ágio alto, e sim a uma mudança nos deságios. Se de um dia para outro (ou seja m -> m-1) temos uma variação muito alta no deságio, o valor VM pode ter uma queda alta. Ou seja: a derivada das taxas de deságio afetam o valor de face das LFT.
- Como explicado acima, quem tem as notas não deve se preocupar muito em caso de não necesitar o dinheiro e só aguardar até a data de vencimento. Porém o que aconteceu em 2002/2003 foi que os fundos DI que na maioria dos casos estavam comprados em LFT, marcavam o valor por VNA e não por VM. Então em momentos de deságios altos (independente se o valor de face das LFT estava caindo ou não, aqui o importante é que quando o deságio é alto VNA >> VM) o cotista que retirava dinheiro retirava as cotas com valor VNA, ao tempo que os fundos obrigados a vender as notas (devido ao volume de saques) recebiam VM, portanto os demais cotistas pagavam as contas. Este efecto afetou a cotistas de fundos, mas não aos detentores das notas que não pretendiam vender antes de vencimento como explicado acima. E notar também, repetindo: o importante neste efeito foi a diferencia VNA-VM e não o fato das LFT estarem caindo em valor ou não.
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Post by Neomalthusiano on Apr 13, 2016 10:31:05 GMT -3.5
Estaba assistindo uma discussão do cpf216 no IM em forum.infomoney.com.br/viewtopic.php?f=12&t=11478&start=3520 e como não queria postar por lá decidi postar aqui a diferencia entre o valor nominal atualizado VNA = 1000 * (1 + SELIC_1)^{1/252} * (1+SELIC_2)^{1/252} * ... * (1 + SELIC_n)^{1/252} onde n é o número de dias desde a inserção da LFT até a data atual e SELIC_i é o valor da SELIC overnight do dia i desde a inserção do título (aqui estou assumindo que 1000 foi o valor inicial da nota) Os títulos do TD são marcados a mercado, no caso das LFT existe o chamado deságio/ágio, você pode comprar LFT e receber até o vencimento a SELIC mais ou menos algum percentual. Estes dias o deságio é muito pequeno nunca sendo mais do que 0,1%, mas já chegou a superar 2,5% faz alguns anos. O valor marcado a mercado é VM = VNA / (1 + deságio)^{m/252} onde "deságio" é a taxa indicada acima e m é o número de dias até o vencimento do título. Devemos notar algumas coisas respeito á diferencia entre VNA e VM: - O denominador em VM é sempre positivo, mas pode ser menor que 1. Ou seja, se temos "deságio" negativo entonces o valor de mercado é maior do que o valor nominal. Eu pessoalmente já vi taxas negativas, ou ágio, mas nunca menores que -0,1%
- Um valor alto para "desagio" implica que a diferencia entre o VNA e o VM será maior, sendo que sempre VM < VNA neste caso.
- Independentemente do valor do "desagio" notemos que no límite perto do vencimento m->0, e por tanto VM -> VNA. Em termos simples, isto implica que quem tem uma LFT, receberá a SELIC (mais ou menos o deságio no momento da compra) exactamente na data de vencimento
- Finalmente o conceito que o cpf216 mencionou e não estão entendendo naquele tópico é que as LFT podem ter variação negativa no CP, mesmo com a SELIC sendo alta. Isto não é devido a um deságio ou ágio alto, e sim a uma mudança nos deságios. Se de um dia para outro (ou seja m -> m-1) temos uma variação muito alta no deságio, o valor VM pode ter uma queda alta. Ou seja: a derivada das taxas de deságio afetam o valor de face das LFT.
- Como explicado acima, quem tem as notas não deve se preocupar muito em caso de não necesitar o dinheiro e só aguardar até a data de vencimento. Porém o que aconteceu em 2002/2003 foi que os fundos DI que na maioria dos casos estavam comprados em LFT, marcavam o valor por VNA e não por VM. Então em momentos de deságios altos (independente se o valor de face das LFT estava caindo ou não, aqui o importante é que quando o deságio é alto VNA >> VM) o cotista que retirava dinheiro retirava as cotas com valor VNA, ao tempo que os fundos obrigados a vender as notas (devido ao volume de saques) recebiam VM, portanto os demais cotistas pagavam as contas. Este efecto afetou a cotistas de fundos, mas não aos detentores das notas que não pretendiam vender antes de vencimento como explicado acima. E notar também, repetindo: o importante neste efeito foi a diferencia VNA-VM e não o fato das LFT estarem caindo em valor ou não.
Não entrava lá no IM faz tempo, não imaginava que ainda existia vida inteligente naquele planeta, rsrs. Mas enfim, dando uma olhada superficial na discussão, o CPF e você, consequentemente, estão certos. Porém, considero que no mundo prático, uma situação dessas não ocorreria. Primeiro porque uma forte diferença da SELIC para o pactuado (ágio ou deságio) na LFT não é algo que se vê todo dia. Segundo porque, se essa ocorresse a ponto de se tornar relevante, o mais natural deveria ir surgindo com o passar do tempo, não por um choque. Nesse caso, o próprio decurso temporal (principalmente porque a LFT não é um título de longo prazo) mitigaria o efeito no valuation dos comprados, pois os títulos estariam mais próximos do vencimento onde é devida a taxa acordada. Só discordo, até onde li até o momento, de usar a crise dos fundos de 2002 como exemplo, porque até onde eu sei, posso até estar errado, se deveu ao fato de não nunca terem usado marcação a mercado até então. Não foi o efeito de poucos dias e sim o acumulado de muitos anos de erros.
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Potuz
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Post by Potuz on Apr 13, 2016 13:05:57 GMT -3.5
Só discordo, até onde li até o momento, de usar a crise dos fundos de 2002 como exemplo, porque até onde eu sei, posso até estar errado, se deveu ao fato de não nunca terem usado marcação a mercado até então. Não foi o efeito de poucos dias e sim o acumulado de muitos anos de erros. É uma questão do ovo e a galinha, não foi só o fato dos fundos estarem avaliando as notas ao valor nominal (oposto ao marcado á mercado) mas sim o fato que o custo da dívida aumentou com as espectativas do PT entrar no governo. Aí os deságios começaram a subir nas LFT, o que ocasionou saques, o que ocasionou vendas em masa de notas, o que ocasionou aumentos dos deságios, o que ocasionou saques etc... A situação da dívida pública de países latinoamericanos já viu isto acontecer inúmeras vezes, eu não estaria tão seguro assim que não voltará a acontecer. Porém, acredito que o governo não dará calote (ou se dá tanto faz pois quebrarei com qualquer investimento), então estou comprado no TD. Só os cotistas de fundos que perderam naquela ocasião.
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