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Post by Neomalthusiano on Jan 14, 2018 9:23:38 GMT -3.5
Fundos oferecidos ao público, mesmo os multimercados não tem previsão de investir "onde quiser" ou "como quiser". Esse entendimento já é antigo, a CVM já bateu o martelo sobre essa questão na década de 2000 e há três anos, quando da atualização da matéria, para a reforma da classificação de fundos, junto com a ANBIMA, renovou os entendimentos anteriores. Fundo de investimento para investir em uma classe de ativos, com o objetivo de "acompanhar algum ativo", somente se for focado em: títulos públicos federais e operações compromissadas, títulos de crédito privado (submetidos a diversificação), ouro, ações negociadas em bolsa ou derivativos (exemplo dólar), do contrário não pode operar. Todo o restante está submetido a limitações de alocação máxima, isso é, quando é permitido alocar, pois fundos só podem aplicar em ativos financeiros, então nem pensar em distribuir um fundo para negociar obras de arte ou jogadores de futebol (como existem) ao grande público. Quem não gostar, é livre para investir em algo do segmento de captação privada (exclusiva a investidores profissionais) ou aplicar no exterior. Só não vejo sentido nenhum em investir indiretamente numa coisa cuja a grande propaganda de seus entusiastas é que não é rastreável, é à prova de governo e anônimo. Pois, se alguém resolve realizar uma apropriação indébita e fugir com uma cueca cheia de bitcoins subtraídos de um fundo desses, vai dar trabalho recuperar a res furtiva depois... Neo, tudo bem? Meu comentário inicial foi simplista. Quando disse "investir onde quiser", me referi a fundos que tem a política de alocação tão aberta que virtualmente podem investir onde quiser. Peguei a política de investimentos de um multimercado disponibilizado na Easy, pra dar como exemplo: Ok, o prospecto completo pode dar amarras mais importantes a esse fundo, mas, da forma como a política está posta, praticamente impossível para um investidor médio prever qual vai ser a composição da carteira. Sobre fundos de criptomoedas, lendo mais sobre o assunto, pelo que entendi, a CVM determinou que criptomoeda não é um ativo financeiro e por isso não permitiu a aquisição direta por fundos regulados. Inicialmente, quando li sobre o assunto, não imaginei que isso estava em questão. Me parece que a decisão da CVM foi ainda mais tosca do que pensei que fosse a princípio. Ok, a custódia pode ser mais complexa, mas não impossível, tecnicamente, de ser resolvida. Abração! Em tempo: não me atentei se a política que colei, acima, se refere a um fundo para investidores qualificados. Porém, a instrução CVM 555, salvo engano (preguiça de ir lá conferir), vale para qualquer fundo regulado, seja para investidor qualificado ou não. O que eu quis dizer e pelo visto não deixei claro, é que os fundos tem liberdade mitigada para estabelecer políticas de investimento. Mesmo que o regulamento preveja por exemplo que a política de investimento permita um investimento de até 50% em FIIs, as regras de alocação estabelecidas pela CVM não permitem esse percentual todo, caso o fundo seja destinado ao grande público. Um gestor de um fundo multimercado tem grande liberdade para escolher os ativos que farão parte da carteira, porém apenas dentro de poucas categorias. Essa limitação nas categorias que eu tentei me referir no comentário anterior. A decisão da CVM eu considero totalmente correta (versava sobre o niobium, salvo engano, sendo aplicada por analogia ao bitcoin) pois criptomoedas não tem lastro em ouro, commodity, moeda de curso forçado, ativos que compõem alguma atividade empresarial, etc... pois tem valor em si mesma. É um ativo? sem dúvida, já que um grande número de pessoas entende que elas tem valor intrínseco. Entretanto, não faria sentido classificar nesse momento como ativo financeiro, pelo menos até que uma delas se popularize o suficiente como meio de pagamento, já que pretendem elas mesmas realizarem o papel de moeda. Mas voltando, a instrução que você citou realmente é a que regula a matéria, mas o art. 129 libera os fundos exclusivos para investidores profissionais, de muitas das amarras existentes para os outros fundos, até porque do contrário, não poderiam existir os fundos exóticos citados. Outro abraço.
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nmx
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Post by nmx on Jan 14, 2018 10:17:21 GMT -3.5
O que eu quis dizer e pelo visto não deixei claro, é que os fundos tem liberdade mitigada para estabelecer políticas de investimento. Mesmo que o regulamento preveja por exemplo que a política de investimento permita um investimento de até 50% em FIIs, as regras de alocação estabelecidas pela CVM não permitem esse percentual todo, caso o fundo seja destinado ao grande público. Um gestor de um fundo multimercado tem grande liberdade para escolher os ativos que farão parte da carteira, porém apenas dentro de poucas categorias. Essa limitação nas categorias que eu tentei me referir no comentário anterior. A decisão da CVM eu considero totalmente correta (versava sobre o niobium, salvo engano, sendo aplicada por analogia ao bitcoin) pois criptomoedas não tem lastro em ouro, commodity, moeda de curso forçado, ativos que compõem alguma atividade empresarial, etc... pois tem valor em si mesma. É um ativo? sem dúvida, já que um grande número de pessoas entende que elas tem valor intrínseco. Entretanto, não faria sentido classificar nesse momento como ativo financeiro, pelo menos até que uma delas se popularize o suficiente como meio de pagamento, já que pretendem elas mesmas realizarem o papel de moeda. Mas voltando, a instrução que você citou realmente é a que regula a matéria, mas o art. 129 libera os fundos exclusivos para investidores profissionais, de muitas das amarras existentes para os outros fundos, até porque do contrário, não poderiam existir os fundos exóticos citados. Outro abraço. Neo, entendi o que você quis dizer e apenas tentava contextualizar meu comentário, que saiu simplista ao dizer que fundos tem liberdade para investir o que quiser. Sim, a liberdade é relativa mas, o que tentei demonstrar, é que alguns poucos fundos tem políticas de investimento bastante elásticas, ainda que restritas pelas regras de alocação. Sobre a última, não a questionei, focando, evidentemente, a diversificação da carteira. Sobre a decisão da CVM, talvez eu tenha sido simplista novamente ao chamá-la de tosca. Conversando com um amigo que tem um amigo trabalhando na CVM (informação de segunda-mão, sem dupla checagem a qual não conferi) a decisão da CVM foi técnica e se baseou exclusivamente nos empecilhos técnicos da custódia de criptomoedas, ou seja, até onde sei, nada a ver com o "valor" de criptomoedas ou algo semelhante. Por isso a chamei de tosca: tomaram uma decisão tecnológica, a meu ver, sem conhecimento adequado sobre soluções de contorno. Sobre seu comentário sobre lastro e valor intrínseco de moedas, respeitosamente discordo, mas acho que a discussão partiria para um campo subjetivo que talvez não trouxesse valor ao fórum. Abração!
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uqaz
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Post by uqaz on Jan 14, 2018 13:47:38 GMT -3.5
Acho que a Receita federal considera as crypto como ativo financeiro. O tratamento tributário é o msm que o do ouro.
CVM diz uma coisa, Receita outra... Viva Banânia!
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Post by Neomalthusiano on Jan 16, 2018 0:48:58 GMT -3.5
O que eu quis dizer e pelo visto não deixei claro, é que os fundos tem liberdade mitigada para estabelecer políticas de investimento. Mesmo que o regulamento preveja por exemplo que a política de investimento permita um investimento de até 50% em FIIs, as regras de alocação estabelecidas pela CVM não permitem esse percentual todo, caso o fundo seja destinado ao grande público. Um gestor de um fundo multimercado tem grande liberdade para escolher os ativos que farão parte da carteira, porém apenas dentro de poucas categorias. Essa limitação nas categorias que eu tentei me referir no comentário anterior. A decisão da CVM eu considero totalmente correta (versava sobre o niobium, salvo engano, sendo aplicada por analogia ao bitcoin) pois criptomoedas não tem lastro em ouro, commodity, moeda de curso forçado, ativos que compõem alguma atividade empresarial, etc... pois tem valor em si mesma. É um ativo? sem dúvida, já que um grande número de pessoas entende que elas tem valor intrínseco. Entretanto, não faria sentido classificar nesse momento como ativo financeiro, pelo menos até que uma delas se popularize o suficiente como meio de pagamento, já que pretendem elas mesmas realizarem o papel de moeda. Mas voltando, a instrução que você citou realmente é a que regula a matéria, mas o art. 129 libera os fundos exclusivos para investidores profissionais, de muitas das amarras existentes para os outros fundos, até porque do contrário, não poderiam existir os fundos exóticos citados. Outro abraço. Neo, entendi o que você quis dizer e apenas tentava contextualizar meu comentário, que saiu simplista ao dizer que fundos tem liberdade para investir o que quiser. Sim, a liberdade é relativa mas, o que tentei demonstrar, é que alguns poucos fundos tem políticas de investimento bastante elásticas, ainda que restritas pelas regras de alocação. Sobre a última, não a questionei, focando, evidentemente, a diversificação da carteira. Sobre a decisão da CVM, talvez eu tenha sido simplista novamente ao chamá-la de tosca. Conversando com um amigo que tem um amigo trabalhando na CVM (informação de segunda-mão, sem dupla checagem a qual não conferi) a decisão da CVM foi técnica e se baseou exclusivamente nos empecilhos técnicos da custódia de criptomoedas, ou seja, até onde sei, nada a ver com o "valor" de criptomoedas ou algo semelhante. Por isso a chamei de tosca: tomaram uma decisão tecnológica, a meu ver, sem conhecimento adequado sobre soluções de contorno. Sobre seu comentário sobre lastro e valor intrínseco de moedas, respeitosamente discordo, mas acho que a discussão partiria para um campo subjetivo que talvez não trouxesse valor ao fórum. Abração! Por mim está tranquilo, fórum é para trocar opiniões, iguais ou discordantes. Se todo mundo possuísse o mesmo ponto de vista, seria desnecessário escrever qualquer coisa aqui. Não tenho ideia em que a CVM se baseou para tomar essa decisão. Acredito que eles devem ter um relatório de justificativa arquivado em algum lugar, mas como foi uma resposta a um questionamento feito para eles, acredito que não seja algo acessível de cara na internet. Quanto a opinião que eu dei sobre ativos financeiros, eu tirei da minha cabeça mesmo, mas elaborei com base nas linhas gerais da IFRS, sem copiar de algum lugar uma definição para não colocar detalhes técnicos. Mas você pode conferir aqui: www.iasplus.com/en/standards/ias/ias32Financial asset: any asset that is: 1 - cash 2 - an equity instrument of another entity 3 - a contractual right 3.1 to receive cash or another financial asset from another entity; or 3.2 to exchange financial assets or financial liabilities with another entity under conditions that are potentially favourable to the entity; or 4- a contract that will or may be settled in the entity's own equity instruments and is: 4.1 a non-derivative for which the entity is or may be obliged to receive a variable number of the entity's own equity instruments 4.2 a derivative that will or may be settled other than by the exchange of a fixed amount of cash or another financial asset for a fixed number of the entity's own equity instruments. For this purpose the entity's own equity instruments do not include instruments that are themselves contracts for the future receipt or delivery of the entity's own equity instruments 4.3 puttable instruments classified as equity or certain liabilities arising on liquidation classified by IAS 32 as equity instruments" Enquanto bitcoin não tiver curso forçado ou ao menos não for popular o suficiente para ser um meio comum de liquidação de débitos na sociedade cotidiana, entendo que não se encaixa nas hipóteses.
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nmx
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Post by nmx on Jan 16, 2018 11:05:25 GMT -3.5
Não tenho ideia em que a CVM se baseou para tomar essa decisão. Acredito que eles devem ter um relatório de justificativa arquivado em algum lugar, mas como foi uma resposta a um questionamento feito para eles, acredito que não seja algo acessível de cara na internet. Quanto a opinião que eu dei sobre ativos financeiros, eu tirei da minha cabeça mesmo, mas elaborei com base nas linhas gerais da IFRS, sem copiar de algum lugar uma definição para não colocar detalhes técnicos. Mas você pode conferir aqui: Financial asset: any asset that is: 1 - cash ... Enquanto bitcoin não tiver curso forçado ou ao menos não for popular o suficiente para ser um meio comum de liquidação de débitos na sociedade cotidiana, entendo que não se encaixa nas hipóteses. Neo, tudo bem? Bitcoin se enquadraria em moeda mesmo. Porém, aí vamos entrar em um conceito econômico pra lá de subjetivo, que é a definição de moeda. Se imaginarmos que o conceito de moeda há 50 anos dizia que qualquer papel-moeda deveria ter um lastro em ouro, dá pra ver o quão subjetivo o assunto ainda é. Tem economista que defende que a moeda deve ter sim representativa e que o uso de fiat money deveria ser abolido. Outros creem que o que dá valor ao dinheiro não é, diretamente, a economia do país que a emite, mas a crença das pessoas de que aquela moeda tem valor. É claro, nessa caso, a força econômica do país emissor, indiretamente, influencia a crença pública mas, em tese, se a população perder a fé de que 100 reais valem alguma coisa, já era, não há instituição forte que reverta isso. Em prol desse argumento, porque o Dirham (moeda nacional dos Emirados Árabes) não é usado comumente em transações internacionais? Afinal, os caras estão sentados nas maiores reservas petrolíferas do planeta. Tem garantia maior que essa? Para ir para um ambiente democrático, porque não usamos a coroa norueguesa? Os caras também estão sentados em uma montanha de petróleo e o governo tem ativos financeiros na ordem de 250k dólares por habitante. Se a moeda representa a força da economia, a coroa norueguesa deveria estar no topo. Penso também que o advento das criptomoedas deve jogar luz em várias questões: fiat money é um caminho a ser seguido? Se as criptomoedas falharem, elas colocam em xeque todas as demais moedas sem lastro? Nesse caso o mundo volta para o padrão-ouro que, por N motivos não é sustentável? Acho, sinceramente, que não tenho estofo intelectual para participar de uma discussão tão densa como essa. Melhor um economista de verdade se pronunciar. O que acho, intuitivamente, é que o advento das criptomoedas é algo bastante relevante e que pode ter mais influencia do que imaginamos, apesar da atual bolha. Por fim, bitcoin (e praticamente todas as altcoins, atuais, exceção ao Petros), nunca vai ter curso forçado, uma vez que não há uma entidade central para impor, ao menos até agora.
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fiel
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Post by fiel on Jan 16, 2018 15:55:12 GMT -3.5
é pra que comprou em 18 já é uma bolha rs
11.376,0 -2455,0 -17,75%
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nmx
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Post by nmx on Jan 16, 2018 16:32:34 GMT -3.5
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Post by Neomalthusiano on Jan 16, 2018 21:56:03 GMT -3.5
Não tenho ideia em que a CVM se baseou para tomar essa decisão. Acredito que eles devem ter um relatório de justificativa arquivado em algum lugar, mas como foi uma resposta a um questionamento feito para eles, acredito que não seja algo acessível de cara na internet. Quanto a opinião que eu dei sobre ativos financeiros, eu tirei da minha cabeça mesmo, mas elaborei com base nas linhas gerais da IFRS, sem copiar de algum lugar uma definição para não colocar detalhes técnicos. Mas você pode conferir aqui: Financial asset: any asset that is: 1 - cash ... Enquanto bitcoin não tiver curso forçado ou ao menos não for popular o suficiente para ser um meio comum de liquidação de débitos na sociedade cotidiana, entendo que não se encaixa nas hipóteses. Neo, tudo bem? Bitcoin se enquadraria em moeda mesmo. Porém, aí vamos entrar em um conceito econômico pra lá de subjetivo, que é a definição de moeda. Se imaginarmos que o conceito de moeda há 50 anos dizia que qualquer papel-moeda deveria ter um lastro em ouro, dá pra ver o quão subjetivo o assunto ainda é. Tem economista que defende que a moeda deve ter sim representativa e que o uso de fiat money deveria ser abolido. Outros creem que o que dá valor ao dinheiro não é, diretamente, a economia do país que a emite, mas a crença das pessoas de que aquela moeda tem valor. É claro, nessa caso, a força econômica do país emissor, indiretamente, influencia a crença pública mas, em tese, se a população perder a fé de que 100 reais valem alguma coisa, já era, não há instituição forte que reverta isso. Em prol desse argumento, porque o Dirham (moeda nacional dos Emirados Árabes) não é usado comumente em transações internacionais? Afinal, os caras estão sentados nas maiores reservas petrolíferas do planeta. Tem garantia maior que essa? Para ir para um ambiente democrático, porque não usamos a coroa norueguesa? Os caras também estão sentados em uma montanha de petróleo e o governo tem ativos financeiros na ordem de 250k dólares por habitante. Se a moeda representa a força da economia, a coroa norueguesa deveria estar no topo. Penso também que o advento das criptomoedas deve jogar luz em várias questões: fiat money é um caminho a ser seguido? Se as criptomoedas falharem, elas colocam em xeque todas as demais moedas sem lastro? Nesse caso o mundo volta para o padrão-ouro que, por N motivos não é sustentável? Acho, sinceramente, que não tenho estofo intelectual para participar de uma discussão tão densa como essa. Melhor um economista de verdade se pronunciar. O que acho, intuitivamente, é que o advento das criptomoedas é algo bastante relevante e que pode ter mais influencia do que imaginamos, apesar da atual bolha. Por fim, bitcoin (e praticamente todas as altcoins, atuais, exceção ao Petros), nunca vai ter curso forçado, uma vez que não há uma entidade central para impor, ao menos até agora. Eu particularmente acho que esse pessoal de economia viaja muito, kkk. As coisas ao meu ver são mais simples, "cash" é o dinheiro físico ou o dinheiro em forma que possa ser convertida em dinheiro físico com pouco esforço. A existência do lastro ou não, é indiferente, pois o lastro do emissor em última instância é que aquele meio de pagamento é válido para pagar impostos, isso por exemplo que dá valor aos precatórios. Se eu chego na alfândega, a única coisa que a receita federal vai aceitar são reais (isso ou um boleto também a ser pago em reais). Se eu resolvo alugar uma casa sua e você concorda, nós fechamos o contrato, tudo certinho por R$ 1200 ao mês e mês que vêm eu chego com uma dúzia de cédulas de 100 para fazer o pagamento e você recusa dar quitação, você está cometendo uma contravenção. A você não compete querer aceitar ou não a moeda brasileira, a menos que exista uma justa causa (como as cédulas serem falsificadas), você é obrigado a aceitar. Isso eu estou falando em termos de dinheiro físico, mas vamos dizer que mesmo diante dessa hipótese você ainda não quer aceitar as minhas notas. Eu posso realizar uma consignação em pagamento e extinguir aquele débito mesmo assim. A estrutura da República Federativa do Brasil me permite usar o real. Não apenas usar, mas forçar que as pessoas aceitem como meio idôneo em qualquer lugar do território nacional. Por isso que existem as contas caixa e bancos nos balanços das empresas e as limitações do que é cabível em cada rubrica são tão definidas. Se eu tenho uma empresa, ter um quantia de dinheiro em caixa significa ter o potencial de realizar transações patrimoniais naquele volume, independente do restante do andamento da minha atividade empresarial. Para que bitcoin seja "cash" ou teria que ter essa prerrogativa, que ainda não tem, ou no mínimo, bem mínimo, que os usos e costumes da sociedade evoluam de modo que a sua utilização seja tão comum que venha a ser encarado como um meio de pagamento cotidiano. Mas, claro, você ou qualquer outro é livre para discordar, só escrevi porque realmente penso que esse ponto é menos filosófico.
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nmx
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Post by nmx on Jan 16, 2018 22:19:34 GMT -3.5
kkkk, verdade tive alguns professores economista e eles viajavam... Por isso que é humanas e não exatas. :-)
O que você descreveu é o curso forçado que praticamente todas as moedas institucionais tem. Se me lembro bem, na época do cruzeiro a confiança na moeda era zero. Compreensível, dada a inflação gigantesca, desequilíbrio fiscal, etc. Embora impostos devessem ser pagos em cruzeiro, qualquer um que tivesse um pouco mais de dinheiro corria para comprar dólares.
Ou seja, embora institucionalizado, o cruzeiro praticamente não existia enquanto moeda, pois ninguém confiava naquilo. Não a toa, uma das principais preocupações da equipe econômica que criou o Real era ganhar a confiança do público (daí o nome, Real).
Naquela época, ninguém usava dólares para fazer as compras do mercado. Se necessário fosse, teria que converter (e sempre havia gente querendo dólares) e fazer as compras do mês com dinheiro podre.
Penso que o bitcoin de hoje, não é muito diferente dos dólares que meu avô comprava. Ele nunca foi, nem teve o desejo de sair do país. Logo, nunca teve uso para aquele papel moeda, mas ele sabia que precisava de alguma coisa --qualquer coisa-- diferente daquele papel-moeda (o cruzeiro) que o governo o obrigava a usar. Se ele tivesse mais dinheiro, talvez não tivesse comprado dólares, mas imóveis...
Certamente o bitcoin ainda não está maduro. Comentei com o uqaz que o principal problema do bitcoin é a falta de agilidade para processar pagamentos. Talvez uma nova moeda surja, melhor tecnologicamente, que tenha esse problema solucionado. Talvez bitcoin evolua para solucionar esse problema. Sinceramente, não sei.
O que sei é que uma criptomoeda que tenha a crença das pessoas e que proteja o cidadão comum de soluços econômicos tem uma capacidade disruptiva gigantesca. E é por isso que acompanho o assunto. Atualmente nem comprado estou, zerei minha posição no começo de dezembro. Achei mais prudente zerar e esperar uma correção posto que pra mim ainda é bolha (que ainda não estourou).
Abração,
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fiel
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Post by fiel on Jan 17, 2018 15:42:47 GMT -3.5
Criptomoeda Bitcoin Criar alerta Adicionar ao portfólio 10.056,0 -1.227,0 -10,87%
Continua a derrocada...
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Post by rodrl9o on Jan 17, 2018 15:57:59 GMT -3.5
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rst
Moderador
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Post by rst on Jan 17, 2018 16:39:01 GMT -3.5
Como costumam dizer, sistemas caóticos não são perigosos até as pessoas começarem a ver um padrão. Sei que os orientais representam uma parte importante do mercado de criptomedas, mas, por esta mesma lógica, as criptomoedas deveriam cair nas exchanges ocidentais no meio de dezembro.
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fiel
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Post by fiel on Jan 17, 2018 17:52:05 GMT -3.5
achei meio fajuta essa explicação... culpando os presentes de Natal dos Chineses
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nmx
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Post by nmx on Jan 17, 2018 17:56:45 GMT -3.5
achei meio fajuta essa explicação... culpando os presentes de Natal dos Chineses Meio fajuta? Você está sendo generoso. Desculpe o autor, mas não tem pé nem cabeça essa explicação.
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uqaz
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Post by uqaz on Jan 17, 2018 18:45:42 GMT -3.5
kkkk, verdade tive alguns professores economista e eles viajavam... Por isso que é humanas e não exatas. :-) O que você descreveu é o curso forçado que praticamente todas as moedas institucionais tem. Se me lembro bem, na época do cruzeiro a confiança na moeda era zero. Compreensível, dada a inflação gigantesca, desequilíbrio fiscal, etc. Embora impostos devessem ser pagos em cruzeiro, qualquer um que tivesse um pouco mais de dinheiro corria para comprar dólares. Ou seja, embora institucionalizado, o cruzeiro praticamente não existia enquanto moeda, pois ninguém confiava naquilo. Não a toa, uma das principais preocupações da equipe econômica que criou o Real era ganhar a confiança do público (daí o nome, Real). Naquela época, ninguém usava dólares para fazer as compras do mercado. Se necessário fosse, teria que converter (e sempre havia gente querendo dólares) e fazer as compras do mês com dinheiro podre. Penso que o bitcoin de hoje, não é muito diferente dos dólares que meu avô comprava. Ele nunca foi, nem teve o desejo de sair do país. Logo, nunca teve uso para aquele papel moeda, mas ele sabia que precisava de alguma coisa --qualquer coisa-- diferente daquele papel-moeda (o cruzeiro) que o governo o obrigava a usar. Se ele tivesse mais dinheiro, talvez não tivesse comprado dólares, mas imóveis... Certamente o bitcoin ainda não está maduro. Comentei com o uqaz que o principal problema do bitcoin é a falta de agilidade para processar pagamentos. Talvez uma nova moeda surja, melhor tecnologicamente, que tenha esse problema solucionado. Talvez bitcoin evolua para solucionar esse problema. Sinceramente, não sei. O que sei é que uma criptomoeda que tenha a crença das pessoas e que proteja o cidadão comum de soluços econômicos tem uma capacidade disruptiva gigantesca. E é por isso que acompanho o assunto. Atualmente nem comprado estou, zerei minha posição no começo de dezembro. Achei mais prudente zerar e esperar uma correção posto que pra mim ainda é bolha (que ainda não estourou). Abração, Pessoal usando lightnning nessa lojinha de bugingangas, só pra testar: store.blockstream.com/A chance de uma outra altcoin vencer o bitcoin vai diminuindo cada vez mais. Vc foi feliz na sua comparação do bitcoin com o dólar de outrora. À época procurava-se reserva de valor, um ouro pra se estacionar o suor. Lembrando novamente, bitcoin é US$ 0,2tri, o ouro, US$ 8tri.
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uqaz
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Post by uqaz on Jan 17, 2018 19:56:00 GMT -3.5
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Post by rodrl9o on Jan 18, 2018 6:52:44 GMT -3.5
alguma vantagem em usar serviços tipo flyp.me ou changelly em vez de exchanges "normais"?
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rst
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Post by rst on Jan 18, 2018 7:04:00 GMT -3.5
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Potuz
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Post by Potuz on Jan 18, 2018 7:17:37 GMT -3.5
Eu recomendo fortemente a leitura completa do artigo no NY Times Magazine Beyond the bitcoin bubbleÉ um artigo muito bem escrito, numa linguagem simples para que o leitor que não seja um erudito em computação, possa vislumbrar as aplicações possíveis do blockchain. O artigo não foca no aspecto financeiro destas tecnologías (de fato ele asume como uma tautologia que a situação hoje é uma bolha que deve estourar), mas na ideia revolucionaria de ter novos protocolos de código aberto baseados no blockchain.
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uqaz
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Post by uqaz on Jan 18, 2018 8:22:56 GMT -3.5
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