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Post by rst on May 30, 2018 18:44:59 GMT -3.5
Quando entrei na empresa, meu valuation era de 14 reais(5,30 de geração de lucro até 2021 + 8,70 pela empresa. Valuation errado, pois esperava uma manutenção no crescimento das receitas e não queda) caso o contrato fosse encerrado em 2021. Se importa em dizer, ainda que resumidamente, como chegou nesses 8,70 no pós 2021? A meu ver, sem o contrato com a caixa o valor da empresa é zero ou mesmo negativo, pois ela se verá privada de uma importante fonte de receita que dificilmente irá repor no médio prazo e, ao mesmo tempo, terá uma estrutura de custos elevada para eliminar em curtíssimo prazo, sob pena de amargar enormes prejuízos e se endividar. Acredito que após 2021 ela permanecerá prestando serviços para a caixa por um período que pode variar de 6 meses a 2 anos, a depender da agilidade para a realizacao de uma licitação abrindo o mercado a terceiros. Nesse período, ela terá exclusividade de fato mas não de direito. Após a licitação, possivelmente já era. Fosse uma empresa de capital fechado, até acreditaria que o contrato poderia ser prorrogado, já que há uma entidade associativa dos servidores da caixa também se beneficiando dessa exclusividade. Porém, a partir do momento que a Wiz abriu seu capital, obrigou a caixa a trazer este acordo ao conhecimento público. Uma vez atingido pela maior transparência, acho difícil o contrato escapar de uma futura licitação.
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Post by wizardhsc on May 30, 2018 20:46:16 GMT -3.5
Quando entrei na empresa, meu valuation era de 14 reais(5,30 de geração de lucro até 2021 + 8,70 pela empresa. Valuation errado, pois esperava uma manutenção no crescimento das receitas e não queda) caso o contrato fosse encerrado em 2021. Se importa em dizer, ainda que resumidamente, como chegou nesses 8,70 no pós 2021? A meu ver, sem o contrato com a caixa o valor da empresa é zero ou mesmo negativo, pois ela se verá privada de uma importante fonte de receita que dificilmente irá repor no médio prazo e, ao mesmo tempo, terá uma estrutura de custos elevada para eliminar em curtíssimo prazo, sob pena de amargar enormes prejuízos e se endividar. Acredito que após 2021 ela permanecerá prestando serviços para a caixa por um período que pode variar de 6 meses a 2 anos, a depender da agilidade para a realizacao de uma licitação abrindo o mercado a terceiros. Nesse período, ela terá exclusividade de fato mas não de direito. Após a licitação, possivelmente já era. Fosse uma empresa de capital fechado, até acreditaria que o contrato poderia ser prorrogado, já que há uma entidade associativa dos servidores da caixa também se beneficiando dessa exclusividade. Porém, a partir do momento que a Wiz abriu seu capital, obrigou a caixa a trazer este acordo ao conhecimento público. Uma vez atingido pela maior transparência, acho difícil o contrato escapar de uma futura licitação. De modo bem simplificado, apesar do fim do contrato, boa parte da receita da empresa é proveniente de contratos antigos. No último tri, foi mais da metade do total. Mantendo o contrato até 2021 é esperado que essa receita continue a crescer e gerar caixa para os anos futuros, principalmente as operações de imóveis e seguro de vida. Além disso, parte da receita vem da finanseg. Hoje 2/3 do total da receita é contrato antigo + finanseg. Daí mesmo ao fim do contrato a empresa tem o valor da sua capacidade de gerar caixa das operações já estabelecidas. Evidente que com a redução do crescimento, ocorrerá a redução de receitas em estoque e por consequência do fluxo de caixa futuro.
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rst
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Post by rst on May 30, 2018 22:09:37 GMT -3.5
Se importa em dizer, ainda que resumidamente, como chegou nesses 8,70 no pós 2021? A meu ver, sem o contrato com a caixa o valor da empresa é zero ou mesmo negativo, pois ela se verá privada de uma importante fonte de receita que dificilmente irá repor no médio prazo e, ao mesmo tempo, terá uma estrutura de custos elevada para eliminar em curtíssimo prazo, sob pena de amargar enormes prejuízos e se endividar. Acredito que após 2021 ela permanecerá prestando serviços para a caixa por um período que pode variar de 6 meses a 2 anos, a depender da agilidade para a realizacao de uma licitação abrindo o mercado a terceiros. Nesse período, ela terá exclusividade de fato mas não de direito. Após a licitação, possivelmente já era. Fosse uma empresa de capital fechado, até acreditaria que o contrato poderia ser prorrogado, já que há uma entidade associativa dos servidores da caixa também se beneficiando dessa exclusividade. Porém, a partir do momento que a Wiz abriu seu capital, obrigou a caixa a trazer este acordo ao conhecimento público. Uma vez atingido pela maior transparência, acho difícil o contrato escapar de uma futura licitação. De modo bem simplificado, apesar do fim do contrato, boa parte da receita da empresa é proveniente de contratos antigos. No último tri, foi mais da metade do total. Mantendo o contrato até 2021 é esperado que essa receita continue a crescer e gerar caixa para os anos futuros, principalmente as operações de imóveis e seguro de vida. Além disso, parte da receita vem da finanseg. Hoje 2/3 do total da receita é contrato antigo + finanseg. Daí mesmo ao fim do contrato a empresa tem o valor da sua capacidade de gerar caixa das operações já estabelecidas. Evidente que com a redução do crescimento, ocorrerá a redução de receitas em estoque e por consequência do fluxo de caixa futuro. Você trouxe um dado pertinente, que ameniza o problema mas não o resolve. Depois do seu comentários, fui olhar o release e constatei que, no trimestre, a receita proveniente do estoque totalizou 77mi. Os custos e despesas, de outro lado, alcançaram 72mi (com o não recorrente de 11mi). Esse estoque evita um rombo gigantesco mas é insuficiente para que se tenha lucro em patamar compatível com o atual valor de mercado.
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Post by wizardhsc on May 31, 2018 13:40:07 GMT -3.5
De modo bem simplificado, apesar do fim do contrato, boa parte da receita da empresa é proveniente de contratos antigos. No último tri, foi mais da metade do total. Mantendo o contrato até 2021 é esperado que essa receita continue a crescer e gerar caixa para os anos futuros, principalmente as operações de imóveis e seguro de vida. Além disso, parte da receita vem da finanseg. Hoje 2/3 do total da receita é contrato antigo + finanseg. Daí mesmo ao fim do contrato a empresa tem o valor da sua capacidade de gerar caixa das operações já estabelecidas. Evidente que com a redução do crescimento, ocorrerá a redução de receitas em estoque e por consequência do fluxo de caixa futuro. Você trouxe um dado pertinente, que ameniza o problema mas não o resolve. Depois do seu comentários, fui olhar o release e constatei que, no trimestre, a receita proveniente do estoque totalizou 77mi. Os custos e despesas, de outro lado, alcançaram 72mi (com o não recorrente de 11mi). Esse estoque evita um rombo gigantesco mas é insuficiente para que se tenha lucro em patamar compatível com o atual valor de mercado. A questão é estimar quanto essa receita tende a crescer até 2021, a duração desse fluxo e os custos da empresa após o fim do contrato com a caixa. Esses custo de 72 além do pagamento da diretoria, inclui custo da aquisição da Finanseg. Portanto é esperado que com uma boa administração haja uma redução. O maior problema é que a caixa reduziu significativamente sua atividade e isso vem gerando uma piora significativa de qualquer previsão.
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vk
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Post by vk on May 31, 2018 19:53:29 GMT -3.5
Case complicado de analisar, mas o preço atual já me parece precificar o cenário negativo, enquanto o cenário positivo pode ser bem promissor.
Tenho comprado, mas em um percentual baixo da carteira. Meio que um bilhetão, mas com downside reduzido.
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rst
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Post by rst on May 31, 2018 21:04:57 GMT -3.5
Case complicado de analisar, mas o preço atual já me parece precificar o cenário negativo, enquanto o cenário positivo pode ser bem promissor. Tenho comprado, mas em um percentual baixo da carteira. Meio que um bilhetão, mas com downside reduzido. Se o contrato for prorrogado por uns dez anos, não discuto que estaria barata. o que não entendo é como chegam à conclusão de que o preço atual precifica o cenário negativo. A empresa tem um enterprise value de R$1,16 bi. Em 2017 lucrou 163mi, número bem maior do que o lucro de 2016 e 2015. Se generosamente adotarmos como premissas 1) lucro de 2017 se repetindo até 2021 (no primeiro tri de 2018 já caiu); 2) contrato com a caixa garantido até 31/12/2021 (vence antes, mas por preguiça de checar a data estou considerando o último dia do ano); 3) payout de 100% do lucro na forma de dividendos Temos um valor de 570 milhoes (parcelado em 3,5 anos). ainda faltariam 590mi apenas para empatar o valor do investimento (desconsiderando o custo de oportunidade do período). O estoque de receitas não parece suficiente para cobrir essa diferença, muito menos para remunerar adequadamente o capital.
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nmx
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Post by nmx on Jun 1, 2018 10:48:44 GMT -3.5
Case complicado de analisar, mas o preço atual já me parece precificar o cenário negativo, enquanto o cenário positivo pode ser bem promissor. Tenho comprado, mas em um percentual baixo da carteira. Meio que um bilhetão, mas com downside reduzido. Se o contrato for prorrogado por uns dez anos, não discuto que estaria barata. o que não entendo é como chegam à conclusão de que o preço atual precifica o cenário negativo. A empresa tem um enterprise value de R$1,16 bi. Em 2017 lucrou 163mi, número bem maior do que o lucro de 2016 e 2015. Se generosamente adotarmos como premissas 1) lucro de 2017 se repetindo até 2021 (no primeiro tri de 2018 já caiu); 2) contrato com a caixa garantido até 31/12/2021 (vence antes, mas por preguiça de checar a data estou considerando o último dia do ano); 3) payout de 100% do lucro na forma de dividendos Temos um valor de 570 milhoes (parcelado em 3,5 anos). ainda faltariam 590mi apenas para empatar o valor do investimento (desconsiderando o custo de oportunidade do período). O estoque de receitas não parece suficiente para cobrir essa diferença, muito menos para remunerar adequadamente o capital. rst, estou comprado em wizs3. O meu racional é: Se contrato com caixa não acontecer, ou acontecer em termos muito desvantajosos, existe ainda um bom nível de recebíveis que podem auxiliar a empresa a desenvolver novas fontes de receita até 2021 e um pouco além, que é o que vem sendo feito com Finanseg e outras iniciativas. A saída do CEO no começo do ano prejudica esse cenário na minha opinião, mas no geral dá pra perceber que a empresa está se movimentando desde já, o que é bom. Acredito que com a recuperação econômica (será??), aumento do nível de atividade da construção civil e juros em baixa, haja uma recuperação na concessão de crédito imobiliário, o que ajuda a Wiz nos próximos anos também. O lado B desse pensamento é que a recuperação econômica está mais lenta do que o previsto e a construção civil é sempre a última a "esquentar" nas retomadas (vide 2003, como exemplo). Por outro lado, se houver continuidade da prestação de serviço com a Caixa em bases razoáveis, temos prognósticos excelentes. Além da receita continuada com a Caixa haveriam novas receitas (desenvolvidas durante essa maré baixa) aliada com uma gestão bem qualificada. Eu não diria que é um coin flip, pois penso que a chance do contrato com a Caixa ser continuado é muito maior. Como executivo de grande empresa, sei que equipe de venda não é commodity. O risco de trocar toda a força de venda do dia pra noite é absurdamente alto, principalmente em uma área sensível como corretagem de seguros, que não é exatamente "tirar pedido". Acho que no fim do dia a Caixa mantém a Wiz mas com comissões bem menores do que as praticadas hoje. Dúvida é quão menores. Por outro lado, existe chance palpável de virar mico. Se novas receitas não forem desenvolvidas e não houver contrato com a Caixa, a aba "mico" do clubinvest é logo ali. Quando entrei, fiz um valuation semelhante ao apresentado pelo wizardhsc. No entanto, uma das premissas que tinha era que havia uma boa dinâmica entre o board da Caixa e o board da Wiz, o que não era verdade. Provavelmente as relações entre as empresas já estavam mais ou menos esgarçadas, não a toa o CEO ter sido defenestrado (a um custo absurdamente alto, IMHO). Imagino inclusive que a Suno pensou o mesmo quando recomendou a empresa. Não me parece que eles indicariam uma empresa com chance palpável de virar mico, por isso mesmo comentei com o wizardhsc que acho que a Suno não quis passar recibo de que errou na indicação. Enfim, hoje não desmonto minha posição por conta desse contrato atípico. Podem resolver alguma coisa somente nas vésperas do vencimento do acordo entre as empresas ou amanhã. Estou com perda de uns 30% e detestaria ver um cenário positivo 1 semana depois de ter desmontado... Para quem está pensando em entrar, acho que a faca ainda está caindo. Não sou especialista em AT, mas me parece que ainda está longe de reversão.
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vk
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Post by vk on Jun 1, 2018 20:30:29 GMT -3.5
Case complicado de analisar, mas o preço atual já me parece precificar o cenário negativo, enquanto o cenário positivo pode ser bem promissor. Tenho comprado, mas em um percentual baixo da carteira. Meio que um bilhetão, mas com downside reduzido. Se o contrato for prorrogado por uns dez anos, não discuto que estaria barata. o que não entendo é como chegam à conclusão de que o preço atual precifica o cenário negativo. A empresa tem um enterprise value de R$1,16 bi. Em 2017 lucrou 163mi, número bem maior do que o lucro de 2016 e 2015. Se generosamente adotarmos como premissas 1) lucro de 2017 se repetindo até 2021 (no primeiro tri de 2018 já caiu); 2) contrato com a caixa garantido até 31/12/2021 (vence antes, mas por preguiça de checar a data estou considerando o último dia do ano); 3) payout de 100% do lucro na forma de dividendos Temos um valor de 570 milhoes (parcelado em 3,5 anos). ainda faltariam 590mi apenas para empatar o valor do investimento (desconsiderando o custo de oportunidade do período). O estoque de receitas não parece suficiente para cobrir essa diferença, muito menos para remunerar adequadamente o capital. Pela expectativa da empresa a finanseg já valeria uns 500 milhoes em 2021.
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rst
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Post by rst on Jun 2, 2018 8:25:35 GMT -3.5
Pela expectativa da empresa a finanseg já valeria uns 500 milhoes em 2021. Fiz uma rápida busca no site de RI atrás de alguns dados sobre a finanseg mas não encontrei muita coisa (possivelmente apenas porque não procurei nos locais corretos). Se puder ajudar a esclarecer de onde viriam esses 500mi, agradeço. O pouco que encontrei mostra o oposto disso: - A receita bruta da área de consórcios foi de apenas 5mi no 1T18. - O contrato da Finanseg com a caixa se encerra em 2020. - Nos próximos 4 anos a WIz terá que pagar pela aquisição da finanseg uma quantia variável, no mínimo de 120mi.
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vk
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Post by vk on Jun 4, 2018 19:50:02 GMT -3.5
O equity value foi estimado em 200 e poucos milhoes em dez/16, que seria o valor minimo de pagamento.
Sendo que o valuation vai sendo atualizado de acordo com os resultados da empresa.
Na df é possivel ver que o desembolso total previsto atualmente eh de 500 e poucos milhoes pela aquisicao.
Pode estar errado esse valor? Sim.
Nao destrinchei o case a fundo, até pq é um percentual pequeno da carteira
Inclusive apelei para valuations que nao foram feitos por mim (posicoes significativas faco questao de ter o meu valor intrinseco proprio).
Mas no geral seria um papel com potencial para mais que 20 renovando o contrato bem, e algo como 6-8, sem renovacao.
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rst
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Post by rst on Jun 17, 2018 7:35:43 GMT -3.5
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Post by wizardhsc on Aug 8, 2018 18:29:31 GMT -3.5
Saiu o resultado em linha com esperado. LL + 48,3% por causa do não recorrente no 2T17. LPA 0,30 centavos. Nenhuma novidade sobre a renovação com caixa. Considerando que a CEF reduziu em dois dígitos o volume de empréstimos, a empresa mostrou alguma resiliência. PS: Baseado na queda em volume de empréstimos, a recuperação no setor de construção deve ser ainda mais lenta.
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rst
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Post by rst on Aug 9, 2018 20:22:06 GMT -3.5
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Post by wizardhsc on Aug 9, 2018 21:33:16 GMT -3.5
Pelo que entendi, a WIZ vai assinar um novo contrato garantido o comprimento do atual contrato vigente. Além disso, fica estabelecido que vai perder o habitacional, que corresponde a 20% da receita. Essa perda vai ser diluída no tempo, visto que 78% dela no trimestre foi de estoque. Fora isso, garantiu a prorrogação do contrato de backoffice e finanseg, que corresponde a 10% da receita, por mais dez anos. Aparentemente a notícia é boa, pois vai acabar com a insegurança atual. A minha dúvida é se não existe algo obscuro, que possibilitaria a WIZ processar a CEF, visto que aparentemente a negociação atual foi favorável a WIZ. Gostaria de ler a opinião dos colegas sobre o caso.
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Post by rst on Aug 10, 2018 6:23:47 GMT -3.5
Pelo que entendi, a WIZ vai assinar um novo contrato garantido o comprimento do atual contrato vigente. Além disso, fica estabelecido que vai perder o habitacional, que corresponde a 20% da receita. Essa perda vai ser diluída no tempo, visto que 78% dela no trimestre foi de estoque. Fora isso, garantiu a prorrogação do contrato de backoffice e finanseg, que corresponde a 10% da receita, por mais dez anos. Aparentemente a notícia é boa, pois vai acabar com a insegurança atual. A minha dúvida é se não existe algo obscuro, que possibilitaria a WIZ processar a CEF, visto que aparentemente a negociação atual foi favorável a WIZ. Gostaria de ler a opinião dos colegas sobre o caso. Não sei se chegou a ver esse outro documento, mas ele explica o acordo de forma mais didática: s3.amazonaws.com/mz-filemanager/0b486057-7845-4b55-ace2-4b4842d128c1/fcc9b406-256b-4021-8adb-b7715850c0e7_Apresentação%20AGE%20Wiz_PORT_versão%20de%20divulgação%20%2809.08%29.pdfEm em linhas gerais, é o que você falou: - de ruim, perde o habitacional desde já, que representa 20% da receita (130mi/ano). - de bom, prorrogou o finanseg e os serviços de backoffice por 10 anos (19 mi/ano) e garantiu receitas futuras de negócios fechados até 2021, inclusive quando a apólice for renovada ou aditada (valor desconhecido). - de resto, quase tudo igual (contrato acaba em fevereiro de 2021, havendo grande incerteza sobre o futuro da empresa a partir de então) Pesando a parte ruim e a boa, entendo que a empresa perdeu muito mais do que ganhou.
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Post by Kamesennin on Aug 10, 2018 9:21:29 GMT -3.5
Em em linhas gerais, é o que você falou: - de ruim, perde o habitacional desde já, que representa 20% da receita (130mi/ano). - de bom, prorrogou o finanseg e os serviços de backoffice por 10 anos (19 mi/ano) e garantiu receitas futuras de negócios fechados até 2021, inclusive quando a apólice for renovada ou aditada (valor desconhecido). - de resto, quase tudo igual (contrato acaba em fevereiro de 2021, havendo grande incerteza sobre o futuro da empresa a partir de então) Pesando a parte ruim e a boa, entendo que a empresa perdeu muito mais do que ganhou. Ali foi dito pela empresa que foi visualizado as condições para o processo de concorrência que será aberto e que a companhia atende perfeitamente as exigências. Claro que haverá redução das margens praticadas, mas me deu a entender que a não renovação é o cenário mais improvável. IMO não foi nem bom nem ruim, serviu para dispensar a nuvem de incerteza que pairava sobre a empresa até 2021.
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rst
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Post by rst on Aug 10, 2018 10:07:53 GMT -3.5
mas me deu a entender que a não renovação é o cenário mais improvável. Não vejo desta forma. Se haverá uma licitação para a escolha de uma única empresa, não há nenhuma garantia (nenhuma mesmo) de que ela será vencedora. Se vencer, a única certeza é de que não será com as margens atuais. Já se for um certame para seleção de várias empresas, ainda que ganhe, terá que dividir boa parte de seu negócio com as outras vencedoras. Pelo que entendi deste documento, haverá a escolha de uma empresa por ramo de atuação: mz-prod-cvm.s3.amazonaws.com/23795/IPE/2018/c4563889-782f-461a-a30a-1658abe5a96c/20180809221243089684_636616.pdfContinuo com uma visão negativa do acordo como um todo. A parte que me pareceu realmente boa é a de valor indeterminado, que parece garantir o estoque de receitas (cerca de 70mi) e, ainda, as renovações de apólices já em andamento.
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nmx
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Post by nmx on Aug 10, 2018 11:02:10 GMT -3.5
Minha opinião é que o acordo foi bom para mitigar riscos jurídicos cujos impactos eram imprevisíveis. Estabilidade contratual já é uma boa notícia por si só.
Com alguma previsibilidade sobre o futuro, já é possível analisar se vale a pena investir. Da forma como estava, era impossível saber se era ou não um bom negócio entrar na empresa.
Agora se o valor atual está compatível com a previsão futura de receitas, não faço nem ideia. Penso que uma queda de 20% na receita é pouco frente a queda que o preço dos papéis teve nos últimos 12 meses, mas é só achismo. Certamente nos próximos dias alguém vai acabar fazendo essa conta e vamos ver o resultado refletido na cotação.
Sobre a renovação ou não, é claro que é uma incógnita, mas certamente nem Caixa nem Wiz tem interesse em trocar. Minha opinião que por ter funcionários alocados nas agências, o custo de mudança é alto demais. Precisaria ter alguém muito macho na Caixa para apostar que a substituição da corretora pode trazer benefício significativo ao negócio. Eu apostaria em uma redução da comissão pós fev/21 e a prorrogação indefinida do certame.
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Post by wizardhsc on Aug 10, 2018 13:23:28 GMT -3.5
Pelo que entendi, a WIZ vai assinar um novo contrato garantido o comprimento do atual contrato vigente. Além disso, fica estabelecido que vai perder o habitacional, que corresponde a 20% da receita. Essa perda vai ser diluída no tempo, visto que 78% dela no trimestre foi de estoque. Fora isso, garantiu a prorrogação do contrato de backoffice e finanseg, que corresponde a 10% da receita, por mais dez anos. Aparentemente a notícia é boa, pois vai acabar com a insegurança atual. A minha dúvida é se não existe algo obscuro, que possibilitaria a WIZ processar a CEF, visto que aparentemente a negociação atual foi favorável a WIZ. Gostaria de ler a opinião dos colegas sobre o caso. Não sei se chegou a ver esse outro documento, mas ele explica o acordo de forma mais didática: s3.amazonaws.com/mz-filemanager/0b486057-7845-4b55-ace2-4b4842d128c1/fcc9b406-256b-4021-8adb-b7715850c0e7_Apresentação%20AGE%20Wiz_PORT_versão%20de%20divulgação%20%2809.08%29.pdfEm em linhas gerais, é o que você falou: - de ruim, perde o habitacional desde já, que representa 20% da receita (130mi/ano). - de bom, prorrogou o finanseg e os serviços de backoffice por 10 anos (19 mi/ano) e garantiu receitas futuras de negócios fechados até 2021, inclusive quando a apólice for renovada ou aditada (valor desconhecido). - de resto, quase tudo igual (contrato acaba em fevereiro de 2021, havendo grande incerteza sobre o futuro da empresa a partir de então) Pesando a parte ruim e a boa, entendo que a empresa perdeu muito mais do que ganhou. Só corrigindo. A parte do habitacional que perde desde já não é referente aos 20% da receita e sim a outra parte que corresponde a 7% e que vale a parti de 2019. No entanto, a parte habitacional não entrará em concorrência no futuro.
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Post by wizardhsc on Aug 10, 2018 13:34:22 GMT -3.5
Outro ponto, que não deve ser considerado em uma precificação, mas pode gerar um impacto positivo é o da licitação não ocorre a tempo. O governo brasileiro não é conhecido pro sua eficiência.
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