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Post by bochan on Jul 9, 2017 13:30:19 GMT -3.5
Não achei tópico sobre o tema. Favor cancelar se já existir.
Alguém aqui investe ou já investiu em COE- Certificado de operações estruturadas?
Andei lendo sobre o tema, me pareceu uma boa alternativa para ter investimentos descolados do Brasil e para quem (eu) não tem tempo/competência de analisar mais profundamente as alternativas.
Achei interessante a modalidade de "Capital protegido". Sou um total ignorante em opções. O COE combinaria o que estou buscando: Alternativas fora do país e estrutura de proteção.
Todos os comentários são muito bem vindos.
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Post by bochan on Jul 9, 2017 13:31:58 GMT -3.5
Do infomoney (copiando antes que apaguem):
O que é COE? O Certificado de Operações Estruturadas (COE) é um investimento que permite acessar diversos ativos internacionais, como commodities, ações, moedas, ETFs e índices, incorrendo em risco cambial ou não. Além dos valores mínimos serem baixos, esses produtos permitem ao investidor diversificar seu portfólio e obter ganhos expressivos, minimizando os riscos. A grande vantagem deste investimento é que ele possibilita o ganho da renda variável, com a proteção da renda fixa. Isso porque a maioria dos COE emitidos no Brasil (94%) são de capital protegido. Assim, ao investir nesses produtos, o investidor sabe desde o início exatamente quais serão seus possíveis cenários de ganho, perda ou de retorno nulo. - COE (certificados de operações estruturadas) Já pensou em combinar a proteção oferecida pela renda fixa com a possibilidade de ganhos mais robustos proporcionada pela renda variável? Essa é a proposta dos COE (certificados de operações estruturadas). Lançada em 2014, a aplicação ganhou um novo impulso em outubro de 2015, quando a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) regulamentou as ofertas públicas de COE.
O COE permite ao pequeno investidor lucrar em cenários em que dificilmente ele obteria ganhos sem correr grandes riscos. Sua rentabilidade é atrelada a índices como o Ibovespa, a variação cambial de moedas como o dólar ou ainda a mercados em que o brasileiro médio está pouco habituado a investir, como commodities, índices de Bolsas estrangeiras ou ações de empresas de outros países.
No COE, tanto as perdas quanto os ganhos do investimento costumam ser limitados. Dessa forma, quem aplica hoje já tem noção de quanto dinheiro terá ao final do investimento. Apesar de, na teoria, os COEs poderem ser estruturados de forma que o investidor possa perder parte do capital investido, na prática a imensa maioria dos títulos emitidos é de capital protegido – ou seja, na pior das hipóteses, quem investir vai sair com o mesmo dinheiro que entrou, perdendo apenas o rendimento que obteria se tivesse escolhido um ativo que apresentou retornos maiores.
Então imagine, por exemplo, que o Ibovespa está em 50.000 pontos. Maria crê que o índice subirá nos próximos seis meses e, com essa expectativa, investe R$ 100.000 em um COE atrelado ao resultado do Ibovespa. Toda a variação positiva até um teto de 60.000 pontos será embolsada por ela, mas, caso o índice recue no período, ela terá seu capital protegido e não perderá dinheiro. No melhor cenário, em que o Ibovespa alcança 60.000 pontos ou mais, ela recebe o capital investido mais 20% de rentabilidade em seis meses – ou seja, pega de volta R$ 120.000. Já em um cenário intermediário em que o Ibovespa sobe para 52.000 pontos, Maria recebe o capital investido mais 4% de rentabilidade – ou seja, R$ 104.000. Por último, na pior das hipóteses o Ibovespa cai abaixo de 50.000 pontos, mas, como o investimento tem capital protegido, Maria recebe de volta os R$ 100.000 que investiu, como mostra o gráfico abaixo:
COE
O mesmo pode ser feito em um COE de dólar. Digamos que João acredite que o dólar irá subir nos próximos seis meses. Assim, ele investe em um COE atrelado à variação da moeda americana que garante uma rentabilidade de até 20%. O que pode acontecer? No melhor cenário, o dólar se valoriza 25%, por exemplo, mas João recebe o capital investido mais 20% de rentabilidade. Em um cenário intermediário, o dólar se valoriza 5% e João recebe o capital investido mais 5% de rentabilidade. Já no pior cenário, o dólar recua 10% e, como o investimento é de capital protegido, João recebe de volta o mesmo valor que investiu, sem ganho nem perda. Veja no gráfico abaixo:
COE
Por conta da proteção contra quedas, o COE acaba sendo um produto bastante semelhante aos fundos de capital protegido, no qual o investidor também não corre o risco de perder dinheiro. Há algumas diferenças entre os dois investimentos, no entanto. O processo de emissão de um COE é mais rápido do que a criação de um fundo de capital protegido. Além disso, o COE é emitido por um banco, diferente do que acontece com o fundo.
Segundo especialistas, os indexadores que mais devem originar COE são:
• Ações e Índices • Moedas • Commodities • Inflação • Juros • Ativos Internacionais
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Post by bochan on Jul 9, 2017 13:32:29 GMT -3.5
- Tributação A tributação para esse investimento é a mesma aplicada em investimentos de renda fixa: a tabela regressiva. Para investimentos com um prazo de até seis meses, o Imposto de Renda é de 22,5% dos ganhos, mas vai caindo até um mínimo de 15% em investimentos com prazo superior a dois anos. Como o COE é geralmente estruturado pelas instituições financeiras de um lado com um derivativo do ativo financeiro a que ele está atrelado – uma opção de dólar, por exemplo – e no outro lado há algum investimento de renda fixa, cria-se uma vantagem tributária.
Hoje o investidor que registra perdas em Bolsa – com ações, derivativos ou outros ativos – só pode usar esse crédito tributário para abater o pagamento de IR sobre ganhos futuros também no mercado de renda variável. Ou seja, o ganho na outra ponta, com um ativo de renda fixa, é tributado normalmente. Já no COE o ganho da renda fixa é usado para compensar a eventual perda em Bolsa, zerando a conta de IR para o investidor. Só haverá imposto a pagar se a soma da rentabilidade dos dois investimentos for positiva.
- Risco e liquidez Como tem capital protegido, o principal risco desse investimento é justamente o da instituição financeira que emite o COE, uma vez que usualmente a parte de renda fixa do papel é constituída por um título de crédito emitido por um banco. Assim, é importante para o investidor conhecer bem o banco que emite o título antes de comprá-lo, uma vez que ele não é protegido pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), ao contrário do investimento direto em CDB. Em caso de falência da instituição financeira, portanto, o investidor pode perder todo o dinheiro que aplicou.
Outra questão que pode ser um problema para quem investe nesses títulos é o da liquidez. Os COEs têm um vencimento definido no momento de sua emissão. A possibilidade de o investidor resgatar o capital antes do vencimento até existe, mas ele correrá o risco de embolsar um prejuízo que não era esperado por ser obrigado a revender o papel ao banco com deságio. Outro problema é que o capital só é 100% garantido na data do vencimento. Então o ideal é que o investidor só compre um COE com prazo de vencimento de dois anos, por exemplo, se planejar usar o dinheiro de 2017 em diante.
- Para quem é indicado O COE com capital protegido é indicado para investidores com perfil de risco a partir de “moderado”, que querem exposição a algum indexador de renda variável sem risco de perda do principal investido.
Já o COE que não possui capital protegido é mais arriscado e portanto é recomendado para investidores com perfil moderado/agressivo ou agressivo. Como o risco é maior, este produto também deve oferecer uma possibilidade de retorno mais elevado.
- Como investir Para investir em COE é preciso ter conta em algum banco que emita o certificado ou em uma corretora que distribua este produto.
Antes de aplicar é necessário assinar o DIE – Documento de Informações Essenciais (é preciso assinar um documento diferente para cada COE que o cliente investir).
- Dicas de especialistas • Na hora de escolher o emissor do COE, dê prioridade aos grandes bancos, já que o produto não tem garantia do FGC • Escolha um COE com o indexador que mais se adequa às suas necessidades ou que você acredita que pode trazer o maior retorno • Se você for aplicar em um COE com limite de alta, procure aqueles com limite elevado (maior do que 25% ao ano) • Lembre-se que o custo de oportunidade (deixar de ganhar com a taxa de juro em ativos “livres de risco”) é alto no Brasil. Portanto, o COE deve ser usado como uma opção de diversificação de carteira, inclusive a índices e moedas internacionais.
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Post by bochan on Jul 9, 2017 13:35:49 GMT -3.5
Na XP xp-api.redventures.com.br/xp/file-download/coe/produtos_coe.pdfCOEs Disponíveis – Julho / 2017 Índice: 1. COE BNP Autocallable Apple, Facebook e Unilever – 2 anos 2. COE BNP Autocallable Nestle, L’Oreal e Danone – 2 anos 3. COE MS HYG – 5 anos 4. COE MS HYG – 3 anos 5. COE MS Autocallable Alibaba, Amazon e Netflix – 2 anos 6. COE BNP Euro Stoxx 50 – 3 anos 7. COE BNP Euro Stoxx – 5 anos 8. COE MS S&P – 5 anos 9. COE BNP Autocallable Tesla, Unilever e Amazon – 2 anos 10. COE BNP Autocall Airbag Tesla, Unilever e Amazon – 2 anos 11. COE MS ligado ao EMB – 5 anos
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Post by Neomalthusiano on Jul 10, 2017 4:12:24 GMT -3.5
Não achei tópico sobre o tema. Favor cancelar se já existir. Alguém aqui investe ou já investiu em COE- Certificado de operações estruturadas? Andei lendo sobre o tema, me pareceu uma boa alternativa para ter investimentos descolados do Brasil e para quem (eu) não tem tempo/competência de analisar mais profundamente as alternativas. Achei interessante a modalidade de "Capital protegido". Sou um total ignorante em opções. O COE combinaria o que estou buscando: Alternativas fora do país e estrutura de proteção. Todos os comentários são muito bem vindos. Pelo que você postou, já está bem por dentro do COE, que não tem muitos mistérios: basicamente você deixa o seu dinheiro parado e depois saca uma quantia que depende do cenário que aconteceu (normalmente 4 por causa das barreiras de alta ou de baixa). Você troca a possibilidade de um retorno excepcional em troca do risco de uma perda. É similar ao antigo POP que não emplacou aqui no Brasil. Eu nunca investi em COE porque acho a modalidade mais interessante quando oferecem uma remuneração do CDI quando o investimento empata, para você não perder o custo de oportunidade. Se não me falha a memória, a CEF fez uma oferta de um fundo de investimento estilo COE (você ganha a variação do ibovespa até um teto se positivo ou do CDI, caso contrário) depois da virada desse ano (já encerrou) que se comportava exatamente assim. Só que os COEs que tenho visto não dão esse rendimento pelo CDI, apenas devolvem o que você aplicou (você perde poder de compra por causa da inflação), aí eu acho menos interessante. Mas tem que ler o prospecto, cada caso é um caso. A Rico me ofereceu um COE de Facebook, Apple e Google e eu não quis porque achei que a combinação desses cenários não era interessante. Não me lembro detalhes, mas se não me engano era algo do tipo que para valer a pena só se as três subissem, porque se uma delas caísse, a remuneração das duas era afetada. Já esses COES de ETF acho interessantes como forma de expor o capital à variações de índices do exterior sem precisar se preocupar com transferências internacionais ou efeitos da variação cambial. E contar ainda com uma proteção que minimiza a perda (lembre-se do custo de oportunidade). Se o investidor tem liquidez para não pretender sacar o dinheiro antes, é uma boa opção de investimento e uma forma simples de diversificar.
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Post by bochan on Jan 26, 2018 22:25:35 GMT -3.5
Via Easyinvest comprei um lote mínimo de um COE para testar. Vamos ver: COE do Banco BTG Pactual, Autocall – CCR, Rumo e BR Foods, com início em 28/12/2017 e vencimento em 28/12/2018 foi encerrada no último dia 27 de dezembro. Segue abaixo o valor inicial das ações e do cupom fixado. CCR (CCRO3) = 16,14 Rumo (RAIL3) = 12,62 BR Foods (BRFS3) = 37,04 Cupom trimestral de 3,28% Para informações completas, acesse o DIE abaixo: portal.easynvest.com.br/Uploads/COE_DIE_AUT0035.pdfAssisti um vídeo do André Bona onde ele apresentou um argumento que me pareceu razoável: RV é para longo prazo e indeterminado. RV com prazo determinado (o caso do COE) seria algo contraditório em si.
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Post by bochan on Mar 30, 2018 10:42:47 GMT -3.5
O COE sofredor:
Informamos que no dia 28/03 a operação de COE emitido pelo Banco BTG Pactual autocall com empresas nacionais teve a sua primeira janela de observação e a operação não atingiu seu objetivo.
Informamos abaixo os dados da operação para seu conhecimen
Inicio: 27/12/17 Vencimento: 28/12/18 Ativos: CCR, Brasil Foods E Rumo
Próxima janela de observação: 27/09/18
Ativo Preço inicial Preço final Variação CCRO3 16,14 15,73 -2,54% BRFS3 37,04 22,16 -40,17% RAIL3 12,62 12,73 0,87%
Já era. Obrigado Abílio.
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Post by salcedo on Mar 30, 2018 11:49:10 GMT -3.5
Para compartir a experiência:
Entrei em um COE MS0117E2FAR em 31/05/2017 do Morgan hoje estou ganhando 3,2%, ou seja por enquanto mau negócio, três meses atrás estava em 6%, ganhas mínimo teu dinheiro de volta com uma pequena correção se tudo for mal.
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Post by mahler on Mar 31, 2018 9:08:31 GMT -3.5
O COE (primo rico do título de capitalização) é uma aposta. O dono do cassino, que a oferece, sempre ganha. Já você, às vezes...
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Post by salcedo on Mar 31, 2018 13:39:40 GMT -3.5
O COE (primo rico do título de capitalização) é uma aposta. O dono do cassino, que a oferece, sempre ganha. Já você, às vezes... Fui lotérico e vendi muito Xcap, mas este a filosofia me parece um pouco diferente, pois no final ganhava o dinheiro de volta mais a TR, o que sim participa de sorteios, me parece realmente para jogadores, o COE que eu relatei se não me falha a memória tem 95% exposto ao CDI e 5% a algum tipo de opções do mercado imobiliário americano, dai a chance de ganhar um pouco mais que o CDI no final. Mas concordo que realmente quem sempre ganha é o dono do cassino.
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Post by thiago1986 on May 12, 2018 10:15:43 GMT -3.5
Pessoal como vai os investimentos em Coe ??
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Post by bochan on Jan 4, 2019 17:57:38 GMT -3.5
Via Easyinvest comprei um lote mínimo de um COE para testar. Vamos ver: COE do Banco BTG Pactual, Autocall – CCR, Rumo e BR Foods, com início em 28/12/2017 e vencimento em 28/12/2018 foi encerrada no último dia 27 de dezembro. Segue abaixo o valor inicial das ações e do cupom fixado. CCR (CCRO3) = 16,14 Rumo (RAIL3) = 12,62 BR Foods (BRFS3) = 37,04 Cupom trimestral de 3,28% Para informações completas, acesse o DIE abaixo: portal.easynvest.com.br/Uploads/COE_DIE_AUT0035.pdfAssisti um vídeo do André Bona onde ele apresentou um argumento que me pareceu razoável: RV é para longo prazo e indeterminado. RV com prazo determinado (o caso do COE) seria algo contraditório em si. Depois de um ano: Impressão sardinha: não vale à pena. Mesmo vendo BRF afundar (obrigado Abílio & Tarpon), fiquei travado no COE. Serviu como vacina. abs.
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Post by Claudio66 on Jan 21, 2019 21:12:43 GMT -3.5
... Impressão sardinha: não vale à pena. Mesmo vendo BRF afundar (obrigado Abílio & Tarpon), fiquei travado no COE. Serviu como vacina. abs. Eu acho que o COE vale a pena quando há uma boa oportunidade de arbitragem, mas que é difícil para um pequeno investidor operacionalizar. Por exemplo, apliquei em julho de 2017 num COE com prazo de 12 meses, que pagava 2 vezes a variação do CAC-40 (índice da bolsa francesa) até 12% de alta. Obtive rendimento bruto de 9,4%, contra SELIC no período de 7,3%. Descontando um custo de 0,5% de aplicação em renda fixa, fiquei 2,6% acima de um rendimento referenciado DI ou SELIC. Poderia ter ganho até 24%, sem risco de perda. Pareceu-me bom, principalmente porque para o valor investido a diferença de remuneração foi significativa. Acho que no Brasil nem tem ETF vinculado ao CAC-40, menos ainda opções com o índice.
Já vi COE que era long em petróleo WTI e short em Brent (ou vice-versa), para aproveitar uma diferença elevada entre os preços. Em outro estava long em índices da Ásia. Podem ser alternativas atraentes, que são difíceis, ao menos para mim, de estruturar por conta própria. Nesses casos acho que pode ser interessante.
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Post by foxcom on Feb 17, 2019 10:51:34 GMT -3.5
Investi em alguns COEs baseados em índices ou fundos internacionais. Só 1 chegou no vencimento, e como era baseado no S&P, o ganho foi significativo. Os próximos vencerão apenas em 2023, e possuem alavancagem de 3 a 5 vezes. Acho que vale a pena o risco de perder o custo de oportunidade alocando um percentual pequeno.
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Post by salcedo on Jun 20, 2019 18:41:26 GMT -3.5
Para compartir a experiência: Entrei em um COE MS0117E2FAR em 31/05/2017 do Morgan hoje estou ganhando 3,2%, ou seja por enquanto mau negócio, três meses atrás estava em 6%, ganhas mínimo teu dinheiro de volta com uma pequena correção se tudo for mal. Apenas para compartir a experiência, hoje esta com 22,9 % vejamos 01/06/2020 quando vence, para ver se realmente valeu a pena.
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Post by mahler on Jun 20, 2019 20:25:21 GMT -3.5
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