CAFI - Carteira de Análise Fundamentalista de Investimentos

Bom dia Senhores:

Depois de um longo período hibernando em matéria de investimentos, estando todo meu capital em RF, acho que é o momento de voltar para a RV, pois há empresas que estão muito baratas e temos que nos antecipar a melhora do mercado. Acho que (infelizmente) a Dilma não cai, mas também acho que o PT, mesmo representado pelo Lula, não irá ganhar, diante das denúncias e mais denúncias que não param de pipocar nos tribunais e nos meios de comunicação. Mas meu palpite é que o governo melhore minimamente as condições econômicas do país, sob pena de suas chances de se manter no poder irem a zero.

O IBOV lateralizado nesses 40k acho interessante. Vou montar minha carteira até o fim de semana e depois posto para que os amigos aqui do fórum deem seus palpites e façam suas críticas, pois a opinião de vocês é muito importante, ainda mais sendo eu um sardinha com sérias dificuldades para análises mais profundas e estruturadas.

Entendo que essa comunidade é de uma importância imensa na análise e na proteção de nossos investimentos, pois muitas vezes percebo nas discussões e nos debates que as análises mudam os conceitos inicialmente defendidos e nos fazem refletir para que possamos investir melhor.

Além disso, nos abrem os olhos para oportunidades que nem imaginávamos existir, ampliando nosso leque de possibilidades no tocante a empresas com bons fundamentos.

Estive lendo o tópico da CAFI, que no fim das contas ficou sendo o principal local de debate de análise fundamentalista do forum, e parabenizo a todos os foristas que estão aqui participando, pela qualidade e pela serenidade das análises e das discussões.

Abraços.

O que eu não entendo das suas justificativas é que os lucros da CMIG serão relativamente constantes, de fato eu espero uma queda considerável com os desembolsos líquidos. Ainda assim acho a empresa barata e é a minha maior posição em bolsa hoje.

 
  Caro Potuz,

Sinto-me mais confortado que estejas comprado também. Quanto ao desembolso líquido, eu não calculei. Li algumas pessoas nos fóruns salientando, mas o que li em geral era, vai cair, vai cair, vai cair o LL e desde que começaram a falar manteve o LL por 1 semestre. Eu tendo também a seguir mais os balanços, como dito no livro do Greenblat da magic formula, sem tentar prever o futuro. Teria que ter um conhecimento muito profundo sobre a empresa e existe um trade-off, ou se tem um conhecimento profundo de 5 empresas ou se analisa apenas o balanço de 200. Ficaria grato se alguém estimasse os desembolsos líquidos e o que será aplicado em investimentos e em quantos trimestres seria amortizado, sem ser no chute.

É impossível estimar isso sem ser no chute pois (pelo menos nós) não temos informação suficiente. Só sabemos que contando só as usinas leiloadas em dezembro a CEMIG deve desembolsar R$2,26 Bilhões nos próximos meses, ou seja podem diretamente impactar o 1T16 ou 2T16. Casualmente isso é exatamente o valor da Caixa da CEMIG no último balanço. A modo de exemplo, se a empresa mantém o operacional neste trimestre e paga todo isso sem pegar nova dívida, então a empresa reportaria uma geração de caixa negativa monstruosa. O mais provável é que a empresa emita debêntures bem sucedidas para manter a caixa e poder pagar aqueles R$2,26B. Eu não tenho certeza se o pagamento foi realmente bom negócio para a companhia ou não, no comunicado eles falaram de garantir uma receita de R$500M/ano, ou seja que precisam (com as margens dos últimos anos) 18 anos de resultados brutos para recuperar aquele investimento (admito ser uma conta de padaria que não considera inflação nem variações das taxas etc). Enfim, no curto prazo, os próximos ITRs devem vir impactados pelas reduções nas receitas decorrentes de reduções nas taxas (mudanças de bandeiras em todo o sul) e das reduções das vendas para a indústria, assim como devem vir impactados pelos custos das renovações.

Sim @paitax e en adição teve uma emissão (de ações) pequena também, assim como foi aprovada uma emissão grande de debêntures.

Eu não estou sabendo disso. O único que eu li ao respeito de um cancelamento de debêntures foi um dos documentos que eu chamei a atenção no tópico da empresa que ela estava reapresentando várias atas de 2013-2014. Uma delas de 29/12/14 reapresentada em 28/01/16 explica o cancelamento das debêntures emitidas para a construção em Irapê. No que respeita á empresa como um todo até onde eu sei eles aprovaram uma relação Dívida/EBIT maior e estavam procurando por emissões para cobrir os custos dos eventuais leilões.

do blog Valor Intrinseco:

Muito interessante!