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Post by cpf216 on Feb 22, 2016 19:58:00 GMT -3.5
Considerando a situação hipotética: A pessoa fez 4 operações: - Lançamento coberto que virou pó, PETRB21. Lucro 700 reais. - Venda CMIG3. Total 2500 reais. Lucro 400 reais. - Venda SLED4. Total 1200 reais. Prejuízo 1800 reais. - Lançamento coberto que virou pó, BBASB15. Lucro 500 reais. Não há imposto a ser pago, já que houve prejuízo neste mês. Pergunto se o lucro da venda da CMIG3 deve ser abatido ou não do prejuízo, já que a venda total do mês foi abaixo de 20 mil. Essa é uma discussão longa, sem veredito ainda. É preciso abrir uma consulta formal na Receita, e mesmo uma resposta formal pode não ser vinculante (só valer para quem perguntou). Duas linhas de pensamento: 1. Isenção vendas abaixo de 20k tem prioridade: todo lucro de ações é isento nesse caso, resultado do mês é todo prejuízo; 2. Fazer net mensal tem prioridade, independente do volume: soma tudo. Eu particularmente já fui da opinião que valia o (1), mas hoje em dia eu acredito que o correto o (2). Para você ver a diferença, abra a DIRPF do ano passado. A questão é o saldo de lucro de venda de ações digita na parte de RV ou na parte de lucro isento.
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Potuz
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Post by Potuz on Feb 23, 2016 6:11:59 GMT -3.5
Considerando a situação hipotética: A pessoa fez 4 operações: - Lançamento coberto que virou pó, PETRB21. Lucro 700 reais. - Venda CMIG3. Total 2500 reais. Lucro 400 reais. - Venda SLED4. Total 1200 reais. Prejuízo 1800 reais. - Lançamento coberto que virou pó, BBASB15. Lucro 500 reais. Não há imposto a ser pago, já que houve prejuízo neste mês. Pergunto se o lucro da venda da CMIG3 deve ser abatido ou não do prejuízo, já que a venda total do mês foi abaixo de 20 mil. Procura no IM pela mesma discussão entre o JNRS e mico ao respeito (O cpf216 também participou). Por exemplo aqui eu fiz uma pergunta similar forum.infomoney.com.br/viewtopic.php?f=11&t=8843&start=1720O que eu posso dizer é o seguinte, independentemente de quais foram as regras. - Eu estive um mês em precisamente a situação descrita, vendas por menos de 20K, com lucro em algumas operações e prejuízo em outras e declarei os lucros na aba isenta e as operações gerando prejuízo na aba de RV. E não fui para a malha fina
- Eu estive numa situação claramente pior (desde o ponto de vista da discussão) fui exercido num lançamento coberto de BBAS por muito mais de 20K (gerando lucro) e vendi SLED no lucro por menos de 20K. Declarei o lucro da SLED na aba de rendimentos isentos e o lucro do lançamento na RV. Também não fui para a malha fina.
Cabe salientar que eu penso que agi errado e que o JNRS está certo e devia ter declarado todo em RV sem poder utilizar a issensão em ambos casos. Depois de aquela discussão no IM eu comecei a agir de acordo com o dito pelo JNRS ou pelo ponto (2) do cpf216 acima.
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rst
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Post by rst on Feb 23, 2016 7:03:43 GMT -3.5
Potuz, o que sua história evidencia é que, por mais equipada que a receita esteja, pelo sistema atual é praticamente impossível ela apurar o imposto devido por cada um dos investidores. São milhares de pessoas comprando e vendendo ativamente em vários mercados (ações, futuros, opções, etc), títulos novos sendo emitidos seguidamente, regras diversas se misturando, ativos sendo carregados por anos ou mesmo décadas, muitos antes mesmo de as ações serem escriturais, operações sendo montadas simultaneamente com mais vários ativos, e etc. A complexidade é tão grande, que não imagino haver um sistema apto a acompanhar tudo. No futuro certamente será diferente. No momento, porém, acredito que o sistema da receita detecte apenas grandes inconsistências.
Assim, se de um lado acredito que devemos declarar e pagar tudo corretamente, de outro, não devemos nos desesperar se cometermos pequenos erros.
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Post by cpf216 on Feb 23, 2016 21:51:29 GMT -3.5
Potuz, o que sua história evidencia é que, por mais equipada que a receita esteja, pelo sistema atual é praticamente impossível ela apurar o imposto devido por cada um dos investidores. São milhares de pessoas comprando e vendendo ativamente em vários mercados (ações, futuros, opções, etc), títulos novos sendo emitidos seguidamente, regras diversas se misturando, ativos sendo carregados por anos ou mesmo décadas, muitos antes mesmo de as ações serem escriturais, operações sendo montadas simultaneamente com mais vários ativos, e etc. A complexidade é tão grande, que não imagino haver um sistema apto a acompanhar tudo. No futuro certamente será diferente. No momento, porém, acredito que o sistema da receita detecte apenas grandes inconsistências. Assim, se de um lado acredito que devemos declarar e pagar tudo corretamente, de outro, não devemos nos desesperar se cometermos pequenos erros. Pequenos erros realmente não. Porém tem uns pequenos erros que dão dores de cabeça (errar declaração de IRRF). Sobre a Receita tudo processar, não é uma questão de volume (de madrugada as máquinas ficam praticamente paradas), nem tanto de complexidade, embora sim, seja um problema complexo. Mas complexo que é, pode ser automatizado, e está sendo. Eu acredito que ainda vamos ver um "arquivo mensal" digital, com todo o operacional do mês, encaminhado das corretoras aos investidores e a Receita, que serão a base desse processamento. Para não deixar insubstanciado o argumento do volume: no meu micro caseiro eu brinco de reconstruir os books da bolsa e BM&F, ordem a ordem (incluídas e excluídas fora do spread, não só os cruzamentos). Processo um mês inteiro em coisa de 10 minutos. Acho que consigo calcular o preço médio de todo mundo com pouco mais do dobro disso. Só preciso do campo "NúmeroCpfCnpfIE" para tanto. Coisa que, vocês podem imaginar, a CBLC obrigatoriamente tem, e é onde a Receita vai ir buscar isso, eventualmente.
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Potuz
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Post by Potuz on Feb 24, 2016 6:57:11 GMT -3.5
Potuz, o que sua história evidencia é que, por mais equipada que a receita esteja, pelo sistema atual é praticamente impossível ela apurar o imposto devido por cada um dos investidores. São milhares de pessoas comprando e vendendo ativamente em vários mercados (ações, futuros, opções, etc), títulos novos sendo emitidos seguidamente, regras diversas se misturando, ativos sendo carregados por anos ou mesmo décadas, muitos antes mesmo de as ações serem escriturais, operações sendo montadas simultaneamente com mais vários ativos, e etc. A complexidade é tão grande, que não imagino haver um sistema apto a acompanhar tudo. No futuro certamente será diferente. No momento, porém, acredito que o sistema da receita detecte apenas grandes inconsistências. Assim, se de um lado acredito que devemos declarar e pagar tudo corretamente, de outro, não devemos nos desesperar se cometermos pequenos erros. Pequenos erros realmente não. Porém tem uns pequenos erros que dão dores de cabeça (errar declaração de IRRF). Sobre a Receita tudo processar, não é uma questão de volume (de madrugada as máquinas ficam praticamente paradas), nem tanto de complexidade, embora sim, seja um problema complexo. Mas complexo que é, pode ser automatizado, e está sendo. Eu acredito que ainda vamos ver um "arquivo mensal" digital, com todo o operacional do mês, encaminhado das corretoras aos investidores e a Receita, que serão a base desse processamento. Para não deixar insubstanciado o argumento do volume: no meu micro caseiro eu brinco de reconstruir os books da bolsa e BM&F, ordem a ordem (incluídas e excluídas fora do spread, não só os cruzamentos). Processo um mês inteiro em coisa de 10 minutos. Acho que consigo calcular o preço médio de todo mundo com pouco mais do dobro disso. Só preciso do campo "NúmeroCpfCnpfIE" para tanto. Coisa que, vocês podem imaginar, a CBLC obrigatoriamente tem, e é onde a Receita vai ir buscar isso, eventualmente. A questão do volume passa por outro lado: você pode automatizar o processo de verificar pendências na declaração. Mas ai quando encontra alguma declaração com problema ela deve ser controlada por um ser humano. Esse é o ponto do problema, mesmo você tendo a capacidade para filtrar todas as declarações com erro, a receita decide não fazê-lo pois não poderia botar todas na malha fina. Isso acontece em todas as receitas de países importantes. A IRS nos estados unidos vem há anos com queixas do tipo, onde pessoas com erros muito mais grosseiros dos que os mencionados aqui não tem nenhum problema pois a IRS simplesmente não tem o pessoal para processar eles.
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Post by cpf216 on Feb 24, 2016 20:45:57 GMT -3.5
Pequenos erros realmente não. Porém tem uns pequenos erros que dão dores de cabeça (errar declaração de IRRF). Sobre a Receita tudo processar, não é uma questão de volume (de madrugada as máquinas ficam praticamente paradas), nem tanto de complexidade, embora sim, seja um problema complexo. Mas complexo que é, pode ser automatizado, e está sendo. Eu acredito que ainda vamos ver um "arquivo mensal" digital, com todo o operacional do mês, encaminhado das corretoras aos investidores e a Receita, que serão a base desse processamento. Para não deixar insubstanciado o argumento do volume: no meu micro caseiro eu brinco de reconstruir os books da bolsa e BM&F, ordem a ordem (incluídas e excluídas fora do spread, não só os cruzamentos). Processo um mês inteiro em coisa de 10 minutos. Acho que consigo calcular o preço médio de todo mundo com pouco mais do dobro disso. Só preciso do campo "NúmeroCpfCnpfIE" para tanto. Coisa que, vocês podem imaginar, a CBLC obrigatoriamente tem, e é onde a Receita vai ir buscar isso, eventualmente. A questão do volume passa por outro lado: você pode automatizar o processo de verificar pendências na declaração. Mas ai quando encontra alguma declaração com problema ela deve ser controlada por um ser humano. Esse é o ponto do problema, mesmo você tendo a capacidade para filtrar todas as declarações com erro, a receita decide não fazê-lo pois não poderia botar todas na malha fina. Isso acontece em todas as receitas de países importantes. A IRS nos estados unidos vem há anos com queixas do tipo, onde pessoas com erros muito mais grosseiros dos que os mencionados aqui não tem nenhum problema pois a IRS simplesmente não tem o pessoal para processar eles. Eu estou pensando mais no que vem a seguir: IR de RV ser todo na fonte. Mudar, justamente isso, sair de sinalizar declaração com problema" para "tá aqui os DARFs já cadastrados na dívida ativa".
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Post by Deleted on Feb 27, 2016 13:41:39 GMT -3.5
Pessoal, como eu faço para puxar prejuízos de anos anteriores para a declaração corrente?
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Potuz
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Post by Potuz on Feb 27, 2016 17:45:25 GMT -3.5
Pessoal, como eu faço para puxar prejuízos de anos anteriores para a declaração corrente? Na aba de RV tem a opção de indicar prejuízos anteriores. Você tem que ter declarado aqueles prejuízos na declaração anual anterior porém.
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Post by Deleted on Mar 2, 2016 7:57:28 GMT -3.5
Declaração de Imposto de Renda 2016 PREENCHIMENTO COMPLETO Passo a Passo
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rst
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Post by rst on Mar 3, 2016 16:03:08 GMT -3.5
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Potuz
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Post by Potuz on Mar 3, 2016 16:39:44 GMT -3.5
Pó eu já estava finalizando.... Tomara não de problema para passar a info
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rst
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Post by rst on Mar 3, 2016 17:22:25 GMT -3.5
Pó eu já estava finalizando.... Tomara não de problema para passar a info Eu estava no fim da parte de renda variável, que é a mais chata. segundo a notícia, o novo programa preserva as declaracoes que estão sendo feitas. na dúvida, antes de instalar é melhor salvar todos os arquivos que tenham o seu número de cpf
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Potuz
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Post by Potuz on Mar 3, 2016 17:27:01 GMT -3.5
Pó eu já estava finalizando.... Tomara não de problema para passar a info Eu estava no fim da parte de renda variável, que é a mais chata. segundo a notícia, o novo programa preserva as declaracoes que estão sendo feitas. na dúvida, antes de instalar é melhor salvar todos os arquivos que tenham o seu número de cpf kkk eu sou muito mais anal do que isso: eu tenho backups incrementais a cada 30m e a cada arquivo modificado automáticamente sincronizo com meu laptop, meu servidor em casa e o computador na sala do meu trabalho. Se eu perco informação é porque estava bêbado EDIT: rst por favor posta se teve algum problema, eu acho que vou deixar o resto (renda variável) para o sábado. O mais triste é que hoje recebi o primeiro informe de ativos escriturais (dividendos) no correio: o BBAS e o BBDC são uma vergonha.
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Post by rst on Mar 3, 2016 20:36:46 GMT -3.5
Rufus, talvez seja algo relacionado à mudança de cidade. Dessa vez até o informe do Bradesco veio no prazo (ano passado foram os que mais demoraram para a maioria daqui)
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Potuz
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Post by Potuz on Mar 3, 2016 21:03:49 GMT -3.5
Rufus, talvez seja algo relacionado à mudança de cidade. Dessa vez até o informe do Bradesco veio no prazo (ano passado foram os que mais demoraram para a maioria daqui) Meu endereço de correspondência não mudou nesses últimos anos. Eu me mudei de cidade, mas esperava voltar muito mais breve, então permaneceu tudo igual. Em último caso, o extrato da corretora deve ser confiável, certo? O da corretora é sim, mas no meu caso ela não envia os dividendos provisionados, só os pagos. Os bancos típicamente tem um endereço online onde você pode tirar aqueles informes. Eu lembro ter feito isso com o BBAS e o BBDC.
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Potuz
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Post by Potuz on Mar 3, 2016 21:53:55 GMT -3.5
O que são dividendos provisionados? São os "juros sobre capital próprio a receber"? Se sim, a Socopa tem uma página com eles. Eu lembro de ter encontrado este informe no site do Itaú. Acho até que fiz isso para responder uma pergunta sua no outro fórum. Não só os JCP mas também para dividendos existe essa figura, mas se a Socopa te dá os "juros de capital próprio a receber" imagino que deve fazer também com os dividendos. Os dividendos que foram creditados e não pagos (a receber) são declarados na aba de "bens e direitos" os já cobrados são declarados na aba de rendimentos issentos e não tributáveis e os JCP na aba de rendimentos com tributação exclusiva.
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Post by cpf216 on Mar 4, 2016 8:09:24 GMT -3.5
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Post by cpf216 on Mar 4, 2016 8:10:32 GMT -3.5
Rufus, talvez seja algo relacionado à mudança de cidade. Dessa vez até o informe do Bradesco veio no prazo (ano passado foram os que mais demoraram para a maioria daqui) Meu endereço de correspondência não mudou nesses últimos anos. Eu me mudei de cidade, mas esperava voltar muito mais breve, então permaneceu tudo igual. Em último caso, o extrato da corretora deve ser confiável, certo? O extrato da corretora não é confiável. Na verdade nem conta como documento hábil para declaração de Imposto de Renda. Usar somente em último caso.
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Post by cpf216 on Mar 4, 2016 8:14:03 GMT -3.5
Meu endereço de correspondência não mudou nesses últimos anos. Eu me mudei de cidade, mas esperava voltar muito mais breve, então permaneceu tudo igual. Em último caso, o extrato da corretora deve ser confiável, certo? O da corretora é sim, mas no meu caso ela não envia os dividendos provisionados, só os pagos. Os bancos típicamente tem um endereço online onde você pode tirar aqueles informes. Eu lembro ter feito isso com o BBAS e o BBDC. Não tem os dividendos provisionados e não pagos, as bonificações em ações, os créditos de diferenças de grupamento... Costuma ser só um resumo dos dividendos pagos, que até pode ser a maioria dos eventos comuns, mas não é o correto para fazer a declaração. Pra começo de conversa, extrato é regime de caixa (data de pagamento), enquanto que muitos informes de rendimentos oficiais dão a entender que é regime competência (data "com").
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Post by cpf216 on Mar 4, 2016 8:19:29 GMT -3.5
O que são dividendos provisionados? São os "juros sobre capital próprio a receber"? Se sim, a Socopa tem uma página com eles. Eu lembro de ter encontrado este informe no site do Itaú. Acho até que fiz isso para responder uma pergunta sua no outro fórum. Dividendos, JCP, rendimentos de FII, resgates de RF, valores de liquidação... Quase qualquer evento acionário que envolva dinheiro pode estar provisionado/previsto e ainda não pago. Na verdade quase todo evento acionário fica um tempo na "situação provisionado/previsto e não pago", só depois passando para a situação de "pago". Quando a transição ocorre toda dentro de um ano é a situação de pago, simplesmente. Quando um evento acionário ocorre (tem data "com") num ano e pagamento em outro que é essa situação de provisionado/previsto mas não pago. Em muitos informes de banco esses valores vem divididos, mas todos dentro de "Rendimentos". Ou seja, você declara os pagos e não pagos como rendimento de um ano só, mas os não pagos tem o procedimento extra de colocar como bens e direitos, dado que é um aumento de patrimônio que ainda não está na sua conta corrente (um direito, não ainda um bem).
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