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Post by Claudio66 on Oct 18, 2015 22:40:29 GMT -3.5
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Post by jigsaw on Mar 3, 2017 11:26:42 GMT -3.5
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Post by jigsaw on Mar 3, 2017 11:28:26 GMT -3.5
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rst
Moderador
Posts: 6,047
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Post by rst on Mar 3, 2017 11:40:19 GMT -3.5
jigsaw, vejo que tem dedicado grande esforço a compilar e organizar estes dados. Não sei qual a opinião dos demais usuários, o que direi abaixo representa apenas a minha visão: Acho estes dados de grande utilidade para uma rápida análise sobre uma determinada empresa. Porém, melhor do que fazer o levantamento de cada uma das centenas de empresas listadas, é dedicar-se às principais logo após a divulgação de um resultado. Acho que poucos têm interesse em saber os indicadores históricos de um mico que ninguém investe, mas todos têm muito interesse em saber os indicadores atualizados das empresas sólidas logo após a divulgação de suas demonstrações financeiras. O cadu fazia algo assim no infomoney e era sempre uma postagem muito aguardada. Abraço e agradeço por todo o esforço que tem dedicado a esta tarefa.
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Post by jigsaw on Mar 6, 2017 8:19:18 GMT -3.5
jigsaw , vejo que tem dedicado grande esforço a compilar e organizar estes dados. Não sei qual a opinião dos demais usuários, o que direi abaixo representa apenas a minha visão: Acho estes dados de grande utilidade para uma rápida análise sobre uma determinada empresa. RST, agradeço pela INTERVENÇÃO, toda e qualquer SUGESTÃO ou CRÍTICA, desde que seja construtiva, sera sempre bem vinda, afinal estamos num forum de discussão, onde o objetivo principal é alinharmos nossas idéias. Porém, melhor do que fazer o levantamento de cada uma das centenas de empresas listadas, é dedicar-se às principais logo após a divulgação de um resultado. Acho que poucos têm interesse em saber os indicadores históricos de um mico que ninguém investe, mas todos têm muito interesse em saber os indicadores atualizados das empresas sólidas logo após a divulgação de suas demonstrações financeiras. EXCELENTE ponto esse que você levantou, tanto que vou tentar explicar de forma detalhada, para que não paire nenhuma duvida. O que acontece é que eu comecei a montar um BANCO DE DADOS a partir do ZERO, ha apenas 3 meses, diferente do cadu e do ilustre prof_paulo do forum ADVFN, que já tem um base de dados PRONTA, contemplando os ultimos DEZ anos. Para início dos trabalhos eu comecei com as empresas que foram escolhidas para a CBCAFI, acreditando que houve um FILTRO preliminar na escolha delas, mas com o tempo fui percebendo que muitas delas são micos, não entendi o motivo da escolha, mas aí eu ja havia extraído os dados de todas aquelas empresas no periodo de 2006-2016, entao achei melhor mante-las na minha base de dados. Ocorre que essa primeira extraçao contemplou 150 empresas com dados até o 3T16, mas que por uma coincidência, os dados do 4T16 estão sendo publicados neste momento, contudo para eu fazer uma nova extração de dados para complementar o 4T16 tornaria o trabalho improdutivo, algo do tipo, ao inves de eu finalizar 10 empresas até o 3T16, eu finalizaria 1 empresa do 4T16, diante disso estou deixando de publicar as empresas que estão com os dados divulgados do 4T16, pois nao faz sentido publicar os dados até o 3T16 sendo que a empresa ja tem os dados do 4T16, tanto que no ultimo bloco de 5 empresas finalizadas (MAGG3, MDIA3, MGEL4, MRFG3 E MRVE3), apenas MRFG3 eu nao publiquei, farei isso num segundo momento, depois de finalizar o 3T16 desse primeiro lote de empresas. Os dados de BP ativo, BP passivo e DRE foram relativamente simples para obtençao, a pior parte são as cotações, quantidade de ações e os dividendos. Como eu estou postando blocos de 5 empresas, acabei elaborando uma serie de 5 conjuntos de graficos, sendo que cada conjunto possui 2 graficos diferentes, isso me permite fazer um RODIZIO de graficos a cada 5 blocos de empresas, ou seja, os graficos voltam a se repetir apenas depois de 25 empresas publicadas. E de onde busquei inspiração para elaboraçao desse graficos? os modelos foram baseados no que foi apresentado pela CBCAFI(VM X PSBE E receita x LL), Bastter (LL x cotaçao, PL x LL x Divida, receita x caixa x EBITDA), Empiricus (dividendos x LL x PAYOUT) e relatório da GRND (CX e Equiv x Emprestimos x caixa liquido), pretendo numa 2.ª fase elaborar os graficos intrasetoriais, para verificarmos quais empresas são as melhores em cada indicador x setor x media segmento, algo que está disponivel apenas para assinantes Bastter-blue. (ou outros serviços pagos). O cadu fazia algo assim no infomoney e era sempre uma postagem muito aguardada. Abraço e agradeço por todo o esforço que tem dedicado a esta tarefa. Acontece que quando estou trabalhando em algum estudo, procuro analisar o Indice de Aprovação dos Foristas (pode chamar de Indice de Satisfaçao do Cliente, hehe), que seria o numero de positivações dividido pelo numero de posts do estudo, no caso da CBCAFI, onde eu atualizei e disponibilizei as planilhas de 50 empresas, o IAF = 0/50 (ZERO CINQUENTA AVOS), ZERO positivações em 50 empresas postadas, o que me fez abandonar o projeto. No caso do trabalho em questão, como publiquei 80 empresas e houve apenas uma positivação (o forista Claudio66 positivou a empresa BAUH4), desse modo o IAF = 1/80 (UM OITENTA AVOS), caso o índice fosse de 0/80 (ZERO OITENTA AVOS), eu abortaria o estudo. Por que faço isso?? Porque acredito que nao tem sentido direcionarmos tempo e energia em algo que não está atendendo o interesse dos demais foristas, alias, esse tipo de avaliação é realizado em toda e qualquer grande corporação. É claro que o trabalho que o cadu desenvolvia no infomoney e o que o prof_paulo faz no ADVFN foram e são EXCELENTES, mas como você pode perceber, ainda estou em plena desvantagem nesse sentido, mas tenho certeza de que na proxima divulgaçao de balanços (1T17), estarei com um BANCO DE DADOS bem mais completo, assim terei condições de apenas adicionar o novo trimestre, facilitando muito a finalização dos trabalhos. Espero ter elucidado qualquer duvida a respeito da questão, demorei um pouco a lhe responder, porque a questão que você levantou merecia uma resposta detalhada.
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Post by disc126 on Mar 6, 2017 16:26:16 GMT -3.5
Vou fazer o meu mea culpa, vá foi positivado mentalmente em todos os estudos jigsaw ou Marcus Vinicius
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Neymar
Forista VIP
Posts: 1,004
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Post by Neymar on Mar 6, 2017 19:22:26 GMT -3.5
Vou fazer o meu mea culpa, vá foi positivado mentalmente em todos os estudos jigsaw ou Marcus Vinicius Também acompanho o trabalho que o jigsaw tem feito e deixo registrado o feedback positivo. é bem útil e prático, dá um belo overview das empresas. A idéia de restringir os papéis é boa.
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rst
Moderador
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Post by rst on Mar 15, 2017 18:43:13 GMT -3.5
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Post by foxhoundbr on Nov 24, 2017 0:06:35 GMT -3.5
Aos poucos a Mangels está se recuperando. A empresa ainda tem um longo caminho pela frente até pagar todas as dívidas com os credores e fazer o seu PL sair do negativo, mas na minha opinião ela tem tudo para conseguir isso daqui a alguns anos.
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Post by Claudio66 on Nov 24, 2017 19:11:28 GMT -3.5
Estou analisando a Mangels. Ter saído da RJ já é um indício muito bom. O gráfico abaixo mostra uma evolução consistente dos resultados, depois que saiu da RJ (março de 2017). Lucro Operacional e EBITDA estão no máximo dos últimos 3 anos. E o lucro bruto ainda tem potencial de crescer. Ou seja, houve cortes nas despesas operacionais. (A principal ação foi a drástica redução do número de executivos, de 52 para 25, com economia de R$ 9,5 M por ano. Ver página 22 da Apresentação a analistas/agentes do mercado de 08/06/2017.) No 3T17 o EBITDA já superou a despesa financeira (ex variação cambial), numa demonstração de que a empresa é viável. E existe potencial para melhorar esse resultado. Em 2015 e 2016 a empresa faturou uma média de R$ 60M por trimestre com rodas. Em 2017 o melhor trimestre foi o 3T17, com faturamento de R$ 58 M. Com aços, em 2015 a empresa faturou uma média de R$ 11M por trimestre (chegou a R$ 15 M no 1T15). Em 2017 o melhor trimestre foi novamente o 3T17, com faturamento de R$ 9 M. Se houver realmente recuperação da indústria automobilística, esses números podem ser ainda melhores. Melhorias nessas vendas, de volta a médias históricas, podem aumentar em uns 20% o resultado operacional, que já foi o maior da série.
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Potuz
New Member
Posts: 3,392
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Post by Potuz on Nov 25, 2017 7:19:06 GMT -3.5
Estou analisando a Mangels. Ter saído da RJ já é um indício muito bom. O gráfico abaixo mostra uma evolução consistente dos resultados, depois que saiu da RJ (março de 2017). Lucro Operacional e EBITDA estão no máximo dos últimos 3 anos. E o lucro bruto ainda tem potencial de crescer. Ou seja, houve cortes nas despesas operacionais. (A principal ação foi a drástica redução do número de executivos, de 52 para 25, com economia de R$ 9,5 M por ano. Ver página 22 da Apresentação a analistas/agentes do mercado de 08/06/2017.) No 3T17 o EBITDA já superou a despesa financeira (ex variação cambial), numa demonstração de que a empresa é viável. E existe potencial para melhorar esse resultado. Em 2015 e 2016 a empresa faturou uma média de R$ 60M por trimestre com rodas. Em 2017 o melhor trimestre foi o 3T17, com faturamento de R$ 58 M. Com aços, em 2015 a empresa faturou uma média de R$ 11M por trimestre (chegou a R$ 15 M no 1T15). Em 2017 o melhor trimestre foi novamente o 3T17, com faturamento de R$ 9 M. Se houver realmente recuperação da indústria automobilística, esses números podem ser ainda melhores. Melhorias nessas vendas, de volta a médias históricas, podem aumentar em uns 20% o resultado operacional, que já foi o maior da série. O meu problema aqui é que a capacidade de crescimento da Altona é maior (lembrando que tiveram parados os fornos durante os dois últimos anos) e ela também se beneficia com o aumento nas vendas de automóveis, não vejo como investir aqui tendo a EALT também barata.
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Post by jigsaw on Nov 28, 2017 15:17:03 GMT -3.5
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Post by jigsaw on Nov 28, 2017 15:18:16 GMT -3.5
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Post by foxhoundbr on Dec 27, 2017 23:12:56 GMT -3.5
Estou analisando a Mangels. Ter saído da RJ já é um indício muito bom. O gráfico abaixo mostra uma evolução consistente dos resultados, depois que saiu da RJ (março de 2017). Lucro Operacional e EBITDA estão no máximo dos últimos 3 anos. E o lucro bruto ainda tem potencial de crescer. Ou seja, houve cortes nas despesas operacionais. (A principal ação foi a drástica redução do número de executivos, de 52 para 25, com economia de R$ 9,5 M por ano. Ver página 22 da Apresentação a analistas/agentes do mercado de 08/06/2017.) No 3T17 o EBITDA já superou a despesa financeira (ex variação cambial), numa demonstração de que a empresa é viável. E existe potencial para melhorar esse resultado. Em 2015 e 2016 a empresa faturou uma média de R$ 60M por trimestre com rodas. Em 2017 o melhor trimestre foi o 3T17, com faturamento de R$ 58 M. Com aços, em 2015 a empresa faturou uma média de R$ 11M por trimestre (chegou a R$ 15 M no 1T15). Em 2017 o melhor trimestre foi novamente o 3T17, com faturamento de R$ 9 M. Se houver realmente recuperação da indústria automobilística, esses números podem ser ainda melhores. Melhorias nessas vendas, de volta a médias históricas, podem aumentar em uns 20% o resultado operacional, que já foi o maior da série. O meu problema aqui é que a capacidade de crescimento da Altona é maior (lembrando que tiveram parados os fornos durante os dois últimos anos) e ela também se beneficia com o aumento nas vendas de automóveis, não vejo como investir aqui tendo a EALT também barata. Para um retorno no curto prazo, EALT certamente é mais atraente do que MGEL, seja pelos seus bons números quanto pelos dividendos que está pagando. Mas para um retorno a longo prazo (acima de 5 anos) a MGEL ganha disparado, pois está muito mais descontada e, à medida em que for pagando suas dívidas e melhorando o seu PL (até sair do negativo, o que irá demorar mais alguns anos), o preço do papel irá esticar bem mais do que EALT.
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Post by Claudio66 on Aug 19, 2019 19:53:10 GMT -3.5
Resultado líquido espetacular! No 2T18 o lucro por ação foi de R$ 1,61 para MGEL4. Anualizando, teríamos R4 6,44 / ação, para uma ação que fechou hoje em R$ 8,38. (Isso daria um P/L de 1,3!!! Esse resultado líquido, porém, foi influenciado por variação cambial da dívida favorável. Com o dólar acima de R$ 4, o prejuízo no 3T19 é certo.)
Destaques do 2T19 vs 2T18: Receita: +29% Lucro Bruto: +47% Lucro Operacional: +87% lucro Líquido: reverteu prejuízo de R$ 42M para lucro de R$ 9M Não foi uma melhora de um período. O 1T19 também foi superior em relação ao 1T18, ainda que de maneira mais modesta: Receita: +9% Lucro Bruto: +15% Lucro Operacional: +28% lucro Líquido: aproximadamente o mesmo, com cerca de R$ 1M de prejuízo O ponto importante aqui é a alavancagem operacional. um ponto percentual de aumento na receita produz 3 pontos percentuais de aumento no resultado operacional. No futuro essa proporção será menor, tanto pelo aumento do lucro operacional, quanto pela redução das oportunidades de redução de despesas administrativas e financeiras. Mas não precisa melhorar mais. Basta manter, pois o lucro está absurdamente alto para o preço atual. E vejo potencial para os lucros aumentarem. A queda de juros no Brasil, junto com redução do desemprego, deve aumentar as vendas de carros. E o dólar alto, que deve se manter pela redução do prêmio pago pelo governo brasileiro sobre os treasuries, vai estimular as exportações, que ainda respondem por apenas 17% da receita, mas crescem 80% em relação ao 2T18 e 50% em relação ao 1T19. O aumento das exportações é importante também para reduzir a exposição cambial da empresa que tem cerca de 15% 50% da dívida em dólar.
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Post by Claudio66 on Aug 20, 2019 7:10:27 GMT -3.5
Com relação à postagem anterior, é bom lembrar, porém, que o patrimônio líquido da empresa é negativo em R$ -357 M, devido a prejuízos acumulados de R$ -538M. A empresa saiu de recuperação judicial em 2017. O patrimônio líquido negativo e o elevado valor de prejuízos acumulados significa que, para pagar dividendos, a empresa deverá passar por um aumento de capita, ou seja, diluição do capital das ações hoje em circulação. No lugar de olhar o P/L, o mais correto é olhar a taxa de remuneração do capital total, ou seja, a razão entre o lucro operacional (anualizando o resultado do 2T19, seria de R$ 60M por ano) e o capital total da empresa (dívida líquida de R$ 610M mais valor da ações de R$ 48M). Estamos falando de uma taxa de retornos total de 60 / 658 = 9% aa. Se o custo da dívida for de (12% aa, o dobro da SELIC, menos 34% de benefício tributário, estamos falando taxa de retorno sobre o capital próprio de 21% aa, sem nenhuma melhoria (ou piora) em relação ao 2T19. Parece-me uma boa relação risco/retorno.
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Post by Claudio66 on Nov 14, 2019 9:40:48 GMT -3.5
Resultado líquido espetacular! No 2T18 o lucro por ação foi de R$ 1,61 para MGEL4. Anualizando, teríamos R4 6,44 / ação, para uma ação que fechou hoje em R$ 8,38. (Isso daria um P/L de 1,3!!! Esse resultado líquido, porém, foi influenciado por variação cambial da dívida favorável. Com o dólar acima de R$ 4, o prejuízo no 3T19 é certo.)
Destaques do 2T19 vs 2T18: Receita: +29% Lucro Bruto: +47% Lucro Operacional: +87% lucro Líquido: reverteu prejuízo de R$ 42M para lucro de R$ 9M Não foi uma melhora de um período. O 1T19 também foi superior em relação ao 1T18, ainda que de maneira mais modesta: Receita: +9% Lucro Bruto: +15% Lucro Operacional: +28% lucro Líquido: aproximadamente o mesmo, com cerca de R$ 1M de prejuízo O ponto importante aqui é a alavancagem operacional. um ponto percentual de aumento na receita produz 3 pontos percentuais de aumento no resultado operacional. No futuro essa proporção será menor, tanto pelo aumento do lucro operacional, quanto pela redução das oportunidades de redução de despesas administrativas e financeiras. Mas não precisa melhorar mais. Basta manter, pois o lucro está absurdamente alto para o preço atual. E vejo potencial para os lucros aumentarem. A queda de juros no Brasil, junto com redução do desemprego, deve aumentar as vendas de carros. E o dólar alto, que deve se manter pela redução do prêmio pago pelo governo brasileiro sobre os treasuries, vai estimular as exportações, que ainda respondem por apenas 17% da receita, mas crescem 80% em relação ao 2T18 e 50% em relação ao 1T19. O aumento das exportações é importante também para reduzir a exposição cambial da empresa que tem cerca de 15% 50% da dívida em dólar. Como esperado, no 3T19 houve prejuízo decorrente da variação cambial. O prejuízo líquido foi de R$ 24,5M, para variação cambial líquida de R$ 25,5M. O resultado operacional veio um pouco acima do 3T18 e um pouco baixo do 2T19. Em relação ao 2T19 houve queda de 6,5% na receita, de 12,7% no resultado bruto e de 13,6% no resultado operacional. Isso foi decepcionante, pois eu esperava aumento das vendas, tanto no mercado interno, pelo aumento na venda de veículos novos e usados, quanto no mercado externo, pela elevação da taxa de câmbio. Mas ainda vou manter as ações, pois a perspectiva de melhora continua.
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Post by Claudio66 on Dec 18, 2019 6:35:05 GMT -3.5
Proposta da administração para retirar a sede de São Bernardo (SP), onde a empresa encerrou suas atividades produtivas, e levar para Três Corações (MG), onde está a principal planta da empresa. Essa mudança deve tem potencial de reduzir as Despesas Gerais e Administrativas, atualmente em R$ 30M por ano, para um Lucro Operacional de R$ 50M. Qualquer 1% de redução na Despesas G&A tem um impacto de 0,6% no Lucro Operacional. É um efeito relevante.
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Post by Claudio66 on Jan 20, 2020 15:51:43 GMT -3.5
Hoje já temos o maior volume de negociação dos últimos 12 meses (R$ 112k neste momento), e o 3o maior dos últimos 24 meses. A empresa saiu há menos de 2 anos da Recuperação Judicial (RJ). Teve resultados operacionais muito bons no 1T19 e 2T19 (ver comentário acima), com uma ligeira queda no 3T19 (que mesmo assim foi superior ao 3T18).
Como a taxa de câmbio fechou o 4T19 no mesmo nível do 3T19, não haverá impacto negativo da variação cambial (a menos de alguma operação de hedge mal feita). O 4o trimestre, porém, é normalmente um pouco mais fraco. Mas este ano pode ser diferente por conta da taxa de câmbio mais alta, o que pode impactar favoravelmente a receita com exportações. E há um ganho potencial em exercícios futuros a mudança da sede de São Bernardo para Três Corações (ver postagem anterior). O imóvel de São Bernardo do Campo, apesar de contabilizado por cerca de R$ 46M (esse é o valor de Imobilizado Destinado a Venda), é dado como garantia de empréstimos que somam R$ 152M (conferir a Nota 1413 do ITR 3T19). Normalmente o valor de mercado do bem dado em garantia é superior ao valor do empréstimo. A venda do imóvel, com amortização de parte da dívida, pode reduzir o prejuízo financeiro o suficiente para a empresa começar a apresentar resultados líquidos positivos, independentemente da melhoria operacional. Caso haja potencial de crescimento das vendas, a empresa terá caixa para financiar o aumento necessário na capacidade de produção.
O meu PM aqui é de R$ 7,69, mas acho que uma compra abaixo de R$ 9,00 ainda é um bom negócio, pois com algum ganho operacional e redução do prejuízo financeiro (venda o imóvel), a ação pode passar de R$ 20 em pouco tempo. Para isso basta o lucro operacional ser 20% maior, subindo para R$ 60M, e a dívida cair para R$ 500M, com custo 9% aa, o lucro líquido seria de R$ 10M, ou R$ 2,50 por ação. Para um P/L de 10, a ação deveria valer R$ 25. Contribuem para melhoria do resultado operacional: a redução das despesas administrativas devido à mudança da sede para Três Corações; a taxa de câmbio mais alta, com ganho nas exportações; e a recuperação da economia brasileira. Lucro líquido de R$ 10 M por ano parece uma projeção conservadora.
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Post by Claudio66 on Jan 20, 2020 22:32:52 GMT -3.5
Hoje já temos o maior volume de negociação dos últimos 12 meses (R$ 112k neste momento), e o 3o maior dos últimos 24 meses. A empresa saiu há menos de 2 anos da Recuperação Judicial (RJ). Teve resultados operacionais muito bons no 1T19 e 2T19 (ver comentário acima), com uma ligeira queda no 3T19 (que mesmo assim foi superior ao 3T18).
Como a taxa de câmbio fechou o 4T19 no mesmo nível do 3T19, não haverá impacto negativo da variação cambial (a menos de alguma operação de hedge mal feita). O 4o trimestre, porém, é normalmente um pouco mais fraco. Mas este ano pode ser diferente por conta da taxa de câmbio mais alta, o que pode impactar favoravelmente a receita com exportações. E há um ganho potencial em exercícios futuros a mudança da sede de São Bernardo para Três Corações (ver postagem anterior). O imóvel de São Bernardo do Campo, apesar de contabilizado por cerca de R$ 46M (esse é o valor de Imobilizado Destinado a Venda), é dado como garantia de empréstimos que somam R$ 152M (conferir a Nota 1413 do ITR 3T19). Normalmente o valor de mercado do bem dado em garantia é superior ao valor do empréstimo. A venda do imóvel, com amortização de parte da dívida, pode reduzir o prejuízo financeiro o suficiente para a empresa começar a apresentar resultados líquidos positivos, independentemente da melhoria operacional. Caso haja potencial de crescimento das vendas, a empresa terá caixa para financiar o aumento necessário na capacidade de produção.
O meu PM aqui é de R$ 7,69, mas acho que uma compra abaixo de R$ 9,00 ainda é um bom negócio, pois com algum ganho operacional e redução do prejuízo financeiro (venda o imóvel), a ação pode passar de R$ 20 em pouco tempo. Para isso basta o lucro operacional ser 20% maior, subindo para R$ 60M, e a dívida cair para R$ 500M, com custo 9% aa, o lucro líquido seria de R$ 10M, ou R$ 2,50 por ação. Para um P/L de 10, a ação deveria valer R$ 25. Contribuem para melhoria do resultado operacional: a redução das despesas administrativas devido à mudança da sede para Três Corações; a taxa de câmbio mais alta, com ganho nas exportações; e a recuperação da economia brasileira. Lucro líquido de R$ 10 M por ano parece uma projeção conservadora.
É preciso lembrar, porém, que a empresa tem patrimônio líquido negativo de R$ 381 M, devido a prejuízos acumulados de R$ 563 M. Por esse motivo falei em P/L de 10, apesar do baixo valor da taxa de juros real dos títulos públicos. Mesmo o lucro na venda do imóvel em São Bernardo do Campo reduziria menos de 20% desse prejuízo acumulado. Para começar a pagar dividendos, será preciso esperar muitos anos com lucro líquido de R$ 10M, ou um aporte de capital para recomprar parte da dívida. Com R$ 60 M de lucro operacional, e considerando uma taxa de desconto (em termos reais) de 5,2% (considerando 8%aa sobre o capital próprio, 5%aa sobre capital de terceiros, 34% de tributos, e uma estrutura de capital com 60% de capital de terceiros ), teríamos um valor da empresa de R$ 762M. Estimo a dívida líquida em R$ 500 M (dívida bruta de R$ 670M, menos R$ 50 M de disponibilidades, menos R$ 120 de entrada de caixa na venda do imóvel de São Bernardo.) Com isso o valor para os sócios seria de R$ 262M, ou seja, R$ 70 por ação. Com todo esse potencial não é muito esperar que o preço chegue a R$ 20 no curto prazo.
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