ADP
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Post by ADP on Oct 19, 2015 13:04:01 GMT -3.5
Tópico relacionado a Análise Técnica para iniciantes
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brunoatsr
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Post by brunoatsr on Feb 16, 2016 15:29:22 GMT -3.5
Amigos,
Neste tópico, gostaria de compartilhar e discutir com vocês um conjunto de assuntos que, na minha opinião, são essenciais para quem deseja utilizar o mercado de capitais como mais uma opção de investimento.
Antes de se aventurar em aplicações de risco, é fundamental que as pessoas busquem capacitação e tenham ainda a perspectiva de trabalhar com objetivos futuros, deixando de pensar sempre no hoje. Em minha visão, no Brasil não existe ainda adequada cultura de investimentos como é possível ver em outros países. Nestes, existe a mentalidade de acumulação de capital como forma de realização de objetivos ou de garantir um futuro adequado para a aposentadoria. Basta fazermos uma comparação com os EUA, que é referência, onde praticamente todas as pessoas possuem grande parcela de suas economias aplicadas em bolsa de valores, seja individualmente e/ou através de clubes de investimento. Efetivamente as bolsas de valores fazem parte da vida das pessoas.
Até mesmo em outros países, inclusive na América do Sul, existem países em que o mercado de capitais é mais representativo do que no Brasil. Por exemplo no Chile, aproximadamente 10% da população realiza aplicações na bolsa. No Brasil, certamente este número é menor que 0,3% da população. É um mercado que precisa se desenvolver e o caminho que vejo é através de conhecimento.
No passado, muitas iniciativas foram implementadas no Brasil para fomentar este mercado. Contudo, oferecer subsídios ou facilitar o direcionamento de capital sem promover o adequado conhecimento, o resultado obtido foi a geração de mais descrença. Crises ocorrem devido a bolhas formadas... mais recentemente, foi aberta a possibilidade de aplicação dos recursos do FGTS em fundos de ações negociadas na bolsa... Conheço pessoas que o fizeram e hoje amargam grandes prejuízos.
Então, neste tópico sugiro inicialmente avaliarmos questões como: definição de objetivo ao operar na bolsa; definição da estratégia operacional, gerenciamento de risco e seleção de ativos. A partir destes assuntos, podemos evoluir as discussões para mais questões que forem pertinentes ao assunto Análise Técnica e Bolsa de Valores.
O que acham!?
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Neymar
Forista VIP
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Post by Neymar on Feb 16, 2016 23:04:13 GMT -3.5
brunoatsr, Acho que é uma boa idéia, você tem trazido coisas boas para o fórum e tenho certeza que tem conteúdo bom sobre o assunto. Particularmente não tenho objetivos bem definidos (talvez seja uma falha minha, talvez seja questão pessoal) mas o assunto é interessante e muitos já comentaram sobre seus objetivos e metas no mercado aqui.
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brunoatsr
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Post by brunoatsr on Feb 17, 2016 8:41:53 GMT -3.5
brunoatsr , Acho que é uma boa idéia, você tem trazido coisas boas para o fórum e tenho certeza que tem conteúdo bom sobre o assunto. Particularmente não tenho objetivos bem definidos (talvez seja uma falha minha, talvez seja questão pessoal) mas o assunto é interessante e muitos já comentaram sobre seus objetivos e metas no mercado aqui. Legal Neymar! Realmente o que espero é somar com o trabalho que já desenvolvem no fórum, disponibilizando informações e claro ferramentas que possam ser úteis!
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brunoatsr
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Post by brunoatsr on Feb 17, 2016 9:46:21 GMT -3.5
Neymar , a definição de objetivo não exige fórmulas complexas ou a utilização de técnicas elaboradas, como quero passar abaixo! Quanto mais simples, melhor! Então, para a definição de objetivo ao realizar as operações em bolsa, visualizo 5 itens básicos a serem definidos e que geram grande impacto no processo de acumulação. • Finalidade • Prazo • Capital Inicial • Aportes • Retorno A finalidade diz respeito a motivação principal para que a acumulação de capital seja realizada. Neste caso, dentre outras, pode-se considerar a realização de uma viagem, trocar de carro, comprar uma casa nova ou mais no longo prazo, acumular capital para a aposentadoria. Isto definido, fica mais fácil o detalhamento dos demais itens. OBS: Todos os itens abaixo são valores fictícios para efeito de ilustração do conceito. • Finalidade: Utilizando-se de uma finalidade de curto prazo, se a intensão é comprar um carro por exemplo. Valor R$70.000,00 • Prazo: 3 anos. Ao final do período de garantia que a montadora oferece, desejo ter capital suficiente para comprar um novo. • Capital Inicial R$10.000,00 dinheiro disponível hoje que poderia ser empregado para esta finalidade. • Aportes R$200,00. Capital que poderá ser empregado mensalmente para esta finalidade. • Avaliação do retorno esperado. Para que em um prazo de 3 anos, com um capital inicial de 10.000,00 e aportes mensais de R$200,00 seja possível acumular 70 mil, seria necessária uma rentabilidade mensal de 5% aproximadamente. Neste caso já é possível vislumbrar como um planejamento pode ser realizado para nortear as operações. Obter rentabilidades maiores para capitais menores é relativamente mais fácil. Uma boa média de rentabilidade a ser considerada gira em torno de 3% am. Se considerada esta taxa de rentabilidade a ser obtida, o prazo deveria ser alterado para 5 anos para que seja possível obter os 70mil. A cada nova configuração, as demais devem ser reavaliadas para que seja possível atender a finalidade. Após definido o objetivo, deverá ser avaliada a estratégia operacional para que seja possível colocar o plano em ação!
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wdgi
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Post by wdgi on Feb 19, 2016 2:19:42 GMT -3.5
Boa noite volverine,
creio que falar de tape reading dentro de uma sala de analise técnica para iniciantes, pode gerar muita confusão. A técnica a qual voce se refere é bastante interessante, mas não usa nenhum conceito da analise técnica ou grafica, apesar de hoje varios analistas tecnicos, estarem incorporando esta leitura, mas apenas como um filtro dos seus setups. e é importante observar que o grupo que esta utilizando esta técnicas são formados por Day Traders. Como eu falei, este assunto é muito importante, e que deveria ter uma sala especifica para ele, pois as técnicas para scalper, são muito diferentes da At.
abraço
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brunoatsr
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Post by brunoatsr on Feb 19, 2016 16:49:32 GMT -3.5
Legal! Realmente existem diferentes técnicas que podem ser utilizadas por quem deseja aplicar em bolsa de valores. A definição da estratégia, na minha visão, envolve também a seleção da técnica. Tape reading pode ser uma, assim como análise técnica é e a análise fundamentalista também. Todas podem ser utilizadas por traders em algum momento. Na minha visão, uma pode ser complementar a outra, contudo são técnicas diferentes! Também já vi muitos traders utilizando, mas basicamente utilizam como técnica para daytrade, scalper como disse wdgi! @volverine, então neste caso vou me limitar a falar sobre análise técnica aqui ok! Sobre a estratégia operacional, o que posso passar é que esta será a definição da forma como a pessoa deseja rentabilizar o seu capital em bolsa. Devido ao assunto ter surgido, acrescentando a discussão aqui, destaco três tipos de abordagem que são utilizadas: - Investidor: aquele que se torna sócio de boas empresas, visando o resultado no longo prazo através da composição de uma carteira diversificada. Por isto utilizam basicamente a análise fundamentalista. (Ver CAFI!)
- Trader: aquele que visa lucro com operações de compra e venda no curto prazo, utilizando técnicas especializadas. (Análise Técnica (discutido aqui neste fórum e ferramentas disponíveis no site ATSR), Tape Reading...) Cabe destacar que traders mais experientes e que possuem objetivo de longo prazo também utilizam a análise fundamentalista para realizar a seleção dos papéis que vão operar, reduzindo ainda mais os riscos em operar na bolsa e gerando a possibilidade de acumular capital para o longo prazo. (abordagem que está sendo proposta em conjunto com a CAFI)
- Gambler: aquele que não segue técnica e se baseia em notícias e dicas para realizar as tomadas de decisão de investimento.
Neste sentido, a estratégia operacional deverá ser compatível principalmente com o objetivo definido e a disponibilidade de tempo em acompanhar o mercado.
Considerando a análise técnica, a definição consistirá em:
- Definir o prazo operacional a ser trabalhado.
- Definir o(s) setups a serem utilizados
É neste ponto que o conhecimento em análise técnica deve se aprofundar, pois para definir os setups, deve-se conhecer as técnicas disponíveis para então selecionar aquelas que melhor se adaptem ao seu perfil. É possível selecionar um setup já pronto, para que você valide e utilize se identificar possibilidades positivas ou então desenvolver o próprio, o que demandará mais tempo e dinheiro de estudos. Disse mais tempo e dinheiro, pois em qualquer situação, deve existir o esforço de aprendizado para que seja possível almejar algum retorno positivo! * Definir Setup por tendência * Deve estar claro quais são os sinais e o exato ponto de entrada nas operações * Devem estar definidos os pontos de saída por ganho ou perda (loss) - Definir as estratégias de utilização de stop loss
Nos próximos posts evoluímos sobre cada um destes itens!
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wdgi
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Post by wdgi on Feb 23, 2016 4:09:25 GMT -3.5
Legal! Realmente existem diferentes técnicas que podem ser utilizadas por quem deseja aplicar em bolsa de valores. A definição da estratégia, na minha visão, envolve também a seleção da técnica. Tape reading pode ser uma, assim como análise técnica é e a análise fundamentalista também. Todas podem ser utilizadas por traders em algum momento. Na minha visão, uma pode ser complementar a outra, contudo são técnicas diferentes! Também já vi muitos traders utilizando, mas basicamente utilizam como técnica para daytrade, scalper como disse wdgi ! @volverine , então neste caso vou me limitar a falar sobre análise técnica aqui ok! Sobre a estratégia operacional, o que posso passar é que esta será a definição da forma como a pessoa deseja rentabilizar o seu capital em bolsa. Devido ao assunto ter surgido, acrescentando a discussão aqui, destaco três tipos de abordagem que são utilizadas: - Investidor: aquele que se torna sócio de boas empresas, visando o resultado no longo prazo através da composição de uma carteira diversificada. Por isto utilizam basicamente a análise fundamentalista. (Ver CAFI!)
- Trader: aquele que visa lucro com operações de compra e venda no curto prazo, utilizando técnicas especializadas. (Análise Técnica (discutido aqui neste fórum e ferramentas disponíveis no site ATSR), Tape Reading...) Cabe destacar que traders mais experientes e que possuem objetivo de longo prazo também utilizam a análise fundamentalista para realizar a seleção dos papéis que vão operar, reduzindo ainda mais os riscos em operar na bolsa e gerando a possibilidade de acumular capital para o longo prazo. (abordagem que está sendo proposta em conjunto com a CAFI)
- Gambler: aquele que não segue técnica e se baseia em notícias e dicas para realizar as tomadas de decisão de investimento.
Neste sentido, a estratégia operacional deverá ser compatível principalmente com o objetivo definido e a disponibilidade de tempo em acompanhar o mercado.
Considerando a análise técnica, a definição consistirá em:
- Definir o prazo operacional a ser trabalhado.
- Definir o(s) setups a serem utilizados
É neste ponto que o conhecimento em análise técnica deve se aprofundar, pois para definir os setups, deve-se conhecer as técnicas disponíveis para então selecionar aquelas que melhor se adaptem ao seu perfil. É possível selecionar um setup já pronto, para que você valide e utilize se identificar possibilidades positivas ou então desenvolver o próprio, o que demandará mais tempo e dinheiro de estudos. Disse mais tempo e dinheiro, pois em qualquer situação, deve existir o esforço de aprendizado para que seja possível almejar algum retorno positivo! * Definir Setup por tendência * Deve estar claro quais são os sinais e o exato ponto de entrada nas operações * Devem estar definidos os pontos de saída por ganho ou perda (loss) - Definir as estratégias de utilização de stop loss
Nos próximos posts evoluímos sobre cada um destes itens!
Bruno, não existe outro caminho para quem quer aprender Analise Técnica, que não seja seguir uma metodologia clara. Curiosamente a maior dificuldade no inicio do aprendizado, é a enorme quantidade de material que temos disponível na internet, é tanto material que acaba confundindo quem esta iniciando. Para falar a verdade, confunde até que já tem uma boa experiencia. Se não fosse isso, não haveria cursos de imersão onde as pessoas pagam milhares de reais, para acompanhar um trade operando. Sigo o seu trabalho e da sua equipe a bastante tempo, e sei que voces tem nas operações de bolsa a sua principal atividade, assim acredito proposta que voce esta apresentando aqui, vai aproximar bastante as pessoas do mundo real das operações, o que no final vai ajudar muita gente a entender os passos que devem ser seguidos de forma a se tornarem traders. Como voce sabe gosto muito de Elliott e Fibo, assim quando voce achar que eu posso falar sobre este assunto estou a sua disposição. parabens pela iniciativa
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brunoatsr
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Post by brunoatsr on Feb 23, 2016 16:11:17 GMT -3.5
Obrigado pelos comentários wdgi ! Também visualizo da forma como colocou, ou seja, quando estamos iniciando podemos ter inúmeras ferramentas e informações em nossas mãos que na grande maioria das vezes não saberemos o que fazer com elas. Muito comum também é que, no caso da AT, uma pode prejudicar a utilização da outra se o método não estiver definido. As informações colocadas até o momento, são passos muito importantes para esta contextualização, para que se tenha uma visão geral e então seja possível entender a análise técnica como uma ferramenta dentro de um propósito maior, e claro, pessoal. Muito boa sua proposta de falar sobre estes conceitos dentro deste escopo e é sempre bom termos mais contribuições para enriquecer o conteúdo! Elliot e Fibo são importantíssimas ferramentas que podem ser utilizadas para definir as questões, ao meu ver, mais básicas e mais úteis em AT, que é o entendimento dos movimentos dentro do ciclo do mercado e os pontos de suporte e resistência destes movimentos, permitindo criar os cenários esperados de movimentação e permitindo uma reação mais precisa aos sinais que os indicadores nos dão! Sua contribuição será muito boa! Seguindo então os passos nesta introdução, vou elencar alguns conceitos que são base para o entendimento mais completo e então, para detalhar o tópico, você entra com a definição e utilização destes ferramentais mais especializados ok!? Definição do Prazo Operacional a ser utilizado: A definição do prazo operacional deverá ser baseada principalmente na disponibilidade de tempo que se tem para acompanhar o mercado e o perfil pessoal, sendo classificado como: • Position Trade São operações de prazo maior, que podem durar semanas, meses ou até anos. Tem como base o período semanal para avaliação dos gráficos e indicadores. As análises sempre são realizadas com o mercado fechado, assim, pessoas com menor disponibilidade de tempo durante a semana podem utilizar os finais de semana para preparar suas operações. Este tipo de operação gera um número menor de sinais e exige calma e paciência do investidor, não devendo estes sofrer com as interferências das oscilações diárias. Para que estas operações sejam possíveis, deverão ser selecionados setups apropriados a este propósito e a correta definição da tendência principal do ativo será fundamental para o seu sucesso, bem como a correta seleção de ativos. Mais do que nos outros prazos operacionais, a utilização da análise fundamentalista é extremamente importante para reduzir os riscos. Ao selecionar boas empresas com bons múltiplos, a expectativa de longo prazo é de que o mercado valorize suas ações, bastando para isto identificar os prováveis melhores pontos de entrada e saída dos ativos. Ao trabalhar no longo prazo, operações de compra são as mais utilizadas, tendo em vista que os riscos e custos para trabalhar operações de venda são altos. OBS: Operação de compra: primeiro compra-se o ativo com a expectativa de valorização, para então vender ao preço maior e auferir o lucro. Operação de venda: primeiro vende-se o ativo a um preço alto, com a expectativa de queda nas cotações, para então realizar a compra e "zerando" a posição vendida. Se uma venda for realizada e encerrada no mesmo dia, não existe a necessidade de alugar o ativo. Contudo, se existe a expectativa de passar do dia, o ideal é que o aluguel seja realizado antes de entrar na operação. Disse ideal, pois o aluguel também pode ser realizado após a venda ter sido realizada. Na bolsa brasileira, operar neste período gráfico está extremamente complexo, tendo em vista que a grande maioria dos ativos está em tendência de baixa. Os movimentos de alta não são duradouros e não seguem movimentações lineares conforme é o desejado. • Swing Trade Este tipo de operação tem duração de alguns dias ou semanas. Permite aproveitar movimentos mais curtos dentro de uma tendência principal. Tem uma flexibilidade maior que o position, contudo também devem ser programadas com o mercado fechado. Neste caso, pode-se programar operações nos finais de semana ou ao final de cada pregão. Tem como base de operações o período diário, utilizando o período semanal para identificar a tendência principal do ativo e o gráfico de 60 min para buscar algum refinamento para os parâmetros de entrada e saída da operação. O número de sinais recebidos é maior e as entradas e saídas em operações são mais dinâmicas, exigindo um acompanhamento diário do mercado. Diversas estratégias podem ser elaboradas neste prazo operacional, sendo possível trabalhar melhor operações de compra e venda, aproveitando as tendências de baixa, trabalhar mais operações de compra, otimizando resultados para acumulação de lucros em forma de ativos em carteira, etc. , sem necessariamente ficar acompanhando o mercado durante todo o dia. Nota-se também que a identificação da tendência sempre será fundamental para a seleção dos setups a serem utilizados (seguidores de tendência, volatilidade, reversão) • Day Trader São operações que obrigatoriamente iniciam e terminam no mesmo pregão. Os gráficos intraday são utilizados, como 5 min e 15 min por exemplo. Exige um estudo mais criterioso de tempos gráficos maiores, com o pregão fechado, de forma a criar o cenário de provável movimentação do ativo, quais são as forças dominantes, os suportes e resistências, para então tomar as decisões de compra ou venda com o mercado já aberto. Estilo de operação que visa lucros rápidos e constantes. Para que seja possível, devem ser selecionados papéis com muita liquidez e consequentemente pouca diferença entre as ofertas de compra e venda disponíveis no livro, reduzindo o risco de não concretizar as estratégias no preço desejado.
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brunoatsr
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Post by brunoatsr on Feb 24, 2016 14:34:33 GMT -3.5
Definição de Setups – Utilização de Análise Técnica Aqui pessoal, chegamos ao ponto que o conhecimento em análise técnica deve ser efetivamente utilizado. Para a definição dos setups, deve-se entender os principais conceitos utilizados e as técnicas de análise para que seja possível então definir exatamente as regras para entrada e saída de cada operação. Existem duas possibilidades neste processo: criar o próprio setup ou escolher um já disponível e testar a sua efetividade. Existem diversos setups disponíveis na internet que podem ser utilizados. Cabe a cada um a decisão. No entanto, para as duas opções é necessário que exista o entendimento das ferramentas que estão sendo utilizadas, com o diferencial que para construir o próprio setup, será exigido muito mais tempo, estudo e dedicação para que se possa obter uma configuração adequada e rentável. Como tudo, existem vantagens e desvantagens... Os setups nada mais são do que um conjunto de elementos que permitirão identificar os exatos pontos de entrada e saída de cada operação, contendo: • Indicadores utilizados ; • Regras de valores dos indicadores e preço que serão obrigatórias a serem identificadas para realizar a entrada na operação ; • Regras de valores dos indicadores e/ou preço obrigatórias a serem identificadas para realizar a saída da operação por ganho ; • Regras de valores dos indicadores e/ou preço obrigatórias a serem identificadas para realizar a saída da operação por loss (perda) . Cada setup tem suas configurações adequadamente formuladas para determinado momento de mercado, ou seja, existem setups para otimizar as entradas e maximizar os lucros nos movimentos de forte alta, pequena alta, congestões, forte baixa, pequena baixa, alta volatilidade, baixa volatilidade. Com o entendimento dos seguintes itens relativos a Análise Técnica, estas definições serão mais naturais. No início, realmente exige um esforço em assimilar todos os conceitos para adequada utilização. Com o tempo, tudo acaba se tornando um processo que passa a ser realizado de forma automática, exigindo "apenas" o esforço de análise dos papéis selecionados e a disciplina na sua utilização. Para dar respaldo a isto é que foi desenvolvido pela ATSR um conjunto de ferramentas para tornar este processo menos trabalhoso, sendo executado automaticamente pelo robô e permitindo o devido acompanhamento do passo a passo em cada operação! Conceitos Básicos utilizados a serem detalhados - Proposta: Pessoal, caso notem a falta de algum item que considerem relevante para o estudo, por favor comentem para avaliarmos! wdgi, @volverine... o que avaliam!? 1) Gráficos • Candlesticks (mais utilizado) 2) Topos e fundos 3) Tendência • Definição (Primária /Secundária/Terciária) • Mudança de Tendência • Importância do Prazo Operacional 4) Suportes e Resistências 5) Ciclos do Mercado ( wdgi, estão corretos os tópicos sobre os quais deseja falar!?) • Elliot 6) Fibonacci – Definição de Suportes e Resistências (wdgi) 7) Indicadores • Médias Móveis o Aritméticas e Exponenciais • Volume • On Balance Volume (OBV) • MACD • IFR Assim, a partir deste entendimento, teremos base para seleção dos setups a serem utilizados, sendo: o Por tendência o Pontos de entrada o Pontos de Saída por Ganho e Perda (loss)
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wdgi
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Post by wdgi on Feb 24, 2016 23:52:23 GMT -3.5
Bruno, achei o roteiro bem completo, mas como eu trabalho com informatica, estou sentindo falta de dois itens:
- o primeiro é um guia rápido, no qual voce apresenta uma forma rápida de operação, usando um indicador, cruzamento de duas médias, ou qualquer coisa assim, mas que demonstre rapidamente como usar a analise técnica, e depois sim parte para o detalhamento e o aprimoramento de cada detalhe tratado - o segundo é um item falando sobre a automação de trade. Quando eu fiz o meu curso de At, não existiam muitas ferramentas, ai meu instrutor apresentou ma planilha que fazia a seleção de ativos, pela variação de volume. Como sei que voce entende bem deste assunto, acho que seria interessante.
abraço
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brunoatsr
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Post by brunoatsr on Feb 26, 2016 12:15:15 GMT -3.5
Bruno, achei o roteiro bem completo, mas como eu trabalho com informatica, estou sentindo falta de dois itens: - o primeiro é um guia rápido, no qual voce apresenta uma forma rápida de operação, usando um indicador, cruzamento de duas médias, ou qualquer coisa assim, mas que demonstre rapidamente como usar a analise técnica, e depois sim parte para o detalhamento e o aprimoramento de cada detalhe tratado - o segundo é um item falando sobre a automação de trade. Quando eu fiz o meu curso de At, não existiam muitas ferramentas, ai meu instrutor apresentou ma planilha que fazia a seleção de ativos, pela variação de volume. Como sei que voce entende bem deste assunto, acho que seria interessante. abraço Bacana wdgi! Para exemplificação, podemos inicialmente trabalhar com uma estratégia de mercado e que gosto bastante, que é o setup do Ponto Contínuo. Ao final deste item, o ideal é que possamos selecionar um juntos para que então seja possível seguir com os estudos!! Quanto a automação de trade, é exatamente o que venho comentando nas postagens, onde no início o esforço para aprendizado e utilização das técnicas é dobrado e com o passar do tempo, a tarefa começa a ficar repetitiva, devido a padronização do processo de análise que cada um passa a adotar. É neste ponto que as ferramentas para automação entram em ação, permitindo realizar a tarefa que era executada manualmente com muito mais rapidez e precisão. (este é o projeto desenvolvido pela ATSR!) Como comentou, posso colocar em um gráfico o volume junto com uma média e ir passando ativo por ativo para identificar aquele que apresenta um volume acima da média, caso este seja um sinal relevante para minhas análises. Um sistema pode fazer isto em segundos, poupando tempo da pessoa para que esta possa efetivamente se preocupar com a tomada de decisão na operação! Isto ficará mais claro ao final destes posts, com os conceitos levantados e o processo que desejo passar esteja entendido! Veja que, depois da seleção do setup, ainda vamos falar de gerenciamento de risco e seleção de ativos! Então fica assim: 1) Exemplificação inicial de utilização setup: Ponto Contínuo 2) Gráficos • Candlesticks (mais utilizado) 3) Topos e fundos 4) Tendência • Definição (Primária /Secundária/Terciária) • Mudança de Tendência • Importância do Prazo Operacional 5) Suportes e Resistências 6) Ciclos do Mercado (wdgi) • Elliot 7) Fibonacci – Definição de Suportes e Resistências (wdgi) 8) Indicadores • Médias Móveis o Aritméticas e Exponenciais • Volume • On Balance Volume (OBV) • MACD • IFR Assim, a partir deste entendimento, teremos base para seleção dos setups a serem utilizados, sendo: o Por tendência o Pontos de entrada o Pontos de Saída por Ganho e Perda (loss)
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wdgi
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Post by wdgi on Feb 27, 2016 20:25:37 GMT -3.5
Bruno,
acho que ficou muito legal, agora é só começar.
abraço
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brunoatsr
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Post by brunoatsr on Feb 29, 2016 17:16:50 GMT -3.5
Amigos, Então, para passar uma exemplificação real da utilização de SETUP, selecionei um caso real na ação ABCB4 ocorrido no dia 24/02/2016 (gráfico diário), conforme imagem abaixo. Este é um setup clássico de retorno as médias, disseminado pelo trader Stormer. Pode ser operado tanto para operações de compra ou de venda, nos gráficos diário, semanal ou intradiário. No original, é utilizada a média móvel exponencial de 21 períodos como referencia, contudo, atualmente o mais utilizado (inclusive pelo stormer) é a média aritmética de 20 períodos. OBS: todos os conceitos necessários para o adequado entendimento dos termos aqui colocados serão detalhados nos seguintes posts, como por exemplo sobre médias aritméticas e exponenciais. Após detalhados todos os itens de análise técnica, será possível também perceber quantos conceitos estão implícitos nestas simples regras! 1) Exemplificação inicial de utilização de setup: Ponto Contínuo Períodicidade: Indicadores Técnicos utilizados: - Média Móvel Aritmética de 20 dias (MMA.20)
Regras de valores nos indicadores e preço obrigatórias a serem identificadas para a entrada na operação: - MMA.20 deve estar ascendente
- Os preços devem tocar a MMA.20 vindo por cima (ativo recua até a média, tendo a sua mínima "perfurando" a média). Neste candle que produziu o toque na média, marca-se a máxima e soma-se uma pequena variação como ponto de entrada.
Com esta configuração ocorrendo no dia 24/02/2016 para o ativo ABCB4 no gráfico diário, entrada definida em 8,51.Regras de valores nos indicadores e/ou preço obrigatórias a serem identificadas para a saída da operação por perda (stop loss) - No candle que produziu o toque na média e gerou o sinal, marca-se a mínima e subtrai-se uma pequena variação como ponto de stop loss.
Saída da operação de ABCB4 por loss definida no dia 24/02/2016 em 8,20.Regras de valores nos indicadores e/ou preço obrigatórias a serem identificadas para a saída da operação por ganho. - Neste exemplo, de forma bem simplificada, vamos definir que o valor para saída da operação por ganho seja o risco projetado para cima.
Saída da operação de ABCB4 por alvo definida no dia 24/02/2016 em 8,82.OK, então neste ponto temos os valores da nossa operação de trade definidos: Ativo | Entrada | Loss | Risco | Alvo | Ganho | abcb4 | 8,51 | 8,20 | 0,31 (-3,64%) | 8,82 | 0,31 (3,64%) |
Faltou um item muito importante a ser definido e que é chave para o sucesso no longo prazo para este tipo de operação, a quantidade a ser operada ( o tamanho da posição) respeitando adequadamente o gerenciamento de risco). Mas este ponto nós veremos no momento apropriado mais adiante. Legal, operação montada e já defini a quantidade que deverá ser operada. Agora, será que pode existir alguma dúvida em como proceder para efetivar a operação de trade? Por exemplo, quando mando a ordem para a corretora, quais são os procedimentos...? Como a análise é realizada com o gráfico (candle) totalmente configurado, ou seja, com o pregão fechado, no próprio dia 24/02 ao chegar em casa depois do trabalho, tomar aquele café com a família, pode-se reservar um tempo para fazer a programação dos investimentos (operações e trade) a serem executados no próximo pregão. Desta forma, após identificar o ponto contínuo em ABCB4, definir os pontos de entrada, saída e quantidade, é necessário enviar para a corretora uma ordem do tipo start através do homebroker, com preço de disparo a 8,81. Neste exemplo, procedendo exatamente desta forma, ou seja, enviando a ordem para a corretora no dia 24/02, no pregão seguinte a entrada teria sido efetivada no preço definido. No final do dia 25/02, ou durante o pregão deste mesmo dia assim que foi visualizada a efetivação da entrada, uma ordem de stop gain/ loss deveria ser enviada para a corretora, com os valores de loss em 8,20 e gain em 8,82. Hoje, 29/02/2016, a sua ordem de stop gain teria sido executada, encerrando a operação com 3,64% de ganho, sem considerar é claro os custos operacionais (que podem ser bastante significativos)
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wdgi
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Post by wdgi on Mar 1, 2016 23:31:43 GMT -3.5
Bruno,
voce começou de pé direito pelo menos para mim. Com a volatilidade atual só tenho operado em prazos bem curtos (intraday), e utilizado alguns setups específicos para este time frame.
Eu fiz o meu curso de AT com o Stormer, e de certa forma sempre associei o Ponto Continuo ao prazo operacional de position.
Claro que nestes últimos dias a bolsa deu um guinada, e já esta sendo possível ter resultados interessantes no prazo de Swing, mas a maior parte das operações ainda ocorrem no intraday.
Depois que vi o seu posto, configurei a minha estratégia para operar Petro pelo ponto continuo, mas no gráfico de 5 minutos. Foram 3 trades, onde esperei o sinal de entrada no ativo e entrei pela opção. Os resultados foram excelentes, 15% no primeiro, 17% no segundo, 9% no terceiro. Quando deu o quarto sinal eu lembrei que no setup havia uma restrição, que era tomar cuidado com o quarto toque.De fato o ativo perdeu a media.
valeu mesmo, por lembrar este setup.
abraço
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brunoatsr
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Post by brunoatsr on Mar 2, 2016 10:13:42 GMT -3.5
Bruno, voce começou de pé direito pelo menos para mim. Com a volatilidade atual só tenho operado em prazos bem curtos (intraday), e utilizado alguns setups específicos para este time frame. Eu fiz o meu curso de AT com o Stormer, e de certa forma sempre associei o Ponto Continuo ao prazo operacional de position. Claro que nestes últimos dias a bolsa deu um guinada, e já esta sendo possível ter resultados interessantes no prazo de Swing, mas a maior parte das operações ainda ocorrem no intraday. Depois que vi o seu posto, configurei a minha estratégia para operar Petro pelo ponto continuo, mas no gráfico de 5 minutos. Foram 3 trades, onde esperei o sinal de entrada no ativo e entrei pela opção. Os resultados foram excelentes, 15% no primeiro, 17% no segundo, 9% no terceiro. Quando deu o quarto sinal eu lembrei que no setup havia uma restrição, que era tomar cuidado com o quarto toque.De fato o ativo perdeu a media. valeu mesmo, por lembrar este setup. abraço Belíssima operação!
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brunoatsr
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Post by brunoatsr on Mar 4, 2016 14:26:32 GMT -3.5
Item seguinte, entendendo a lógica representada nos gráficos! 2) Gráficos Candlestick Os gráficos são utilizados para representar o comportamento do preço de um ativo durante um determinado período de tempo. Desta forma, permite visualizar com mais clareza a relação entre as forças compradora e vendedora. Existem alguns tipos de gráfico que podem ser utilizados, como o de linha, barras e o de candlesticks. Este último é o que iremos detalhar, pois é o mais utilizado e permite uma visualização melhor do que está ocorrendo com os preços do ativo. O candlestick ou apenas candle, como é denominada a figura do gráfico, representa uma unidade de medida de tempo dentro da periodicidade escolhida e a respectiva movimentação de preço nesta unidade de tempo. Se a periodicidade é diária, cada candle irá representar a variação de preço dentro do dia. A interpretação de cada candle consiste em identificar os principais valores que são representados, que são: Abertura, Máxima, Mínima e Fechamento do período selecionado (dia, semana, mês, 15 min...) Nos candles verdes ou vazados, o fechamento fica acima e a abertura em baixo. Para candles vermelhos ou pretos, o fechamento fica abaixo e a abertura acima. A partir deste conhecimento, fica mais fácil entender a utilização dos gráficos para rapidamente compreender o que está ocorrendo com os preços de determinado ativo. Vejam o esforço necessário para entendimento desta simples questão no exemplo abaixo Visão dos preços de um ativo sem o auxilio de um gráfico: Visão dos preços de um ativo através de um gráfico - Movimentação A Visão dos preços de um ativo através de um gráfico - Movimentação B Com esta visualização, percebe-se a facilidade para entender qual a força dominante para os ativos, se compradora ou vendedora! Muitos estudos também são realizados a partir de determinadas características identificadas tanto no candle quanto no conjunto de candles, com o objetivo de mapear padrões de movimentação dos ativos. Como exemplo, vocês já devem ter visto falar sobre os padrões de candle martelo, doji, estrelas, engolfos. Ou então, padrões gráficos como retângulos, etc.
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brunoatsr
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Post by brunoatsr on Mar 6, 2016 10:38:13 GMT -3.5
Bom dia pessoal! O que são e como identificar os Topos e Fundos formados pelo preço de um ativo? Topos e fundos são os pontos de reversão de forças, onde topos são os pontos onde ocorrem uma exaustão da força compradora e os vendedores ganham força e os fundos são os pontos onde a força vendedora perde força e a força compradora entra em ação. Pode parecer simples, mas esta é uma definição que implica praticamente em todas as demais análises a serem realizadas para um ativo. A sequencia de valores dos topos e fundos é importante fator para determinar as tendências, dão importante indicação para mudança de tendência, indica pontos de suporte e resistência e são utilizados como base para a identificação de padrões gráficos como retângulos, linhas de suporte e resistência inclinados, etc. Esta identificação, na maioria dos casos, é realizada por quem está analisando e é feita por aspecto visual nos momentos já passados, de forma subjetiva. Um topo é formado quando os preços apresentam uma máxima maior do que os candles seguintes e anteriores um fundo é formado com o conceito inverso, quando os preços apresentam uma mínima menor do que os candles seguintes e anteriores. Bom seria se fosse tão simples assim esta definição. Olhar gráficos passados para a identificação de topos e fundos pode ser uma tarefa menos complexa, contudo, como é necessário adotar um padrão, a partir do candle atual como classificar a formação de um fundo ou um topo? Momento 1: Visualização gráfica sem classificação Momento 2: Visualização gráfica com classificação simplificada por máxima maior para topo e mínima menor para fundo Momento 3: Visualização gráfica com classificação aplicando regras adicionais, como variação mínima exigida entre topos e fundos, sequencia obrigatória com topo seguido por fundo ou fundo seguido por topo. Seguir um padrão nesta classificação implicará na padronização da correta interpretação dos movimentos dos ativos e consequentemente na adoção de adequadas estratégias de operação.
Um último ponto a ser colocado, ganha força a expectativa de reversão do movimento com a formação de determinados padrões já conhecidos, como martelos, engolfos, dojis, etc e mais adiante, pelos estudos a serem apresentados por FIBO e Elliot.
Várias são as técnicas empregadas para tentar antecipar estes pontos, pois o ideal é sempre comprar fundos e vender topos não é!?
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brunoatsr
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Post by brunoatsr on Mar 8, 2016 12:11:33 GMT -3.5
Entendimento concluído sobre os topos e fundos, já temos a base para começar a falar sobre as tendências! 4) Tendência Não tenho como iniciar o assunto sem mencionar Charles H. Dow e o que veio a se tornar a sua Teoria de Dow. O seu trabalho, o qual foi uma série de artigos publicados para o jornal The Wall Street Journal, foi a base para o que conhecemos hoje como análise técnica e é composta por 6 princípios básicos que tentam explicar o comportamento dos preços e sua tendência a repetir os padrões históricos de movimentação. Destaca-se então para este post o princípio de que o mercado apresenta três tendências, classificando-as em: É a tendência de maior prazo, a qual define a movimentação principal do ativo. Usualmente tem duração de um a dois anos. É a tendência intermediária, a qual é formada dentro da movimentação principal do ativo. Portanto, esta são correções dentro da tendência principal, com duração de três semanas a alguns meses. Por último, a terciária tem duração de menos de 3 semanas e representa correções dentro da tendência secundária. Em qualquer das três tendências, a movimentação de preços poderá ser classificada como: - Tendência de alta - Primária de alta / secundária de alta / terciária de alta
O principal indicador para uma tendência de alta configura-se pela sequencia de topos e fundos ascendentes. - Tendência de baixa - Primária de baixa / ...
O principal indicador para uma tendência de baixa configura-se pela sequencia de topos e fundos descendentes - Tendência Lateral - Primária lateral / ...
Em uma tendência lateral, os topos e fundos são formados no mesmo nível, ou seja, topos alinhados em uma mesma região e os fundos alinhados em uma mesma região. Uma tendência passa a ser indefinida quando os topos e fundos passam a não fazer uma sequencia ascendente ou descendente. Neste caso, podemos ter topos ascendentes com fundos descendentes ou o inverso. Vejam o exemplo que o índice bovespa está fazendo hoje, 08/03. As imagens acima foram colocadas para efeito de ilustração didática do conceito, demonstrando como o mercado se move dentro das três tendências preconizadas por Dow. Desta forma, a representação foi colocada no gráfico utilizando a periodicidade semanal.
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brunoatsr
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Post by brunoatsr on Mar 10, 2016 15:50:16 GMT -3.5
Seleção dos prazos operacionais como fator de grande importância na definição das tendências O primeiro ponto é que as três tendências podem ser diferentes umas das outras, conforme exemplo colocado para o IBOV no post anterior. Para conferir maior padronização às análises e respeitando os períodos médios de duração de cada tendência, uma melhor classificação por topos e fundos poderá ser realizada com prazos operacionais diferentes, por exemplo: 1) Primária: como a duração é de um a dois anos, o mais recomendado é utilizar o período semanal para análise 2) Secundária: De duração de 3 semanas a alguns meses, o ideal é utilizar o período diário 3) Terciária: Para esta tendencia de menor prazo, a identificação pode ser realizada pelo gráfico intra diário de 60min. Estas periodicidades são exemplos mais comuns que podem ser utilizados, mas isto dependerá do prazo operacional em que se pretende operar e do resultado da interpretação de mercado que melhor classifica os ativos para as estratégias a serem adotadas, seja com operações de curtíssimo prazo ou para prazos mais longos. É recomendável a alteração dos prazos operacionais, pois a análise e conclusão a ser obtida pela direção dos topos e fundos formados ficará mais simples e melhor corresponderá ao período analisado. Em um mesmo gráfico, a classificação poderá gerar confusão entre o que é topo e fundo da primária, da secundária e da terciária. Segundo este padrão demonstrado, abaixo coloco a visão de um relatório classificando todos os ativos com as suas tendências por topos e fundos. (disponível no site da ATSR)Com o auxílio desta ferramenta, rapidamente pode-se verificar qual a tendência atual dos ativos e a classificação imediatamente anterior. Por exemplo, ficará extremamente simples listar todos os ativos em tendência de alta que permitem utilizar estratégias de compra para seguir tendência. Como apresenta a classificação anterior, pode-se verificar também quais ativos podem estar revertendo uma tendência, que será o assunto para o próximo post. Um aspecto ainda importante dentro da classificação das tendências e identificado por Dow, são as três fases dos movimentos. A tendência de alta é composta pelas fases: Nesta fase, o pessimismo entre os investidores ainda é grande, as notícias ainda não são animadoras, mas é neste estágio que o dinheiro inteligente começa a entrar no mercado. É a mais longa, onde o mercado começa a mudar de humor, mostrando-se cada vez mais otimista. O número de investidores e o volume aumentam substancialmente. Caracteriza-se por um número enorme de investidores no mercado, muita especulação e preços excessivamente inflados. Nesta fase todos investem na bolsa e conseguem ganhar dinheiro. É neste momento que o seguinte axioma é válido: se até os engraxates estão entrando na bolsa, é hora de vender! (fato ocorrido com Joseph Patrick Kennedy, pai do ex-presidente americano Jonh Kennedy. Não sei se viram mais recentemente, em uma reportagem demonstrada no informoney o vendedor de bananas flagrado com seu notebook e homebroker aberto negociando em cima da banca de bananas!!! De fato, este é o momento que eles estavam vivendo! Abaixo um pequeno exemplo que pude selecionar no gráfico do IBOV, diário, referente ao final de 2014 a maio de 2015 Para a tendência de baixa, o conceito é similar, mas invertido, sendo denominadas: Caracterizando uma queda no volume, sinalizando a saída do dinheiro esperto. Notícias ainda são otimistas e o grande público ainda está ávido por ações. Como o preço não consegue romper os topos anteriores. Fase em que o dinheiro esperto sai do jogo sem grande interesse em ocultar suas vendas. É neste momento que ocorre o efeito manada. Nesta fase o mercado continua a cair. Ninguém acredita mais nas ações e as notícias são muito pessimistas. O mercado continua a cair até que todas as notícias estejam precificadas nas ações, quando então o ciclo recomeça. É... será que estamos recomeçando o ciclo?!
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