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Post by rst on Oct 21, 2015 18:28:51 GMT -3.5
Tópico para discussão sobre a empresa Unicasa
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Post by rst on Dec 19, 2016 11:00:48 GMT -3.5
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Post by linelson on Dec 23, 2016 16:58:26 GMT -3.5
14/12, ÀS 18:17 A Unicasa caiu. Tem investidores recolhendo os cacos Geraldo Samor A Alaska Investimentos — cujo principal sócio é o investidor Luiz Alves Paes de Barros — acaba de montar uma posição de 10% na Unicasa, a fabricante de móveis planejados que fez seu IPO a R$14 em 2012 e agora negocia a R$2. “Não temos como prever quando a ação vai voltar a andar, mas a assimetria agora nos parece favorável,” disse um gestor na Alaska. “Achamos que estamos comprando o papel com muita margem de segurança.” Quando estreou na Bolsa, a tese de investimento na Unicasa parecia uma beneficiária óbvia do boom imobiliário do país: cada novo apartamento vendido gerava demanda potencial para uma cozinha e uma sala planejada. Mas poucos meses depois do IPO, os resultados começaram a decepcionar os investidores, e o papel fechou cada ano seguinte abaixo do ano anterior. O maior problema da Unicasa foram as contingências geradas quando alguns revendedores não lhe repassavam o pagamento recebido do cliente; além de realizar este prejuízo, a Unicasa era forçada a honrar a venda para não comprometer sua marca. Nas contas da Alaska, as despesas com contingências — que já chegaram a R$ 20 milhões em 2014 — hoje são metade disso. A Unicasa hoje vale R$138 milhões na Bovespa, tem zero de dívida e R$ 41 milhões no caixa, no final do último trimestre. Nenhuma corretora hoje cobre a empresa, impedindo que haja um consenso de mercado na Bloomberg. A companhia negocia a 68% de seu patrimônio, opera a 40% da capacidade — um retrato da maior recessão da história brasileira — e já chegou a gerar R$ 80 milhões de EBITDA no saudoso ano de 2011. A Alaska está apostando que uma melhora da economia nos próximos quatro anos vai reativar as vendas e evidenciar que a empresa está barata no preço atual. Nos nove primeiros meses deste ano, a Unicasa, que dá prejuízo há dois anos consecutivos, perdeu apenas R$ 143 mil. Entre 2009 e 2012, os anos do boom, a empresa dava lucro anual entre R$ 37 milhões e R$ 58 milhões. (Quando a economia virar, os prejuízos dos últimos anos permitirão à Unicasa se beneficiar também de créditos tributários de R$ 20 milhões.) A Unicasa tem quatro marcas para atender faixas de clientes diferentes: a Dell Anno, que responde por 30% a 35% do faturamento, tem tíquete médio de R$ 25-30 mil, seguida da Favorita (R$ 20-25 mil), New (R$ 15-20 mil) e a Casa Brasileira (R$ 10-15 mil). Desde 2012, a companhia reduziu seus revendedores exclusivos de 952 para 400, e permanece focada em estreitar a relação com eles. Para combater a inadimplência, a Unicasa lançou várias iniciativas. Desde o ano passado, começou a exigir que os revendedores depositem garantias reais, frequentemente equivalentes a três meses de vendas estimadas. Hoje, 70% da rede já fornece estas garantias. Para aumentar seu controle sobre a venda final, a Unicasa implementou este ano o Unitoken: agora, assim que o revendedor faz uma venda, ela gera um número próprio e é informada imediatamente à fábrica. A Unicasa tem apenas sete lojas próprias, que usa para ficar em contato com o consumidor final e entender a evolução das tendências. Com R$ 1,6 bilhão em ativos sob sua gestão, a Alaska é uma gestora focada em ações ‘deep value’, ou seja, que negociam substancialmente abaixo de seu valor patrimonial. Outras posições relevantes da gestora incluem a empresa de shopping centers Sonae Sierra Brasil, a companhia de imóveis comerciais São Carlos, a Comgás, a Cosan Logística e o Magazine Luiza. O maior acionista da Unicasa é o empresário gaúcho Alexandre Grendene, dono de 41% do capital e com um histórico recente de ativismo na Even. A família Zietolie — fundadora da empresa — tem outros 16%. www.braziljournal.com/a-unicasa-caiu---e-tem-investidores-recolhendo-os-cacos
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Post by wizardhsc on Dec 23, 2016 19:53:58 GMT -3.5
Deve subir forte, já que teve recomendação da IM.
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Post by Deleted on Mar 17, 2017 18:46:11 GMT -3.5
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marcos
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Post by marcos on Jun 20, 2017 15:39:19 GMT -3.5
COmprei um pouco hoje (10 ações) a 1,90. Mais por me parecer que a ação obedece muito bem a esse suporte do que por achar que o negócio da empresa esteja subavaliado.
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Post by Deleted on Aug 23, 2018 15:45:24 GMT -3.5
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Post by Deleted on Aug 7, 2019 10:45:43 GMT -3.5
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Post by Claudio66 on Dec 12, 2019 6:53:29 GMT -3.5
Eu gostei dos resultados recentes da empresa, que parece ter redirecionado o foco do crescimento para a rentabilidade. No 9M19 teve lucro por ação de R$ 0,173, sendo R$ 0,066 no 3T19, o que aponta um fechamento em 2019 acima de R$ 0,25 por ação, dando um P/L de cerca de 20.
Como vende mobiliário residencial, deve ganhar com a retomada da economia, em particular, com a retomada do setor imobiliário. Quando estava tomando a decisão de comprar, ela disparou 23% entre 04/12 e 06/12, possivelmente pelo seguinte Fato Relevante:
Por esse FR, planejou uma redução do Capital Social, no total de R$ 40.7 M, sendo R$ 16,4 para absorver prejuízo acumulado (abrindo espaço para pagar dividendos mais cedo) e R$ 24,3 restituídos aos acionistas. A restituição é de R$0,367183682 por ação, com última "data com" em 05/02/2020.
Achei estranho o preço ter subido, porque eu compraria as ações justamente pelas oportunidades de crescimento, o que significa que a empresa deveria aumentar e não reduzir seus ativos.
Do dia 06/12 até ontem, caiu 11%. Possivelmente ajudou o Aviso aos Acionistas de ontem (às 10:47), complementando a descapitalização da empresa, anunciou ontem o pagamento de R$ 5,0 M de juros sobre capital próprio (jscp), com última "data com" em 16/12/2019.
A empresa tinha, em 30/09/2019, no ativo circulante R$ 125, sendo R$ 65M em disponibilidades. Vai queimar cerca de metade das disponibilidades com a descapitalização, podendo perder folego para aproveitar a retomada da economia, e mais particularmente do setor.
Por outro lado, não tem dívidas. Ou seja, talvez esteja planejando crescer com dívida, aproveitando a queda da taxa de juros. Nesse caso, a rentabilidade aumentaria ainda mais.
E então? A queda recente foi um sinal de erro na estratégia, ou uma oportunidade de compra?
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Post by Claudio66 on Dec 12, 2019 13:25:49 GMT -3.5
Decidi apostar para ver. Acredito que a empresa se alavancará para bancar seu crescimento. Ela trabalha com encomendas. Uma parte do capital de giro será financiada com adiantamento de clientes. A outra parte, sendo contrato de encomenda, pode ser facilmente financiada. Imagino que dessa vez preferirá rentabilidade, o que significa que fará expansões em função do crescimento da demanda e do fluxo de caixa. Entrei hoje com PM de R% 5,16.
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Post by wizardhsc on Dec 12, 2019 14:56:11 GMT -3.5
Decidi apostar para ver. Acredito que a empresa se alavancará para bancar seu crescimento. Ela trabalha com encomendas. Uma parte do capital de giro será financiada com adiantamento de clientes. A outra parte, sendo contrato de encomenda, pode ser facilmente financiada. Imagino que dessa vez preferirá rentabilidade, o que significa que fará expansões em função do crescimento da demanda e do fluxo de caixa. Entrei hoje com PM de R% 5,16. Comprei um pouquinho a 5. Depois vou analisar a empresa a fundo.
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Post by Claudio66 on Dec 13, 2019 5:39:01 GMT -3.5
Aqui está uma apresentação da empresa divulgada ontem. Mostra a empresa reduzindo a participação no varejo brasileiro, mas com queda da receita substancialmente menor do que a queda do volume. Ou seja, melhoria das margens no mercado doméstico. Diferentemente da Restoque (LLIS3), que também optou opor reduzir para melhorar a rentabilidade, a Unicasa conseguiu fazê-lo com aumento imediato da lucratividade, graças à redução de Despesas com Vendas Gerais e Administrativas. UNICASA - Comunicado ao Mercado - Apresentações a analistas/agentes do mercado
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Post by Claudio66 on Dec 18, 2019 12:03:45 GMT -3.5
Alaska vendeu mais de metade de sua participação na empresa, que caiu de 9,94% para 4,14%. Ainda tem bastantes ações para vender, mas acho que o fluxo vendedor deve diminuir. Estou aproveitando para aumentar posição abaixo de R$ 4,90.
P.S.: Não duvido que o pico recente de R$ 6,01 tenha sido um "pump and dump" do Alaska.
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Post by Claudio66 on Dec 27, 2019 14:56:31 GMT -3.5
Está rolando um leilão com OV de 1.9 M de ações por R$ 4,85. Imagino que seja a raspa do tacho do Alaska. Com isso deveria acabar a pressão vendedora, liberando a ação para subir.
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Post by fundamentalista on Dec 27, 2019 15:03:50 GMT -3.5
Está rolando um leilão com OV de 1.9 M de ações por R$ 4,85. Imagino que seja a raspa do tacho do Alaska. Com isso deveria acabar a pressão vendedora, liberando a ação para subir. Provavelmente. No último comunicado, em 16 de dezembro de 2019, a participação acionária do Alaska era de, aproximadamente, 4,14% das ações ordinárias (“ações ON”) de emissão da Unicasa Indústria de Móveis S.A, administrando um total de 2.736.995 ações.
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Post by wizardhsc on Dec 27, 2019 15:10:02 GMT -3.5
Espero que mantenha o preço mais um tempo, ainda não montei toda minha posição. E estou sem dinheiro.
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Post by rogerdff on Dec 27, 2019 18:10:23 GMT -3.5
Decidi apostar para ver. Acredito que a empresa se alavancará para bancar seu crescimento. Ela trabalha com encomendas. Uma parte do capital de giro será financiada com adiantamento de clientes. A outra parte, sendo contrato de encomenda, pode ser facilmente financiada. Imagino que dessa vez preferirá rentabilidade, o que significa que fará expansões em função do crescimento da demanda e do fluxo de caixa. Entrei hoje com PM de R% 5,16. Cláudio você imagina a empresa conseguir voltar pra faixa lucro anual acima R$ 30 milhões, ou LPA perto 0,50? Risco/retorno favorável seria abaixo dos 3, mas parece improvável voltar nesse nível, talvez faixa dos 4. Ou imagina retorno ainda maior? Grato por compartilhar suas análises simples e visão objetiva.
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Post by Deleted on Dec 27, 2019 19:54:04 GMT -3.5
Esse papel vale a pena estudar direito o gráfico dele.
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Post by Claudio66 on Dec 28, 2019 11:42:03 GMT -3.5
Decidi apostar para ver. Acredito que a empresa se alavancará para bancar seu crescimento. Ela trabalha com encomendas. Uma parte do capital de giro será financiada com adiantamento de clientes. A outra parte, sendo contrato de encomenda, pode ser facilmente financiada. Imagino que dessa vez preferirá rentabilidade, o que significa que fará expansões em função do crescimento da demanda e do fluxo de caixa. Entrei hoje com PM de R% 5,16. Cláudio você imagina a empresa conseguir voltar pra faixa lucro anual acima R$ 30 milhões, ou LPA perto 0,50? Risco/retorno favorável seria abaixo dos 3, mas parece improvável voltar nesse nível, talvez faixa dos 4. Ou imagina retorno ainda maior? Grato por compartilhar suas análises simples e visão objetiva. Acho que com certa facilidade. Explico a seguir.
Porém, primeiro, é preciso lembrar que o preço da empresa está enganador, pois dá direito a um "cash back" de R$ 0,36 para quem comprar até 05/02/2020, com pagamento em 14/02/2020. Desprezando-se os juros nesses 45 dias, podemos dizer que o preço efetivo da ação, considerando o fechamento ontem a R$ 4,86, é de R$ 4,50. Isso dá um P/L, considerando a projeção de resultado para 2019, de menos de 20. Bastaria crescimento orgânico para ser um bom negócio, quando a taxa de juros real está em menos de 3,5% aa.
Para explicar como a empresa vai voltar a ter lucros substanciais, é preciso explicar, primeiroantes, como começou a ter prejuízo. O resultado da empresa se deteriorou principalmente pelo aumento das despesas com vendas, e gerais e administrativas (VG&A). Entre 2011 (antes do IPO) e 2014, apesar da queda da receita, as despesas VG&A mais que dobraram, alcançando R$ 118M, praticamente 50% da receita líquida. A margem bruta permaneceu estável, em 42%, mas a margem operacional caiu de 25%, em 2011 (antes do IPO), para -6% em 2014. Essas informações podem ser verificadas na planilha abaixo.
Isso é decorrente da maldição do IPO. As instituições financeiras coordenadoras exigem da empresa, para vender o IPO, uma história de crescimento infinito. O problema é que a situação fiscal do país estava se deteriorando já a partir de 2011, o que se refletia na queda da bolsa. A Unicasa, no lugar de por o pé no freio, resolveu acreditar que a história de crescimento inventada para o IPO era verdadeira. (Foi o que quase quebrou a Magazine Luiza, que fez IPO cerca de 1 ano antes.) No ano do IPO, 2012, a Unicasa chegou a abrir 66 lojas exclusivas, saltando de 886 para 952. Em 2009 (ou seja, 3 anos antes do IPO), quando eu estava vendo móveis modulados para minha casa, reparei que com frequência, em várias cidades, já havia lojas Dell Anno distantes apenas algumas quadras entre si. Ou seja, concorrência direta entre franqueados. As novas lojas só pioraram essa situação, com impacto nos custos, mas sem impacto na receita.
Quando o desastre da política econômica Dilmista se tornou evidente, em 2015, a empresa começou a cortar despesas VG&A. Nos último 12 meses, despesas VG&A somaram R$ 46 M, sendo que continuouaram caindo em 2019. Deve fechar o ano com cerca de 1/3 das despesas VG&A de 2014, em termos nominais, apesar da inflação acumulada no período. No 3T19 eram apenas 193 lojas (tendo aberto uma nova loja no trimestre, pela primeira vez desde 2015), ou seja, praticamente 1/5 das lojas de 20152. O tempo todo a margem bruta se manteve em torno de 40%, sendo que de 2014 para 9M19 a margem operacional subiu de -6% para +13%!
E como chegaria a R$ 0,50 de lucro por ação (LPA)? A empresa precisaria dobrar o LPA em relação a 2019. Desprezando qualquer aumento real de preço (que aumentaria a margem bruta) ou ganho de escala, ou seja, considerando a mesma margem líquida (11% no 9M19), bastaria a empresa dobrar a receita. O ano de 2019 deve fechar com receita de R$ 145 M. O dobro disso seria menos que a receita de 2011 (antes do IPO). Mas não significa vender o mesmo que em 2011, por causa da inflação (47% desde de dezembro de 2012). Em 2011 e 2012 foram vendidos 1,7 M de módulos. Em 2019 serão vendidos 0,58 M de módulos. Ou seja, o dobro de 2019 (1,16 M), seria apenas 2/3 das vendas de 2011 e 2012, em unidades.
E por que as vendas cresceriam? Por que o setor é muito cíclico. Quando as pessoas ficam sem dinheiro, a primeira coisa que cortam são os bens duráveis. Continuam com o móveis velhos, ou compram alguma coisa nas Casas Bahia, até a situação melhorar. Além disso, dado ao volume financeiro, são operações usualmente financiadas. Com menor inadimplência e taxa de juros, os financiamentos ficam facilitados. Seria o mesmo efeito do setor imobiliário, numa escala menor (com menos ganho, mas com menos risco).
Resumindo, acho plenamente possível a empresa dobrar as vendas no curto prazo (até 2 anos), o que, mesmo sem ganho de escala ou aumento de preço, dobraria o lucro líquido por ação, para R$ 0,50, resultando, para o preço, excluindo o "cash back", de R$ 4,50, num P/L de apenas 9! Eu esperaria que o P/L voltasse a 18, ou seja, uma valorização de 100% em até 2 anos. (Por que a taxa de juros real de 3% aa veio para ficar.) Se houver ganho de escala ou aumento real de preço, o ganho é maior ainda.
E por que o Alaska está saindo? Por que não querem ganhar 40% aa. Querem encontrar outra Magazine Luiza e ganhar 40% am.
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Post by rogerdff on Dec 28, 2019 12:12:53 GMT -3.5
Faz muito sentido. Grato pela aula.
O,50 me parece possível também, sem ter me aprofundado com os fatos bem relatados.
Questão IPO incrível mesmo como financistas que não entendem nada do negócio forçam pra lucrar comissões gordas, vender cenários de planilhas, e as empresas entram na onda.
Interessante ver caso da Centauro CNTO3. Com cenário totalmente inverso de 2012 em diante, simplesmente triplicou em apenas 7 meses.
Mostra outro lado da irracionalidade exuberante diante cenário favorável da bolsa.
Aproveito pra desejar Feliz Natal atrasado e Feliz Ano Novo pro pessoal desse Fórum.
Fórum que tive oportunidade de conhecer ainda no início em 2016, e que mostrou a qualidade e assertividade das análises de investidores ativos, grupo realmente muito seleto.
Infelizmente não tenho mesmo nível de competência para analisar.
Mas com certeza só tenho a agradecer por compartilharem conhecimento e experiência.
E desejar mais sucesso.
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