Deleted
Deleted Member
Posts: 0
|
Post by Deleted on Nov 14, 2016 20:03:33 GMT -3.5
|
|
|
Post by salcedo on Nov 15, 2016 10:41:43 GMT -3.5
E um primeiro momento, me parece uma boa regra, pois mantendo metas de qualidade em teoria são mais eficientes.
|
|
|
Post by wizardhsc on Nov 15, 2016 12:47:47 GMT -3.5
E um primeiro momento, me parece uma boa regra, pois mantendo metas de qualidade em teoria são mais eficientes. Intervenção em um setor nunca será uma boa medida e este setor já provou isso. Se a empresa não cumpri a meta deve existir algum motivo.
|
|
|
Post by Sultão do Swing on Nov 15, 2016 13:23:10 GMT -3.5
Perigo! Perigo! Esta medida tem todos os aspectos de uma cilada, se vocês ainda não perceberam.
Um tempo atrás, conversando com um experiente jornalista, ele me contou que antigamente (quando ele era novo) quando havia falha no fornecimento de energia elétrica o órgão regulador aplicava uma multa (acho que ele ser referia especificamente à Light e ao Rio de Janeiro). Se me lembro bem, a multa era calculada em minutos de interrupção e independia da culpa do fornecedor. Caindo a luz, o fornecedor que corresse para restaurar a energia no padrão habitual.
Ou seja, desleixo do fornecedor, multa nele, o que parece bem razoável.
Em caso de multas que já existam para os mesmos fatos da proposta, que sejam aumentados, ora.
Mas essa proposta não atinge o concessionário de energia e sim os acionistas. Pensem bem, se o concessionário desleixar no fornecimento ele tem alguma multa que vá atingir o seu lucro ou faturamento? Não a penalidade é a redução dos JCP e dividendos ao mínimo.
Então é fácil ver o que vai acontecer: a Aneel aplica a penalidade e o fornecedor continua do mesmo jeito "He he, quem está levando a breca são os acionistas que vão ficar sem uns bons JCP e dividendos, eu continuo com meu faturamento e lucro intactos"
Essa proposta então parece mais um estímulo a que os fornecedores sejam desleixados no fornecimento do que o contrário.
Vocês devem estar confusos como eu, mas eu acho que na verdade o órgão regulador deve estar pensando "Como é que evito que os acionistas ganhem bons dividendos com as empresas de concessão de eletricidade? Já sei! Vou criar uma penalidade em que se o concessionário for desleixado quem pague o pato sejam os acionistas e não o próprio concessionário"
Típica proposta que tem um objetivo oculto, já que o mecanismo que ela mesmo prevê parece ser totalmente inadequado para garantir o fornecimento de energia para a população, Em caso de desídia, pagam o pato a população e os acionistas, que não tem nada a ver com o problema, e o culpado escapa ileso...
|
|
|
Post by salcedo on Nov 15, 2016 13:41:42 GMT -3.5
Obviamente deveremos conhecer os meandros do projeto para estamos seguros de algo, mas a princípio, me pareceu que as metas de qualidade estabelecidas, são para manter um relativa qualidade ao serviço para a qual foi contratada, afinal além do acionista o consumidor também deve ser atendido.
|
|
Deleted
Deleted Member
Posts: 0
|
Post by Deleted on Nov 15, 2016 16:27:19 GMT -3.5
Perigo! Perigo! Esta medida tem todos os aspectos de uma cilada, se vocês ainda não perceberam. Um tempo atrás, conversando com um experiente jornalista, ele me contou que antigamente (quando ele era novo) quando havia falha no fornecimento de energia elétrica o órgão regulador aplicava uma multa (acho que ele ser referia especificamente à Light e ao Rio de Janeiro). Se me lembro bem, a multa era calculada em minutos de interrupção e independia da culpa do fornecedor. Caindo a luz, o fornecedor que corresse para restaurar a energia no padrão habitual. Ou seja, desleixo do fornecedor, multa nele, o que parece bem razoável. Em caso de multas que já existam para os mesmos fatos da proposta, que sejam aumentados, ora. Mas essa proposta não atinge o concessionário de energia e sim os acionistas. Pensem bem, se o concessionário desleixar no fornecimento ele tem alguma multa que vá atingir o seu lucro ou faturamento? Não a penalidade é a redução dos JCP e dividendos ao mínimo. Então é fácil ver o que vai acontecer: a Aneel aplica a penalidade e o fornecedor continua do mesmo jeito "He he, quem está levando a breca são os acionistas que vão ficar sem uns bons JCP e dividendos, eu continuo com meu faturamento e lucro intactos" Essa proposta então parece mais um estímulo a que os fornecedores sejam desleixados no fornecimento do que o contrário. Vocês devem estar confusos como eu, mas eu acho que na verdade o órgão regulador deve estar pensando "Como é que evito que os acionistas ganhem bons dividendos com as empresas de concessão de eletricidade? Já sei! Vou criar uma penalidade em que se o concessionário for desleixado quem pague o pato sejam os acionistas e não o próprio concessionário" Típica proposta que tem um objetivo oculto, já que o mecanismo que ela mesmo prevê parece ser totalmente inadequado para garantir o fornecimento de energia para a população, Em caso de desídia, pagam o pato a população e os acionistas, que não tem nada a ver com o problema, e o culpado escapa ileso... Eu concordo que poderia prejudicar mais o investidor que a empresa, mas, se pensarmos de forma mais abrangente, todo mundo poderia sair perdendo. Empresas com foco em dividendo possivelmente devem ter uma grande participação em carteiras de fundos de pensão/previdência e os gestores desses fundos não vão querer ficar expostos a este tipo de risco, então talvez migrem para outros investimentos. Grandes gestores e investidores idem (tipo um Barsi, um Sthulberger, etc). De um lado muita gente saindo dos papéis e de outro lado pouco interesse do mercado em montar posição (devido ao risco), logo os papéis tenderiam a se desvalorizar bastante, o que até para a empresa seria ruim. Sei que essa é uma visão pessimista e que talvez não chegue a esse ponto, mas no fim todos podem perder, até mesmo o governo em um 2º momento.
|
|
Deleted
Deleted Member
Posts: 0
|
Post by Deleted on Nov 15, 2016 17:04:47 GMT -3.5
E um primeiro momento, me parece uma boa regra, pois mantendo metas de qualidade em teoria são mais eficientes. Intervenção em um setor nunca será uma boa medida e este setor já provou isso. Se a empresa não cumpri a meta deve existir algum motivo. Exatamente. Quando li essa matéria eu lembrei logo de um problema de queda de árvores em SP que deixou a população sem luz há mais de 40 horas em alguns bairros da cidade. Na oportunidade, caíram árvores por toda a cidade e os funcionários da Eletropaulo não davam conta de restabelecer a energia num tempo considerado satisfatório. Aí surge a dúvida: a culpa é de quem? Da Eletropaulo que sabe que todo período de início de verão chove forte e muitas árvores caem, logo deveriam contratar uma equipe maior de eletricistas temporários para dar conta da demanda neste período ou a culpa é da prefeitura que deveria fazer um melhor trabalho de inspeção da saúde das árvores da cidade, as quais muitas já estão comprometidas, com troncos podres prestes a cair em chuvas fortes? Vire e mexe saem matérias na mídia falando de moradores que pediram a poda à prefeitura e ainda não solucionam o problema há vários meses. Isso deve acontecer em vários estados do país. Lembrei também das tampas de bueiros no Rio de Janeiro que vivem explodindo e já feriram muita gente. Ouvi dizer que o problema é devido ao crescimento desordenado da cidade, rede ser muita antiga e precisar de maior manutenção, etc. Falam que a culpa é da Light por não fazer as manutenções devidas, mas devidos aos problemas mencionados até que ponto a própria prefeitura do RJ também não tem responsabilidade sobre isso? Em SP falam que a Eletropaulo deveriam ter enterrado a fiação dos postes há muito tempo, mas ela não cumpre a lei. Será por que a empresa não quer cumprir ou há algum empecilho que dependa da prefeitura?
|
|
Potuz
New Member
Posts: 3,392
|
Post by Potuz on Nov 15, 2016 17:29:01 GMT -3.5
E um primeiro momento, me parece uma boa regra, pois mantendo metas de qualidade em teoria são mais eficientes. Intervenção em um setor nunca será uma boa medida e este setor já provou isso. Se a empresa não cumpri a meta deve existir algum motivo. Essa vez devo discordar fortemente, essa frase "Se a empresa não cumpri a meta deve existir algum motivo" (sic) invalida qualquer organismo de controle, de fato se as metas pactadas com a Aneel não são cumpridas então a empresa deve ter algum tipo de penalização, caso contrario aquelas metas (de investimento/infraestrutura/ambiente/etc) não fazem nenhum sentido.
|
|
|
Post by wizardhsc on Nov 15, 2016 18:57:19 GMT -3.5
Intervenção em um setor nunca será uma boa medida e este setor já provou isso. Se a empresa não cumpri a meta deve existir algum motivo. Essa vez devo discordar fortemente, essa frase "Se a empresa não cumpri a meta deve existir algum motivo" (sic) invalida qualquer organismo de controle, de fato se as metas pactadas com a Aneel não são cumpridas então a empresa deve ter algum tipo de penalização, caso contrario aquelas metas (de investimento/infraestrutura/ambiente/etc) não fazem nenhum sentido. Mas essa é a questão, as metas não fazem nenhum sentido. O mercado deveria ser liberado, investe quem quer, no local que quiser. Poderíamos ter várias distribuidoras num mesmo setor e a concorrência elevaria o nível do serviço. Sem intervenção estatal teríamos energia bem mais acessível.
|
|
Deleted
Deleted Member
Posts: 0
|
Post by Deleted on Nov 15, 2016 19:23:32 GMT -3.5
Essa vez devo discordar fortemente, essa frase "Se a empresa não cumpri a meta deve existir algum motivo" (sic) invalida qualquer organismo de controle, de fato se as metas pactadas com a Aneel não são cumpridas então a empresa deve ter algum tipo de penalização, caso contrario aquelas metas (de investimento/infraestrutura/ambiente/etc) não fazem nenhum sentido. Mas essa é a questão, as metas não fazem nenhum sentido. O mercado deveria ser liberado, investe quem quer, no local que quiser. Poderíamos ter várias distribuidoras num mesmo setor e a concorrência elevaria o nível do serviço. Sem intervenção estatal teríamos energia bem mais acessível. Neste ponto eu concordo com o Potuz. Se não tiver meta e multa a qualidade do serviço iria cair bastante. As empresas iriam fazer o mínimo. Mas acho que as metas devem ser justas para não comprometerem o resultado da empresa e também que sejam metas que não dependam de terceiros para serem realizadas, conforme o que mencionei sobre a situação das árvores em SP. Em SP falam que a ELPL deveria cumprir a lei e enterrar a fiação dos postes, mas a empresa não cumpre. Não sei qual o motivo e nem qual é a meta de tempo e KM de fios que definiram para ela sobre isso, mas taí uma meta que parece ser bem clara: divide a meta em número de KM por ano que devem ser enterrados ou uma porcentagem do faturamento da empresa destinado a esse fim e vê se ela cumpriu. Se não cumpriu mete multa e pronto. Se a empresa concordou com isso quando fez a licitação ela tem que cumprir.
|
|
Potuz
New Member
Posts: 3,392
|
Post by Potuz on Nov 15, 2016 19:29:27 GMT -3.5
Essa vez devo discordar fortemente, essa frase "Se a empresa não cumpri a meta deve existir algum motivo" (sic) invalida qualquer organismo de controle, de fato se as metas pactadas com a Aneel não são cumpridas então a empresa deve ter algum tipo de penalização, caso contrario aquelas metas (de investimento/infraestrutura/ambiente/etc) não fazem nenhum sentido. O mercado deveria ser liberado, investe quem quer, no local que quiser. Isso aqui é uma dos perigos maiores que vejo nas pessoas nestas últimas eleições: você pode ter esse tipo de visão simplista para o mercado de balas de doce de leite, mas não para o mercado de energia de um país. Em primeiro lugar os investimentos são maiores, a grande parte já foi feita pelo estado, com impacto profundo na ecologia e nas comunidades locais e simplesmente na grande maior parte dos casos o estado é que está emprestando a explotação das usinas a companhias, então neste caso as metas são simplesmente uma condição mínima para este contrato. Que de fato já foi amortizado em quase todos os casos das usinas maiores, basta pegar as contas de amortização da ELET ou da CMIG para corroborar. Em segundo lugar não é que você decide investir numa geradora de eletricidade e simplesmente pode cortar um rio, botar um dique e pronto, ninguém vai controlar o que acontece (porém o caso da Samarco dá a pensar que de fato ninguém da bola para as regras). Este tipo de investimento tem impactos que vão muito além do negócio da eletricidade mesma e é por isso que deve existir um organismo de controle. As metas estão para isso mesmo, é o pacto feito com o organismo de controle que a companhia fez antes de começar a operar. Á uns 20 anos a discussão teria sido se deviam existir empresas particulares neste ramo ou não, dado que a nossa segurança nacional depende da nossa energia, sem falar da nossa subsistência dia a dia. A ANEEL, a ANP e similares foram criadas para deixar empresas particulares participarem destes negócios. Agora vemos a discussão virar para um "a ANEEL, a ANP, etc, não deveriam existir". Ou nas suas palavras textuais: O mercado deveria ser liberado, investe quem quer, no local que quiser. Meu domínio do português (e hoje na realidade de qualquer língua) não é o suficiente para expressar a tristeza que sinto ao ver que isto é o que a nossa juventude acha que o livre mercado é.
|
|
|
Post by wizardhsc on Nov 15, 2016 20:42:21 GMT -3.5
O mercado deveria ser liberado, investe quem quer, no local que quiser. Isso aqui é uma dos perigos maiores que vejo nas pessoas nestas últimas eleições: você pode ter esse tipo de visão simplista para o mercado de balas de doce de leite, mas não para o mercado de energia de um país. Em primeiro lugar os investimentos são maiores, a grande parte já foi feita pelo estado, com impacto profundo na ecologia e nas comunidades locais e simplesmente na grande maior parte dos casos o estado é que está emprestando a explotação das usinas a companhias, então neste caso as metas são simplesmente uma condição mínima para este contrato. Que de fato já foi amortizado em quase todos os casos das usinas maiores, basta pegar as contas de amortização da ELET ou da CMIG para corroborar. Em segundo lugar não é que você decide investir numa geradora de eletricidade e simplesmente pode cortar um rio, botar um dique e pronto, ninguém vai controlar o que acontece (porém o caso da Samarco dá a pensar que de fato ninguém da bola para as regras). Este tipo de investimento tem impactos que vão muito além do negócio da eletricidade mesma e é por isso que deve existir um organismo de controle. As metas estão para isso mesmo, é o pacto feito com o organismo de controle que a companhia fez antes de começar a operar. Á uns 20 anos a discussão teria sido se deviam existir empresas particulares neste ramo ou não, dado que a nossa segurança nacional depende da nossa energia, sem falar da nossa subsistência dia a dia. A ANEEL, a ANP e similares foram criadas para deixar empresas particulares participarem destes negócios. Agora vemos a discussão virar para um "a ANEEL, a ANP, etc, não deveriam existir". Ou nas suas palavras textuais: O mercado deveria ser liberado, investe quem quer, no local que quiser. Meu domínio do português (e hoje na realidade de qualquer língua) não é o suficiente para expressar a tristeza que sinto ao ver que isto é o que a nossa juventude acha que o livre mercado é. Primeiramente você não entendeu o que disse. Segundo você parece não entender como funcionaria um país sem a mão do estado, pois sua afirmação "Em segundo lugar não é que você decide investir numa geradora de eletricidade e simplesmente pode cortar um rio, botar um dique e pronto, ninguém vai controlar o que acontece" vai diretamente contra o conceito de propriedade privada. No entanto, seria um debate que iria além do objetivo do tópico. Temos visões política diferentes, sendo assim vamos concordar em discorda
|
|
Potuz
New Member
Posts: 3,392
|
Post by Potuz on Nov 15, 2016 20:54:13 GMT -3.5
Primeiramente você não entendeu o que disse. Segundo você parece não entender como funcionaria um país sem a mão do estado, pois sua afirmação "Em segundo lugar não é que você decide investir numa geradora de eletricidade e simplesmente pode cortar um rio, botar um dique e pronto, ninguém vai controlar o que acontece" vai diretamente contra o conceito de propriedade privada. O que propõe então é ter as geradoras em propriedade privada? E como se consegue ter um Rio e cortar o caudal de agua para gerar energia num local privado?
|
|
Potuz
New Member
Posts: 3,392
|
Post by Potuz on Nov 15, 2016 21:02:29 GMT -3.5
Perigo! Perigo! Esta medida tem todos os aspectos de uma cilada, se vocês ainda não perceberam. Um tempo atrás, conversando com um experiente jornalista, ele me contou que antigamente (quando ele era novo) quando havia falha no fornecimento de energia elétrica o órgão regulador aplicava uma multa (acho que ele ser referia especificamente à Light e ao Rio de Janeiro). Se me lembro bem, a multa era calculada em minutos de interrupção e independia da culpa do fornecedor. Caindo a luz, o fornecedor que corresse para restaurar a energia no padrão habitual. Ou seja, desleixo do fornecedor, multa nele, o que parece bem razoável. Em caso de multas que já existam para os mesmos fatos da proposta, que sejam aumentados, ora. Mas essa proposta não atinge o concessionário de energia e sim os acionistas. Pensem bem, se o concessionário desleixar no fornecimento ele tem alguma multa que vá atingir o seu lucro ou faturamento? Não a penalidade é a redução dos JCP e dividendos ao mínimo. Então é fácil ver o que vai acontecer: a Aneel aplica a penalidade e o fornecedor continua do mesmo jeito "He he, quem está levando a breca são os acionistas que vão ficar sem uns bons JCP e dividendos, eu continuo com meu faturamento e lucro intactos" Essa proposta então parece mais um estímulo a que os fornecedores sejam desleixados no fornecimento do que o contrário. Vocês devem estar confusos como eu, mas eu acho que na verdade o órgão regulador deve estar pensando "Como é que evito que os acionistas ganhem bons dividendos com as empresas de concessão de eletricidade? Já sei! Vou criar uma penalidade em que se o concessionário for desleixado quem pague o pato sejam os acionistas e não o próprio concessionário" Típica proposta que tem um objetivo oculto, já que o mecanismo que ela mesmo prevê parece ser totalmente inadequado para garantir o fornecimento de energia para a população, Em caso de desídia, pagam o pato a população e os acionistas, que não tem nada a ver com o problema, e o culpado escapa ileso... Com esta exposição eu concordo 100%, mas para mim a postura da ANEEL pode ser castigo para o PT e o PMDB que ainda tem no controle as estatais grandes (como ELET e CMIG) que nenhuma delas cumpre com as metas e os accionistas que sofreriam mais seriam os mesmos estados. Essa notícia tem cheiro de ser ou a) implantada ou b) realmente uma questão de objectivo oculto que pelo menos eu não chego a ver.
|
|
Neymar
Forista VIP
Posts: 1,004
|
Post by Neymar on Nov 15, 2016 21:16:07 GMT -3.5
Multa tem que ser em cash, todo o resto é enganação. Quando a Anatel teve que permitir a permuta de multa das teles por investimentos o negócio virou piada. Essa proposta (assim como tantas outras para o setor elétrico) tem um objetivo só: ser mais um balão de oxigênio para a Eletrobrás, que é um problemão para o mercado de energia brasileiro. A Eletrobrás, ao invés de pagar as multas em cash como deveria ser, vai deixar de pagar dividendos aos acionistas. Muito bom pra ela. Concordo com o Potuz que o mercado de energia tem que ser regulado. Questões de segurança ambiental, garantia de geração mínima, garantia de prestação de serviço especialmente em áreas sensíveis como hospitais, etc tem que ter regras. O problema é quando o governo, cheio de empresas estatais ineficientes na área em questão, começa a usar as agências reguladoras para salvar suas empresas. Agência reguladora deveria somente fiscalizar e punir. Não ser usada para aliviar a barra de empresa estatal.
|
|
|
Post by wizardhsc on Nov 16, 2016 13:02:29 GMT -3.5
Primeiramente você não entendeu o que disse. Segundo você parece não entender como funcionaria um país sem a mão do estado, pois sua afirmação "Em segundo lugar não é que você decide investir numa geradora de eletricidade e simplesmente pode cortar um rio, botar um dique e pronto, ninguém vai controlar o que acontece" vai diretamente contra o conceito de propriedade privada. O que propõe então é ter as geradoras em propriedade privada? E como se consegue ter um Rio e cortar o caudal de agua para gerar energia num local privado? O rio seria privado. Sendo assim a empresa ou o dono controlaria a vazão do rio e venderia.
|
|
Neymar
Forista VIP
Posts: 1,004
|
Post by Neymar on Nov 16, 2016 16:17:38 GMT -3.5
O que propõe então é ter as geradoras em propriedade privada? E como se consegue ter um Rio e cortar o caudal de agua para gerar energia num local privado? O rio seria privado. Sendo assim a empresa ou o dono controlaria a vazão do rio e venderia. Você pode citar algum exemplo de país onde o rio é privado? O rio seria vendido inteiro ou o direito de fazer o que quiser com o rio viria da posse do terreno? Nos dois casos como garantir o direito dos donos dos terrenos por onde o rio passa? Caso queiram fazer uma represa que corte o fluxo de água como fica quem mora na parte de baixo do rio? No Brasil as águas são de propriedade da União. Nos EUA tem a water resource law (https://en.wikipedia.org/wiki/Water_law_in_the_United_States), que como tudo lá varia de estado para estado, mas a idéia básica é que a água é de todos. Nos dois casos precisa de concessão do estado para construir hidrelétrica, para garantir o direito de todos ao uso da água. No caso do petróleo, Brasil e EUA pensam de forma diferente. O petróleo no Brasil é propriedade da União, enquanto nos EUA é do dono do terreno. Mas quando se trata de fluxo de rio a coisa compica. No caso do petróleio você explorar o petróleo do seu terreno não afeta os outros, no caso do rio pode afetar caso você desvie o fluxo da água ou crie uma represa.
|
|
Deleted
Deleted Member
Posts: 0
|
Post by Deleted on Nov 16, 2016 16:30:24 GMT -3.5
O rio seria privado. Sendo assim a empresa ou o dono controlaria a vazão do rio e venderia. Você pode citar algum exemplo de país onde o rio é privado? O rio seria vendido inteiro ou o direito de fazer o que quiser com o rio viria da posse do terreno? Nos dois casos como garantir o direito dos donos dos terrenos por onde o rio passa? Caso queiram fazer uma represa que corte o fluxo de água como fica quem mora na parte de baixo do rio? No Brasil as águas são de propriedade da União. Nos EUA tem a water resource law (https://en.wikipedia.org/wiki/Water_law_in_the_United_States), que como tudo lá varia de estado para estado, mas a idéia básica é que a água é de todos. Nos dois casos precisa de concessão do estado para construir hidrelétrica, para garantir o direito de todos ao uso da água. No caso do petróleo, Brasil e EUA pensam de forma diferente. O petróleo no Brasil é propriedade da União, enquanto nos EUA é do dono do terreno. Mas quando se trata de fluxo de rio a coisa complica. No caso do petróleo você explorar o petróleo do seu terreno não afeta os outros, no caso do rio pode afetar caso você desvie o fluxo da água ou crie uma represa. Pelo que eu saiba, rios são bens comuns do povo e não podem ser privatizados. Assim como ruas, praias, etc. Só os bens dominicais não afetados é que poderiam ser privatizados.
|
|
Deleted
Deleted Member
Posts: 0
|
Post by Deleted on Nov 16, 2016 16:48:31 GMT -3.5
|
|
Deleted
Deleted Member
Posts: 0
|
Post by Deleted on Nov 22, 2016 18:10:20 GMT -3.5
|
|