geo
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Post by geo on Dec 2, 2015 13:27:52 GMT -3.5
Negócio é guardar alguma coisa pro ano que vem. Vou deixar nas LFT mesmo.
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Post by greenball on Dec 2, 2015 13:52:42 GMT -3.5
Negócio é guardar alguma coisa pro ano que vem. Vou deixar nas LFT mesmo. Realmente está difícil saber onde é o fundo do poço ... A gente fica com a sensação de tentar pegar a faca caindo ...
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rst
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Post by rst on Dec 2, 2015 21:12:28 GMT -3.5
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bochan
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Post by bochan on Dec 10, 2015 18:43:31 GMT -3.5
TD deu uma forte subida - NTNB19 agora a 7,54%, LTN18 a 16,15% - boa oportunidade AGORA para quem puder aproveitar (vai até 5h00 - nunca vi o TD mudar taxa à noite).
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bochan
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Post by bochan on Dec 16, 2015 18:24:45 GMT -3.5
Mais um presente de nossos dignos parlamentares - MPV694/15 - em votação:
Ainda é preciso entender melhor, mas: - Aumentaram os prazos. - TD Selic (LFT) agora é taxada em 22,5% não importando o prazo.
Acho que será um tiro no pé, os emprestadores vão cobrar mais para comprar LFTs - Talvez seja a oportunidade de encher a lata com LFT ainda em 2015 e surfar na subida das taxas em 2016. Haja coragem!
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Post by ednajar on Dec 21, 2015 18:35:02 GMT -3.5
A idéia do governo é desestimular investimento na taxa SELIC e forçar os investidores a aplicarem em pré fixados e indexados ao IPCA. Toda vez que a a SELIC sobe o montante que o Tesouro Nacional paga aos investidores sobe também e o uso da ferramenta monetária tem sua eficácia diminuída, no que se refere a dívida interna. Se pudessem extinguiriam a possibilidade de aplicar em SELIC. Mais uma vez quem vai pagar mais imposto é quem tem menos dinheiro e não pode imobilizar parte de seu capital por pelo menos 3 anos.
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Post by greenball on Dec 21, 2015 20:33:14 GMT -3.5
A idéia do governo é desestimular investimento na taxa SELIC e forçar os investidores a aplicarem em pré fixados e indexados ao IPCA. Toda vez que a a SELIC sobe o montante que o Tesouro Nacional paga aos investidores sobe também e o uso da ferramenta monetária tem sua eficácia diminuída, no que se refere a dívida interna. Se pudessem extinguiriam a possibilidade de aplicar em SELIC. Mais uma vez quem vai pagar mais imposto é quem tem menos dinheiro e não pode imobilizar parte de seu capital por pelo menos 3 anos. Não consigo ver lógica nisso, pois o mercado vai exigir prêmios maiores no pre fixado o que vai encarecer a dívida. Se fosse só essa a questão bastava o governo reduzir a emissão de LFT ... Geralmente impostos em aplicações financeiras provocam mais distorções do que resultados positivos ..
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bochan
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Post by bochan on Dec 21, 2015 21:02:09 GMT -3.5
A idéia do governo é desestimular investimento na taxa SELIC e forçar os investidores a aplicarem em pré fixados e indexados ao IPCA. Toda vez que a a SELIC sobe o montante que o Tesouro Nacional paga aos investidores sobe também e o uso da ferramenta monetária tem sua eficácia diminuída, no que se refere a dívida interna. Se pudessem extinguiriam a possibilidade de aplicar em SELIC. Mais uma vez quem vai pagar mais imposto é quem tem menos dinheiro e não pode imobilizar parte de seu capital por pelo menos 3 anos. Grande Ednajar, bem vindo! Em TD, esse é o cara, sugiro atenção aos seus posts. Além de manjar muito, tem sempre boa vontade em ensinar. Sobre o post: 2 anos antes do prazo limite da LFT17, houve muitos comentários de que seria o último papel Selic, muitos colegas do antigo IM encheram a lata de LFT17 para não "perder a oportunidade" . Perto do limite, foram lançadas as LFT21. O argumento era esse mesmo. É possível que desta vez, como nos FIIs, se invente algo como aplicar as novas alíquotas somente para as compras a partir da data da edição da lei. Cada vez vai ficando mais complicado. abs.
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Post by ednajar on Dec 22, 2015 9:08:03 GMT -3.5
A indexação da dívida publica, isto é, atrelar o pagamento de juros a qualquer índice, seja SELIC, seja IPCA ou IGPM é um preço que o Governo paga devido a era de hiperinflacao que vivíamos antes do surgimento do Real como moeda ( antes de 1994). É culpa da desconfiança no governo e na economia. Significa que é arriscado fazer projetos de décadas como se faz em países desenvolvidos com economia estável. Na época a taxa de juros (seguia a inflação) variava de um dia para o outro de forma a corroer muito do seu dinheiro e surgiu uma taxa chamada de overnigth, para aplicações de um dia para o outro. A indexação cria um mecanismo de proteção para os investidores, mas traz um ciclo vicioso, ao repassar aos preços e as taxas de investimento toda flutuação da taxa de juros. É um prato cheio para a escalada dos juros, deixando a economia ainda mais emperrada pois o custo de financiamento sobe cada vez mais. Ter uma dívida pública com umagrande parcela de LFTS significa que em momento de estresse econômico, quando a taxa sobe o montante que o governo paga de juros sobre sua dívida sobe imediatamente. Quando temos uma dívida pública mais concentrada em títulos de vencimento mais longo, a curva de juros futura fica mais imune às variações momentâneas do mercado e permite um manejo mais suave da dívida. O objetivo da Fazenda é diminuir a parcela da dívida que transmite esse choque imediato a economia. Simplesmente porque indexar é receita para o início de um ciclo vicioso.
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Post by ednajar on Dec 22, 2015 9:33:03 GMT -3.5
Mas aí chegamos ao pulo do gato. Nossa cultura de investimento em renda fixa é de indexação porque nossa economia nos levou a isso. Não da pra acabar com LFTS por decreto pois quem dá vida a ela é o mercado. Ela significa o nosso "risco zero" e a possibilidade de financiamento imediato do governo em situações de estresse. Ela só vai diminuir em importância numa economia estável. Até lá as LTNS, ntnbs e NTNFs exigirão um prêmio de risco elevado para serem adquiridas, principalmente as de maturação mais longa. Não e tão simples de se resolver, mas o governo com essa mudança nos impostos concedeu um benefício fiscal relativo às aplicações não indexadas à SELIC, com vencimento longo, superior a 3 anos. Essa é a primeira de uma série de transformações que virão em nossa cultura de renda fixa.
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Potuz
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Post by Potuz on Dec 22, 2015 14:46:53 GMT -3.5
pensava em responder algumas das afirmações pertinentes do ednajar, mas cai na conta que eu mesmo não sei bem onde encontrar os números concretos. Eu já vi diversas vezes afirmações como essa aqui do mata# no IMo Tesouro Direto, programa de compra de títulos públicos voltado a pessoas físicas, com limites muito baixos, representa menos de 0,5% da dívida pública nacional. Infelizmente o mata# não frequenta o nosso fórum (nem o IM que eu saiba) mas gostaria saber de onde é que ele tirou aquele número. A questão é que os números a grosso modo da dívida federal podem ser encontrados na página do tesouro, por exemplo da gráfica Pode se ver que as PF devem representar menos do 4,9% (por tanto o TD que é o método que tem as PF de investir em dívida pública federal tem que ser menos que 4,9% do total, já que está incluído em "outros"). Porém, onde eu posso encontrar precisamente essa cota superior de 0,5% mencionada pelo mata#?[/b] Indo um pouco mais longe, eu certamente não vou perder tempo nas minhas feiras lendo a MPV694/15, mas numa lida rápida do texto postado em jornais eu entendo que a taxação ocorrerá sobre todos os títulos da dívida e não só sobre aqueles do TD correto? se a resposta fosse não, então não vejo razão do governo passar uma lei tão impopular que terá impacto quase nulo. Por um outro lado, na alocação global de dívida (na página linkada podem achar) verão que os títulos atrelados a SELIC sempre foram uma parte reduzida das captações.
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rst
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Post by rst on Dec 22, 2015 15:17:57 GMT -3.5
Imagino que ele tenha considerado o estoque do tesouro direto em relação ao estoque da dívida pública federal www.tesouro.fazenda.gov.br/relatorio-mensal-da-dividaSe for isso, o número estaria atualmente em 0,88% (23,9 bi para 2,716 tri). Mas esse número estaria longe de representar o montante de titularidade de pessoas físicas, já que a grande maioria dos investidores faz aplicações através de fundos DI.
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Post by ednajar on Dec 22, 2015 17:04:08 GMT -3.5
A dívida pública federal tem 22,65% de participação de títulos indexados à SELIC, o que em Reais significa 615,31 bilhões. Quando o COPOM aumenta em 0,5% a taxa básica de juros, significa que o Tesouro tem que aumentar imediatamente seu gasto com pagamento de juros em 3,076 bilhões de reais por ano.
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Post by jigsaw on Dec 23, 2015 9:10:14 GMT -3.5
A dívida pública federal tem 22,65% de participação de títulos indexados à SELIC, o que em Reais significa 615,31 bilhões. Quando o COPOM aumenta em 0,5% a taxa básica de juros, significa que o Tesouro tem que aumentar imediatamente seu gasto com pagamento de juros em 3,076 bilhões de reais por ano. ednajar , eu acompanhei um pouco seu trabalho a respeito do TD no forum do IA (onde eu tambem tenho cadastro, mas achei um pouco parado a área de FII, por isso tive pouca atuação), devo dizer que é sempre bom termos foristas com um bom histórico de "serviços prestados" aqui no nosso novo forum. Em função disso gostaria de saber, na sua opinião, quais os papéis mais interessantes, quais os mais arriscados, diante do atual cenário econômico, quais as suas justificativas a respeito, visto que as LTNs tem sido, historicamente, as mais procuradas nos ultimos 12 anos:
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Post by Sultão do Swing on Dec 23, 2015 9:26:20 GMT -3.5
AVISO
"Investidor,
O último mercado de 2015 será aberto em 30/12 e encerrado em 05/01/2016.
As vendas registradas neste mercado serão liquidadas em 05/01 e as compras em 06/01.
Para eventuais esclarecimentos, contate sua instituição financeira."
Tirado direto do site do TD Uma cortesia do Sultão Sardinops sagax et audax
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Post by ednajar on Dec 24, 2015 13:28:48 GMT -3.5
Que gráfico bacana jigsaw.
Se transformássemos essas linhas em zigzag em funções lineares (linha de tendência) provavelmente observaríamos mais facilmente uma mudança de comportamento dos investidores. De meados de 2005 a participação das LTNs, nas vendas, caiu de cerca 60% para 25% nos dias de hoje; as NTN Bs sairam de 0 (momento de sua criação) e alcançaram pouco mais de 30 % do volume de vendas e as LFTs variam sua proporção entre 10 e 30%, provavelmente navegando as flutuações da taxa SELIC (maior participação nas altas e menor nas baixas).
O gráfico histórico possui menos de quinze anos (nosso mercado de títulos é jovem demais) e esse comportamento de diminuição de participação das LTNs e maior participação das NTNBs pode apenas refletir uma resposta de curto-médio prazo dos investidores aos desdobramentos dos eventos econômicos do que realmente a formação de uma preferencia por um ou outro título que o mercado venha ter.
As pessoas que entram em contato com o Tesouro pela primeira vez tem uma tendencia enganosa de achar que os préfixados trazem menor risco, pelo fato de terem garantido uma taxa no momento da compra. A cultura do préfixado ainda é forte na população e a noção de risco financeiro é completamente ausente na maioria dos investidores iniciantes. Simplesmente não entra na cabeça deles que prefixar é na verdade assumir o maior risco. E quanto maior a taxa de maturação do título maior o risco assumido.
Toda vez que tentamos ganhar da taxa SELIC num determinado período, utilizando apenas Tesouro Nacional, é preciso prefixar total ou parcialmente a taxa de investimento. Portanto LTN com vcto longo e NTNF são os títulos de maiores risco, pois prefixam totalmente a taxa. As NTNbs prefixam uma parte da taxa e indexam a inflação outra parte. Considerando um mesmo horizonte de investimento apresentariam menor risco que as totalmente prefixadas. As LFTs são nosso risco zero.
Atualmente minha carteira de tesouro Nacional está bem arriscada e muito concentrada (85%) em NTN B Principal com vctos em 2019, 2024 e 2035. Cerca de 13% está em SELIC e apenas 2% em LTN. Deu pra perceber minha preferencia e o risco que assumi nesta escolha. Mas as porcentagens não eram tão desequilibradas assim e tomaram esta proporção no último ano. Esta carteira de tesouro tem na verdade o intuito de substituir a previdencia privada e é uma aposta de longo prazo. O tempo (10 a 20 anos) dirá se a aposta foi boa. Até lá as proporções desta carteira podem e sofrerão reajustes.
Acredito que tentar ganhar da SELIC apenas com títulos do Tesouro é uma tarefa muito ingrata. Muito trabalho e pouco rendimento excedente. Existem muitas outras opções de renda fixa que podem "turbinar" seu rendimento médio, como CDBs, LCs, LCIs e LCAs de bancos médios, com garantia do FGC e oferecento as vezes 20 a 25% acima do CDI, prefixados de 19,5% aa, as vezes 9,xx % + IPCA, entre outros. Acho que direcionar 20 a 30% do total da fatia de renda fixa pra eles pode ser uma boa opção. Só não esqueça de respeitar os limites de garantias para sua segurança.
Quando eu pretendo comprar LTNs, além de dar uma olhada nos contratos de DI futuro e na curva de juros futura, levo em consideração o premio oferecido pelo Titulo, comparado com sua média histórica. Pareando a taxa anual a cada dia das LTNs desde 2003 até hoje, com vencimento mínimo de 2 anos, com a SELIC, dá pra ter uma noção da evolução do prêmios pagos, as vezes positivos, às vezes até negativo!
A mediana de premio de risco pago pelas LTNs é de 0,71%. No percentil 75 temos 1,77%; no p 90 temos 2,74% de premio e no p95 3,23% acima da SELIC. Toda vez que os premios atingem esses patamares, a depender da proximidade de estabilização da taxa de juros (no fim de um aperto monetário) eu considero que as LTNs podem ser uma boa compra. É só uma maneira entre muitas outras que se pode usar para tentar errar menos.
Para resumir: acho interessante NTN B principal. Aposta de risco! Principalmente porque o IPCA é um índice que pode ser manipulado pelo governo e ex Ministro Mantega já cogitava isso ! LTN com premio de 2,19% agora, bom premio, entre os percentis 75 e 90, mas ha economistas que acreditam numa subida de de 0,5% até 0,75% dos juros em janeiro.
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Post by jigsaw on Dec 26, 2015 10:13:48 GMT -3.5
ednajar , excelente post, as explicações foram bem elaboradas e muito esclarecedoras, há um outro gráfico com a distribuição do Número de vendas por faixa de aplicação. E claro, quanto maior o valor aplicado, menor o % de participação na distribuição do numero de vendas (período entre 2009-2014): Não deixe de ler um artigo publicado no blog viver de renda sobre a aplicação all-in em TD: viverderenda.blogspot.com.br/ , aproveito para perguntar se na sua visão uma estratégia de all in em TD pode ser considerada segura e rentável, de tal forma que nao precisaria mais nos preocuparmos em acompanhar cotações, estudos de balanços, leitura de relatórios, etc, algo que demanda muito tempo e dedicação, fora a volatilidade do mercado acionário, que muitas vezes acabam fazendo com que tomemos decisões erradas em momentos de pânico. Nesta estratégia de aplicar apenas em TD, seria realmente uma forma de garantir uma aposentadoria tranquila com menos estresse?
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rst
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Post by rst on Dec 27, 2015 19:39:04 GMT -3.5
Jig, lá no infomoney o pessoal já discutiu algumas vezes sobre a menor probabilidade de calote na dívida interna. De toda forma, para quem acha que emprestar para o Governo brasileiro é seguro, deixo aqui um texto interessante que li em um blog, tratando do histórico de calotes da nossa dívida externa. Fiquei bastante surpreso ao saber que até o momento somos os recordistas mundiais em calotes. viverdedividendos.org/cuidado-com-o-calote-fuja-da-renda-fixa/
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Post by ednajar on Dec 28, 2015 9:01:28 GMT -3.5
Jigsaw, li o texto que vc indicou, sobre a estratégia "all in"" em TD. "All in" é um jargão que vem do poker. Nesta situação, quando vc aposta tudo contra seu adversário podem haver 2 desfechos mais comuns e um terceiro, mais raro. Os mais comuns são 1) vc ganha tudo ou 2) perde tudo. Raramente há um 3) empate. Para ganhar tudo vc tem que estar ABSOLUTO, isto é, ter certeza que não há possibilidades de haver jogo (estratégia) melhor que a sua na mesa. Em investimento tal estratégia simplesmente não existe. Outra opção no poker é blefar, e fazer o adversário sair da mesa. Nosso adversário é o MERCADO e ela nunca sai da mesa. Portanto estratégia ruim (blefe) será SEMPRE punida pelo mercado. O empate, nesta metáfora, vou considerar como uma situação mediana, que possui uma gama de desfechos desde um rendimento menor a um discretamente maior que o mercado de renda fixa poderia dar. Ainda bem que o autor do texto conjuga o verbo sempre na primeira pessoa, porque este texto não passa de um desabafo particular. O texto jamais poderia ser considerado como uma estratégia de investimento que a maioria dos investidores devessem seguir. O autor explica a situação de não ser capaz de lidar com o estresse, o trabalho e a "perda de tempo" de acompanhar diferentes mercados, de não tolerar a volatilidade de alguns itens da sua cesta de alocação. Ele expõe a idade e o montante bruto que possui, traça um ÚNICO caminho para sua independência financeira, limita sua necessidade financeira a um montante extremamente particular (só serve pra ele!), faz os cálculos e vê uma oportunidade de sair da vida "angustiante" de ter que pensar, gerenciar seus investimentos e "perder tempo" com isso, apenas aplicando em NTN B!? Em nenhum momento havia plano B ou C, nenhum parágrafo mencionou situações de exceção (risco catastrófico - calote, bloqueio, mudança de moeda, ...) nem mesmo situações mais óbvias (risco não catastrófico - mudança no cálculo do IPCA, aumento de taxa de juros, contingencias financeiras emergenciais como doenças graves, processos judicias decorrentes de acidentes ou mesmo atrelados ao trabalho que faz ...). No início de 2003 a LTN pagava 30% e a Taxa SELIC era 25%. Não faz tanto tempo assim, isso não é uma história tão remota para ser negligenciada de forma tão despreocupada. Se ele tem quase 40 anos, se não me engano, durante a infância ele deve ter vivenciado uma época de hiperinflação, em que os pais faziam compras de mês, para estocar em casa. Ele quer travar por 35 anos, toda economia de uma vida, a juros reais de 7,5% ?? E se ele tivesse tido essa idéia no final de 2012, quando as NTN Bs Princ 2024 e 2035 pagavam entre 3,5 e 4% + IPCA??? Quanto ele teria hoje pra sacar?? Eu admito que o Santo Graal é nosso sonho. Achar uma estratégia simples, deixá-la no piloto automático e sentir-se garantido com esta estratégia o resto da vida. Infelizmente não há lanche grátis nos investimentos! O texto pareceu sedutor, mas a estratégia dele pode ser uma armadilha terrível para ele mesmo e o pior, para os outros que lêem! A estratégia é simplória, ingênua, desconsidera o mínimo de gerenciamento de risco, é concentrada em apenas um ativo (títulos do tesouro). É uma bomba relógio! Torço para que a hora da detonação esteja marcada para mais de 40 anos no futuro e assim a sorte agracie o autor. Eu sou adepto da ALOCAÇÃO DE ATIVOS e da diversificação da carteira com ativos com correlação baixa. Sou adepto de fazer abstrações, por mais improváveis e raras que sejam, de cenários de crise e construir um portifólio com uma saída para cada uma delas. Se a sorte faz parte da estratégia, vá para um cassino ou para o Jóquei clube. Investir dinheiro, programar um futuro tranquilo para vc e sua família SEMPRE exigirão atenção, trabalho duro e incessante. Nada diferente disso. Eu sugeriria fortemente que o autor revisse seu ponto de vista. Forte abraço e um excelente 2016 a todos. Obs: Pra quem se interessa por livros vou deixar algumas indicações sobre Alocação de Ativos e manejo de risco: All About Asset Allocation (livro mais simples e de leitura fácil, para quem não está familiarizado com o assunto sugiro começar por ele) Richard A. Ferri Asset Allocation - BALANCING FINANCIAL RISK Fourth Edition ROGER C. GIBSON UNDERSTANDING ASSET ALLOCATION AN INTUITIVE APPROACHTO MAXIMIZING YOUR PORTFOLIO Victor Canto The New Science of Asset Allocation - Risk Management in a Multi-Asset World THOMAS SCHNEEWEIS Strategic Risk Taking Aswath Damodaran EXTREME RISK MANAGEMENT CHRISTINA RAY
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Post by jigsaw on Dec 29, 2015 16:59:33 GMT -3.5
ednajar , excelente texto, acredito que muitos por aqui aprenderão com suas explicações, tambem estou de acordo com você, a estrategia de all in em qualquer ativo é muito arriscado, ainda mais no cenário econômico cheio de incertezas como é o nosso, por isso é importante termos uma visão como a sua, senao o pessoal lê uma matéria como aquela e sai vendendo tudo (ações, FIIs, imoveis, dolar, etc) para colocar apenas em TD. Eu li alguma coisa (varios artigos) sobre Asset Allocation no blog do HCi: hcinvestimentos.com/alocacao-de-ativos/, mas é claro que esse material que você postou com publicações in English tem uma abordagem bem mais específica sobre o tema, vou pesquisar a respeito. E a propósito, poderia dizer qual percentual da sua carteira está alocada em TD? quais os outros tipos de ativos (açoes, imóveis, RF, ouro, dolar, FIIs, etc) compõe sua carteira? qual estratégia e periodicidade utiliza para fazer essa realocação? ou não tem uma estratégia pre-definida, tudo vai de acordo com a mudança de cenario econômico? responda o que quiser, tudo que é postado aqui serve de aprendizado para muita gente.
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