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Post by greenball on Mar 1, 2016 8:05:39 GMT -3.5
Onde moro, há 10 anos, valia metade do que vale hoje ou até menos. O que aconteceu nesse tempo, além da inflação? Não precisa mais do que a inflação: em 10 anos o acumulado do IGP-M foi de 86% explicando essencialmente aquele valor (a metade) por você citado. Exato. Vejo muitos proprietários ficarem felizes da valorização do imóvel mas esquecem de computar algumas coisas : Inflação Custos do imóvel Vacância (se a compra foi feita com objetivo de locação) Custo da oportunidade Custo da liquidez (não pode usar uma parte) Muitas vezes quando você soma tudo isso percebe se que houve sim uma valorização dos imóveis mas não na proporção que muitos acham ... Imóvel pra mim é com especialistas, gente que vive disso ... Eu uso FII para geração de caixa mas sei das minhas limitações para avaliar e ganhar dinheiro com imóveis diretos ... E ter imóvel direto é um pé no saco, desculpem a expressão tem contratos, inquilinos chatos e etc etc ... Muitas vezes o yeld não chega a 0,5%... Ainda bem que existem FIIS pagando mais do que isso e com alguém fazendo a gestão para você. E ainda se tem o poder de ser dono de vários empreendimentos diluindo o risco que na minha visão é a melhor coisa do mundo dos FIIS.
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Post by Deleted on Mar 1, 2016 8:35:51 GMT -3.5
Onde moro, há 10 anos, valia metade do que vale hoje ou até menos. O que aconteceu nesse tempo, além da inflação? Não precisa mais do que a inflação: em 10 anos o acumulado do IGP-M foi de 86% explicando essencialmente aquele valor (a metade) por você citado. Mas muita coisa que aconteceu nesse período, entra na inflação, não? Com isso já mostra que foi além da inflação. Um colega do fórum verificou os reajustes dos imóveis e ficou abaixo da inflação do período, tanto que comentaram que isso desmistifica que os FII pagam a inflação...
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Post by greenball on Mar 1, 2016 9:17:46 GMT -3.5
Não precisa mais do que a inflação: em 10 anos o acumulado do IGP-M foi de 86% explicando essencialmente aquele valor (a metade) por você citado. Mas muita coisa que aconteceu nesse período, entra na inflação, não? Com isso já mostra que foi além da inflação. Um colega do fórum verificou os reajustes dos imóveis e ficou abaixo da inflação do período, tanto que comentaram que isso desmistifica que os FII pagam a inflação...
Acredito que no longo prazo haja uma convergência entre os preços praticados e a inflação. Já vi alguns estudos, inclusive de mercados maduros. Vou ver depois se consigo postar aqui. Mas, 2016 e talvez 2017 nós ainda talvez perderemos da inflação tanto no valor de venda dos imóveis como nas locações.
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uqaz
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Post by uqaz on Mar 1, 2016 12:26:52 GMT -3.5
Não dá para saber até onde vai a vacância. Por isso mesmo acredito que o preço por m2 seja um critério mais fácil de se usar: Ao invés de tentar identificar os fluxos futuros com alto grau de precisão, prefiro apenas estipular um preço a partir do qual acredito que estes fluxos, sejam quais forem, garantam um retorno adequado para o capital investido. Não procuro avaliar o preço por M2. Entendo que a localização dos imóveis, os inquilinos e a gestão são muito mais importantes. Ficar traçando paralelos entre os fundos ou entre o M2 do fundo com o praticado no mercado é trabalhoso e na minha visão traz poucos resultados. Um prédio na rua de cima pode ter um M2 muito melhor que da rua de baixo do mesmo bairro. Se o M2 de locação for barato, mas há um prédio próximo com melhor estrutura o inquilino vai mudar. Se o M2 de locação for mais caro, mas o inquilino adaptou o prédio ao seu uso fica mais difícil de mudar... Qual vale mais? Também, acho inútil analisar valor patrimonial ou tentar determinar o preço dos imóveis. Agora é ladeira baixo em todos os preços. Mas, se você compra estudos prontos ai pode ser até válido ver o desempenho do M2 tanto da venda como da locação, pois já está mastigado e pode ser mais um fator para pesar a decisão. E pelo que estou vendo do mercado (falo como empresário e não como investidor) se eu tivesse um FI mono inquilino eu ficaria muito preocupado. Se a crise continuar nessa pegada veremos fechamentos de universidades, faculdades, lojas de varejo e etc. O Walmart mesmo está passando a faca em suas lojas, imagina a dificuldade para alugar um espaço como este. Em São Paulo, há grandes imóveis comerciais vazios. Concessionárias fechadas, Grandes Lojas de Rua fechadas, Prédios monousuários fechados. Placa de aluga-se por todos os lados. Mas, acredito que o mercado voltará a normalidade assim que um novo governo restabelecer a confiança. Mas, isso pode ser apenas em 2018... Discussão interessante entre i. valor x ii. fluxo de caixa gerado. Semelhante à discussão sobre empresas de i. valor depreciado x ii. empresas de crescimento robusto. É só trocar "preço por m²" por "Preço / Valor Patrimonial" ou "correção de aluguel" por "ritmo de crescimento de lucros". Nesse cenário de crise vejo como melhor ficarmos com ii.
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Post by mahler on Mar 1, 2016 13:13:48 GMT -3.5
Será que essa deflação dos aluguéis está sendo devidamente capturada no cálculo do IPCA?
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rst
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Post by rst on Mar 1, 2016 13:41:53 GMT -3.5
Discussão interessante entre i. valor x ii. fluxo de caixa gerado. Semelhante à discussão sobre empresas de i. valor depreciado x ii. empresas de crescimento robusto. É só trocar "preço por m²" por "Preço / Valor Patrimonial" ou "correção de aluguel" por "ritmo de crescimento de lucros". Nesse cenário de crise vejo como melhor ficarmos com ii. Sim, exato, apenas ressalvando que no caso dos FIIs, ao invés de eu usar o valor patrimonial como referência, uso um valor aproximado que considero justo para um imóvel com aquelas características, pois o atual valor patrimonial dos FIIs é uma fantasia. Sem querer fazê-lo mudar de opinião sobre qual a melhor estratégia, prefiro a primeira porque o fluxo dos alugueis é incerto e difícil de ser previsto, mas é relativamente simples saber quando um imóvel está depreciado em relação a outros equivalentes na mesma região. Partindo-se da premissa nem sempre certa de que os preços de imóveis com características semelhantes tendem a se equiparar no longo prazo, comprar um imóvel por muito menos do que ele vale garante uma chance grande de se conseguir um ganho de capital que compense a falta de alugueis por longo período. Daí minha preferência por comprar vacância. De toda forma, tal qual acontece com as ações, não dá para olhar os dados isoladamente. Do mesmo modo que uma empresa com baixo ROE tenderá a ser negociada com baixo P/VPA, imóveis com baixo potencial de geração de renda tendem a valer menos.
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uqaz
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Post by uqaz on Mar 1, 2016 14:11:37 GMT -3.5
Discussão interessante entre i. valor x ii. fluxo de caixa gerado. Semelhante à discussão sobre empresas de i. valor depreciado x ii. empresas de crescimento robusto. É só trocar "preço por m²" por "Preço / Valor Patrimonial" ou "correção de aluguel" por "ritmo de crescimento de lucros". Nesse cenário de crise vejo como melhor ficarmos com ii. Sim, exato, apenas ressalvando que no caso dos FIIs, ao invés de eu usar o valor patrimonial como referência, uso um valor aproximado que considero justo para um imóvel com aquelas características, pois o atual valor patrimonial dos FIIs é uma fantasia. Sem querer fazê-lo mudar de opinião sobre qual a melhor estratégia, prefiro a primeira porque o fluxo dos alugueis é incerto e difícil de ser previsto, mas é relativamente simples saber quando um imóvel está depreciado em relação a outros equivalentes na mesma região. Partindo-se da premissa nem sempre certa de que os preços de imóveis com características semelhantes tendem a se equiparar no longo prazo, comprar um imóvel por muito menos do que ele vale garante uma chance grande de se conseguir um ganho de capital que compense a falta de alugueis por longo período. Daí minha preferência por comprar vacância. De toda forma, tal qual acontece com as ações, não dá para olhar os dados isoladamente. Do mesmo modo que uma empresa com baixo ROE tenderá a ser negociada com baixo P/VPA, imóveis com baixo potencial de geração de renda tendem a valer menos. Imagine, rst. Uma opinião serve para ser mudada. Vc deve lidar com imóveis físicos, com pessoas comuns. Há fiis built-to-suit que possuem como clientes entes estatais federais, praticamente "imunes" ao problema econômico atual. Estes é que devem ser os preferidos na busca por fluxo de caixa robusto e "certo". Uma outra coisa que pode auxiliar nessa busca pela "perfeição" de um bom fluxo é a diversificação de fiis. Eu me utilizo destas duas estratégias e venho tendo frutos ligeiramente menores que o CDI (ou inflação). Este parece ser um bom preço a pagar, esperando uma valorização de imóveis oriunda de busca por proteção contra inflações altas. Penso como vc, estes valores patrimoniais não servem de muito. Ainda, vejo raríssimos os casos de escritórios que aliam um "seguro" fluxo de caixa a um valor de m² razoável. Consigo pensar apenas no EDFO. Nos fiis podemos ter a possibilidade de aliar este fluxo de caixa com lastro, eu acho isto fantástico. Ficar sem fluxo de caixa no momento atual só seria possível para mim caso já possuísse uma renda passiva satisfatória, de modo a abrir mão de, por exemplo, metade dela. Esta metade "não ganha" seria destinada a vacância de prédios excelentes, como vc propõe. Veja que aqui entra um aspecto maior que a escolha de imóveis com vacância ou fluxo de caixa certo: a sua capacidade de renunciar a aluguéis. No momento, a reaplicação de aluguéis recebidos vem compensando a queda nas cotas...quando elas pelo menos pararem de cair, aí é que eu posso começar a caçar os imóveis bons vacantes (tantos aqui no Rio...), simples assim. Outra coisa. Não acho que tenhamos atingido o fundo destas vacâncias...então, o mais legal disso tudo: falta ainda um pouco para eu começar a caçar vacâncias interessantes, não precisa ter pressa! Apressado come cru kkkk
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Post by mostarda on Mar 9, 2016 12:38:52 GMT -3.5
Eu francamente já acredito que existem ativos com valor alto e baixo preço nos fiis.
vou citar, o tal FIIB em joinville, está com valor por m² de aprox. 1500 reais. Sabemos de todas dificuldades do país e em especial da indústria, contudo, acredito que 1500 é um preço bom a ser pago.
Pqdp, aefi(praticamnete uma debenture), hgre
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Post by Deleted on Mar 10, 2016 9:00:48 GMT -3.5
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Post by jigsaw on Mar 12, 2016 14:54:57 GMT -3.5
10/03/16 - 09h00 - Diego Lazzaris Borges Preço dos fundos imobiliários está atrativo, mas é preciso escolher bemSegundo dados da BM&FBovespa, o valor do patrimônio dos fundos listados era de R$ 35,8 bilhões em janeiro deste ano. Já o preço das cotas negociadas na Bolsa estava em R$ 23,6 bilhões, o que indica um desconto de 34% SÃO PAULO – Os fundos imobiliários (FIIs) estão com preço interessante, na opinião de Augusto Martins, sócio da área de investimentos imobiliários da Rio Bravo Investimentos. Segundo dados da BM&FBovespa, o valor do patrimônio dos fundos listados era de R$ 35,8 bilhões em janeiro deste ano. Já o preço das cotas negociadas na Bolsa estava em R$ 23,6 bilhões, o que indica um desconto de 34%. “Acho esse número muito alto. Particularmente acredito que o preço hoje é atrativo”, diz Martins. O especialista destaca que o valor patrimonial é um indicador confiável e que na grande maioria das vezes reflete o real valor dos ativos que compõe a carteira do fundo. Prova disso é que muitos laudos de avaliação têm sido divulgados com valores inferiores de um ano para outro. “Isso dá credibilidade para o valor patrimonial”, afirma.
Ao mesmo tempo, ele lembra que é preciso fazer uma seleção bastante criteriosa dos FIIs antes de decidir pela compra, e lembrar que este é um ativo de longo prazo. “Não dá para comprar qualquer fundo”, alerta. Para ele, este ano ainda deve ser de estabilidade no mercado de FIIs, mas o investidor não deve esperar que as cotas subam muito para comprar. “Não dá para ficar esperando a hora exata. O ideal é ir comprando fundos bons aos poucos, aproveitando o momento e os possíveis descontos”, aconselha. O executivo compara a relação entre o mercado imobiliário e os fundos imobiliários com a da economia real e o mercado de ações. Isso porque normalmente o mercado financeiro antecipa os acontecimentos da economia real. “O mercado acionário começou a sofrer muito antes que a economia real do país, que piorou mesmo em 2015. Nos fundos aconteceu a mesma coisa. Entendo que a queda dos fundos que aconteceu em 2013 e 2014 foi uma antecipação do que aconteceu em 2014 e 2015 no mercado de imóveis – e que talvez ocorra em 2016”, diz Martins. Ele avalia que o ajuste dos fundos foi maior que a desaceleração do mercado real. Isso fez com que o preço das cotas registrasse um forte desconto em relação ao valor do patrimônio líquido dos fundos. Altos e baixos
Após o boom de 2012, quando muitos fundos novos entraram no mercado e o número de investidores deu um enorme salto, 2013 foi um ano complicado e os problemas seguiram em 2014. No ano passado, os fundos tiveram um ano melhor, mas boa parte dos ganhos foram devolvidos no final de dezembro quando o senador Romero Jucá (PMDB-RR) incluiu no texto da MP-694 a tributação do rendimento dos FIIs. “2015 tinha tudo para ser um ano positivo. Nosso cenário apontava para um retorno total (somando valorização da cota e renda) entre 10% e 12%”, diz Martins. Em um único dia (16 de dezembro), o Ifix (Índice de fundos imobiliários da Bovespa) registrou queda de quase 5%, após a notícia de que os fundos poderiam perder a isenção de IR. “Foi no ‘apagar das luzes’. A ideia era aprovar no final do ano para valer já em 2016, por conta do princípio da anualidade – as leis aprovadas só entram em vigor a partir do ano seguinte”, diz Martins. Com isso, o Ifix encerrou 2015 com uma valorização acumulada de apenas 5,46%. “Boa parte dos ganhos foi devolvida sem nenhum motivo operacional”, diz. Em janeiro deste ano, Jucá reeditou a medida provisória, excluindo a parte que tratava sobre a tributação de investimentos. Vantagens
Para o sócio da Rio Bravo, os fundos imobiliários fazem muito sentido para os investidores. “É um ativo que deveria compor a carteira de todo investidor, independente de maior ou menor exposição”, afirma. Na opinião de Martins, este produto é ainda mais interessante para aqueles que estão procurando imóveis comerciais para comprar e ganhar com a renda da locação. “Faz muito mais sentido comprar cotas de um fundo imobiliário. Não vejo nenhum benefício em comprar uma sala comercial”. Entre as vantagens do fundo, ele argumenta que o risco do fundo imobiliário é menor, o yield (renda) é maior e o investidor terá um gestor profissional cuidando do portifólio. “Ainda assim, muitas pessoas compram salas comerciais. É uma coisa cultural”, opina. Ele também destaca que o fundo costuma ter um portfólio mais diversificado e mais inquilinos do que uma única sala comercial, por exemplo. “Se uma empresa deixar o imóvel do fundo você terá apenas um percentual de vacância. Já se o único inquilino da sua sala devolver o imóvel toda renda fica comprometida”, alerta Martins. Também pesa a favor do fundo é a facilidade de vender as cotas na Bolsa de Valores. “O fundo imobiliário é líquido. Você se você quiser sair é só vender. Agora vai tentar vender um imóvel. Não há tantos dados para saber se o preço que você pede está certo. Quando há um mercado secundário na Bolsa, a liquidez mostra que de fato tem alguém comprando e vendendo naquele preço. É diferente de você dizer que seu apartamento vale R$ 1 milhão, mas simplesmente não conseguir vender por este preço”, compara. Leia também: O método do editor-chefe do InfoMoney para economizar (funcionou até quando ele ganhava R$ 1.300/mês) Baixe um pacote de planilhas financeiras gratuitas Quer saber se você está investindo bem? Faça uma simulação
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Post by Sultão do Swing on Mar 13, 2016 17:12:35 GMT -3.5
Jigsaw, Cpf e demais. Tem um tema que eu considero importante e gostaria de saber a opinião de vocês. Eu tirei a seguinte imagem do sítio do CT: Ela descreve o ciclo de "boom and bust" de alta e queda do mercado imobiliário. Se eu entendi bem, tudo seria causado pelo tempo demorado que decorre entre o início de um projeto imobiliário qualquer e seu término, podendo durar vários anos. Quando os projetos ficam prontos, o mercado é inundado de espaço imobiliário adicional, o que leve a uma queda no preço dos alugueis. As construções param e, depois de um tempo, a metragem adicional é finalmente absorvida pelo mercado. Com o posterior aumento da demanda, a oferta de espaço imobilário torna-se insuficiente, aumentando os preços das locações. Isso estimula o lançamento de novos imóveis, e o ciclo reinicia. Bem, já vi mais de uma pessoa alegando que tal ciclo seria refletido necessariamente nos FIIs, nós estaríamos, por exemplo, na fase da queda, onde, só em São Paulo, existem milhares de metros quadrados adicionais de área locável sendo introduzidas no mercado. Se isso for verdade, tais ciclos levariam os investidores a se tornar verdadeiros "position traders" de um prazo mais longo, comprando as cotas "na baixa", carregando-as durante alguns anos até que elas se valorizem e depois vendendo. Às oscilações nos valores da cotas corresponderiam oscilações periódicas nos dys. Como o meu conhecimento dos REITs é ainda mais escasso do que em relações aos FIIs nacionais, nada pude comprovar por enquanto. Mas, pelo menos em relação ao American Realty ("O") já verifiquei que eles têm um histórico de longo prazo de aumento gradativo na renda dos imóveis. Isso, em primeiro aspecto pelo menos, não sugere tais ciclos. Gostaria de sabe o que vocês pensam a respeito.
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Post by cpf216 on Mar 13, 2016 20:25:09 GMT -3.5
Um monte de coisas juntas e misturadas. Tentar separar um pouco. Jigsaw, Cpf e demais. Tem um tema que eu considero importante e gostaria de saber a opinião de vocês. [...] Ela descreve o ciclo de "boom and bust" de alta e queda do mercado imobiliário. Se eu entendi bem, tudo seria causado pelo tempo demorado que decorre entre o início de um projeto imobiliário qualquer e seu término, podendo durar vários anos. Não é exatamente causa, apenas que isso exacerba o ciclo. Fosse a construção "instantânea" ainda haveria ciclos, flutuação de preços, só talvez não tão longos ou não tão "dramáticos". Isso porque imóvel é caro, exige financiamento, e muitos dos ciclos imobiliários são na verdade ciclos de crédito, que ocorrem independente do prazo médio de obras. Quando os projetos ficam prontos, o mercado é inundado de espaço imobiliário adicional, o que leve a uma queda no preço dos alugueis. As construções param e, depois de um tempo, a metragem adicional é finalmente absorvida pelo mercado. Com o posterior aumento da demanda, a oferta de espaço imobilário torna-se insuficiente, aumentando os preços das locações. Isso estimula o lançamento de novos imóveis, e o ciclo reinicia. Bem, já vi mais de uma pessoa alegando que tal ciclo seria refletido necessariamente nos FIIs [...]. Mas isso deveria ser óbvio... Digo isso porque os imóveis dos FIIs não estão "fora" do mercado imobiliário geral, ou de alguma forma envoltos numa bolha protetora que os isole do mundo real. O inverso, de que ciclos não se refletem em FIIs que é a alegação extraordinária. Se isso for verdade, tais ciclos levariam os investidores a se tornar verdadeiros "position traders" de um prazo mais longo, comprando as cotas "na baixa", carregando-as durante alguns anos até que elas se valorizem e depois vendendo. Às oscilações nos valores da cotas corresponderiam oscilações periódicas nos dys. Como o meu conhecimento dos REITs é ainda mais escasso do que em relações aos FIIs nacionais, nada pude comprovar por enquanto. Mas, pelo menos em relação ao American Realty ("O") já verifiquei que eles têm um histórico de longo prazo de aumento gradativo na renda dos imóveis. Isso, em primeiro aspecto pelo menos, não sugere tais ciclos. Gostaria de sabe o que vocês pensam a respeito. Duas coisas aí. "Os investidores" é diferente de FII/REIT. Sam Zell e Carl Icahn fazem exatamente isso que falou. FIIs em particular e suspeito que REITs no geral: não podem ficar 100% líquido. Vão ter imóveis/investimentos no auge, na depressão, sempre. A outra coisa é que REIT por padrão é alavancado, e só isso é suficiente para justificar os rendimentos crescentes.
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Post by Sultão do Swing on Mar 13, 2016 22:34:42 GMT -3.5
Um monte de coisas juntas e misturadas. Tentar separar um pouco. Jigsaw, Cpf e demais. Tem um tema que eu considero importante e gostaria de saber a opinião de vocês. [...] Ela descreve o ciclo de "boom and bust" de alta e queda do mercado imobiliário. Se eu entendi bem, tudo seria causado pelo tempo demorado que decorre entre o início de um projeto imobiliário qualquer e seu término, podendo durar vários anos. Não é exatamente causa, apenas que isso exacerba o ciclo. Fosse a construção "instantânea" ainda haveria ciclos, flutuação de preços, só talvez não tão longos ou não tão "dramáticos". Isso porque imóvel é caro, exige financiamento, e muitos dos ciclos imobiliários são na verdade ciclos de crédito, que ocorrem independente do prazo médio de obras. Fala Cpf, que bom ver você por aqui, tava sumido. Grifei a sua expressão na frase porque era uma desconfiança que eu tinha. A causa, afinal, dos ciclos de "boom and bust" no mercado imobiliário brasileiro é causado por ciclos de crédito (não esqueça que a minha "cultura de imóveis" beira o zero, hora de mudar).
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Post by Sultão do Swing on Mar 13, 2016 22:38:36 GMT -3.5
Quando os projetos ficam prontos, o mercado é inundado de espaço imobiliário adicional, o que leve a uma queda no preço dos alugueis. As construções param e, depois de um tempo, a metragem adicional é finalmente absorvida pelo mercado. Com o posterior aumento da demanda, a oferta de espaço imobilário torna-se insuficiente, aumentando os preços das locações. Isso estimula o lançamento de novos imóveis, e o ciclo reinicia. Bem, já vi mais de uma pessoa alegando que tal ciclo seria refletido necessariamente nos FIIs [...]. Mas isso deveria ser óbvio... Digo isso porque os imóveis dos FIIs não estão "fora" do mercado imobiliário geral, ou de alguma forma envoltos numa bolha protetora que os isole do mundo real. O inverso, de que ciclos não se refletem em FIIs que é a alegação extraordinária. Maravilha, então segundo as perspectivas em geral do mercado nós devemos ver muitas "promoções" aí nos próximos dois anos, já que a opinião prevalecente é de que é esse o prazo mínimo para a recuperação. Abri inclusive uma conta na Socopa (eles não cobram corretagem de FII) para ir, aos poucos, "pescando", aqui e ali, uma ou outra promoção (não esquecendo que a questão tributária ainda está longe de acabar)
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Post by Deleted on Mar 19, 2016 13:50:57 GMT -3.5
Acho que vocês já mencionaram isso, mas, além da questão do IR sobre proventos, qual o motivo de ter tantos fundos com descontos absurdos sobre o PL? Por exemplo, EDGA11B está bem abaixo devido a vacância e reformas muito caras e talvez desnecessárias. AEFI11 tem um baita desconto do PL, mesmo tento aumento a distribuição de proventos.
Poderiam me explicar o que pode levar esse desconto tão algo? Obrigado
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Post by jigsaw on Mar 19, 2016 16:18:05 GMT -3.5
Acho que vocês já mencionaram isso, mas, além da questão do IR sobre proventos, qual o motivo de ter tantos fundos com descontos absurdos sobre o PL? Por exemplo, EDGA11B está bem abaixo devido a vacância e reformas muito caras e talvez desnecessárias. AEFI11 tem um baita desconto do PL, mesmo tento aumento a distribuição de proventos. Poderiam me explicar o que pode levar esse desconto tão algo? Obrigado @paitax , EDGA11B com P/VP = 0,48 eu até concordo, mas AEFI11 com P/VP = 0,67, eu acho caro, se compararmos com RBGS11, CXTL11, ALMI11B, XTED11, EURO11, FLMA11, MAXR11B, DOMC11, BBVJ11, FLRP11B, SPTW11, MBRF11, RBBV11 E BBFI11 TODOS com 0,34 =< P/VP <= 0,59. De qualquer forma, alem da questão do IR sobre proventos, que pra mim já havia sido retirado da MP 694, elevação da TX. de vacância, aumento de despesas com obras/reformas, etc, eu acredito que muitos investidores estão migrando para o TD com taxas de 14,XX % a.a., que considero bastante atrativas, alem disso tem a questão da irracionalidade no mercado, muitos não conseguem enxergar os fiis como investimento em ativos reais, mas apenas como papéis que sobem em descem na bolsa, como se fossem ações de empresas, não consigo entender como alguem entrega imóveis com 50% de desconto apenas porque aumentou a Tx. de vacância, então não adianta tentar interpretar esses fatos, apenas aproveitar as oportunidades, caso os ativos estejam de acordo com o seu perfil de investidor.
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Post by Deleted on Mar 19, 2016 17:22:55 GMT -3.5
jigsaw, muito obrigado. Você citou EURO11, esse é um ativo que fico com pé atrás, porque os rendimentos pagos são baixos, apensar de estar em 100% de ocupação (se não me engano). Como o investidor acha que o retorno tem que se dar por proventos, fizeram ela ter esse valor de P/VP. Agora, sobre AEFI11, por que acha ela cara? Obrigado
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Post by jigsaw on Mar 20, 2016 17:56:06 GMT -3.5
jigsaw , muito obrigado. Você citou EURO11, esse é um ativo que fico com pé atrás, porque os rendimentos pagos são baixos, apensar de estar em 100% de ocupação (se não me engano). Como o investidor acha que o retorno tem que se dar por proventos, fizeram ela ter esse valor de P/VP. Agora, sobre AEFI11, por que acha ela cara? Obrigado @paitax , realmente o Div Yield do EURO (0,58%) está baixo, com R$ 1,00 de distribuição e R$ 171,99 a cota, entretanto é bom lembrar que houve um incêndio em um dos galpões que está sendo reconstruído, o que pode aumentar essa renda, mas nada muito significativo, é aquela estória, primeiro você lista os fiis descontados, depois estuda as condições: Em relação ao AEFI, eu achei caro em relação aos fiis que citei, uma vez que há fundos com até 70% de desconto no VPA, contra 30% do AEFI, é claro que se você olhar o AEFI de forma isolada, há um bom desconto, entretanto eu estou um pouco desconfiado deste fii, depois da fusão KROT/AEDU, pois ainda nao foram definidos os imóveis que farão parte do portfólio, agora há investidores que consideram apenas o contrato atípico de locação, que pode lhe trazer uma eventual segurança, eu mesmo fiz isso quando comprei o MBRF, mas é questão de estratégia, como sempre a diversificação pode diluir esse risco. bvmf.bmfbovespa.com.br/sig/FormConsultaPdfDocumentoFundos.asp?strSigla=EURO&strData=2016-03-10T17:30:37.937
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Post by Deleted on Mar 20, 2016 18:22:18 GMT -3.5
No Release da Kroton, diz que os aluguéis (não sei qual ao certo), tem prazo de 15 anos. Talvez seja esse AEFI11, por isso não houve uma queda tão acentuado em relação ao PL, mas digo novamente, não tenho certeza.
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Post by Deleted on Mar 28, 2016 19:13:51 GMT -3.5
Os FIIs estão numa disparada incrível. Mesmo assim pode subir muito, afinal, a média de proventos está beirando em uns 10% a.a.. Ainda, se considerar o PL da maioria dos fundos, está muito descontado.
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