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Post by Claudio66 on Oct 18, 2016 20:15:50 GMT -3.5
Na verdade eu também concordo com a matéria de que ele (governo) não tem a intenção de dar calote, mas se continuar nesse ritmo, vai chegar um momento que mesmo que eles não queiram dar calote, eles vão dar, simplesmente por pura incompetência de gestão. Quando o banco empresta para o governo, nem sempre é através de títulos públicos. Não sei dizer em termos percentuais, mas existe mais de uma modalidade de empréstimo entre governo e bancos (até porque tem os municípios, estados e união). Mas existem modalidades de empréstimos com garantia de receita futura, dívida ativa e se não me engano alguns ativos não essenciais (como ações de empresas de capital aberto, terrenos sem uso, etc). Eu acho que esses empréstimos com garantia são em volume maior dos que os sem (até porque esses empréstimos são os usados para investimentos como grandes obras), então os bancos tem uma margem de segurança maior que o rentista comum. Quanto ao calote/moratória acho improvável. Mesmo impressão de dinheiro acho muito difícil. O que eu acho que vai acontecer é uma bela cortada na previdência. A pec 241 foi o primeiro passo nesse sentido. Logo o Brasil não vai ter outra alternativa senão cortar a previdência e não vai ser pouco, quem não poupou para a aposentadoria vai sofrer... Não precisa ter corte na previdência. Basta o reajuste da previdência não ser o mesmo do salário mínimo. Se a produtividade do trabalhador crescer e os salários, incluindo o salário mínimo, crescerem em proporção maior ou igual ao aumento da produtividade, aumenta a arrecadação de impostos e a receita do INSS. As despesas do INSS crescem pelo aumento do número de aposentados e pelo aumento real de aposentadorias e pensões. Se esses valores forem reajustados apenas pela inflação (com pequeno ou nenhum ganho real), provavelmente o aumento de arrecadação será suficiente para cobrir o aumento na base de aposentados e pensionistas, principalmente se aumentar a idade de aposentadoria, o que retardará o crescimento dessa base.
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Post by mahler on Oct 18, 2016 20:26:07 GMT -3.5
O Governo brasileiro, ao longo da história, várias vezes suspendeu o pagamento da dívida externa federal, denominada em moeda estrangeira. Ou seja, calote de dívida externa.
Mas quando mesmo foi que o governo federal suspendeu o pagamento dos títulos da dívida pública interna, denominada em moeda nacional?
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Post by wizardhsc on Oct 18, 2016 20:26:08 GMT -3.5
Quando o banco empresta para o governo, nem sempre é através de títulos públicos. Não sei dizer em termos percentuais, mas existe mais de uma modalidade de empréstimo entre governo e bancos (até porque tem os municípios, estados e união). Mas existem modalidades de empréstimos com garantia de receita futura, dívida ativa e se não me engano alguns ativos não essenciais (como ações de empresas de capital aberto, terrenos sem uso, etc). Eu acho que esses empréstimos com garantia são em volume maior dos que os sem (até porque esses empréstimos são os usados para investimentos como grandes obras), então os bancos tem uma margem de segurança maior que o rentista comum. Quanto ao calote/moratória acho improvável. Mesmo impressão de dinheiro acho muito difícil. O que eu acho que vai acontecer é uma bela cortada na previdência. A pec 241 foi o primeiro passo nesse sentido. Logo o Brasil não vai ter outra alternativa senão cortar a previdência e não vai ser pouco, quem não poupou para a aposentadoria vai sofrer... Não precisa ter corte na previdência. Basta o reajuste da previdência não ser o mesmo do salário mínimo. Se a produtividade do trabalhador crescer e os salários, incluindo o salário mínimo, crescerem em proporção maior ou igual ao aumento da produtividade, aumenta a arrecadação de impostos e a receita do INSS. As despesas do INSS crescem pelo aumento do número de aposentados e pelo aumento real de aposentadorias e pensões. Se esses valores forem reajustados apenas pela inflação (com pequeno ou nenhum ganho real), provavelmente o aumento de arrecadação será suficiente para cobrir o aumento na base de aposentados e pensionistas, principalmente se aumentar a idade de aposentadoria, o que retardará o crescimento dessa base. Dá para resolver sem cortes. Mas seria de bom grado que cortassem parte das super aposentadorias, para reduzir o esforço do restante dos trabalhadores.
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Potuz
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Post by Potuz on Oct 18, 2016 20:37:26 GMT -3.5
O Governo brasileiro, ao longo da história, várias vezes suspendeu o pagamento da dívida externa federal, denominada em moeda estrangeira. Ou seja, calote de dívida externa. Mas quando mesmo foi que o governo federal suspendeu o pagamento dos títulos da dívida pública interna, denominada em moeda nacional? Essa pergunta é capciosa pois o governo nunca deu calote devido a que não precisa. Se não quer pagar a dívida interna, basta imprimir dinheiro. De fato isso já aconteceu nos 80, nos 90 e em 2004-5. Isso é completamente equivalente a um calote, com pessoas perdendo dinheiro mesmo em títulos de CP pós-fixados.
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Neymar
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Post by Neymar on Oct 18, 2016 21:01:10 GMT -3.5
Quando o banco empresta para o governo, nem sempre é através de títulos públicos. Não sei dizer em termos percentuais, mas existe mais de uma modalidade de empréstimo entre governo e bancos (até porque tem os municípios, estados e união). Mas existem modalidades de empréstimos com garantia de receita futura, dívida ativa e se não me engano alguns ativos não essenciais (como ações de empresas de capital aberto, terrenos sem uso, etc). Eu acho que esses empréstimos com garantia são em volume maior dos que os sem (até porque esses empréstimos são os usados para investimentos como grandes obras), então os bancos tem uma margem de segurança maior que o rentista comum. Quanto ao calote/moratória acho improvável. Mesmo impressão de dinheiro acho muito difícil. O que eu acho que vai acontecer é uma bela cortada na previdência. A pec 241 foi o primeiro passo nesse sentido. Logo o Brasil não vai ter outra alternativa senão cortar a previdência e não vai ser pouco, quem não poupou para a aposentadoria vai sofrer... Não precisa ter corte na previdência. Basta o reajuste da previdência não ser o mesmo do salário mínimo. Se a produtividade do trabalhador crescer e os salários, incluindo o salário mínimo, crescerem em proporção maior ou igual ao aumento da produtividade, aumenta a arrecadação de impostos e a receita do INSS. As despesas do INSS crescem pelo aumento do número de aposentados e pelo aumento real de aposentadorias e pensões. Se esses valores forem reajustados apenas pela inflação (com pequeno ou nenhum ganho real), provavelmente o aumento de arrecadação será suficiente para cobrir o aumento na base de aposentados e pensionistas, principalmente se aumentar a idade de aposentadoria, o que retardará o crescimento dessa base. Dependendo de como vai ser esse reajuste e de como vai ficar a inflação na prática corresponde a um belo corte. Se por exemplo a correção da apsentadoria for em média 2,5% aa e a inflação 5% aa ao final de 20 anos (supondo alguém que se aposente com 65 e viva até os 85) o valor da aposentadoria vai ser 60% do valor original, em 30 anos cai para 46%. Quem se aposentou agora na casa dos 50 e poucos (o que não é incomum) vai ter que se coçar em um cenário desses. Se o governo quiser "pagar" parte da dívida com inflação, uma defasagem de 2,5% aa não é improvável.
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rst
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Post by rst on Oct 19, 2016 6:10:31 GMT -3.5
Reportagem do valor, sobre a contínua migração de investimentos dos americanos para fundos de índice: www.valor.com.br/impresso/wall-street-journal-americas/selecionar-acoes-esta-virando-profissao-do-passadoEsse fenômeno vem se intensificando cada vez mais nos últimos anos. Apesar de eu reconhecer a lógica inteligente por trás dessa decisão (muito bem explicada nos livros do bogle), vejo esse movimento com bastante curiosidade, pois, em tese, quanto maior for a participação dos fundos passivos, mais fácil ficará para os fundos ativos alcançarem desempenhos superiores ao do mercado. Explico com um exemplo extremo: em um mercado com apenas duas empresas, uma que só dá prejuízo e a outra lucrativa e em clara expansão, se todo mundo menos um único investidor aplicasse em fundos de índice, o preço relativo entre estas duas empresas praticamente permaneceria constante, independentemente do desempenho econômico de cada uma. Haveria uma clara ineficiência na precificacao dos ativos. O único investidor ativo que comprasse apenas ações da empresa lucrativa atingiria uma participação maior no negócio que expande seus lucros e tem maiores condições de distribuir dividendos crescentes. A precificacao incorreta dos ativos talvez o impediria de obter retornos adequados através do ganho de capital, mas os dividendos maiores garantiriam o retorno superior.
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Deleted
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Post by Deleted on Nov 29, 2016 10:25:42 GMT -3.5
Pessoal, o que vcs acham de BRKM? Parece que ela está se ajustando, com lucros recorrentes e crescentes, mas não me agrada o controlador (Odebrecht). Por conta disso estou estudando CARD e CCRO, pensando em abrir posição em uma delas. O que enxerguei em ambas está resumido no voto da CAFI, o que reproduzo abaixo:
6) CARD - LL em alta ao longo de 10 trimestres, com ligeira melhora de margens, negociada abaixo do P/VP, com P/L<6 e EV/EBIT<4. O ROE de 16,1% não condiz com o baixo P/VP, além de ter baixo endividamento. O lucro do último trimestre deu uma recuada por diversos fatores, o que demanda algum cuidado, mas o preço me parece abaixo do valor. (...) 8) CCRO - contratos de concessão longos, oferece proteção contra a inflação, além de receitas bem previsíveis. Seu P/L está num ponto historicamente baixo (cerca de 14), tem um fluxo de caixa muito bom e ainda paga dividendos razoáveis (na casa de 4-5%a.a.)
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Neymar
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Post by Neymar on Nov 29, 2016 10:47:05 GMT -3.5
Pessoal, o que vcs acham de BRKM? Parece que ela está se ajustando, com lucros recorrentes e crescentes, mas não me agrada o controlador (Odebrecht).Por conta disso estou estudando CARD e CCRO, pensando em abrir posição em uma delas. O que enxerguei em ambas está resumido no voto da CAFI, o que reproduzo abaixo: 6) CARD - LL em alta ao longo de 10 trimestres, com ligeira melhora de margens, negociada abaixo do P/VP, com P/L<6 e EV/EBIT<4. O ROE de 16,1% não condiz com o baixo P/VP, além de ter baixo endividamento. O lucro do último trimestre deu uma recuada por diversos fatores, o que demanda algum cuidado, mas o preço me parece abaixo do valor. (...) 8) CCRO - contratos de concessão longos, oferece proteção contra a inflação, além de receitas bem previsíveis. Seu P/L está num ponto historicamente baixo (cerca de 14), tem um fluxo de caixa muito bom e ainda paga dividendos razoáveis (na casa de 4-5%a.a.) Você já resumiu o que penso sobre BRKM. Com um controlador desses não dá, ainda mais com a petro no meio também. Fora que o endividamento dela é muito alto, mais uma coisa que me faz ficar de fora. CARD é uma empresa com bons números, mas tenho dúvidas se o seu negócio não está com os dias contados. Dependendo da velocidade que a biometria e meios de pagamentos digitais se expandirem o negócio dela vai pro saco e não me parece que a empresa está preparada para alternativas. CCRO para mim tem um P/L baixo para uma empresa que não tem perspectivas de crescimento tão grandes.
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uqaz
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Post by uqaz on Nov 29, 2016 13:39:56 GMT -3.5
Pessoal, o que vcs acham de BRKM? Parece que ela está se ajustando, com lucros recorrentes e crescentes, mas não me agrada o controlador (Odebrecht). Por conta disso estou estudando CARD e CCRO, pensando em abrir posição em uma delas. O que enxerguei em ambas está resumido no voto da CAFI, o que reproduzo abaixo: 6) CARD - LL em alta ao longo de 10 trimestres, com ligeira melhora de margens, negociada abaixo do P/VP, com P/L<6 e EV/EBIT<4. O ROE de 16,1% não condiz com o baixo P/VP, além de ter baixo endividamento. O lucro do último trimestre deu uma recuada por diversos fatores, o que demanda algum cuidado, mas o preço me parece abaixo do valor. (...) 8) CCRO - contratos de concessão longos, oferece proteção contra a inflação, além de receitas bem previsíveis. Seu P/L está num ponto historicamente baixo (cerca de 14), tem um fluxo de caixa muito bom e ainda paga dividendos razoáveis (na casa de 4-5%a.a.) Sobre CCRO, parece que houve um não recorrente brabo: Outras Receitas Operacionais 1.421.039 (3T16) x 3.522 (3T16). Ainda, o fluxo de caixa não parece ser lá essas coisas (FCO - FCI): 2007 704,53 2008 -421,44 2009 -527,78 2010 -880,40 2011 1.231,53 2012 1.016,21 2013 1.649 2014 483 2015 -127
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rst
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Post by rst on Dec 14, 2016 12:55:37 GMT -3.5
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rst
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Post by rst on Dec 14, 2016 13:06:40 GMT -3.5
Acho que entendi. Para o cálculo da dívida bruta não estão considerando todos os passivos da empresa (dívidas com fornecedores, o fisco, etc), mas só as provenientes de empréstimos e financiamentos (campos 2.01.04 e 2.02.01). É isso mesmo?
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uqaz
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Post by uqaz on Dec 14, 2016 13:11:22 GMT -3.5
Não. Esses sites definem dívida bruta como o somatório de Empréstimos e financiamnetos de curto e longo prazo + debêntures. Basta soma as linhas 2.01.04 com 2.02.01 do balanço (Passivo). Se houvesse uma linha de debêntures, tbm deveriam ser somadas.
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rst
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Post by rst on Dec 14, 2016 13:27:48 GMT -3.5
Não. Esses sites definem dívida bruta como o somatório de Empréstimos e financiamnetos de curto e longo prazo + debêntures. Basta soma as linhas 2.01.04 com 2.02.01 do balanço (Passivo). Se houvesse uma linha de debêntures, tbm deveriam ser somadas. Mas porque para estes sites este número é mais importante do que a dívida total? Por que permite analisar o passivo sem incluir a parte financiada por fornecedores? Sempre imaginei que o índice que eles apresentavam no campo "dívida bruta/patrimônio líquido" fosse o endividamento geral (passivos/patrimônio líquido), mas pelo visto é um outro número.
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uqaz
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Post by uqaz on Dec 14, 2016 13:39:07 GMT -3.5
Não. Esses sites definem dívida bruta como o somatório de Empréstimos e financiamnetos de curto e longo prazo + debêntures. Basta soma as linhas 2.01.04 com 2.02.01 do balanço (Passivo). Se houvesse uma linha de debêntures, tbm deveriam ser somadas. Mas porque para estes sites este número é mais importante do que a dívida total? Por que permite analisar o passivo sem incluir a parte financiada por fornecedores? Sempre imaginei que o índice que eles apresentavam no campo "dívida bruta/patrimônio líquido" fosse o endividamento geral (passivos/patrimônio líquido), mas pelo visto é um outro número. A ideia é separar custeio da operação da empresa (como exemplo fornecedores ou provisões) do principal da dívida em si (empréstimos, financiamentos e debêntures). Em alguns casos é interessante considerar uma dívida previdenciária tbm, mas isso depende de caso a caso.
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Neymar
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Post by Neymar on Dec 14, 2016 15:42:27 GMT -3.5
Mas porque para estes sites este número é mais importante do que a dívida total? Por que permite analisar o passivo sem incluir a parte financiada por fornecedores? Sempre imaginei que o índice que eles apresentavam no campo "dívida bruta/patrimônio líquido" fosse o endividamento geral (passivos/patrimônio líquido), mas pelo visto é um outro número. A ideia é separar custeio da operação da empresa (como exemplo fornecedores ou provisões) do principal da dívida em si (empréstimos, financiamentos e debêntures). Em alguns casos é interessante considerar uma dívida previdenciária tbm, mas isso depende de caso a caso. Eu acho útil esse indicador do jeito que é pois quando olho para ele em conjunto com outos números, já tenho uma idéia se a empresa tem condições de entrar em uma empreitada do tipo "pegar um empréstimo para construir uma nova fábrica". Se os demais passivos estivessem nesse indicador ele ficaria distorcido para esse fim. Sem falar que dependendo do setor o indicador ficaria muito diferente, por exemplo no caso do varejo a conta fornecedores é bem maior que na área de serviços. Creio que a idéia do indicador é valer do mesmo jeito para todos os setores.
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uqaz
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Post by uqaz on Dec 14, 2016 16:21:03 GMT -3.5
A ideia é separar custeio da operação da empresa (como exemplo fornecedores ou provisões) do principal da dívida em si (empréstimos, financiamentos e debêntures). Em alguns casos é interessante considerar uma dívida previdenciária tbm, mas isso depende de caso a caso. Eu acho útil esse indicador do jeito que é pois quando olho para ele em conjunto com outos números, já tenho uma idéia se a empresa tem condições de entrar em uma empreitada do tipo "pegar um empréstimo para construir uma nova fábrica". Se os demais passivos estivessem nesse indicador ele ficaria distorcido para esse fim. Sem falar que dependendo do setor o indicador ficaria muito diferente, por exemplo no caso do varejo a conta fornecedores é bem maior que na área de serviços. Creio que a idéia do indicador é valer do mesmo jeito para todos os setores. Isso mesmo. Mas há de se ter sensibilidade para certas coisas que devem ser adaptadas a este conceito. Dou dois exemplos. A Sanepar é uma empresa pública, logo é escrava de seus funcionários. Logo, incluir a dívida previdenciária do plano de pensão faz-se necessario, é como se a empresa "devesse" algo a eles. Outro exemplo intrigante é a HOOT. Aparentemente uma empresa equilibrada, mas que esconde uma imensa dívida tributária... como a Sanepar, ela tem um "empréstimo" considerável com o Governo. Logo, convém incorporar isso a dívida bruta tbm. Fax sentido se proceder dessa forma dado o vulto dessas contas nestas empresas. Se n é parte representativa, pode ser ignorado.
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Deleted
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Post by Deleted on Dec 16, 2016 9:45:34 GMT -3.5
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rst
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Post by rst on Dec 22, 2016 9:28:24 GMT -3.5
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uqaz
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Post by uqaz on Dec 22, 2016 15:15:25 GMT -3.5
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Post by ancasodi on Dec 23, 2016 13:20:56 GMT -3.5
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