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Post by Deleted on Sept 19, 2017 8:24:27 GMT -3.5
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uqaz
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Post by uqaz on Sept 19, 2017 15:55:38 GMT -3.5
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Post by Sultão do Swing on Sept 19, 2017 17:47:48 GMT -3.5
Galera, cuidado com a alternativa portuguesa, com certeza:
Certas afirmações econômicas são como Jason e Freddy Krueger - ALEXANDRE SCHWARTSMAN FOLHA DE SP - 13/09
Há algo comum entre Jason Vorhees, Freddy Krueger, Michael Myers e certas afirmações econômicas: não importa quantas vezes sejam mortos, seguem aparecendo, sem jamais se dar ao trabalho de explicar como renasceram.
Uma dessas ideias, divulgada com mais frequência do que recomendável, diz respeito à suposta alternativa portuguesa à austeridade fiscal e seu imenso sucesso, em geral acompanhada da sugestão de que o Brasil persiga caminho semelhante, muito mais fácil do que a penosa busca pela redução de gastos.
Para deixar claro desde o início, trata-se de uma falsidade e, o que é pior, uma falsidade facilmente demonstrável com não mais do que alguns minutos dedicados à nobre (e tão vilipendiada) tarefa de procurar os dados no sítio da OCDE (e devidamente cruzados com números provenientes do FMI, para termos mais confiança acerca da sua consistência).
Pois bem, depois desse imenso esforço de pesquisa, descobrimos que em seu pior momento (2010) o deficit português superava 11% do PIB; já no ano passado, registrou valor equivalente a 2% do PIB, o menor da série histórica, iniciada em 1995.
Na verdade, exceção feita a 2014, o deficit caiu de forma contínua de 2010 em diante, revelando que —a despeito da troca de governo em 2015— não houve mudança de rumo na política fiscal, muito pelo contrário.
Sim, há quem possa contra-argumentar que a melhora das contas públicas teria sido resultado da própria recuperação da economia e que, portanto, a redução do deficit não teria se originado das decisões de política, isto é, teria ocorrido mesmo sem medidas de austeridade.
Noto, porém, que o desemprego em Portugal hoje, pouco abaixo de 10% da força de trabalho, não difere muito do registrado em 2010, embora tenha caído cerca de sete pontos percentuais desde meados de 2013 (quando o deficit já havia caído a menos da metade do observado em 2010).
Posto de outra forma, é possível (e até provável) que a retomada da economia tenha contribuído para reduzir o buraco nas contas públicas, mas a magnitude da melhora fiscal é muito maior do que a que resultaria apenas do crescimento mais rápido.
A excitação acerca da experiência portuguesa provém da mudança política acima mencionada. Naquele momento, muito embora a centro-direita tenha obtido a maior votação, não conseguiu formar o governo, que acabou nas mãos da coalizão de esquerda liderada pelo Partido Socialista. Apesar disso, como se vê, acabou por manter a austeridade.
Muito menos atenção se dá, por exemplo, à vizinha Espanha, que se recuperou de forma semelhante (lá o desemprego caiu os mesmos sete pontos percentuais entre 2013 e 2017), enquanto o deficit fiscal foi reduzido de 11% do PIB em 2009 para 4,5% do PIB no ano passado.
A Espanha manteve a austeridade e retomou o crescimento, mas, por se tratar de continuidade (ainda que minoritária) da administração de centro-direita que governa o país desde a eclosão da crise, sua experiência tem sido convenientemente ignorada pelos adversários do ajuste fiscal.
Isso dito, não tenho a menor ilusão de ter matado mais um zumbi. Como no debate econômico brasileiro o que menos importa é a evidência empírica (e sim, a "narrativa"), não tenho a menor dúvida de que ainda ouviremos falar da "alternativa portuguesa".
A desonestidade é imortal...
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rst
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Post by rst on Sept 19, 2017 18:21:04 GMT -3.5
Galera, cuidado com a alternativa portuguesa, com certeza: Certas afirmações econômicas são como Jason e Freddy Krueger - ALEXANDRE SCHWARTSMAN FOLHA DE SP - 13/09 Há algo comum entre Jason Vorhees, Freddy Krueger, Michael Myers e certas afirmações econômicas: não importa quantas vezes sejam mortos, seguem aparecendo, sem jamais se dar ao trabalho de explicar como renasceram. Uma dessas ideias, divulgada com mais frequência do que recomendável, diz respeito à suposta alternativa portuguesa à austeridade fiscal e seu imenso sucesso, em geral acompanhada da sugestão de que o Brasil persiga caminho semelhante, muito mais fácil do que a penosa busca pela redução de gastos. Para deixar claro desde o início, trata-se de uma falsidade e, o que é pior, uma falsidade facilmente demonstrável com não mais do que alguns minutos dedicados à nobre (e tão vilipendiada) tarefa de procurar os dados no sítio da OCDE (e devidamente cruzados com números provenientes do FMI, para termos mais confiança acerca da sua consistência). Pois bem, depois desse imenso esforço de pesquisa, descobrimos que em seu pior momento (2010) o deficit português superava 11% do PIB; já no ano passado, registrou valor equivalente a 2% do PIB, o menor da série histórica, iniciada em 1995. Na verdade, exceção feita a 2014, o deficit caiu de forma contínua de 2010 em diante, revelando que —a despeito da troca de governo em 2015— não houve mudança de rumo na política fiscal, muito pelo contrário. Sim, há quem possa contra-argumentar que a melhora das contas públicas teria sido resultado da própria recuperação da economia e que, portanto, a redução do deficit não teria se originado das decisões de política, isto é, teria ocorrido mesmo sem medidas de austeridade. Noto, porém, que o desemprego em Portugal hoje, pouco abaixo de 10% da força de trabalho, não difere muito do registrado em 2010, embora tenha caído cerca de sete pontos percentuais desde meados de 2013 (quando o deficit já havia caído a menos da metade do observado em 2010). Posto de outra forma, é possível (e até provável) que a retomada da economia tenha contribuído para reduzir o buraco nas contas públicas, mas a magnitude da melhora fiscal é muito maior do que a que resultaria apenas do crescimento mais rápido. A excitação acerca da experiência portuguesa provém da mudança política acima mencionada. Naquele momento, muito embora a centro-direita tenha obtido a maior votação, não conseguiu formar o governo, que acabou nas mãos da coalizão de esquerda liderada pelo Partido Socialista. Apesar disso, como se vê, acabou por manter a austeridade. Muito menos atenção se dá, por exemplo, à vizinha Espanha, que se recuperou de forma semelhante (lá o desemprego caiu os mesmos sete pontos percentuais entre 2013 e 2017), enquanto o deficit fiscal foi reduzido de 11% do PIB em 2009 para 4,5% do PIB no ano passado. A Espanha manteve a austeridade e retomou o crescimento, mas, por se tratar de continuidade (ainda que minoritária) da administração de centro-direita que governa o país desde a eclosão da crise, sua experiência tem sido convenientemente ignorada pelos adversários do ajuste fiscal. Isso dito, não tenho a menor ilusão de ter matado mais um zumbi. Como no debate econômico brasileiro o que menos importa é a evidência empírica (e sim, a "narrativa"), não tenho a menor dúvida de que ainda ouviremos falar da "alternativa portuguesa". A desonestidade é imortal... Tema foi anteriormente abordado pelo instituto mises: mises.org.br/Article.aspx?id=2700
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fiel
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Post by fiel on Sept 19, 2017 18:22:18 GMT -3.5
Alexandre está com visão curta...esse crescimento de Portugal não é sustentável...uma hora a conta não fechará...só estão crescendo por confiança de curto prazo...e outros fatores positivos...além disso no nosso caso o déficit é coberto por uma divida de mais de 6 % de juros reais.. altissima
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Post by Sultão do Swing on Sept 20, 2017 12:42:25 GMT -3.5
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fiel
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Post by fiel on Sept 20, 2017 17:50:29 GMT -3.5
Por isso o Janot, Fachin e o PT armaram essa pro Temer... pois os resultados viriam logo com a tirada da Dilma e se nada fosse feito o PT seria extinto como já foi nas prefeituras... Acredito que nunca mais teremos um governo com chances de aprovar as reformas .... tivemos nossa chance..
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Post by Sultão do Swing on Sept 20, 2017 19:58:20 GMT -3.5
Por isso o Janot, Fachin e o PT armaram essa pro Temer... pois os resultados viriam logo com a tirada da Dilma e se nada fosse feito o PT seria extinto como já foi nas prefeituras... Acredito que nunca mais teremos um governo com chances de aprovar as reformas .... tivemos nossa chance.. Também acho, depois de todo o auê com a ligação do Joesley ficou difícil imaginar a aprovação das reformas da maneira como elas foram concebidas. Nós temos um encontro marcado com a inflação, daqui a alguns anos. E aí ela será crônica e muito difícil de ser debelada. E quem mais vai sofrer vai ser o povão...
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uqaz
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Post by uqaz on Sept 21, 2017 8:49:13 GMT -3.5
Muito bom! Esse gráfico mostra a economia real (salários, inflaçao, PIB, etc) versus a evolução de ativos pelo mundo que deveriam espelhar a realidade desde 2009: Nota-se clara disparidade.
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Potuz
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Post by Potuz on Sept 21, 2017 9:08:57 GMT -3.5
Muito bom! Esse gráfico mostra a economia real (salários, inflaçao, PIB, etc) versus a evolução de ativos pelo mundo que deveriam espelhar a realidade desde 2009: Nota-se clara disparidade. Esse gráfico é ridículo, tomar o crescimento desde o fundo do poço de uma das maiores quedas nos preços de ativos na história, obviamente a recuperação destes ativos será muito superior á recuperação nominal da economía. Procura os mesmos gráficos depois do crash do 29 e da contra do Iran.
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Post by robinho on Sept 21, 2017 10:27:51 GMT -3.5
Muito bom! Esse gráfico mostra a economia real (salários, inflaçao, PIB, etc) versus a evolução de ativos pelo mundo que deveriam espelhar a realidade desde 2009: Nota-se clara disparidade. Esse gráfico é ridículo, tomar o crescimento desde o fundo do poço de uma das maiores quedas nos preços de ativos na história, obviamente a recuperação destes ativos será muito superior á recuperação nominal da economía. Procura os mesmos gráficos depois do crash do 29 e da contra do Iran. O índice deveria retratar a real situação das empresas. Dessa forma, na minha opinião, o IBOV histórico não deveria ser comparado com inflação, dólar, etc. A melhor forma de saber se o IBOV está caro ou barato é olhar o gráfico do P/L histórico do índice, e ver como os preços estão se comportando em relação ao desempenho(lucro) das empresas.
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uqaz
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Post by uqaz on Sept 21, 2017 10:37:59 GMT -3.5
Muito bom! Esse gráfico mostra a economia real (salários, inflaçao, PIB, etc) versus a evolução de ativos pelo mundo que deveriam espelhar a realidade desde 2009: Nota-se clara disparidade. Esse gráfico é ridículo, tomar o crescimento desde o fundo do poço de uma das maiores quedas nos preços de ativos na história, obviamente a recuperação destes ativos será muito superior á recuperação nominal da economía. Procura os mesmos gráficos depois do crash do 29 e da contra do Iran. Vc diz então que existe um delay?
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rst
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Post by rst on Sept 21, 2017 11:23:26 GMT -3.5
Esse gráfico é ridículo, tomar o crescimento desde o fundo do poço de uma das maiores quedas nos preços de ativos na história, obviamente a recuperação destes ativos será muito superior á recuperação nominal da economía. Procura os mesmos gráficos depois do crash do 29 e da contra do Iran. Vc diz então que existe um delay? Não. Ele está apontando realmente que é uma comparação sem sentido. Tome o Ibov como exemplo: Se comparássemos o crescimento do índice com o PIB no período de 2002( fundo) até 2007 (topo), o índice teria crescido muito mais do que a economia. Se compararmos o encolhimento do índice com o PIB de 2008 (topo) até 2015 (fundo), notaremos que o ibov encolheu muito mais do que a economia. De 2016 até hoje o índice cresceu quase 100%, enquanto que o PIB ainda está começando a sair do negativo. Seja para cima ou para baixo, a única coisa que o gráfico mostra é que o preço das ações é muito mais volátil do que o PIB
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Deleted
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Post by Deleted on Sept 22, 2017 8:46:08 GMT -3.5
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rst
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Post by rst on Sept 25, 2017 6:50:40 GMT -3.5
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Post by Deleted on Sept 25, 2017 13:12:11 GMT -3.5
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uqaz
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Post by uqaz on Sept 25, 2017 15:51:05 GMT -3.5
Coreia do Norte e Irã com seus testes bélicos, furacões, inundações, terremotos... e o Vix nem aí.
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fiel
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Post by fiel on Sept 25, 2017 15:59:48 GMT -3.5
A cada dia que passa isso parece que está mais próximo de azedar. Não sei que se a Coreia conseguiria atingir algum ponto dos EUA, pois talvez seriam interceptados antes, mas se eles conseguirem atingir o Japão ou a Coreia do Sul o estrago faria as bolsas afundarem. Coreia do Norte diz que discurso de Trump foi 'declaração de guerra' oglobo.globo.com/mundo/coreia-do-norte-diz-que-discurso-de-trump-foi-declaracao-de-guerra-21867181EUA em sim acho dificil.. mas alguma ilha americana pode ocorrer....e sobre interceptar cada dia mais acho que é balela.. já passou 2 misséis por cima da cabeça dos japoneses e as barreiras antimisseís não fizeram nada... o primeiro ministro japones disse que escolheram por não derrubar... agora me diga quem vai escolher deixar passar por cima um missel que pode ter uma bomba H dentro ??
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Post by Deleted on Sept 25, 2017 16:13:11 GMT -3.5
A cada dia que passa isso parece que está mais próximo de azedar. Não sei que se a Coreia conseguiria atingir algum ponto dos EUA, pois talvez seriam interceptados antes, mas se eles conseguirem atingir o Japão ou a Coreia do Sul o estrago faria as bolsas afundarem. Coreia do Norte diz que discurso de Trump foi 'declaração de guerra' oglobo.globo.com/mundo/coreia-do-norte-diz-que-discurso-de-trump-foi-declaracao-de-guerra-21867181Coreia do Norte e Irã com seus testes bélicos, furacões, inundações, terremotos... e o Vix nem aí.Eventos naturais acho que não pega tanto como uma guerra em um país de primeiro mundo sendo atacado. As pessoas sabem que esses eventos naturais geralmente são superados, leva investimento e tempo, mas tudo volta ao normal. Mas imagine se a Coreia consegue soltar uma bomba nuclear em alguma das principais cidades americanas? Duvido que as bolsas vão se manter do jeito que estão. Talvez se mantenham se for uma guerra entre países sem qualquer relevância.
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Post by Deleted on Sept 25, 2017 16:17:33 GMT -3.5
EUA em sim acho dificil.. mas alguma ilha americana pode ocorrer....e sobre interceptar cada dia mais acho que é balela.. já passou 2 misséis por cima da cabeça dos japoneses e as barreiras antimisseís não fizeram nada... o primeiro ministro japones disse que escolheram por não derrubar... agora me diga quem vai escolher deixar passar por cima um missel que pode ter uma bomba H dentro ?? Realmente é difícil acreditar que o Japão iria permitir isso.
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