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Post by Deleted on Mar 28, 2016 20:58:21 GMT -3.5
Os FIIs estão numa disparada incrível. Mesmo assim pode subir muito, afinal, a média de proventos está beirando em uns 10% a.a.. Ainda, se considerar o PL da maioria dos fundos, está muito descontado. Eu estava pensando a mesma coisa, Paitax. Tenho cotas do BRCR11 e subiu mais de 30% em fev-mar. Pena que eu não pude aumentar posição quando estava na faixa dos 75,xx-80,xx que daria em torno de 15% aa, se mantiver os proventos atuais de R$ 1,00. Eu sigo de olho neles.
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Post by Deleted on Mar 28, 2016 21:30:54 GMT -3.5
@volverine, fico até meio assim de comprar mais, mas pensando nesses fatores, acabo me arriscando. AEFI11, por mais que o prêmio sobre o PL seja menor, 70%, ela tem distribuído $1,10. Isso mais que compensa o menor prêmio de desconto com o PL. Todavia, ficar de olho nos dois projetos da empresa de projetos greenfield.
Agora, escritório, eu tenho EDGA11B, resolvi apostar e comprar vacância. Comprei a R$43,30 em média e vai pagar R$0,65 agora em abril. Extremamente descontada em relação ao PL, na casa de 50%.
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Post by Deleted on Mar 28, 2016 21:57:47 GMT -3.5
@volverine , fico até meio assim de comprar mais, mas pensando nesses fatores, acabo me arriscando. AEFI11, por mais que o prêmio sobre o PL seja menor, 70%, ela tem distribuído $1,10. Isso mais que compensa o menor prêmio de desconto com o PL. Todavia, ficar de olho nos dois projetos da empresa de projetos greenfield. Agora, escritório, eu tenho EDGA11B, resolvi apostar e comprar vacância. Comprei a R$43,30 em média e vai pagar R$0,65 agora em abril. Extremamente descontada em relação ao PL, na casa de 50%. Paitax, Em outros tempos eu reinvestia parte dos lucros que eu tenho em ações. Algumas vezes eu colocava em papéis que estavam indo bem na época, como Eter3 e ELPL4 (que acabaram se tornando grandes "micos") e em outras vezes eu colocava em empresas ruins, ou de maior risco como a PRML3, esperando que pudesse dar uma estilingada de 100% ou mais e então eu pudesse dobrar o capital. No fim das contas, eu não tinha paciência para segurar as ações e acabava vendendo muitas vezes em situações que eu acabava trocando seis por meia dúzia e em vez de fazer o patrimônio crescer eu ficava girando de uma coisa para outra e "queimando" os ativos que o mercado havia me dado "de graça". Hoje em dia eu mudei minha postura: agora prefiro colocar lucro de trade em FII e esquecer lá, se subir ou cair muito eu não vendo, pois meu objetivo com eles é renda. Se algum deles passar por um período ruim eu simplesmente esqueço ele na carteira e lembro que não tenho porque sofrer com quedas e nem vacância, pois afinal de contas ganhei aqueles ativos de graça. Tento pôr na minha cabeça que o investimento é num imóvel, não em cotas que posso negociar a qq. momento. Com esse pensamento, eu tento ir colocando o lucro das ações nos FIIs e focar em desenvolver apenas o lado que eu já tenho alguma experiência que é em AT.
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Post by Deleted on Mar 28, 2016 22:18:36 GMT -3.5
@volverine, tanto estou pensando, como agindo da mesma forma. Tinha CMIG3 e CMIG4. Subiu bem, pode até subir mais, mas achei que estava bom e resolvi investir em FII. Dá uma segurança muito maior por ser imóvel, não irá perder valor que nem uma PRML3 tem feito, exemplo.
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Post by disc126 on Mar 29, 2016 21:26:06 GMT -3.5
Alguém tem ou sabe onde tem os dados de vacância de fii sistematizados/compilados?
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Post by cpf216 on Mar 30, 2016 15:09:28 GMT -3.5
Alguém tem ou sabe onde tem os dados de vacância de fii sistematizados/compilados? Já vi comentários que um boletim do Itaú tem esse tipo de informação, mas sem muita ideia de como conseguir acesso a ele sem ser cliente alta classe lá. Pensando em profissionalizar compra de vacância?
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Post by disc126 on Mar 30, 2016 16:17:48 GMT -3.5
Alguém tem ou sabe onde tem os dados de vacância de fii sistematizados/compilados? Já vi comentários que um boletim do Itaú tem esse tipo de informação, mas sem muita ideia de como conseguir acesso a ele sem ser cliente alta classe lá. Pensando em profissionalizar compra de vacância? André Estou pensando em dar uma estudada nas opções com vacância para entrar mais forte no final do ano e em 2017
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rst
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Post by rst on Mar 30, 2016 21:32:26 GMT -3.5
Uma coisa que já comentei em relação ao sp downtown (não exatamente sob esta perspectiva), mas que parece valer para os FIIs em geral é que fazer contrato de locação com carência ou algum outro benefício temporário é pedir para o inquilino ir embora no vencimento. Pense só: você, empresário, loca um imóvel por cinco anos desde que tenha seis meses de carência. Sem nem considerar o valor do dinheiro no tempo, isso já representa dizer que o valor médio do aluguel ao longo de cinco anos é 10% mais barato do que o estipulado para o período sem carência. Terminado o contrato, por que você aceitaria continuar a pagar o preço cheio? Ou o locador dá um novo desconto ou você vai embora para outro fundo que conceda o mesmo benefício. Tem muito fundo com imóvel bom e inquilinos respeitáveis com contratos vencendo em grande parte entre 2016/2017. Tenho a impressão de que, apesar da qualidade dos imóveis ou dos inquilinos, a maioria destes contratos não será renovada.
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Post by PACIENTE on Apr 1, 2016 10:14:56 GMT -3.5
Uma coisa que já comentei em relação ao sp downtown (não exatamente sob esta perspectiva), mas que parece valer para os FIIs em geral é que fazer contrato de locação com carência ou algum outro benefício temporário é pedir para o inquilino ir embora no vencimento. Pense só: você, empresário, loca um imóvel por cinco anos desde que tenha seis meses de carência. Sem nem considerar o valor do dinheiro no tempo, isso já representa dizer que o valor médio do aluguel ao longo de cinco anos é 10% mais barato do que o estipulado para o período sem carência. Terminado o contrato, por que você aceitaria continuar a pagar o preço cheio? Ou o locador dá um novo desconto ou você vai embora para outro fundo que conceda o mesmo benefício. Tem muito fundo com imóvel bom e inquilinos respeitáveis com contratos vencendo em grande parte entre 2016/2017. Tenho a impressão de que, apesar da qualidade dos imóveis ou dos inquilinos, a maioria destes contratos não será renovada. rst, concordo em parte, especialmente com a situação econômica nessa toada, mas a decisão não é tão simples quanto mudar de companhia telefônica, pois os custos do processo de mudança podem ser bem altos e talvez não se diluam tão facilmente em 5 anos. Há também outras razões, como o caso de um empresa de software localizada no centro do Rio de Janeiro que havia decidido se mudar para a Barra da Tijuca para reduzir custos, especialmente com aluguel, mas depois descobriu que a maioria dos funcionários ia trabalhar de metrô e que a mudança ia ter impacto de horas a mais de deslocamento por dia. Ficou onde estava. Minha avaliação é que uma boa parte pode não ser renovada, mas não a maioria. Uma coisa que deve impactar na renovação dos contratos de escritórios é redução da área locada, porque muitas empresas estão enxugando quadros. Enfim, variações de dosagem nas bolas de cristal, mas na mesma direção.
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Post by Deleted on Apr 7, 2016 15:39:38 GMT -3.5
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Post by greenball on Apr 7, 2016 23:33:20 GMT -3.5
Uma coisa que já comentei em relação ao sp downtown (não exatamente sob esta perspectiva), mas que parece valer para os FIIs em geral é que fazer contrato de locação com carência ou algum outro benefício temporário é pedir para o inquilino ir embora no vencimento. Pense só: você, empresário, loca um imóvel por cinco anos desde que tenha seis meses de carência. Sem nem considerar o valor do dinheiro no tempo, isso já representa dizer que o valor médio do aluguel ao longo de cinco anos é 10% mais barato do que o estipulado para o período sem carência. Terminado o contrato, por que você aceitaria continuar a pagar o preço cheio? Ou o locador dá um novo desconto ou você vai embora para outro fundo que conceda o mesmo benefício. Tem muito fundo com imóvel bom e inquilinos respeitáveis com contratos vencendo em grande parte entre 2016/2017. Tenho a impressão de que, apesar da qualidade dos imóveis ou dos inquilinos, a maioria destes contratos não será renovada. Mas isso ocorre sempre ... Na relação locador e locatário ... A renovação é onde se mostra as forças .. Se o mercado está aquecido o locador terá o poder de reajustar inclusive acima da inflação se o mercado estiver ruim, o poder estará na mão do locatário que poderá negociar até um desconto ... O fato de ter um contrato é só um detalhe. Na hora da crise todo mundo senta pra conversar ... Em crise, o aluguel é o jeito mais fácil de uma empresa reduzir os riscos e todos fazem isso. O executivo que não fizer isso deve ser expulso da empresa com um pé na bunda ... E o padrão é sempre esse .. Pedir carência e depois ser duro no fim do contrato. Os únicos casos mais difíceis são de imóveis extremamente adaptados para o business da empresa ... Mas mesmo assim nenhum administrador quer ser o machão de dizer não logo de cara ao locatário em um pedido amigável de negociação ...
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Post by jigsaw on Apr 9, 2016 8:48:06 GMT -3.5
07/04/16 - 11h51 - Paula Zogbi Aluguel no Brasil é o mais barato desde o 1º trimestre de 2013
Valor médio do m² para aluguel no Brasil tem desvalorização real de 15,30% no 1º trimestre do ano, segundo índice do VivaReal SÃO PAULO – O valor atual médio do aluguel por m² no Brasil é o menor em pelo menos 3 anos, de acordo com o portal de classificados imobiliários VivaReal. O preço fechou o mês de março deste ano em R$ 25, desvalorização nominal de 5,5%, na comparação com março de 2015. Considerando a inflação, os valores apresentaram queda real de 15,30%. O IGP-M acumulado no período foi de 11,56%. Feito desde 2013 com base em 4 milhões de imóveis localizados em 30 cidades brasileiros, o levantamento concluiu que instabilidade e restrições no crédito imobiliário afetaram o equilíbrio da oferta e demanda de imóveis. “Com a dificuldade para vender muitos proprietários preferiram apostar na locação a ficar com eles parados. Isso aumentou a oferta e deu margem para o consumidor negociar, o que contribui para a queda no valor médio do aluguel”, comenta Lucas Vargas, Executivo Chefe de Operações do VivaReal. Entre as 30 cidades analisadas, Fortaleza (+7,62%) apresentou a maior valorização nominal do valor médio do m² para aluguel. Joinville (+7,33%), Florianópolis (+5,88%), Porto Alegre (+5,53%) e Santos (+3,36%) também apresentaram variação positiva. Por outro lado, as capitais com as maiores desvalorizações nominais do preço foram Rio de Janeiro (-21,3%), Brasília (-8,0%), Recife (-7,5%), Belo Horizonte (-7,0%) e Vitória (-5,4%). Vendas e alugueis
Por sua vez, as vendas de imóveis viram perdas reais de 8,1% em 12 meses, segundo o FipeZap. Considerando apenas o mês de março a variação foi de apenas 0,03%. Em março, a demanda por compra, de acordo com o levantamento, voltou a superar a demanda por aluguel neste mês. Vargas acredita que isso deve se manter: “após a sazonalidade favorável para locação, que ocorre nos últimos meses do ano, a procura por compra voltou a ultrapassar aluguel. A tendência é que a demanda continue dessa maneira no resto do ano. No entanto a diferença entre a procura por locação e compra deve permanecer mais próxima”, afirma. Veja, abaixo, uma tabela comparativa entre as demandas por venda e aluguel de imóveis durante o período:
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Post by Sultão do Swing on Apr 15, 2016 12:35:27 GMT -3.5
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Post by jigsaw on Apr 15, 2016 21:24:29 GMT -3.5
10h20- Mariana d'Ávila "Mesmo se não houvesse crise, os escritórios estariam sofrendo", diz executivo do setor imobiliário
De acordo com o executivo, taxas de vacância não refletem somente a crise, mas uma quantidade de imóveis superior à demanda SÃO PAULO – A SiiLA Brasil (Sistema de Informação Imobiliária Latino Americano), apresentou sua primeira pesquisa trimestral referente aos imóveis comerciais e de logística das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Os resultados mostram que a quantidade de imóveis disponíveis para venda é superior à demanda, o que aumenta as taxas de vacância. Você está investindo bem seu dinheiro? Faça o teste aqui. De acordo com a pesquisa, referente ao primeiro trimestre de 2016, os imóveis comerciais de alto padrão (A+ e A) em São Paulo, representam 2.28 milhões de metros quadrados e possuem valor médio de R$ 99,30/m2. Desse total, 22,05% estão desocupados. “Existe um excesso de escritórios que foram entregues nos últimos anos. Mesmo se não houvesse a crise generalizada da economia, os escritórios estariam sofrendo, pois não existem tantas empresas para o tamanho de mercado que se existe atualmente. Hoje a região mais ofertada é a da Berrini”, explica Nicastro. Em relação aos condomínios logísticos no estado de São Paulo, estes representam um estoque total de 7.28 milhões de metros quadrados e apresentam 24,93% de vacância. Jundiaí foi a região com maior representatividade no mercado de condomínios logísticos, fato que, segundo o executivo, deve-se à contribuição do Sistema Anhanguera-Bandeirantes para o escoamento da produção para outros municípios importantes, garantindo maior redução da distância-tempo entre municípios. Já no Rio de Janeiro, Nicastro afirma que os imóveis comerciais de alto padrão sofreram com a crise no mercado de petróleo e gás, o que aumentou a vacância dos escritórios, chegando a 25,21% de acordo com o relatório. “O mercado do Rio de Janeiro vai demorar 10 anos ou mais para se recuperar, se não bastasse a crise do setor de óleo e gás, existem ainda mais de 1 MM de m² de projetos aprovados para serem entregues”, diz o executivo. No que diz respeito aos condomínios logísticos no estado carioca, 21,89% estão vazios e, nos últimos três meses nenhum “galpão” novo foi entregue.
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Post by jigsaw on Apr 15, 2016 21:32:53 GMT -3.5
Ninguém tem bola de cristal para adivinhar quanto tempo vai demorar a crise econômica no país, é claro que não é mudando de presidente que tudo vai melhorar de uma hora para outra, 2016 realmente está perdido, mas quem sabe as coisas nao melhoram em 2 anos, eu não concordo com esses profetas do apocalipse, veiculando os piores cenários possíveis, acredito até que muitos deles estejam aproveitando essa retração do mercado imobiliário para aquisição de boas oportunidades, de qualquer forma sigo com minha estratégia de aquisição de ativos, por pior que seja o cenário político e econômico pelo qual atravessa nosso país.
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Post by Deleted on Apr 20, 2016 15:19:33 GMT -3.5
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Post by jigsaw on Apr 21, 2016 18:32:44 GMT -3.5
20/04/16 - 11h01 - Paula Zogbi Valor do aluguel em SP tem maior queda da história
No acumulado, os preços caíram 4,1%, maior percentual desde o primeiro ano da pesquisa SÃO PAULO – O valor médio dos aluguéis residenciais de São Paulo teve a maior retração da série histórica nos últimos 12 meses, de acordo com o Secovi-SP. No período, a inflação medida pelo IGP-M foi de 11,6%. Você está investindo bem seu dinheiro? Faça o teste aqui.
Entre fevereiro e março, a queda foi de 0,9%. Na análise por dormitório, todas as tipologias viram declínios, sendo o maior deles no preço por imóveis de 3 dormitórios, que caiu 1,6% na média. “O valor médio das residências de 1 quarto caiu 1,0% e das unidades de 2 dormitórios, 0,5%”, mostrou a pesquisa enviada à imprensa.
"Essa queda de 4,1% é a maior já registrada desde que o início do acompanhamento da evolução dos valores médios, em dezembro de 2005", relata Rolando Mifano, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP. Mais rápido
Apesar da queda, os imóveis estão sendo alugados com maior velocidade. O Índice de Velocidade de Locação (IVL), que avalia, em número de dias, quanto tempo um contrato demora para ser assinado, indicou período de ocupação de 18 a 46 dias. “Casas e sobrados foram alugados mais rapidamente no período analisado, em um prazo que variou de 18 a 45 dias. Já os apartamentos foram locados em 24 a 49 dias”, indicou o texto.
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Post by Deleted on Apr 26, 2016 2:12:34 GMT -3.5
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Post by jigsaw on Apr 26, 2016 11:54:40 GMT -3.5
25/04/16 - 09h29 - Blog por João Sandrini 10 motivos para os imóveis continuarem a ser o mico da vezNão se iluda: não é o impeachment que vai destravar uma retomada na trajetória de alta do preço de casas e apartamentos no Brasil (SÃO PAULO) – Os preços dos imóveis subiram 9% abaixo da inflação nos últimos 12 meses, segundo o índice FipeZap. Nas 20 cidades pesquisadas, os preços só aumentaram em linha com a inflação em Florianópolis – nos demais locais, ou houve altas menores que a média ou ocorreu queda nominal de preços. Com taxas de juros que permitem um retorno de cerca de 15% ao ano com aplicações financeiras de baixíssimo risco e com aluguéis que somados por um ano não chegam a representar 5% do valor do imóvel, as casas e as apartamentos se transformaram no mico do momento no mundo dos investimentos. Quem está tentando vender não encontra comprador a não ser que conceda generosos descontos. Nesse cenário, os estoques se acumulam, aumentando o poder de barganha dos compradores. A expectativa de que a presidente Dilma Rousseff sofra o impeachment gerou uma enorme euforia no mercado financeiro e levantou dúvidas se não poderia haver também no mercado imobiliário um rali no preço dos ativos. Tenho pesquisado bastante sobre o assunto, conversado com corretores e visitado estandes de empreendimentos à noite ou nos finais de semana. Também estive há duas semanas no Summit Imobiliário 2016, um evento que reuniu os principais empresários e representantes do setor em São Paulo. Minha conclusão é não faltam motivos para os imóveis residenciais continuarem menos atrativos que outras opções de investimento. A seguir listo as 10 principais razões: 1 – Os juros do crédito imobiliário estão altos e podem subir maisCerca de dois terços dos financiamentos imobiliários no Brasil são feitos pela Caixa Econômica Federal. Em março o banco anunciou mais um aumento generalizado de juros para a compra de imóveis. Por exemplo, a tarifa para quem não tem conta na Caixa passou de 9,9% para 11,22% ao ano mais a TR (taxa referencial) para imóveis até R$ 750.000. Durante o Summit Imobiliário 2016, o diretor de habitação da Caixa, Teotônio Rezende, afirmou que o banco pode voltar a elevar os juros do financiamento imobiliário neste ano. Ele disse que não há previsão para o aumento – até porque o mercado tem aumentado as apostas na queda da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, de junho em diante. Mesmo assim, no crédito imobiliário a Caixa não trabalha com essa perspectiva de redução dos juros. Com alta de juros fica menos provável que os preços dos imóveis voltem a subir. 2 – Os recursos da poupança estão esgotadosSe a Selic cair mesmo, por que o crédito imobiliário não poderia ficar mais barato? A explicação é que o custo de captação de dinheiro para essas linhas de crédito pode continuar em alta mesmo com a queda da Selic. O grande problema é que não há mais sobra de recursos da caderneta de poupança para emprestar para o setor. Isso é muito importante porque a poupança e o FGTS são praticamente as duas únicas fontes de financiamento realmente baratas do mercado imobiliário. Para cada R$ 1.000 que os brasileiros depositam na caderneta, R$ 650 só podem ser usados pelos bancos para financiar a compra de imóveis. Hoje o estoque total de crédito imobiliário gira em torno de R$ 1 trilhão. Segundo Gilberto Duarte, presidente da Abecip, 46% desse total vem da poupança, 31% do FGTS, 18% de LCI e 6% de CRI. O dinheiro da poupança é barato para o banco porque o poupador recebe atualmente cerca de 8% líquido ao ano enquanto o investidor que aplica em uma LCI pode conseguir até 13% ou 14% líquido ao ano. Só que praticamente todo o dinheiro da caderneta de poupança disponível para o crédito imobiliário já está emprestado, segundo Duarte. “Os bancos estão liberando o que têm, mas não há mais gordura na poupança.” E a caderneta continua sob forte pressão porque quanto mais altos são os juros, menor é o fluxo de investimentos na poupança. Em 2015, a caderneta teve resgates líquidos de R$ 53,6 bilhões. A fuga continuou no primeiro trimestre deste ano, quando R$ 24 bilhões saíram da poupança rumo a outros investimentos mais rentáveis. “Para que pare de haver fuga da poupança, seria preciso uma Selic abaixo de 10%. Acho que os juros vão cair, mas não acho que chegam em 10%”, afirmou Duarte. O resultado é uma forte contração dos empréstimos. Os bancos chegaram a liberar mais de R$ 100 bilhões por ano para o crédito imobiliário, mas ele acredita que, para ser sustentável, esse número caia para cerca de R$ 50 bilhões por ano nos próximos anos. Com redução do crédito passa a ser menos provável que os preços dos imóveis se recuperem. 3 – O governo está reduzindo os programas habitacionaisOs programas habitacionais brasileiros são muito maiores do que foram no passado e os governos em breve não terão alternativa senão reduzi-los. O sócio-diretor da incorporadora Plano&Plano, Rodrigo Luna, disse, durante o Summit Imobiliário 2016, que nos últimos 72 anos os programas habitacionais permitiram a construção de 9 milhões de unidades residenciais. Só de 2009 para cá, período em que estiveram vigentes a primeira e a segunda fase do Minha Casa Minha Vida, foram construídos 4,157 milhões de imóveis por meio desse programa. Então o governo fez em sete anos praticamente o mesmo que havia feito nos 65 anos anteriores. Só que o governo enfrenta graves problemas nas contas públicas. A arrecadação federal teve queda real de 7% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. A previsão para o déficit primário deste ano muda o tempo todo, mas os analistas acreditam que o rombo poderá encostar em R$ 150 bilhões. Para corrigir o problema, ou o governo corta despesas ou aumenta impostos. Como a sociedade não aguenta mais aumentos de impostos, o mais provável é que o governo continue a cortar todo tipo de gasto, incluindo os programas sociais. Isso já vem acontecendo. O MCMV já chegou a receber mais de R$ 20 bilhões em um ano, mas em 2016 deve ter apenas R$ 6,9 bilhões do Orçamento. A redução de programas habitacionais tira a sustentação para uma alta de preço dos imóveis. 4 – O FGTS também dá sinais de esgotamentoA principal fonte de recursos para o programa Minha Casa Minha Vida não é o Orçamento, mas, sim, o FGTS. Neste ano quase 90% do dinheiro para o programa habitacional virá do FGTS, que entrará com R$ 60,7 bilhões em recursos para o MCMV. Só que sobrou pouco espaço para ampliar o papel do FGTS. O fundo já chegou a desembolsar 100% dos subsídios ao programa e o Tesouro pagava o FGTS quando podia. Só que o Tribunal de Contas da União (TCU) considerou isso uma pedalada fiscal e condenou a prática. Antes o FGTS não era usado para financiar a faixa 1 do MCMV, que financia habitações populares para famílias com renda de até 3 salários mínimos. Agora o FGTS vai ser usado para financiar todos os imóveis, mas precisará ser indenizado caso haja inadimplência do comprador. Então a corda já está bem esticada no que diz respeito a usar o FGTS para custear o MCMV. Não há mais muito o que o governo possa fazer. Outro problema é que o FGTS deveria ser exclusivamente usado para habitação, saneamento e mobilidade urbana. Só que o dinheiro dos trabalhadores depositado no fundo hoje serve até mesmo de garantia para linhas de crédito consignado. Medidas como essa só tendem a antecipar o esgotamento da capacidade do FGTS de financiar o MCMV, reduzindo a sustentação dos preços. 5 – Os estoques de imóveis à venda estão muito altosMarcos Lopes, diretor-presidente da Lopes, a maior imobiliária do Brasil, disse, durante o Summit Imobiliário 2016, que até existem compradores no mercado. “A diferença é que antes eu tinha que falar com 10 clientes para achar um comprador e agora eu tenho que falar com 100.” Ele explica que, nesse cenário de compradores sem confiança, as incorporadoras estão com dificuldade para lidar com os estoques. Apenas na cidade de São Paulo há pouco mais de 26.000 imóveis novos em busca de um comprador. De 2007 a 2013, os estoques permaneceram abaixo de 20.000 unidades, só ultrapassando esse limite de 2014 para cá. Ainda que as incorporadoras tenham promovido uma drástica redução nos lançamentos, os estoques não cedem. “Achamos que 2016 e 2017 ainda serão anos de redução de estoques. Pode começar a melhorar em 2018”, diz o presidente da Lopes. 6 – As devoluções dispararamA principal dificuldade das incorporadoras em reduzir os estoques é a enorme quantidade de imóveis comprados na planta que está sendo devolvida. Segundo a agência de classificação de risco Fitch, os distratos (rompimento do contrato de compra de um imóvel) representaram 41% das vendas nos primeiros nove meses de 2015. Em alguns casos, a situação é ainda mais desesperadora. Incorporadora que tem ações em Bolsa e divulga resultados a cada trimestre, a Gafisa anunciou na semana passada que o índice de imóveis devolvidos representou impressionantes 72% das vendas brutas no primeiro trimestre deste ano. Você leu certo: os cancelamentos de compra representaram quase três quartos das vendas da incorporadora. Até 2012, o índice médio de distratos não chegava a 6%, segundo o Secovi-SP – ou seja, a situação atual é extremamente atípica. A legislação brasileira estabelece que o comprador pode devolver um imóvel à construtora até a entrega das chaves e receber de volta ao menos 75% do que já pagou – esse índice pode chegar a 100% em casos específicos. O que acontece é que muita gente está percebendo que pagou caríssimo por um imóvel lá atrás e está devolvendo a unidade à incorporadora. Para chegar a essa conclusão, basta olhar o preço de tabela dos empreendimentos à venda na cidade. O preço de tabela nada mais é que o preço de lançamento corrigido pelo INCC (Índice Nacional de Construção Civil) até aquele ponto da obra ou até a entrega das chaves. Se visitar estandes você vai reparar que estão com preço de tabela de R$ 500.000, por exemplo, hoje são negociados por R$ 400.000 ou até R$ 350.000. Ou seja, também nos estandes das incorporadoras os reajustes de preços não chegam perto de recompor a inflação. E índices tão altos de distratos só agravam o problema. 7 – O preço do aluguel está em queda livre e deve continuar caindoOs preços dos aluguéis vêm sofrendo bastante com a queda da renda e do emprego. Segundo a última pesquisa FipeZap, os aluguéis ficaram 4,4% mais baratos nos últimos 12 meses. Considerando que o principal indexador para os aluguéis é o IGP-M e que esse índice apontou inflação de 11,56% nos últimos 12 meses, houve uma retração real de 16% no valor dos aluguéis em apenas um ano. Mesmo após uma correção tão forte, o mercado não deve se recuperar em breve. Em relatório, o analista do banco JPMorgan Marcelo Motta estima que os preços do aluguel ainda sofrerão uma correção real de 5% a 10% devido à fragilidade da economia brasileira. A queda do aluguel afasta os investidores do mercado imobiliário porque diminui a atratividade dessa opção, reduzindo ainda mais a demanda. 8 – A confiança do consumidor é a menor da históriaO brasileiro compra em média apenas 1,8 imóvel ao longo da vida. Como o valor de uma residência é muito elevado, essa é uma compra que não deve ser feita por impulso. Em tese, o consumidor reflete bastante antes de fechar negócio é só assina um contrato quando está seguro que terá dinheiro para pagar a aquisição. O índice de confiança dos consumidores, portanto, é uma variável relevante na hora de avaliar se os preços dos imóveis podem ou não voltar a subir. E desde o final do ano passado a confiança do consumidor é a menor da série histórica iniciada em 2005, quando a Fundação Getulio Vargas começou a pesquisar esse indicador. 9 – O desemprego disparouJá ouvi analistas do mercado imobiliário dizendo que o impeachment da presidente Dilma poderia dar uma injeção de confiança nos consumidores capaz de levar a um aumento das vendas e ao reaquecimento dos preços. É lógico que a solução da crise política é importante, mas não acredito nessa tese devido ao aumento do desemprego e à redução da renda. Segundo o Ministério do Trabalho, o Brasil eliminou 1,853 milhão de empregos nos últimos 12 meses. O resultado é desastroso. Nos piores anos deste século, o Brasil criava pouco mais de 500.000 postos de trabalho a cada 12 meses. A situação atual não tem precedente histórico. Já a renda dos trabalhadores é 3,9% menor que há 12 meses, segundo o IBGE, completando dois anos seguidos em queda. Quem mora em São Paulo gasta em média 14 anos de sua renda para comprar um imóvel – e, mesmo com os possíveis descontos que se possa encontrar, esse número não está diminuindo porque a renda passou a cair. Então pouco deve adiantar um aumento da confiança na economia se os trabalhadores não têm dinheiro suficiente no bolso para comprar um imóvel. 10 – Só o mercado imobiliário não passou por uma forte correçãoOs imóveis são os únicos ativos que não concluíram um processo acentuado de correção nos últimos anos. O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, chegou a 73.516 pontos em 2008, quando atingiu seu recorde histórico. Hoje o índice está próximo a 53.000 pontos – o que representa uma queda de 28% em relação à máxima histórica. O dólar chegou a bater em R$ 1,55 em 2011 e agora está cotado a R$ 3,57, uma alta de 130%. Os juros reais dos títulos públicos caíram para 3,50% ao ano em 2013, mas agora voltaram para cerca de 6,30% mais o IPCA – vale lembrar que quanto maiores são os juros, menor é o valor de mercado de um título de renda fixa. Se o valor de todas as aplicações financeiras despencou nos últimos anos, faz algum sentido os imóveis terem se mantido em alta (ainda que abaixo da inflação) mesmo em períodos desastrosos para a economia brasileira como os últimos 12 meses? E já que os imóveis não caíram enquanto a economia se deteriorava fortemente, faz algum sentido os preços subirem apenas se houver uma leve melhorara nas expectativas? Eu acredito que não. Gostou desse post? Então agora descubra como não gastar dinheiro à toa com produtos bancários, imóveis, viagens, carros, entretenimento, tarifas públicas, educação, esporte e compras. Importante: As opiniões contidas neste texto são do autor do blog e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney.
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Post by jigsaw on May 16, 2016 10:41:23 GMT -3.5
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