MERCADO 2017

Claudio, a situação da previdência é grave e urgente mas não acredito que gere um deficit fiscal capaz de parar a máquina pública em 2018, apesar do que fala o governo, se nada for feito aí sim, nos próximos anos chegaremos nisso, a verdade a previdência está nessa situação por causa da desoneração da folha de pagamentos feita por Dilma de forma absolutamente irresponsável (como tudo que essa anta fez) mas isso também será corrigido em breve.

Acredito que o próximo governo fará uma reforma adequada, isso vai ser discutido na campanha presidencial e essa é a maneira correta de legitimar essas mudanças.

vejo a tendência da arrecadação federal caminhando para a recuperação, mais do que pela crise política ou econômica, a arrecadação ainda não reagiu pela forma que estão tratando o novo Refis, entregue a pilantras no congresso.

2018 vai ser um ano de muita volatilidade ao sabor da campanha política, a grande questão é se a esquerda terá um candidato competitivo capaz de colocá-la de volta no poder, acho veremos muita alternância nos favoritos e a bolsa vai endoidar com isso, como sempre abrindo oportunidades para ganhar ou perder.

A conferir, a situação internacional, aí sim podemos ter surpresas.

Além da reforma da Previdência não sair, teremos a delação premiada do Lúcio Funaro, principal operador da quadrilha do PMDB. Dou como certa também a delação do Geddel, cuja prisão é questão de tempo. Ao contrário do Eduardo Cunha, cujo silêncio deve estar custando muito caro, Gedel já demonstrou, ao chorar copiosamente da outra vez que foi preso, que é emocionalmente instável e não vai aguentar muito tempo na cadeia sem abrir o bico. E o que ele tem a dizer pode ferir gravemente o chefe da quadrilha. Ainda vai correr muita lama por baixo dessa ponte.   

A Empiricus falando besteira, 2% de juros reais eu invisto no Chile (senão me engano ta 2,5%). Ou melhor na China (3%). O Brasil tem uma dívida/PIB pior do que estes dois últimos e encontra-se em um cenário desfavorável.

Hoje rodamos com inflação em 2,5 por cento, e juros indo para 7 ou menos. A inflação implícita nos títulos do governo precifica um IPCA em torno da meta, mesmo para o futuro distante.

Isso é um trabalho bem feito.

Mas, a proximidade do final do ciclo não quer dizer que o jogo acabou, nem para os juros e nem para bolsa, pelo menos não agora.

No comunicado da decisão foram plantadas várias outras dicas a respeito dos próximos passos da política monetária que devem ainda impulsionar o mercado de juros para baixo, e consequentemente a bolsa para cima.

Primeiro, falaram em redução moderada do passo, ou seja, próxima cai para 75 bps. Depois, falaram em “redução gradual do ciclo”, ou seja, depois dos 75 deve cair para 50 bps.

Mas é importante notar que decisão e o comunicado não consideraram a surpresa para baixo do IPCA divulgado no mesmo dia da decisão. Só aí já temos um bom motivo para o BC e o mercado revisarem suas expectativas de inflação para baixo. 

Mesmo com a informação defasada, o modelo do BC prevê inflação de 2018 em 4,4 por cento, se Selic chegar a 7 por cento no início de 2018. Mas, considerando que:

1- A meta para 2018 do CMN é 4,5

2- O IPCA de 2017 e 2018 deve ser revisado pelo BC e mercado pela surpresa do último dado (digamos que a projeção do modelo caia para 4,35).

3- 0,15 bps de inflação significa em torno de 50 bps de Selic

Juntando tudo isso, podemos dizer que para o modelo do BC chegar nos 4,5 de inflação para 2018, a Selic poderia cair até 6,5 por cento. Apesar de não ser o cenário básico do mercado, ainda, isso certamente pode acontecer. 

O mercado precifica a Selic em torno de 7,25 até o final desse ano, subindo rápido durante 2018. Se estimássemos a Selic indo para 6,5 por cento, podemos encontrar ainda um espaço de queda de cerca de 100 bps para o meio da curva.

100 bps é ainda retorno pra burro! E ainda permite ganhos agressivos com os juros.

E se isso é bom para os juros, é muito bom pra bolsa!

Selic a 6,5 significaria bolsa nos 100 mil pontos no ano que vem. Não porque queremos, mas por fundamento macroeconômico de juros versus crescimento.

Claro que temos o risco eleição no meio de tudo isso. Mas com as notícias do feriado nas quais Palocci supostamente abriu o jogo sobre Lula ser o mandante do esquema de propinas, a sua candidatura segue perdendo força.

No cenário externo, a treasury mostrou mais quedas, com cenário de liquidez abundante prosseguindo, e notícias de inflação baixa atrapalhando os planos do Fed de antecipar altas de juros.

Seguimos no interregno benigno, que pode ser muito positivo para o nosso país.

Claro que riscos e aleatoriedades sempre vão existir, não paramos de alertar isso aqui na Empiricus. Mas podemos ainda estar diante de um cenário muito positivo, e de alto potencial de retorno para ativos brasileiros. 

A planilha não é minha, é simplesmente uma comparação com a poupança, as cores denotam a diferencia com o que a poupança paga.

chegando a hora de vender ... bancos principalmente...é o mesmo momento que foi de comprar aos 36 k

Nesse momento não vendo nada, posso até não comprar, mas não vou remar contra a maré.

Ta demorando

Esses delatores escolhem quem vão delatar e quem vão livrar a cara. Não é garantido que o Palloci vai falar dos bancos e quais.

A máxima não é tão máxima assim, se descontarmos inflação ou ibov dolarizado.
terracoeconomico.com.br/indice-ibovespa-na-maxima-historica