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Post by Kamesennin on Dec 10, 2015 9:16:14 GMT -3.5
Creio que seja mais complexo do que isso. O limite para o lançamento de novas moedas realmente não existe, no entanto o lançamento de uma nova moeda não implica automaticamente em "inflação" nas demais. A aceitação da moeda tem um peso muito maior do que a criação de novas moedas, e nesse ponto as moedas lançadas a mais tempo e com uma estrutura/aceitação já consolidadas levam uma vantagem enorme. Do mesmo modo que você pode criar uma moeda concorrente ao Real no quintal da sua casa, enquanto ela não tiver aceitação pelos demais ela não vai valer nada e não vai influenciar as taxas de inflação do Real. Existe, sim, um limite e também o prazo esperado para que esse limite seja atingido. E o custo de mineração não é nem um pouco baixo. Antigamente, era possível minerar com um computador qualquer. Depois, passou ía ser possível só com placas de vídeo e, hoje, só com ASICS que custam uma nota. Obs: quando falo em possível, falo em viabilidade. Não considero deixar o computador ligado um mês inteiro para minerar 2 centavos. Editado: deixei a preguiça de lado e fui ver quais seriam esses limites: en.wikipedia.org/wiki/Bitcoin#Supply Corretas suas colocações quanto a criação de novos bitcoins, mas quando disse "criação de novas moedas" me referi (e acredito que era isso que o Claudio66 também quis dizer) à criação de novas variantes de criptomoedas como o Dogecoin por exemplo.
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rst
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Post by rst on Dec 10, 2015 9:37:26 GMT -3.5
também penso como o Cláudio. Qualquer um pode criar sua criptomoeda (bom pelo menos qualquer um com conhecimento do assunto e recursos para infraestrutura e promoção do novo meio de troca).
Bitcoin vai continuar tendo mais aceitação por ser uma das primeiras a surgir e ser a mais circulada, mas ainda hoje tem opções de uso muito reduzidas. Se inúmeras outras moedas surgirem (e já estão surgindo), a dúvida sobre o valor intrínseco de todas aumenta. Para mim, as criptomoedas podem subsistir se um dia adotadas por algum governo, mas Bitcoin, litecoin e outras do gênero ainda valerão zero.
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Post by Claudio66 on Dec 10, 2015 10:00:42 GMT -3.5
Creio que seja mais complexo do que isso. O limite para o lançamento de novas moedas realmente não existe, no entanto o lançamento de uma nova moeda não implica automaticamente em "inflação" nas demais. A aceitação da moeda tem um peso muito maior do que a criação de novas moedas, e nesse ponto as moedas lançadas a mais tempo e com uma estrutura/aceitação já consolidadas levam uma vantagem enorme. Concordo que essa dinâmica seja complicada. O que eu digo é que é mais complicada do que dizer que existe limite para a oferta. A aceitação é uma barreira a novas criptomoedas, mas ainda não sei bem como essa barreira irá funcionar. Se é esperado que as moedas se valorizem na medida em que se torna mais caro minerá-las, existe um forte incentivo para aceitar novas moedas. Onde estaria o equilíbrio entre o risco de a moeda não ser aceita e o benefício da valorização potencial? E fora do equilíbrio, pode haver uma euforia que leve a uma aceitação fácil por qualquer criptomoeda, criando um bolha, que ao estourar leve todo o modelo. Do mesmo modo que você pode criar uma moeda concorrente ao Real no quintal da sua casa, enquanto ela não tiver aceitação pelos demais ela não vai valer nada e não vai influenciar as taxas de inflação do Real. Uma criptomoeda tem muito mais credibilidade do que uma moeda criada no quintal de casa. Eu diria que tem muito mais credibilidade do que alguns títulos emitidos por governos locais (municipais e estaduais). Isso porque: - existem limites técnicos à expansão da quantidade em circulação de uma criptomoeda específica - não é possível falsificar a um custo razoável Um outro tipo de título que teria essas características seria o de ações de empresas. As ações são registradas num responsável pela custódia, dificultando a falsificação. A quantidade está limitada por restrições legais. E, qualquer um pode criar uma nova empresa e emitir ações. Mas, nesse caso, o título lhe dá direito a um fluxo de pagamentos futuros, que permite atribuir valor. A moeda é essencialmente uma bolha, no sentido de que não tem valor intrínseco. Sua sobrevivência é quase um milagre. As criptomoedas preenchem alguns dos requisitos necessários para manutenção dessa bolha, mas temo que não preencha todos.
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uqaz
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Post by uqaz on Dec 11, 2015 12:06:40 GMT -3.5
Uma coisa que eu temo com relação às cirptomoedas é a regulação da oferta. Uma criptomoeda específica, como Bitcoin, tem oferta naturalmente limitada pela regra de geração de códigos. Mas qual o limite para o lançamento de novas criptomoedas? Imagino que aumentando o número de criptomoedas, caia o poder de compra de cada uma delas (inflação).O Dólar Americano e o Euro têm fortes restrições na emissão e têm imposição legal de aceitação nos países que adotam essas moedas. No Brasil, existe inclusive restrições a elaboração de contratos em moeda que não seja o real, e temos conseguido manter a restrição a novas emissões. No limite o valor das criptomoedas se igualaria ao custo inicial de mineração, que é muito baixo. Na fase inicial, praticamente qualquer pessoa pode minerar em casa, com êxito, utilizando equipamentos de que já dispõem. Ou seja, com muitas criptomoedas sendo lançadas, acabariam não valendo nada. Claudio, as criptomoedas atendem a necessidades específicas (tinha feito um post bem mastigadinho sobre criptomoedas, criptoassets e cripto-equities, mas, paciência, perdi tudo...). Por exemplo, existem aquelas que se propõem a perseguir um PEG, uma emulação de comportamento de um ativo. Esses são os Nubits (Nu Community), bitgold ou bitUSD (Bitshares Community) ou o Tether (USDT). Dê uma olhada aqui: coinmarketcap.com/assets/views/all/Existem criptomoedas que sim posam como alternativa frente ao bitcoin, como a Safecoin, por exemplo. O legal da safecoin é que ela é lastreada não no custo de mineração, mas sim pelo preço de pacotes de dados descentralizados e secretos. Inventaram uma commodity! Hoje descobri um índice de criptomoedas bem legal, ele faz uma média de todas menos dos bitcoins: coinoindex.com/Eu mesmo investi recentemente em cripto-equities, em OBITS (http://obits.io/, onde eu invisto numa Exchange de Bitshares e compartilho dos ganhos com corretagem) e SEC (http://safex.io/, corretora parecida com a OBITS, só que da SAFE Community, comercializará safecoin). Aqui existem exemplos de outros crownd-fundings, estou apaixonado por este troço: cyber.fund/radarResumindo, cada moeda vai cumprir uma função, tendo o Bitcoin como a referência de tudo. Penso no Bitcoin como o ouro digital. Agora, tenho um problema com essa sua assertiva: O Dólar Americano e o Euro têm fortes restrições na emissão
Isto vai de encontro a estes gráficos: Dólar: Euro:
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Post by Claudio66 on Dec 12, 2015 10:00:22 GMT -3.5
uqaz , acho que a possibilidade de expandir a base monetária infinitamente é um pressuposto do sistema monetário, uma vez que quanto maior a economia, mais moeda em circulação é necessária para manter o sistema funcionando. Outra coisa é que acho mais justo considerar a M2 do que a M1, principalmente num momento de taxa de juros de referência próxima de zero nos EUA. Então coloco abaixo o gráfico da M2 como percentual do PIB dos EUA, no longo prazo. E mais abaixo nos anos posteriores à crise de 2008, incluindo o Euro no gráfico. No primeiro gráfico nota-se que a M2 ficou a maior parte da história restrita entre 60% e 75% do PIB dos EUA, o que é uma faixa relativamente apertada. Houve uma forte expansão entre 2008 e 2009, para combater a crise financeira, mas alcançou um novo patamar com oscilação mais restrita, na faixa de 84% a 90%. (Apenas 6% de variação! A variação do Euro é ainda mais apertada, entre 92% e 94%!). O FED está preparando a saída desse excesso de liquidez, devendo a M2 retornar a uma posição abaixo de 80% em poucos anos. O fato de a base de Bitcoin não se expandir é o seu maior risco. Para atender a demanda do mercado, terão que surgir novas criptomoedas. A questão é: qual o limite para novas criptomoedas, que impeça o excesso de oferta, desvalorizando completamente as criptmoedas existentes. Você dirá que é a aceitação. E eu digo que com o crescimento da economia é preciso aceitar novas moedas, ou o sistema para.
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uqaz
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Post by uqaz on Dec 12, 2015 12:40:23 GMT -3.5
uqaz , acho que a possibilidade de expandir a base monetária infinitamente é um pressuposto do sistema monetário, uma vez que quanto maior a economia, mais moeda em circulação é necessária para manter o sistema funcionando. Outra coisa é que acho mais justo considerar a M2 do que a M1, principalmente num momento de taxa de juros de referência próxima de zero nos EUA. Então coloco abaixo o gráfico da M2 como percentual do PIB dos EUA, no longo prazo. E mais abaixo nos anos posteriores à crise de 2008, incluindo o Euro no gráfico. No primeiro gráfico nota-se que a M2 ficou a maior parte da história restrita entre 60% e 75% do PIB dos EUA, o que é uma faixa relativamente apertada. Houve uma forte expansão entre 2008 e 2009, para combater a crise financeira, mas alcançou um novo patamar com oscilação mais restrita, na faixa de 84% a 90%. (Apenas 6% de variação! A variação do Euro é ainda mais apertada, entre 92% e 94%!). O FED está preparando a saída desse excesso de liquidez, devendo a M2 retornar a uma posição abaixo de 80% em poucos anos. O fato de a base de Bitcoin não se expandir é o seu maior risco. Para atender a demanda do mercado, terão que surgir novas criptomoedas. A questão é: qual o limite para novas criptomoedas, que impeça o excesso de oferta, desvalorizando completamente as criptmoedas existentes. Você dirá que é a aceitação. E eu digo que com o crescimento da economia é preciso aceitar novas moedas, ou o sistema para. Cláudio, apesar da provocação, não pretendo entrar em discussões sobre o que foi "bom" ou o que foi "ruim". Ou o que vc acha e o que eu acho. Seria uma discussão infrutífera. O problema clássico de fixação ou não de oferta monetária. Filosofias sobre economia, uma ciência inexata. Com isso quero ignorar essa frase aqui " acho que a possibilidade de expandir a base monetária infinitamente é um pressuposto do sistema monetário". Isso é o que vc acha e sou obrigado a respeitar. Aliás, não parece ser assunto a que me propus neste tópico, onde procuro trocar informações sobre criptomoedas e critoassets, e não sobre a impossibilidade ou não delas. Resumindo, parto da premissa que os interessados discordem integralmente de vc ou da sua fé em uma entidade central com o monopólio de regulação de criação de oferta. Assim, ficamos com a segunda parte de seu comentário, aliás, uma indagação muito interessante. Vc lembra dos dois extremos da coisa, o fato de não ser "possível" a constância do número de Bitcoins e a possibilidade de surgimento de infinitas moedas. Bom, convém lembrar o número de unidades possíveis para comercialização. Serão 21 milhões de BTCs minerados. Parece pouco, mas lembro a divisibilidade de cada Bitcoin, Um Satoshi (menor divisibilidade possível) é de 0.00000001, ou seja, teríamos aí 2100000000000000 de satoshis, e que fique claro, futuramente pode haver maiores divisibilidades. Como pode notar, diferente do que vc considera saudável, é a limitação ou a impossibilidade de expansão monetária central que dá a graça da coisa. A ideia foi tentar emular o ritmo de extração do ouro. O interessante é que o Bitcoin pode quebrar o o valor intrínseco do ouro, conforme comentado brilhantemente pelo Fernando Ulrich: Ouro não é mais dinheiro e não voltará a ser www.mises.org.br/Article.aspx?id=2149Daí a minha aposta no Bitcoin, vejo um novo ouro - o qual nenhum banânico tem fácil acesso, importante lembrar! - surgindo que aliará reserva de valor com a propriedade de moeda, a qual ouro deve perder/perdeu segundo o Fernando. Assim como o ouro, vejo o bitcoin também como um anti-investimento, melhor explicado aqui: ouroedinheiro.com/principal/classe-media-deve-investir-em-ouro-e-em-prata.htmQuer dizer, é a saída de cada indivíduo desta atual pirâmide monetária a qual nos encontramos. Uma outra coisa interessante é a descentralização de seu controle. Basicamente, os bancos voltam a ser o que eram antes deste nosso sistema monetário atual. Antigamente, quando os bancos deveriam zelar pelos seus empréstimos, não havia esses ciclos doidos como os de hoje. O banqueiro não se importa mais e quando isso acontece, sobra pra todos. Concluindo, a regulação de oferta de moeda em circulação será regulada descentralizadamente, como foi até o início do século XX. A consequência disso é que os tais ciclos econômicos, as crises e bombações, serão muito menores em intensidade e duração, pelo simples fato de não haver incentivo para a má alocação de recursos (origem de todas essas crises). Cláudio, essa sanfona de retirar ou colocar moeda em circulação será tocada por todos os integrantes do sistema monetário num ritmo muito mais lento e trnaquilo, diferentemente de como é hoje.
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Potuz
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Post by Potuz on Dec 12, 2015 13:43:56 GMT -3.5
Claudio66 em alguns pontos teóricos no que respeita a bitcoins eu tendo a discordar com a sua posição. Você principalmente ataca dois frentes, um deles é a criação de novas moedas virtuais que deve aumentar a oferta de moedas e isso diminuir o valor de cada uma delas. Se aquela tese fosse correta então o fenômeno seria equivalente a uma inflação. O segundo ponto que você levanta é o fato das bitcoins serem naturalmente deflacionárias com o teto na existência. Claramente ambos fenômenos tem implicações contrárias então poderia utilizar uma das implicações para argumentar em contra da outra. Sem entrar nessa, só queria deixar uma opinião simples com respeito ao primeiro problema e logo o ponto de vista de pessoas que estudaram com certo detalhe o segundo. No existe nenhum dado relevante e excepto o achismo de que a criação de moedas novas tira credibilidade das outras. Mesmo assumindo que o público alvo das novas moedas seja o mesmo dos que já tem BTC por exemplo, eu entendo que no CP interesse numa moeda ocasione vendas de BTC e assim uma queda na cotação. Porém isso deve ser bem-vindo na comunidade de BTC pois liquidez é para mim uma qualidade imprescindível e quase uma definição de moeda corrente. Hoje a dificuldade de operar vendido em BTC traz falta de liquidez e abundância de moedas concorrentes pode ajudar naquele frente. Se as novas moedas perdem credibilidade ou não, não vejo sinceramente como isso pode estar atrelado com BTC perder credibilidade ou não. A credibilidade de uma moeda é dependente não tanto em que as pessoas normais em sua maioria acreditem na moeda, mas sim em que grandes players estejam investidos nesta moeda. O BTC é ainda muito frágil pois se o tesouro de Nicaragua (por dizer qualquer um pequeno) decidisse entrar pesado e influenciar na cotação ele conseguiria, mas eu acredito que isso pode mudar agora com bancos importantes abrindo posições consideráveis em BTC. Não vejo correlação direta entre esses interesses mudarem e outras moedas aparecerem. Já no que respeita ao segundo problema esse sim é um problema teórico interessante. Eu não conheço muito do tópico e com certeza você conhece sim. Parece ser que existe um consenso entre os economistas atuais que a inflação na moeda de curso é imprescindível para o crescimento global. Porém parece ser que o primeiro argumento utilizado é referente ao desemprego ocasionado pela deflação, coisa que eu considero errado argumentar pois é uma tese baseada no axioma de que a moeda de curso é inflacionária, claramente assumindo certo esse axioma contraditório á filosofia do BTC, vai probar errada aquela filosofia. Em lógica isso é explicado com que numa teoria inconsistente toda afirmação é falsa e verdadeira ao mesmo tempo en.wikipedia.org/wiki/G%C3%B6del%27s_incompleteness_theorems. Mas em lugar de eu falar do que não entendo, queria trazer a discussão entre uma das colunas do Economist e um dos engenheiros de software de Bitcoin: A primeira publicação do Economist apontando para deflação como uma limitação para o BTC se converter na moeda de curso www.economist.com/news/finance-and-economics/21599053-chronic-deflation-may-keep-bitcoin-displacing-its-fiat-rivals-moneyA resposta de Mike HearnA retrucada do economist onde explicam entre outras coisas que o ponto deles não era que deflação mataria BTC mas que faria impossível para o BTC virar a moeda de curso global. www.economist.com/blogs/freeexchange/2014/04/moneyO problema para mim é a abundância de informação estúpida em revistas de alta circulação global. Esta coluna do businessindisder essencialmente utiliza o mesmo argumento do Economist mas para argumentar para o outro lado: ou seja que deflação não seria um problema, dado que o importante é que o BTC cotiza em outras moedas (o que é ridículo desde o ponto de vista de quem quere defender BTC como moeda de curso). O único argumento certeiro que eu já li foi no primeiro comentário a essa nota de sobre Robert Murphy onde o usuário aponta para o fato real que deflação penaliza aos que detém dívida e premia a poupança ao tempo que a inflação premia a aqueles que tem dívida e penaliza aos que poupam, então claramente os grandes bancos devem estar em contra de moedas intrinsecamente deflacionárias.
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uqaz
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Post by uqaz on Dec 12, 2015 15:20:04 GMT -3.5
Eu não entendi bem por que mais criptomoedas poderiam causar uma desvalorização. Hoje temos centenas delas e pouquíssimas têm alguma relevância. A chance destes problemas acontecerem não seria maior quanto tínhamos poucas moedas? Aparecer uma nova quando há 600 delas causa menos alvoroço do que quando havia poucas unidades,não? Quando o Cláudio tira a condição de aceitação ou não do uso da moeda, a lógica descentralizada da velocidade de expansão monetária acaba. É só lembrar que somos obrigados a usar R$ para comprarmos um pão, ou seja, é isso e pronto. O problema com esse pensamento é supor que a necessidade das pessoas precisa ter apenas UM denominador comum, como é hoje o dólar. Veja que russos já estao conversando com chineses, by-passando o dólar. Os países da opep idem. Na prática, as criptomoedas estão ressuscitando o escambo, na medida em que hoje, por exemplo, poderia pagar uma passagem aérea diretamente com bitOil (proxy do óleo tipo brent) ou qq outra unidade de troca que comprador e vendedor acordem.
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uqaz
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Post by uqaz on Dec 12, 2015 15:39:02 GMT -3.5
Claudio66 em alguns pontos teóricos no que respeita a bitcoins eu tendo a discordar com a sua posição. Você principalmente ataca dois frentes, um deles é a criação de novas moedas virtuais que deve aumentar a oferta de moedas e isso diminuir o valor de cada uma delas. Se aquela tese fosse correta então o fenômeno seria equivalente a uma inflação. O segundo ponto que você levanta é o fato das bitcoins serem naturalmente deflacionárias com o teto na existência. Claramente ambos fenômenos tem implicações contrárias então poderia utilizar uma das implicações para argumentar em contra da outra. Sem entrar nessa, só queria deixar uma opinião simples com respeito ao primeiro problema e logo o ponto de vista de pessoas que estudaram com certo detalhe o segundo. No existe nenhum dado relevante e excepto o achismo de que a criação de moedas novas tira credibilidade das outras. Mesmo assumindo que o público alvo das novas moedas seja o mesmo dos que já tem BTC por exemplo, eu entendo que no CP interesse numa moeda ocasione vendas de BTC e assim uma queda na cotação. Porém isso deve ser bem-vindo na comunidade de BTC pois liquidez é para mim uma qualidade imprescindível e quase uma definição de moeda corrente. Hoje a dificuldade de operar vendido em BTC traz falta de liquidez e abundância de moedas concorrentes pode ajudar naquele frente. Se as novas moedas perdem credibilidade ou não, não vejo sinceramente como isso pode estar atrelado com BTC perder credibilidade ou não. A credibilidade de uma moeda é dependente não tanto em que as pessoas normais em sua maioria acreditem na moeda, mas sim em que grandes players estejam investidos nesta moeda. O BTC é ainda muito frágil pois se o tesouro de Nicaragua (por dizer qualquer um pequeno) decidisse entrar pesado e influenciar na cotação ele conseguiria, mas eu acredito que isso pode mudar agora com bancos importantes abrindo posições consideráveis em BTC. Não vejo correlação direta entre esses interesses mudarem e outras moedas aparecerem. Já no que respeita ao segundo problema esse sim é um problema teórico interessante. Eu não conheço muito do tópico e com certeza você conhece sim. Parece ser que existe um consenso entre os economistas atuais que a inflação na moeda de curso é imprescindível para o crescimento global. Porém parece ser que o primeiro argumento utilizado é referente ao desemprego ocasionado pela deflação, coisa que eu considero errado argumentar pois é uma tese baseada no axioma de que a moeda de curso é inflacionária, claramente assumindo certo esse axioma contraditório á filosofia do BTC, vai probar errada aquela filosofia. Em lógica isso é explicado com que numa teoria inconsistente toda afirmação é falsa e verdadeira ao mesmo tempo en.wikipedia.org/wiki/G%C3%B6del%27s_incompleteness_theorems. Mas em lugar de eu falar do que não entendo, queria trazer a discussão entre uma das colunas do Economist e um dos engenheiros de software de Bitcoin: A primeira publicação do Economist apontando para deflação como uma limitação para o BTC se converter na moeda de curso www.economist.com/news/finance-and-economics/21599053-chronic-deflation-may-keep-bitcoin-displacing-its-fiat-rivals-moneyA resposta de Mike HearnA retrucada do economist onde explicam entre outras coisas que o ponto deles não era que deflação mataria BTC mas que faria impossível para o BTC virar a moeda de curso global. www.economist.com/blogs/freeexchange/2014/04/moneyO problema para mim é a abundância de informação estúpida em revistas de alta circulação global. Esta coluna do businessindisder essencialmente utiliza o mesmo argumento do Economist mas para argumentar para o outro lado: ou seja que deflação não seria um problema, dado que o importante é que o BTC cotiza em outras moedas (o que é ridículo desde o ponto de vista de quem quere defender BTC como moeda de curso). O único argumento certeiro que eu já li foi no primeiro comentário a essa nota de sobre Robert Murphy onde o usuário aponta para o fato real que deflação penaliza aos que detém dívida e premia a poupança ao tempo que a inflação premia a aqueles que tem dívida e penaliza aos que poupam, então claramente os grandes bancos devem estar em contra de moedas intrinsecamente deflacionárias. Caramba, Potuz, esse seu último parágrafo resume tudo! E não eh a inflação/deflação do BTC a questão...eh a inflaçao/deflação do dólar que vai comandar isso tudo. A história de decadência todas as moedas FIAT foi essa, sempre apanharam do ouro kkk. Eu penso que a divisibilidade em 1 Satoshi (10-8 x 10-2 centavos) já é suficiente pra não precisar baixar o preço do BTC e com isso haver ganho de liquidez. Só lembrar que temos aí várias criptomoedas que valem poucos satoshis...e nem por isso são líquidas. A questão aqui é o lastro! O lastro dos Bitcoins é a facilidade atual de transferir valor sem impostos e de maneira fácil. O lastro das Safecoins são blocos de dados secretos (imagine o potencial disso!), o lastro do Litecoin supostamente seria uma velocidade maior q a dos BTCs e bom volume, etc. Enfim, a importância das criptomoedas, pra mim, é a função prática de cada uma delas, substituindo ou até criando novas demandas para indivíduos. Curioso que a prata eh mais útil que o ouro, e ainda sim é muito mais barato. Penso que com o bitcoin será o mesmo em relação a outras moedas, que serão várias pratas, petróleos, enfim. Em tempo. O dólar vem valorizando há anos, enquanto isso o ouro-papel vem caindo...até que faz sentido. Mas qual será o motivo por trás dessa valorização de BTCs de 0 a 1700 BRL em poucos anos? Uma descrença nessa subida do dólar? Uma descrença no preço verdadeiro do ouro físico (alavancagem em níveis recordes!)? Apenas uma moda libertária do tipo Occupy Wall Street que vale US$ 6bi?
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Potuz
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Post by Potuz on Dec 12, 2015 16:36:03 GMT -3.5
E não eh a inflação/deflação do BTC a questão...eh a inflaçao/deflação do dólar que vai comandar isso tudo. A história de decadência todas as moedas FIAT foi essa, sempre apanharam do ouro kkk. Essa frase aqui é autoevidente, qualquer moeda fiat deve se desvalorizar de qualquer commodity com reservas fixas... o que isso tem a ver com o que está sendo discutido?
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uqaz
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Post by uqaz on Dec 12, 2015 17:31:52 GMT -3.5
E não eh a inflação/deflação do BTC a questão...eh a inflaçao/deflação do dólar que vai comandar isso tudo. A história de decadência todas as moedas FIAT foi essa, sempre apanharam do ouro kkk. Essa frase aqui é autoevidente, qualquer moeda fiat deve se desvalorizar de qualquer commodity com reservas fixas... o que isso tem a ver com o que está sendo discutido? uai com o fato de não ser possível haver (hiper)inflação, um dos supostos extremos apontados pelo Cláudio. E tem outra tbm, o fato de haver várias moedas com oferta monetária praticamente infinita não se compara ao universo das criptomoedas. O que eu percebo é que há criptomoedas com oferta finita e outras sem um número total fixo...nessas percebo uma função de intermediação entre coisas. Um exemplo é o PEG, seja pelo Nubits seja pelos bitshares. Note que 1 Nubits persegue 1 USD...não há oferta de Nubits fixa neste caso.
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Post by salcedo on Dec 14, 2015 8:23:28 GMT -3.5
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Post by Claudio66 on Dec 14, 2015 15:04:34 GMT -3.5
Uma das atratividades das criptomoedas é fugir do controle do governo. Agora estão querendo usar o feitiço contra o feiticeiro. Criar criptomoedas oficiais para aumentar o controle sobre os gastos individuais. Quando alguém paga em dinheiro, atualmente, não fica nenhuma pegada da transação. Com criptomoedas oficiais, qualquer transação ficará registrada, acabando completamente com o anonimato. Será o fim dos bordéis, motéis e negócios correlatos.
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Post by Claudio66 on Dec 14, 2015 15:05:17 GMT -3.5
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Potuz
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Post by Potuz on Dec 14, 2015 15:09:05 GMT -3.5
Uma das atratividades das criptomoedas é fugir do controle do governo. Agora estão querendo usar o feitiço contra o feiticeiro. Criar criptomoedas oficiais para aumentar o controle sobre os gastos individuais. Quando alguém paga em dinheiro, atualmente, não fica nenhuma pegada da transação. Com criptomoedas oficiais, qualquer transação ficará registrada, acabando completamente com o anonimato. Será o fim dos bordéis, motéis e negócios correlatos. Para mim essa é e sempre foi a maior advantagem das moedas eletrónicas: a impossibilidade de sonegar impostos. Eu tenho certeza que existirão inúmeras pessoas dentro da política e interesses fortes em não adotar este tipo de moedas, porém acredito que mesmo durante a minha vida já verei este tipo de moedas serem oficiais.
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uqaz
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Post by uqaz on Dec 14, 2015 17:47:24 GMT -3.5
Uma das atratividades das criptomoedas é fugir do controle do governo. Agora estão querendo usar o feitiço contra o feiticeiro. Criar criptomoedas oficiais para aumentar o controle sobre os gastos individuais. Quando alguém paga em dinheiro, atualmente, não fica nenhuma pegada da transação. Com criptomoedas oficiais, qualquer transação ficará registrada, acabando completamente com o anonimato. Será o fim dos bordéis, motéis e negócios correlatos. Para mim essa é e sempre foi a maior advantagem das moedas eletrónicas: a impossibilidade de sonegar impostos. Eu tenho certeza que existirão inúmeras pessoas dentro da política e interesses fortes em não adotar este tipo de moedas, porém acredito que mesmo durante a minha vida já verei este tipo de moedas serem oficiais. Não diz isso não, é aterrorizante pensar assim. Swedes Stashing Money in Microwaves as War on Cash Heats Up schiffgold.com/key-gold-news/swedes-stashing-money-in-microwaves-as-war-on-cash-heats-up/Vai chegar o tempo em que teremos que voltar a enterrar ouro que nem os piratas...ou já chegou? Li que banqueiros suíços estam enterrando francos com medo de serem chamados a um bail in. Esses suíços são muito egoístas mesmo. Preferem papéis rendendo 0% a uma taxa de ganho negativa. É por isso que o mundo está assim...
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Post by Claudio66 on Dec 14, 2015 18:21:47 GMT -3.5
Eu não entendi bem por que mais criptomoedas poderiam causar uma desvalorização. Hoje temos centenas delas e pouquíssimas têm alguma relevância. A chance destes problemas acontecerem não seria maior quanto tínhamos poucas moedas? Aparecer uma nova quando há 600 delas causa menos alvoroço do que quando havia poucas unidades,não? rufuslenhador, podemos fazer a pergunta de outra forma: por que um Bitcoin vale mais de USD 400? (Já chegou a valer mais de US$ 1000, como pode ser visto no gráfico. ) Entendo que existe um limite inferior para o preço da moeda que seria o custo de mineração. Se a moeda é vendida abaixo do custo de mineração e existem mineradores, faz sentido para os mineradores comprar o que existe de oferta no mercado. Por exemplo, a partir de janeiro de 2016 o custo de mineração do Bitcoin deve superar US$ 450. Isso pode explicar a alta recente. Mas, e se não houver ninguém minerando, porque o custo é proibitivo? Então qual é o limite inferior do valor? E qual o limite superior? Eu gostaria de saber. Se alguém tiver literatura sobre isso fico muito grato. No caso de moedas "reais", a taxa de câmbio é limitada pela possibilidade de arbitrar através do comércio de mercadorias. Eu já havia mencionado que R$ 4,00 por dólar tinha tornado a Balança Comercial superavitária e que, em breve, haveria saldo em transações correntes. Isso limitou o aumento da taxa de câmbio do dólar por real. Mas voltemos às criptomoedas. Quando se lança uma nova criptomoeda, o custo de mineração é baixo e vai subir. Ou essa moeda vai se valorizar, ou sua mineração vai parar. Se a moeda tiver aceitação, sua mineração continua e sua valorização, consequentemente, continua. Cada moeda pode controlar a própria oferta, mas não a oferta agregada do conjunto de criptomoedas aceitas. Se o mercado concordar com o limite inferior do custo de mineração para cada moeda, vão correr para a moeda mais descontada em relação ao custo de mineração. Isso criará uma taxa de câmbio balizada pelos custos relativos de mineração. (Isso também pode ocorrer entre o ouro e a prata, quando usados como reserva de valor. ) Mas a moeda mais descontada será, provavelmente, alguma que é de baixa aceitação, o que a tornará atraente, aumentando a sua aceitação e estimulando a continuidade de sua mineração. Isso elevará seu custo de mineração e, provavelmente, sua taxa de câmbio em relação a outras criptomoedas. Se a toda hora surgir uma nova criptomoeda, sempre haverá uma moeda melhor para comprar do que uma existente. As moedas existentes não mais serão mineradas. Seu valor, então, parará de subir. Por que ter uma moeda que não se valoriza se é possível ter uma que se valoriza? Se ninguém mais quer a criptomoeda de maior custo de mineração, ela deixa de ser aceita. Por que pegar uma moeda de alto custo de mineração que não é aceita, se é possível pegar uma de baixo custo, que é aceita? Como definir, agora, sua taxa de câmbio? Quando ela será suficientemente "barata" para ser uma moeda sem aceitação com alto potencial de valorização? Para piorar, o desenvolvimento tecnológico pode reduzir, com o tempo, o custo de mineração, de uma critptomoeda existente, que não está mais sendo minerada. O número de operações para descobrir uma nova unidade é o mesmo, mas cada operação se torna mais barata com a evolução da capacidade de processamento das máquinas. Se já era ruim a moeda não se valorizar sem mineração, fica pior sabendo que o custo de mineração vai cair, diminuindo o ponto em que ela se torna uma moeda sem aceitação atrativa. Dependendo da velocidade de criação de novas moedas e da queda do custo de mineração, ela talvez nunca mais seja atrativa. Eu acho que essa hipótese de o custo de mineração cair com o tempo, se a moeda não é minerada, é suficiente para que no equilíbrio, sem restrição à criação de novas moedas, haja colapso do sistema. Acho possível que essa seja uma condição necessária. Mas, sem modelar matematicamente, não afirmaria nem uma coisa nem outra. Enfim, demorei para responder rufuslenhador, porque eu apenas tenho a intuição, de que com novas criptomoedas possa haver um colapso no sistema. Mas é preciso fazer a modelagem matemática completa do equilíbrio geral, para verificar se isso é verdade. E também para verificar se a hipótese de queda do custo de mineração é suficiente, é necessária, ou nem um nem outro. Quem sabe um dia eu e o Potuz nos debruçamos sobre esse problema?
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rst
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Post by rst on Dec 14, 2015 19:10:12 GMT -3.5
O custo da mineração é a referência de preço mínimo ou de preço máximo?
Mais do que isso, o custo de mineração é verdadeiramente uma referência de preço?
Se a criptomoeda não tiver aceitação, seu valor é zero ou algo próximo disso, ainda que minerar custe uma fortuna.
Se for largamente aceita e não puder ser mais minerada, nem por isso seu preço tenderá ao infinito.
Para mim, o valor de uma criptomoeda no sitema atual é totalmente subjetivo e, tal qual obras de arte, pedras preciosas, ou lixo, corresponde ao que as pessoas lhe atribuem arbitrariamente.
Quando houver um governo por trás, regulando sua oferta e garantindo a sua aceitação, será diferente. Mas as moedas atualmente existentes me parecem só mais uma tulipomania.
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Potuz
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Post by Potuz on Dec 14, 2015 20:58:50 GMT -3.5
O custo da mineração é a referência de preço mínimo ou de preço máximo? Mais do que isso, o custo de mineração é verdadeiramente uma referência de preço? Sempre e quando existam mineradores dispostos a fazer a mineração (e supondo que não são filantropistas tentando dar dinheiro de graça) então é claramente uma referência de preço mínimo. Neste quesito eu discordo com você e indiretamente com Claudio66, quem indicou que o preço da mineração chegará a ser tão alto que não existirão mais mineradores e naquele momento chegamos a um fluxo onde por um lado temos que o preço da mineração cai pelo aumento da tecnologia ao tempo que por um outro lado o preço da mineração aumenta pela dificuldade e propõe estudar o equilibrio num sistema com diversas moedas do tipo. A questão no quesito da mineração é simples: o preço da mineração aumenta exponencialmente e tende a infinito, porém as divisões da moeda podem ser arbitrariamente altas também, então será sempre viável minerar a cada vez um preço maior: essa é a base teórica de qualquer moeda deflacionária, o preço por unidade (em qualquer outra moeda inflacionária) deve tender a infinito (de novo, assumindo que existem mineradores, ou seja, que a aceitação da moeda é não nula). Na primeira frase essencialmente concordamos, na segunda não. Em primeiro lugar se o preço das moedas só estivesse regulado pela oferta então não haveria nenhum problema com o bitcoin: o preço do bitcoin tende a infinito com o tempo ao tempo que o preço do dólar tende a zero com o tempo, isso é natural e não existem problemas teóricos com isso. O que acontece que os preços das moedas fiat emitidas por governos não é só regulado pela oferta e a mesma oferta é regulada por diversos motivos que de tem bastante a ver com o que você chamou de totalmente subjectivos como obras de arte, pedras preciosas e tal... neste quesito planejo voltar em detalhe adiante, mas é interessante que parece ser um tópico altamente debatido na comunidade desde faz muito tempo. Um exemplo que achei interessante é On Ensuring the Acceptability of a New Fiat Money George Selgin Journal of Money, Credit and Banking Vol. 26, No. 4 (Nov., 1994), pp. 808-826 Que não estou dizendo que seja particularmente boa leitura, mas o interessante é que é nos começos dos 90, quando a moeda russa podia ser considerada como o novo bitcoin da época. Já para um modelo simples com só dois países (que também achei interessante só porque um leigo como eu consegue ler) tem: Journal of Monetary Economics Volume 10, Issue 3, 1982, Pages 335–359 Interest rates and currency prices in a two-country world Robert E. Lucas Jr Esse é um modelo muito simplista que sequer leva em conta que um país tira dívida de outro na moeda local, ainda assim dá para ver que as cotações das moedas são influenciadas nos modelos mais simples por diversos fatores. Agora agrega um pouco de complicação na situação: os EUA tem a maior parte da sua dívida atrelada ao Yuan (dado que são o país com maior dívida e o maior credor é a China). O mesmo pode ser dito para a China com a sua dívida atrelada ao dólar. Se a china emite moeda arbitrariamente tem o efeito óbvio da queda do valor do yuan e geração de inflação na China. O seguinte efeito óbvio é que as exportações de outros países para China diminuem e as importações de produto da China aumenta, a cadeia ocacionada por isso e toda sempre mais do que falada, mas tem um outro efeito que é diretamente poderoso sobre as moedas: se a China emite yuan, então o lastro das dívidas americanas perde valor e a moeda americana perde valor também. O equilibrio entre esses efeitos é um dos fatores que dá preço as moedas. O interessante desse efeito é que o mesmo pode acontecer com bitcoin se temos empresas que estejam investidas fortemente em bitcoin com lastro em outras moedas. Quando bancos grandes entram em bitcoin, acredito que esse efeito é o que segura a cotação.
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uqaz
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Post by uqaz on Dec 15, 2015 7:20:26 GMT -3.5
Cláudio, vc dispara várias perguntas: Entendo que existe um limite inferior para o preço da moeda que seria o custo de mineração. Se a moeda é vendida abaixo do custo de mineração e existem mineradores, faz sentido para os mineradores comprar o que existe de oferta no mercado. Por exemplo, a partir de janeiro de 2016 o custo de mineração do Bitcoin deve superar US$ 450. Isso pode explicar a alta recente. Mas, e se não houver ninguém minerando, porque o custo é proibitivo? Então qual é o limite inferior do valor? E qual o limite superior? Eu gostaria de saber. Se alguém tiver literatura sobre isso fico muito grato.
Fica mais fácil se vc pensar no ouro. 1. Mas, e se não houver ninguém minerando, porque o custo é proibitivo?Uai, e se o preço do ouro ou do nióbio forem baixíssimos? Oferta e demanda se equilibram...o sal não vale nada e o povo continua tirando ele da natureza. Pense tbm nos instrumentos de alavancagem possíveis, um banco Bitcoin pode amortecer essas diferenças momentâneas de oferta e de demanda "criando" bitcoins de mentirinha, não pode? 2. Mas, e se não houver ninguém minerando, porque o custo é proibitivo?
Por causa do algoritmo, vc deve resolver um problema matemático, isto custa Capex e Opex. A recompensa por resolver esse problema vai caindo. Não entendo direito, mas hoje a solução de um problema desses vale 25 bitcoins. Em julho de 2016 vai a 12,5 BTCs. A primeira extração rendeu 1.000.000 BTC. Vc pode tentar descobrir mais sobre o custo "verdadeiro" entrando em contato que esse pessoal deste link: alfaquotes.com/(Detalhe, eu não sei se ele trz a valor presente as reduções de prêmio de mineração de BTC...ele não abre a tal fórmula. Encontrei um artigo que dizia que o preço do BTC era parecido com este aí , de 518,00: www.coindesk.com/is-518-the-fair-price-of-bitcoin/, quer dizer, há flutuações aí) Em tempo: www.ofnumbers.com/2015/03/05/what-is-the-real-price-of-bitcoin/Artigo muito bom! 3. E qual o limite superior?O limite do preço é diretamente proporcional a sem-vergonhice dos políticos.
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