Potuz
New Member
Posts: 3,392
|
Post by Potuz on Nov 20, 2016 19:13:22 GMT -3.5
Entrando um pouco tarde na discussão aqui. Com respeito á redução das receitas em 50% estarem já contabilizadas ou não eu acho que o tadeuoc deve estar confundido e chuto que a confusão bem de comentários feitos pela mesma TAESA como explico embaixo. Antes disso eu trago aqui alguns textos do Relatório de dezembro 2011 da Fitch (que realmente vale a pena ler em geral, os caras sempre vem tarde, mas raramente estão muito errados como já estiveram antes da crise) Este texto já indica que a empresa deve ter redução de caixa diretamente, como o tadeuoc e o rst indicaram (e concordaram). Porém é interessante o ponto levantado de que na realidade esta redução vem já em construções amortizadas e de certa forma é de graça se vocês sabem como as RAP são ajustadas, elas são ajustadas pelo IGPM essencialmente (+ alguns reajustes regulamentários) durante os primeiros 16 anos de funcionamento. A redução do RAP depois dos 16 anos bem para ajustar a diferencia entre o IPGM e a realidade do mercado de energia. De fato, nos últimos 16 anos, as contas de energia cresceram muito menos que o IPGM, e esta redução em principio é para corrigir os aumentos desmesurados que a empresa teve inflando assim seus resultados nos últimos anos. Isto não contradiz o rst, pelo contrario, reforça o sentimento que a empresa está ainda surfando os bons anos e logo entre este ano e o próximo deve começar a sofrer com as novas receitas. Agora voltando ao ponto que pode realmente fazer uma diferencia grande na avaliação do mercado: Não estou dizendo que esteja certo ou errado, pois não tenho nenhum domínio sobre o tema, mas, aparentemente, a receita dessas concessões efetivamente cairá pela metade a partir de 2018 Desta vez eu concordo com o rst. Um outro trecho do relatório da Fitch, indicando agora redução nas receitas líquidas: A confusão do tadeuoc acredito que seja de comentários da TAESA como os seguintes: Apresentação de resultados TAESA 3ITR16: Isto explica que existe de fato um processo de normalização das receitas e as futuras quedas em 2017 já estão contabilizadas nas receitas atuais (tecnicamente no RAP atual), mas isso só afecta os anos de 2016 e 2017 e não os anos anteriores. Este promédio é feito só para as empresas que tem a redução neste ciclo 2016/2017 (ETEO e ECTE neste caso). A metodologia citada neste resultado (e de fato em diversas apresentações da empresa) cita a nota técnia 209/2016-SGT/ANEEL de 22/06/2016. Eu não consegui uma tal nota em nenhum sítio da ANEEL e de fato estou convencido que a empresa errou na numeração. Porém eu já tenho lida diversas vezes notas técnicas da ANEEL no que respeita as reduções/aumentos da RAP no caso da CMIG por exemplo e são sempre iguais. Um exemplo destas notas é: pdf da nota técnica no 80/2016-SGT/ANEELE a metodologia descrita nesta nota bate com o texto acima da apresentação da TAESA. Então acredito que - De fato as receitas líquidas devem ter quedas programadas de 50% nas concessões do período 2000-2006 nos próximos anos
- Essas quedas não foram contabilizadas em receitas anteriores e pelo tanto o ativo atual considera completamente as receitas inteiras dos anos anteriores
- A geração de caixa da empresa deve se ver afetada claramente nestes próximos anos
Não quer dizer que a TAESA não continue sendo uma baita empresa e um investimento seguro, sobre isto prefiro não discorrer. Só que eu prefiro para empresas deste tipo de setor uma empresa já com um PL maior, completamente amortizado e com uma rede de clientes mais ampla. Eu fui de CMIG e ganhei um pedaço da TAESA no processo.
|
|
vk
Forista VIP
Posts: 78
|
Post by vk on Nov 20, 2016 19:34:09 GMT -3.5
O ativo da concessão é tratado como ativo financeiro, e por isso gera um taxa de retorno linear durante todo o período.Posso estar enganado, mas amanhã pego o cpc e a df e reafirmo. Importante atentar que nao foi sempre assim, isso eh coisa recente. Anteriormente era tratado como ativo permanente, com depreciacao, etc.
Além disso, a geraçao de caixa operacional, que eh oq serah impactado pela diminuicao do rap, eh muito alta, cerca de 1.6bi em 2015 se nao tiver enganado, muito superior o LL. E as despesas de manutencao das linhas sao baixas, a empresa basicamente pega um emprestimo alto, a taxas baixas, investe tudo na frente, e depois tem um fluxo de caixa previsivel pra amortizar os emprestimos, e o que sobrar para o acionista.
A empresa tb nao esta parada, ficou um tempo sem pegar nada pois nao via taxas de retorno atraentes (gov dilma), agora jah voltou a ganhar leiloes.
|
|
rst
Moderador
Posts: 6,050
|
Post by rst on Nov 20, 2016 20:01:14 GMT -3.5
O ativo da concessão é tratado como ativo financeiro, e por isso gera um taxa de retorno linear durante todo o período.Posso estar enganado, mas amanhã pego o cpc e a df e reafirmo. Importante atentar que nao foi sempre assim, isso eh coisa recente. Anteriormente era tratado como ativo permanente, com depreciacao, etc. Além disso, a geraçao de caixa operacional, que eh oq serah impactado pela diminuicao do rap, eh muito alta, cerca de 1.6bi em 2015 se nao tiver enganado, muito superior o LL. E as despesas de manutencao das linhas sao baixas, a empresa basicamente pega um emprestimo alto, a taxas baixas, investe tudo na frente, e depois tem um fluxo de caixa previsivel pra amortizar os emprestimos, e o que sobrar para o acionista. A empresa tb nao esta parada, ficou um tempo sem pegar nada pois nao via taxas de retorno atraentes (gov dilma), agora jah voltou a ganhar leiloes. Qualquer ajuda para compreendermos a matéria é muito bem-vinda. Das poucas pesquisas que fiz vi que a resposta está nas ICPC 01, 17 e 30, mas ao ler os pronunciamentos ficou muito claro que o assunto é complexo demais para mim, que não sou da área. Teria que gastar algumas semanas de estudo para entender mal e porcamente. Mas independentemente de qual seja o critério de contabilização de receitas, acredito que a resposta que verdadeiramente interesse a todos é saber se os dividendos atuais teriam como ser mantidos a partir de 2018, quando as reduções estão previstas. Então, menos que as receitas contábeis, o que importa é saber se ela continuará a gerar o mesmo caixa nestas operações. Pelo que entendi dos comentários do tadeuoc e do potuz, este parece ser o ponto sobre o qual todos concordam: o caixa gerado nestas concessões cairá. Isto torna o texto do Barsi totalmente sem sentido, já que ele embasa seu ponto de vista quase que exclusivamente em um dividend yield que deixará de existir a partir de 2018.
|
|
Potuz
New Member
Posts: 3,392
|
Post by Potuz on Nov 20, 2016 20:03:18 GMT -3.5
O ativo da concessão é tratado como ativo financeiro, e por isso gera um taxa de retorno linear durante todo o período.Posso estar enganado, mas amanhã pego o cpc e a df e reafirmo. Importante atentar que nao foi sempre assim, isso eh coisa recente. Anteriormente era tratado como ativo permanente, com depreciacao, etc. O pdf da CPC 05 se encontra aqui, as ICPC 01 é a relevante mas é mais simples começar pelas explicações da 05. As concessões são declaradas como ativo financeiro e/ou ativo intangível: Essencialmente a parte de investimento (como construção, típicamente para contratos de transmissão esta parte é maior, para concessões de geração normalmente as usinas já estão completas) da empresa é declarada no intangível: A explicação de qual modelo utilizar está a partir da página 8 ponto 16 do citado documento.
|
|
Potuz
New Member
Posts: 3,392
|
Post by Potuz on Nov 20, 2016 20:08:39 GMT -3.5
Qualquer ajuda para compreendermos a matéria é muito bem-vinda. Das poucas pesquisas que fiz vi que a resposta está nas ICPC 01, 17 e 30, mas ao ler os pronunciamentos ficou muito claro que o assunto é complexo demais para mim, que não sou da área. Teria que gastar algumas semanas de estudo para entender mal e porcamente. Mas independentemente de qual seja o critério de contabilização de receitas, acredito que a resposta que verdadeiramente interesse a todos é saber se os dividendos atuais teriam como ser mantidos a partir de 2018, quando as reduções estão previstas. Então, menos que as receitas contábeis, o que importa é saber se ela continuará a gerar o mesmo caixa nestas operações. Pelo que entendi dos comentários do tadeuoc e do potuz, este parece ser o ponto sobre o qual todos concordam: o caixa gerado nestas concessões cairá. Isto torna o texto do Barsi totalmente sem sentido, já que ele embasa seu ponto de vista quase que exclusivamente em um dividend yield que deixará de existir a partir de 2018. Em principio os dividendos são definidos pelo payout sobre o lucro então a geração de caixa não afeta os dividendos per-se e sim a capacidade da empresa de pagar eles. A situação financeira da empresa está muito confortável e não vejo problemas para ela deixar de pagar os dividendos. O problema para mim (a diferencia do tadeuoc) neste quesito é que as receitas realmente devem ter queda nominal, e isto deve afetar o lucro e pelo tanto os dividendos a serem pagos. Isto no que respeita estas concessões particulares, a empresa tem um plano de expansão ativo e pode vir a suprir estas quedas.
|
|
vk
Forista VIP
Posts: 78
|
Post by vk on Nov 20, 2016 21:34:06 GMT -3.5
Qualquer ajuda para compreendermos a matéria é muito bem-vinda. Das poucas pesquisas que fiz vi que a resposta está nas ICPC 01, 17 e 30, mas ao ler os pronunciamentos ficou muito claro que o assunto é complexo demais para mim, que não sou da área. Teria que gastar algumas semanas de estudo para entender mal e porcamente. Mas independentemente de qual seja o critério de contabilização de receitas, acredito que a resposta que verdadeiramente interesse a todos é saber se os dividendos atuais teriam como ser mantidos a partir de 2018, quando as reduções estão previstas. Então, menos que as receitas contábeis, o que importa é saber se ela continuará a gerar o mesmo caixa nestas operações. Pelo que entendi dos comentários do tadeuoc e do potuz, este parece ser o ponto sobre o qual todos concordam: o caixa gerado nestas concessões cairá. Isto torna o texto do Barsi totalmente sem sentido, já que ele embasa seu ponto de vista quase que exclusivamente em um dividend yield que deixará de existir a partir de 2018. Em principio os dividendos são definidos pelo payout sobre o lucro então a geração de caixa não afeta os dividendos per-se e sim a capacidade da empresa de pagar eles. A situação financeira da empresa está muito confortável e não vejo problemas para ela deixar de pagar os dividendos. O problema para mim (a diferencia do tadeuoc) neste quesito é que as receitas realmente devem ter queda nominal, e isto deve afetar o lucro e pelo tanto os dividendos a serem pagos. Isto no que respeita estas concessões particulares, a empresa tem um plano de expansão ativo e pode vir a suprir estas quedas. potuz, sem duvida nenhuma o grosso do investimento da taesa eh considerado como ativo financeiro, a parte classificado como intangivel eh ateh irrelevante. Geralmente o lucro societario/fiscal eh um limitador, tanto em termos de piso, quanto de teto, para a distribuicao de lucros. No caso da taesa a manutencao do yield atual esta muito mais relacionada a geracao do caixa e sua alocacao nos proximos anos.
|
|
|
Post by mahler on Nov 20, 2016 21:44:35 GMT -3.5
Eu vejo esse alto DY da TAESA como produto de quatro fatores:
I - a empresa (ainda) está surfando na onda de concessões lucrativas cuja remuneração vem sendo reajustada ano a ano em níveis superiores a seus custos; II - o mercado não vê com bons olhos o futuro da empresa, apostando que a empresa sofrerá significativa perda de receita por acreditar que não irá conquistar novas concessões lucrativas capazes de compensar a esperada redução da receita; III - o investidor estrangeiro não confia na empresa porque ainda deve estar escaldado com a péssima experiência intervencionista do Governo Dilma no setor elétrico; IV - por último, mas não menos importante, entendo que a maioria dos investidores estrangeiros, que a princípio poderiam se interessar por uma empresa lucrativa como a TAESA, rejeita investir numa empresa cujo único papel em circulação são units, que na prática forçam o investidor a comprar 2 PREFERENCIAIS para cada ação ordinária. E assim essa aversão dos estrangeiros às preferenciais/units acaba barateando o papel para investidores como Barsi e outros que não dão a mínima para o dogma fundamentalista de só investir na ordinárias...
|
|
vk
Forista VIP
Posts: 78
|
Post by vk on Nov 20, 2016 22:17:01 GMT -3.5
Nao se esquecam tb que tivemos recentemente a cemig e o fip coliseu vendendo,e agora temos a saida do msci. Ou seja, vendedores motivados por fatores nao relacionados ao negocio, que forcaram o preco pra baixo.a acao estah sendo negociada a multiplos de fevereiro.
Olhem o fluxo de caixa operacional, o fluxo de amortizacao dos emprestimos pros proximos anos, a duracao das concessoes, o custo de manutencao das linhas de transmissao, a taxa de juros dos emprestimos apos o swap...enfim,msm com queda do rap, o megocio eh bonito.
|
|
|
Post by themagicboolean on Nov 25, 2016 15:54:08 GMT -3.5
Carísssimos, Liquidei as CMIG4 e BBAS3 hoje e promovi modificações na carteira. Seguem novos votos: AGRO3 -> P/VP <1. Dólar alto. P/L 2,7. Setor de exportaçao. CPLE3 -> P/L de 4,50. Liquidez corrente elevada, Dívida bruta menor que outras elétricas. Me parece a elétrica mais decontada atualmente. BRSR6 -> Mantenho, apesar de ter se valorizado 40%, vejo upside para chegar em 100%. Ação de banco mais surrada do Brasil e continua a apresentar lucros. P/L em 3,18 CGRA4 -> Ação que vai se dar bem com ou sem impeachment. Liquidez corrente absurda. Isso aqui é pegar DI com alavancagem. Vc leva um produto de brinde além do DI. FESA4 -> 13% de dividendos, margens subindo, lucro subindo. P/L de 3,5. USIM5 -> Especulativo. Considerando os ativos que a empresa detem a pena comprar. Na hipótese dos caras queimarem todo o patrimônio, o que devolvem? 500%? Com o rally do impeachment isso aqui pode se valorizar 800% em 1 semestre sem problemas. Comprar mas saber que se piorar a situação pode falir. Se voltar a dar lucro como outrora, pode subir 4.000% (sonho). Caros, gostaria de acrescer aos meus votos de março SGPS3. A companhia expandiu suas operações para a américa do norte, novas vendas em dólar e em um mercado que não está em crise. O valor patrimonial está loucamente baixo considerando o preço da ação. Possível caso de turnaround, comprar e ver se daqui a 3 anos vale 10x o preço atual. Consolidando: SGPS3 -> Motivos acima. AGRO3 -> P/VP <1. Dólar alto. P/L 2,7. Setor de exportaçao. CPLE3 -> P/L de 4,50. Liquidez corrente elevada, Dívida bruta menor que outras elétricas. Me parece a elétrica mais decontada atualmente. BRSR6 -> Mantenho, apesar de ter se valorizado 40%, vejo upside para chegar em 100%. Ação de banco mais surrada do Brasil e continua a apresentar lucros. P/L em 3,18 CGRA4 -> Ação que vai se dar bem com ou sem impeachment. Liquidez corrente absurda. Isso aqui é pegar DI com alavancagem. Vc leva um produto de brinde além do DI. FESA4 -> 13% de dividendos, margens subindo, lucro subindo. P/L de 3,5. USIM5 -> Especulativo. Considerando os ativos que a empresa detem a pena comprar. Na hipótese dos caras queimarem todo o patrimônio, o que devolvem? 500%? Com o rally do impeachment isso aqui pode se valorizar 800% em 1 semestre sem problemas. Comprar mas saber que se piorar a situação pode falir. Se voltar a dar lucro como outrora, pode subir 4.000% (sonho). Caríssimos Para o mês de dezembro mais mudanças que o normal: SGPS3 -> Turnaround. 3 Fama factor SLED4 -> Turnaround. 3 Fama factor FESA4 -> Value. FIBR3 -> Dealers na NYSE dando suporte no dol há mais de 3 meses. Dol bombando no mundo. EZTC3 -> Melhor empresa da bolsa possivelmente. CPLE3 -> Margens, P/L, P/VP, ROE.
|
|
|
Post by cadu28 on Nov 26, 2016 13:22:18 GMT -3.5
Criei no forum da PenseRico um tópico da CAFI. A ideia é no final do mês pegar os votos que os foristas deram lá, e somar com os votos do pessoal daqui, p/ chegarmos ao resultado final da CAFI do mês. Então o wizardhsc continua seu excelente trabalho de contagem de votos do pessoal deste forum, e posta o resultado aqui. Eu faço as contas dos votos no outro forum, somo com os daqui, e aí coloco o resultado das 8 empresas mais votadas p/ a CAFI do mês. Acredito que desta forma vamos agregar ainda mais valor a já prestigiada CAFI.
|
|
|
Post by wizardhsc on Nov 26, 2016 20:12:59 GMT -3.5
Criei no forum da PenseRico um tópico da CAFI. A ideia é no final do mês pegar os votos que os foristas deram lá, e somar com os votos do pessoal daqui, p/ chegarmos ao resultado final da CAFI do mês. Então o wizardhsc continua seu excelente trabalho de contagem de votos do pessoal deste forum, e posta o resultado aqui. Eu faço as contas dos votos no outro forum, somo com os daqui, e aí coloco o resultado das 8 empresas mais votadas p/ a CAFI do mês. Acredito que desta forma vamos agregar ainda mais valor a já prestigiada CAFI. Por mim sem problemas, quanto mais participantes melhor.
|
|
|
Post by Novatim on Nov 28, 2016 11:10:12 GMT -3.5
Minha carteira do mês EZTC e GRND
|
|
Deleted
Deleted Member
Posts: 0
|
Post by Deleted on Nov 28, 2016 12:52:10 GMT -3.5
Tudo subiu muito nos últimos tempos, sem que os fundamentos da economia tenham se alterado para melhor na mesma proporção, o que torna cada vez mais arriscados os investimentos, já que a margem de segurança diminuiu muito. Seguem os votos (em relação ao mês passado exclui FIBR e CGRA, que subiram muito, e inclui PSSA, que caiu muito, e, pela primeira vez, voto em CCRO e CARD):
1) EZTC - excelentes indicadores, é muito bem administrada, e mesmo no cenário pouco favorável que enfrenta, consegue manter margens e não tem dívidas (LC>5). 2) FESA - está com os indicadores fundamentalistas extremamente atrativos e mantendo a lucratividade. Hoje é negociada numa cotação que corresponde apenas a pouco mais do triplo de seu EBIT. Ou seja, em apenas 3 anos de operacional vc recebe de volta o valor investido. De quebra, deve pagar em torno de 6-8% de DY e não tem dívidas significativas. FESA depende muito do dólar, mas também da cotação do FeCr, que melhorou para o 4T16. Por isso acredito que mantido o câmbio atual, isso já gerará uma melhora no resultado. No longo prazo, eu vejo os juros subindo nos EUA (não muito, mas o suficiente para levar dólares para fora), o que causará uma ligeira melhora no câmbio, beneficiando as exportadoras. Considero também que a empresa tem vantagem competitiva no mercado em que atua, já que domina a produção de um produto altamente demandado. 3) GRND - melhor empresa do varejo, bons indicadores, só não vejo com bons olhos o investimento em fabricação de móveis. Espero que continue sendo uma fatia minúscula da empresa para não consumir o lucro dos calçados. Sai ganhando no resultado financeiro com juros em alta, por conta de sua enorme liquidez. Uma das poucas que não disparou junto com o IBOV. 4) PRBC - outro banco médio com excelentes indicadores; apesar da subida de outubro, por conta dos dividendos altos anunciados, acredito ainda em subida por conta da OPA, já que a cotação atual ainda está bem longe do VPA, que costuma ser um parâmetro balizador da oferta. 5) PSSA - lucro em alta e ainda oferece dividendos atrativos. 6) CARD - LL em alta ao longo de 10 trimestres, com ligeira melhora de margens, negociada abaixo do P/VP, com P/L<6 e EV/EBIT<4. O ROE de 16,1% não condiz com o baixo P/VP, além de ter baixo endividamento. O lucro do último trimestre deu uma recuada por diversos fatores, o que demanda algum cuidado, mas o preço me parece abaixo do valor. 7) TAEE - contratos longos, bons indicadores fundamentalistas, baixa dívida e proteção contra a inflação, já que seus contratos são indexados. Ainda é boa pagadora de dividendos.Também não acompanhou a esticada do IBOV. 8) CCRO - contratos de concessão longos, oferece proteção contra a inflação, além de receitas bem previsíveis. Seu P/L está num ponto historicamente baixo (cerca de 14), tem um fluxo de caixa muito bom e ainda paga dividendos razoáveis (na casa de 4-5%a.a.)
|
|
ADP
Moderador
Posts: 578
|
Post by ADP on Nov 28, 2016 13:28:37 GMT -3.5
Após o Barsi recomendar taesa, resolvi deixar a preguiça de lado e estudar a empresa. Antes, porém, de chegar ao ponto central da discussão, gostaria de fazer uma rápida digressão. Particularmente, não gosto do setor elétrico, pois, apesar de sua maior previsibilidade e resiliência, envolve negócios com prazo de duração determinado e, principalmente, é cheio de pegadinhas regulatórias que volta e meia derrubam os leigos. Todas as vezes em que o mercado parecia estar ignorando uma pechincha e oferecendo um verdadeiro almoço grátis, o passar do tempo mostrou que na verdade o pequeno investidor é que estava ignorando algum risco ou fator bem conhecido do mercado. Foi assim com os gordos dividendos de 20-30% da Eletropaulo em 2010/2011, com a inesgotável geração de caixa da AES Tietê em 2012/2014 e com a Cemig até 2013, para ficarmos apenas nos exemplos mais conhecidos. O que me poupou de cada um dos desastres que se seguiram foi a desconfiança de que as oportunidades eram boas demais para não serem enxergadas pelos profissionais do mercado e que possivelmente eu é que não sabia avaliar as empresas corretamente. Todo este blá-blá-blá é para dizer que acredito ser esta a situação da taesa e seus fantásticos dividendos de 11% Dessa vez, contudo, graças ao ótimo site de RI, consegui identificar mais facilmente onde parece estar a pegadinha. Na primeira página que entrei (http://ri.taesa.com.br/taesa2013/web/conteudo_pt.asp?idioma=0&conta=28&tipo=49941), contendo um quadro com cada uma das concessões, uma coluna me chamou a atenção: data da redução. Em uma rápida busca no Google, achei uma página da própria taesa explicando o que isso significa. Pelo didatismo, recomendo a todos a leitura: institucional.taesa.com.br/a-taesa/nosso-negocio/o-modelo-do-setor-eletrico-brasileiro-e-o-segmento-de-transmissao/Para os que ficaram com preguiça, resumo em poucas palavras: entre 2018 e 2022 praticamente todos os contratos de concessão da taesa terão uma redução de 50% da RAP (receita anual permitida). Isso parece mais do que explicar a aparente cegueira do mercado. Diante deste cenário, pergunto àqueles daqui da Cafi que tem votado na empresa se estão considerando no valuation (a) esta redução contratual de receita e (b) que grande parte dos contratos termina daqui 17/19 anos, podendo ou não ser prorrogados pelo poder concedente (como consequência, os dividendos que recebem devem não apenas remunerar seu investimento mas também amortizá-lo). Outra pergunta, dessa vez dirigida ao pessoal que vota em alupar. Já verificaram se as concessões desta empresa não irão passar por redução semelhante? Nunca entendi porque o controlador fez um IPO de um bom negócio por um preço que resultou em dividend yield tão elevado. Isso não faz o menor sentido e sempre me gerou muita desconfiança. Certamente há também uma pegadinha regulatória que está sendo ignorada pelos pequenos investidores. Não sei se é esta ou alguma outra, mas certamente ela existe. A Alupar segue o mesmo caminho. Já indaguei a respeito com o RI da empresa é um funcionário de lá (muito solícito e simpático, por sinal) me disse que esse impacto do RAP será suavizado pelas seguintes questões: (1) como os anos da queda dos RAP das concessões não coincidem, enquanto umas concessões sofrem, há os reajustes das outras concessões. (2) concessões que são feitas por RAP não sofrem aquele reajuste que sofreu a concessão da Eletropaulo, o que traz maior previsibilidade. (3) Além das concessões atuais, a empresa segue investindo em formas de aumentar a receita. Abraços
|
|
|
Post by jwalker on Nov 28, 2016 13:43:40 GMT -3.5
ola prezados , seguem meus votos: EZTC3 melhor do setor, tem caixa sem dividas, preço descontado GRND3 melhor empresa do Ibov, sem dividas, caixa robusto MULT3 excelente portfolio , empresa redonda, divida equilibrada, QUAL3 multiplos bons, negocio maturando, boa geracao de caixa, passando bem pela crise
|
|
vk
Forista VIP
Posts: 78
|
Post by vk on Nov 29, 2016 5:22:54 GMT -3.5
Pra nao poluir o topico, vou continuar falando da taesa no topico especifico.
|
|
Deleted
Deleted Member
Posts: 0
|
Post by Deleted on Nov 29, 2016 18:01:49 GMT -3.5
Votos para Dezembro, mês do papai Noel!
BRKM - Acredito que a empresa está muito bem e tende a continuar com folga de caixa e vir a pagar bons proventos. TOTS - Acredito que o momento da estagnação está chegando. Pode lateralizar por um tempo, mas tem mostrado que num médio prazo é uma boa aposta. TAEE - Como muito bem explanado aqui no fórum, fui convencido que a empresa é um dos portos seguros e está com leve desconto. CIEL - Para mim, resultado acima do esperado e a empresa tá conseguindo administrar a dívida, já que queda de uso das manquininhas nos estabelicimentos já era prevista. Marca ELO ganhando força e já está internacionalizada.
|
|
|
Post by greenball on Nov 30, 2016 4:36:28 GMT -3.5
EZTC - Eu vou de eztc pois acho que em 2017 as coisas começam a melhorar e ela uma empresa bem capitalizada e gerida.
CGRA4 - ainda tem espaço pra subir ...
|
|
|
Post by pholio on Nov 30, 2016 10:46:33 GMT -3.5
Meus votos, por enquanto: CIEL3 - Cielo Brasil gerando muito caixa, e aos poucos a Cateno vai engrenando, meu palpite é que vai atingir o breakeven ( e parar de pesar) logo, logo. O ativo está para trás no rally e pode reagir a qualquer momento. ITSA - Eu votaria em itub, mas vou nela para juntar com os outros votos. Banco ainda está navegando na crise, mas muito bem, e o ativo está para engrenar novamente a LTA. Praticamente desde o IPO, Cielo tem sempre rebatido nossas inseguranças com números fortes. Mesmo assim, vou trazer mais uma nova ladainha: não tem receio da concorrência agressiva da getnet? Eles estão ganhando mercado rapidamente por meio de descontos substanciais e abrindo mão de margens. Em busca dos meus votos passados, vi agora seu comentário. Sim, a sombra da maior abertura do mercado e da concorrência está sempre pairando. No meu entendimento quem está comprado tem que estar sempre de olho nisso especialmente, mas até hoje a companhia se posiciona muito bem, sendo líder e oferecendo maior qualidade que as concorrentes. Administração já deixou bem claro em teleconferências que eles não perseguem market share, e sim rentabilidade. Hoje eles tem ambos, e apesar da expectativa do share sofrer, tem uma outra questão que pouco se fala: o ganho de share em outras bandeiras vai ocorrer naturalmente (se vc ouvir o 3T16, falam claramente que esperam obter share em Amex e Hiper parecido com o histórico). Não podemos subestimar também os dois bancões por trás dela. Mas, sem considerar tudo isso, que são projeções para o futuro, entendo que a companhia está resiliente em 2016 muito bem posicionada. A aquisição de recebíveis (antecipação para lojistas) ganha força na crise e gera receita adicional. A geração de caixa operacional até agora foi fortíssima, e o CAPEX já voltou aos níveis normais, após o gigantesco investimento na Cateno. A empresa está com boa folga financeira, amortizou uma parte da dívida no 2T16 e está desalavancando conforme o cronograma. Cateno também já está impactando cada vez menos o contábil. Enfim, a meu ver a companhia está passando muito bem a crise e se posicionando na liderança do mercado como sempre, vamos ver se continua nesse ritmo. Caso positivo, terá se provado barata aos preços atuais.
|
|
|
Post by pholio on Nov 30, 2016 10:53:49 GMT -3.5
Meus votos
ABEV - Cara "como sempre", mas descontada em relação a média histórica. CIEL - Justificado no post acima ITSA - Melhor banco do país, até com retração da carteira consegue ganhar nos spreads, e outros serviços. Está a um preço descontado em relação a média histórica UGPA - Confiança na administração que não parece ter dado um tiro errado até hoje nas suas aquisições e ganhos de sinergia.
Justificativas de "não votos" (votaria nesses ativos mas não agora): EZTC e GRND podem sofrer ainda no curto prazo (a primeira por mercado ainda piorando, a segunda por expectativa de queda da selic)
|
|