Criptomoedas e criptoativos - discussões gerais

A resposta a seguir possivelmente não o satisfará, mas tem a ver com o modo como cada um vê o governo e o seu verdadeiro papel.

Para quem enxerga o Estado como apenas uma estrutura de poder montada em favor de um ou mais grupos que parasitam o setor produtivo, o melhor que ele pode fazer pelos pobres hoje é não agravar ainda mais um problema que por si só é muito sério. Deixar a sociedade funcionar e buscar ela própria as soluções para o problema, se é que há alguma.

Em termos práticos, isso significa: diminuir regulações, abolir restrições contra a livre circulação de pessoas e mercadorias, reduzir gastos e tributos, respeitar o direito de propriedade, etc. Tudo o que já não fazemos.


Para quem ainda acredita que o Estado somos nós mesmos (afinal, vivemos em uma democracia e os políticos são nossos representantes kkkkk) e que impostos compram civilização (hahahahaha), uma medida para aliviar o sofrimento dos pobres seria cortar nossas enormes despesas fixas ( gastos com funcionalismo, aposentadorias acima de um determinado patamar, privilégios de parlamentares e magistrados, alugueis com imóveis subaproveitados, carros com motoristas, passagens para autoridades, etc) e destinar aos pobres as receitas que atualmente custeiam essas despesas.

Na prática, sabemos que isso é quase impossível, já que existem inúmeras travas legais e constitucionais que impedem a redução desse tipo de despesa (princípio do direito adquirido, garantia da irredutibilidade de vencimentos, estabilidade de servidores, etc). No Brasil, criar um privilégio é muito mais fácil do que o abolir.

Ou seja, no sistema atual, há pouco o que se fazer pelos necessitados. Não porque ele não seja um "sistema solidário", mas sim porque foi propositalmente desenhado para beneficiar e proteger quem o criou.

Puxa vida, mas cansamos de repetir isso!

Com o princípio, eu concordo. Discussão desnecessária. 

A divergência contigo é quanto ao que fazer HOJE. Penso que largar toda esta população carente a sua própria sorte é largar a todos nós a própria sorte. Esse pessoal não vai perecer passivamente como planta sem água. É um prato cheio para pseudo-líderes os usarem como massa de manobra. 
O povo aqui é pacato em geral. Se contentam com pão e circo.  Mas se falta o pão, e deixar iniciar a violência, será bem difícil de parar. É só ver o que aconteceu no Chile. Sabemos como começa, não sabemos como parar. 
Em uma recessão típica, o cara perde o emprego e vai para outro emprego, subemprego, bico, ... E agora? Se não receber $ de alguém, sobrará tomar à força com uso da violência, não com uso de DARF. 

Aí, entraremos em uma outra discussão sobre direito a defesa, uso de armas...não vale à pena. 

O Itaú declarou hoje a maior doação da história do país (salvo engano) = 1B reais. O pacote que o Guedes anunciou é de 800B reais. Filantropia pode funcionar em uma recessão típica, agora é uma situação absolutamente atípica. 

Eu penso que agora é inevitável uma ação do estado, mandando a conta para o futuro, sob pena de não ter futuro, ao menos um próximo.  E a pergunta então foi: Se o estado não puder fazer isto, o que poderia fazer?. A resposta pelo que entendi é: Nada. Cada um por si, quem quiser e achar que pode fazer algo que o faça.  Para mim ok, entendi a posição, fim. 

Aqui somos todos avatares. A disposição minha é discutir idéias para tentar aprender algo, e não mostrar que estou certo ou que sou melhor que qualquer outro. Levou para o lado pessoal, para mim a discussão encerrou. Estou fora. 

abs.

Eu, particularmente, perdi boa parte dos preconceitos que tinha em relação a Bitcoin (mas não em relação a outras criptomoedas, que continuo achando lixo).

Porém, continuo não gostando de BTC pelo exato motivo que a maioria o adora: volatilidade.

Gosto da ideia de uma moeda não fiduciária programada para ser não inflacionária.

Abomino a ideia de que o poder de compra dessa moeda seja tão instável.

Se X bitcoins/satoshis comprassem Y pães hoje e uma quantidade muito semelhante daqui um mês, seria um instrumento fantástico para se proteger da inflação criada pelos governos.

O problema, porém, é que a quantidade de bitcoins/satoshis que hoje compra y pães daqui um mês poderá comprar tanto um quantidade muito maior de pães (o que seria ótimo) como uma quantidade muito menor (o que é altamente indesejável para uma moeda), sem que tenha havido qualquer alteração no preço do pão quando cotado em moedas fiduciárias.

Não tenho interesse em usar Bitcoin para fins especulativos, mas tenho interesse em utilizá-lo como uma moeda/reserva de valor estável.

Enqanto ele permanecer assim volátil, tendo a permanecer longe.

Sim, a estabilidade virá, mas n nesse preço. Ou, num preço muito maior que esse. Importante lembrar q a volatildade está muito menor q aquela do início desse tópico, existe um mercado já desenvolvido de futuros, opções... 

Há de se entender que se trata de uma reserva de valor nascendo.

A múltiplos deste preço, enfim, deverá estabilizar. Mas quem parece q está mandando é a expansão do M1 Hahaha 

Porém já vi coisas doidas, pra quem n gosta dessas oscilações. Usos da Lightning Network para transferir dólares em segundos sem limites de transações... esses dias vi o surgimento de um mercado de compra e venda de futuros de hashrate (ou de fees?) entre mineradores, um negócio doido.